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O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta segunda-feira, 10, que o País sofre com as mais de 100 mil mortes por Covid-19 e que isso "não é (apenas) um número". Em um discurso em que citou várias vezes um "esforço de guerra", Pazuello declarou que protocolos adotados no início da pandemia estavam errados e disse apoiar as medidas de isolamento adotadas por Estados e Municípios.

"Medidas preventivas, de afastamento social, são medidas de gestão dos Municípios e dos Estados, e nós apoiamos todas elas", afirmou, durante cerimônia de inauguração de um centro de testagem de amostras para coronavírus na sede da Fiocruz, em Manguinhos, na zona norte do Rio. "Quem sabe o que é necessário naquele momento (da pandemia) precisa de apoio, e nós apoiamos."

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Segundo Pazuello, quem sentir sintomas de Covid-19 deve procurar as unidades de saúde imediatamente. "Nós estamos todos os dias revendo nossos protocolos, procurando o que tem de melhor e alterando o que não estava dando certo. Diagnóstico e testagem é a base do tratamento precoce", comentou. "Não está correto ficar em casa doente, com sintomas, até passar mal com falta de ar. Isso não funciona. Não funcionou, e deu no que deu. Nós há dois meses já mudamos esse protocolo."

Na sequência, o ministro interino da saúde comentou sobre a marca de mais de 100 mil vítimas da covid-19 no Brasil. "Todos os dias nós sofremos as perdas. Não é um número. Não é um número. Não foi 95 mil, 98 mil, não foi 100 ou 101, que vai fazer a diferença. O que faz a diferença é cada um brasileiro que se perde", afirmou Pazuello.

Inauguração

O ministro interino participou da cerimônia de início das operações da Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19, que vai ampliar a capacidade nacional de processamento de testes moleculares para detecção do novo coronavírus.

Segundo a Fiocruz, o novo centro de testagem tem potencial para processar diariamente até 15 mil testes moleculares, elevando a capacidade de análise na sede da fundação para 17,5 mil. Uma outra unidade de apoio, no Ceará, tem previsão para começar a operar ainda este mês, e irá executar diariamente até dez mil testes moleculares. Os centros de testagem tiveram suas estruturas e equipamentos financiados pela iniciativa Todos pela Saúde, enquanto a operação será bancada com recursos do Ministério da Saúde.

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nessa quinta-feira (6) que os estados estão mais preparados para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Ele participou da live semanal do presidente Jair Bolsonaro, transmitida pelas redes sociais. 

"A gente não tem uma solução imediata para o aumento [de casos], mas para o tratamento dos doentes, sim. Eu posso afiançar que o Sul do país está seguindo claramente essas posições que eu coloquei aqui quanto ao tratamento", disse, em referência à mudança na diretriz do Ministério da Saúde, anunciadas no início de julho. 

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Na ocasião, a pasta alterou o protocolo médico para pessoas que sentirem sintomas leves da doença, passando a solicitar que tais pacientes passem a procurar um médico. Antes, a diretriz indicava a busca por ajuda profissional apenas em caso de sintomas mais graves. 

"O que pode mudar a curva de óbito é você aplicar o aprendizado o mais rápido possível. E o aprendizado que nós mudamos foi: procure um médico imediatamente. O médico, de forma soberana, fará seu diagnóstico e vai prescrever os seus medicamentos. Se você piorar, deverá ir para uma estrutura de suporte ambulatório, não necessariamente será intubado. Para que você cumpra o ciclo viral sem a necessidade de respiradores", disse o ministro.

Segunda fase

O ministro disse, durante a live, que o país enfrenta uma segunda fase da pandemia do novo coronavírus, que agora atinge com mais força os estados do centro-sul do país. 

"São duas etapas bem distintas. O Norte e o Nordeste do país foram impactados no começo do ano, de março até junho, e agora o impacto do centro-sul: Sudeste, Sul e Centro-Oeste, em alguns casos, em que nós vamos ter o recrudescimento, o aumento dos casos, e com isso necessidade de tratamento maior nesses estados, por causa do inverno. Tem a ver com o inverno no Sul, que aumenta os casos", disse.

O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde da quarta-feira (5) mostra um aumento da média diária de infecções, principalmente nos estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), cuja média diária de novos casos e óbitos pela doença cresceu 11%. Na Região Sudeste, o número de novos casos permaneceu estável na última semana, enquanto o de óbitos chegou a cair. No caso do Centro-Oeste, a média diária de óbitos subiu 8%.

O mesmo balanço também mostrou que houve uma redução de 7% na média nacional do número de novos óbitos na comparação com os dados da semana anterior. A  31ª semana epidemiológica (última semana de julho) teve 7.114 mortes e  a semana anterior teve 7.677. Foi a primeira vez desde o final de junho que o número semanal de óbitos caiu no país.

Vacina

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro assinou a medida provisória (MP) que abre crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para viabilizar a produção e aquisição da vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. 

Se a vacina for considerada eficaz, o governo brasileiro vai obter 100 milhões de doses e poderá iniciar uma campanha nacional de imunização no início de 2021.

A deputada federal Marília Arraes e o presidente do PSOL Pernambuco, Severino Alves, ingressaram com uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo para que seja investigada a nomeação de Ana Paula Amorim para um cargo na superintendência do Ministério da Saúde em Pernambuco. O pedido, feito especificamente para Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), foi protocolado na manhã desta terça-feira (4).

No documento, a solicitação de providências tem como base legal "os flagrantes vícios de finalidade e legalidade, da nomeação para o cargo de Superintendente para o Ministério da Saúde no Estado de Pernambuco, ameaçando as ações realizadas pelo respectivo órgão federal no combate à pandemia de COVID-19 e ao estado de calamidade por ela provocado, bem como, desrespeito ao ART. 37, caput, da Constituição Federal".

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Os solicitantes pedem na representação que, em se caracterizando, de fato, o desvio de finalidade apontado, é necessária a consequente investigação da possível prática de ato de improbidade administrativa por parte do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, e demais envolvidos.

Segundo noticiado na semana passada, Pazuello nomeou Paula Amorim por ter “relação de confiança e amizade” com ele.

*Com informações da assessoria de imprensa

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, faz um "excepcional trabalho" à frente da pasta e o fez também gerindo a organização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016. Apesar das pressões, há duas semanas Bolsonaro disse que não cogita substituí-lo.

Sobre as críticas ao trabalho do ministro interino, Bolsonaro argumentou que o ministério "está funcionando". "São mais de 5 mil funcionários no Ministério da Saúde aqui em Brasília, ele levou 15 militares para lá. É a equipe dele que, por coincidência, eram militares", disse Bolsonaro.

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Pazuello assumiu a pasta interinamente em maio, após a saída de Nelson Teich, que substituiu Luiz Henrique Mandetta - alvo de ataques na live de hoje do presidente.

"Eu vi vocês da Jovem Pan discutindo aí: 'o general Pazuello está indo bem ou não na Saúde? Tem de ser substituído por um médico'. Nós tivemos lá um médico, olha a desgraça que foi o primeiro. O segundo foi muito rápido"

Antes da crise que pressiona o presidente Jair Bolsonaro a indicar um titular para o Ministério da Saúde, o chefe interino da pasta, general Eduardo Pazuello, já havia sinalizado em conversas reservadas que tem interesse em voltar a assumir uma função no Comando Militar da Amazônia. General de três estrelas, ele não demonstra vontade em ir para a reserva para permanecer em definitivo no governo.

Apesar disso, mesmo sendo o motivo do recente entrevero envolvendo as Forças Armadas e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Pazuello tem enfatizado que não vai pedir para deixar o Ministério da Saúde. O argumento, segundo interlocutores, é que ele foi convocado para uma missão e cabe ao presidente, chefe das Forças Armadas, dispensá-lo.

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Pazuello estava no comando da 12º Região Militar, que engloba Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, quando aceitou, no final de abril, o convite para integrar o ministério como secretário executivo do então ministro Nelson Teich. Chegou em Brasília com 15 militares que o acompanham desde que atuou na Olimpíada do Rio de 2016.

Ao aceitar a "missão", como Pazuello se refere à sua passagem na Saúde, ficou acertado com o presidente que ele e seu grupo ficariam entre 90 e 100 dias no governo. Com a saída de Teich, em 15 de maio, o general assumiu interinamente a pasta quando o País registrava 14.962 óbitos. Atualmente, o Brasil contabiliza mais de 76 mil mortes, segundo dados do consórcio de veículo de imprensa consolidados ontem.

Bolsonaro não sinalizou se pretende estender o período de "intervenção militar" no ministério - ontem, ele afirmou que Pazuello fica no cargo.

Militares que atuam com o ministro interino seguem trabalhando com a previsão de deixar os cargos na Saúde no máximo até setembro. Pazuello não descarta estender sua permanência temporária no governo até o final do ano para reestruturar o ministério, se este for o pedido de Bolsonaro. Entretanto, sinaliza a interlocutores a vontade de reassumir o trabalho na 12.ª Região Militar, onde oficialmente segue no comando. A sala do general permanece montada com nome na porta e objetos pessoais. Em viagem a Manaus, no fim de maio, ele chegou a levar pessoas ao seu gabinete.

O problema é que o Alto Comando do Exército já designou, em 29 de junho, o general de divisão Edson Rosty para o posto. A nomeação de Rosty está prevista para ser oficializada no final deste mês, junto com as promoções do Exército. Antes, porém, precisa ser assinada por Bolsonaro. Apesar de não ser comum, até lá pode haver mudanças. Segundo integrantes do Exército, Bolsonaro pode atuar para reconduzir Pazuello ao comando da 12ª Região Militar, mas não seria uma medida bem vista. Fato é que se o ministro interino da Saúde voltar à Força não ficará sem posição de destaque, principalmente após ter passado pelo governo e contar com o apreço do presidente da República.

O presidente Bolsonaro afirmou, apesar da demanda de "muitos" que querem que seja indicado um médico para o cargo de ministro da Saúde, "dificilmente um médico é gestor".

"Se aparecer um médico gestor, a gente conversa com o (ministro interino da Saúde) Pazuello e vê como é que fica", afirmou o presidente durante transmissão semanal ao vivo.

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Durante a live, Bolsonaro afirmou: "Estamos com uma falta na saúde, mas se bem que o Pazuello está indo muito bem. A parte de gestão está excepcional, uma coisa nunca vista na história do Brasil em questão de gestão. Sabemos que ele não é médico, mas ele está com uma equipe fantástica dentro do ministério da Saúde".

Nesta terça-feira (9), um vídeo do ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, fez muita gente cair na gargalhada. O conteúdo que circula nas redes sociais mostra Pazuello falando sobre o coronavírus, dizendo que a doença sofreu uma queda pelo fato das regiões Norte e Nordeste estarem "mais ligadas ao inverno do hemisfério Norte". Após a declaração dele, Marcelo Adnet resolveu tirar sarro da situação.

O humorista compartilhou na sua conta do Instagram uma sátira, que faz parte do programa Sinta-se em Casa, produzido pelo Globoplay. Nas imagens, Adnet brincou com a fala de Pazuello. "Aqui em Olinda, a queda das temperaturas está intimamente ligada com correntes suecas, que ao passarem pela Groenlândia fazem cair toda a temperatura no Nordeste brasileiro. Hoje à noite mesmo a previsão é de geada em Caruaru", disparou o comediante, imitando um repórter.

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Ainda no vídeo, Marcelo Adnet disse, ironicamente, que "um tubarão ficou preso" no mar de Boa Viagem "congelado". Depois que fez a postagem, Adnet recebeu elogios dos internautas. "Sensacional o seu deboche", comentou uma pessoa no Instagram. A atriz e apresentadora Fernanda Paes Leme aprovou a publicação e se divertiu com o que viu.

Confira:

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O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, criticou nesta terça-feira, 9, a forma de divulgação de boletins diários de infectados e de mortos pela covid-19 que adotava o governo federal. "Eu estava somando contas que não existem, que não eram somáveis. Marcando um horário para apresentar uma informação que não dizia nada aos gestores e ao nosso país", disse Pazuello em audiência na Câmara dos Deputados.

Pressionado pelo presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde prepara uma nova forma de apresentar os dados da covid-19. A ideia é destacar a data em que o óbito ocorreu. Antes, a pasta dava maior destaque para a soma de vítimas do dia com casos de outras datas, cuja investigação sobre a causa da morte foi concluída nas últimas 24 horas.

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Pazuello afirmou aos deputados que o ministério não deixará de divulgar mortes de outros dias que ainda estavam sob análise. "Não existe como reduzir ou limitar número de óbitos."

"Se não olharmos para a data do óbito, o gestor não consegue entender o que está acontecendo na sua cidade, não consegue ter medidas para corrigir", disse o ministro.

Como o Estadão revelou, a mudança na forma de divulgação dos dados ocorreu após Bolsonaro determinar que o número de registros ficasse abaixo de mil por dia. A solução encontrada seria divulgar apenas dados de mortes que ocorreram nas últimas 24 horas.

O desejo de Bolsonaro, no entanto, não deve ser totalmente concretizado, pois a pasta promete ainda divulgar o acumulado de vítimas.

Na audiência desta terça-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), cobrou que transparência na divulgação de dados. "Não estamos aqui para agredir, enfrentar, pelo contrário. O que precisamos, independente de divergência política, é trabalhar para juntos construir soluções. A decisão do STF sobre o que caberia a Estados e municípios é que cabe ao governo federal a coordenação do trabalho. Seu trabalho continua sendo fundamental", afirmou Maia.

O ministério promete lançar um portal que mostre número de infectados e mortos por Estado, regiões de saúde e municípios, além de curvas sobre avanço da doença em capitais e no interior. A pasta também promete apresentar a ocupação de leitos de UTI em cada local. Pazuello disse que o portal será atualizado 24h, conforme o ministério receba dados de Estados e municípios. "São todos os dados que jamais tivemos. Estão todos disponíveis full time", disse.

A curva de casos por data do óbito, no entanto, já era apresentada pelo Ministério da Saúde em apresentações à imprensa e em boletins epidemiológicos, publicados no site do ministério. A diferença, segundo Pazuello, é que haverá atualização constante num único portal.

"O que estou querendo buscar é a verdade. A verdade, às vezes, é evitar a subnotificação, não é buscar a 'hipernotificação'", disse.

Na semana passada o ministério chegou a atrasar para cerca de 22h, por quatro dias, dados da covid-19 que eram divulgados por volta de 19h. O acumulado de mortes e casos também foi omitido na última sexta-feira. O atraso foi comemorado pelo presidente Bolsonaro. "Olha, não interessa de quem partiu (a ordem para o atraso). Acho que é justo sair dez da noite. Sair o dado completamente consolidado", afirmou na última sexta-feira, 5, em frente ao Palácio da Alvorada. Bolsonaro também disse que "acabou a matéria no Jornal Nacional" sobre a doença, em referência ao telejornal da TV Globo, e cobrou que sejam divulgados apenas os números de pessoas que morreram naquele dia.

Houve forte reação pelo atraso e omissões de dados da última semana. Partidos da oposição e a Defensoria Pública da União (DPU) chegaram a ir à Justiça para reverter o atraso e a omissão de dados. O Ministério Público Federal abriu procedimento extrajudicial para apurar o atraso e a omissão na divulgação de dados sobre o novo coronavírus no País.

Pelo critério de soma de mortes do dia com aquelas que estavam sob análise, adotado internacionalmente, o recorde de registros em 24 horas no Brasil é de 1,473 vítimas, do último dia 4. Do total de mortes no País, 12 de maio é a data de mais registro de vítimas, 670, segundo dados apresentados na última semana pela Saúde. Para técnicos da pasta, porém, não é correto afirmar que se trata do pico da doença, pois há mais de mais de 4 mil mortes ainda em análise e subnotificação de casos.

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta terça-feira, 9, que o governo federal busca novos fornecedores de equipamentos hospitalares para enfrentamento da covid-19. O ministro participa de reunião na Comissão Externa da Câmara dos Deputados.

Segundo ele, as quatro empresas contratadas não têm estrutura para suprir a demanda do governo no prazo estipulado. Pazuello esclareceu ainda que o governo só pagou pelos equipamentos recebidos.

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Questionado sobre a realização de testes no País, ministro afirmou que o governo tenta aumentar a quantidade de exames, mas que não haverá capacidade logística para realizar 40 milhões, como informou o ex-ministro Nelson Teich.

A comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações de combate ao coronavírus promove reunião técnica nesta terça-feira (9) com o ministro interino da Saúde, general Eduado Pazuello.

A reunião será por videoconferência às 12h30, com transmissão interativa.

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Para participar, acesse o link.

* Da Agência Câmara de Notícias

 

O presidente Jair Bolsonaro formalizou no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (3) o nome do general Eduardo Pazuello para exercer, interinamente, o cargo de ministro de Estado da Saúde. O decreto que nomeia Pazuello ministro interino também exonera o general do cargo anterior na pasta, o de secretário executivo.

A confirmação de Pazuello no posto ocorre 19 dias depois da saída do então ministro, Nelson Teich, do governo. Na prática, o general já estava no comando da Saúde desde o dia 15 de maio e, nas palavras do presidente Bolsonaro, "vai ficar por muito tempo" no cargo.

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A declaração de Bolsonaro foi feita para um grupo de funcionárias do sistema de coleta de lixo que trabalhavam nas proximidades do Palácio da Alvorada no último dia 20 de maio. "Ele (Eduardo Pazuello) vai ficar por muito tempo, esse que está lá. Isso aí não vou mudar, não. Ele é bom gestor e vai ter uma equipe boa de médicos abaixo dele", declarou Bolsonaro na ocasião.

Desde o mês passado, no entanto, cargos estratégicos do ministério vêm sendo ocupados por militares. A primeira nomeação de destaque foi a próprio Pazuello, e segundo o Estadão apurou, cerca de 40 postos do ministério deverão ser entregues a militares. Desses, 20 já foram preenchidos.

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) fez uma grave denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nessa quarta-feira (20). O médico afirmou que Bolsonaro tentou obrigá-lo a modificar a bula da cloroquina para que o medicamento fosse usado no tratamento de pacientes com o novo coronavírus. É importante reforçar que a eficácia da substância não tem comprovação científica.

"Me pediram para entrar numa sala e estavam lá um médico anestesista e uma médica imunologista [...] e a ideia que eles tinham era de alterar a bula do medicamento na Anvisa, colocando na bula indicação para Covid", revelou Mandetta em entrevista à Globo News. O ex-ministro da saúde disse que um "decreto" já estava pronto e foi proposto diante de ministros, representantes da Advocacia Geral da União (AGU) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

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Isolado politicamente e preocupado com o apoio dos empresários, desde o início da pandemia no Brasil, Bolsonaro minimiza as consequências da Covid-19. O proprietário da farmacêutica responsável pela produção da hidroxicloroquina - Apsen - Renato Spallicci é um de seus aliados.

Focado na retomada da economia, o presidente força a reabertura do comércio com a indicação do medicamento, estimula o descumprimento das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao atacar o isolamento social e convocar manifestações. Ele ainda fez piada no dia que o país atingiu 1.179 óbitos em 24 horas - o recorde de mortes pela doença no Brasil em um dia.

A recusa pela distribuição do remédio culminou nas saídas de Mandetta e do sucessor, Nelson Teich. Com a entrada do atual ministro, general Pazuello, foi aprovado o novo protocolo, que recomenda a hidroxicloroquina em casos leves, mediante assinatura do paciente sobre os riscos do uso, pois a substância pode levar à morte.

O ministro da Saúde interino, general Eduardo Pazuello, nomeou nesta terça-feira (19) nove militares para cargos de assessoramento, coordenação e diretorias da pasta. Além disso, o secretário executivo adjunto, coronel Antônio Élcio Franco Filho, foi designado como substituto eventual de Pazuello, que está interinamente no comando da Saúde desde a saída do médico Nelson Teich na última sexta-feira. O presidente Jair Bolsonaro ainda não escolheu um novo titular para o ministério.

As nomeações estão publicadas no Diário Oficial da União (DOU) de hoje. O governo começou a ampliar o número de militares na pasta da Saúde logo depois de Luiz Henrique Mandetta deixar o cargo de ministro em meados de abril, dando lugar a Teich. A primeira nomeação foi justamente a do general Pazuello, como número dois de Teich e agora ministro provisório.

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Como o Estadão noticiou no início do mês, a equipe do então ministro Nelson Teich já vinha recebendo nomes indicados pela ala militar para cargos estratégicos. As mudanças reforçam o que secretários estaduais e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) vêm chamando de "tutela" do Palácio do Planalto e da área militar na hierarquia da pasta.

No último dia 6, uma primeira lista de militares já havia sido nomeada na Saúde, dentre eles o tenente-coronel Reginaldo Ramos Machado, para diretor do Departamento de Gestão Interfederativa e Participativa, e o também tenente-coronel Marcelo Blanco da Costa, assessor do Departamento de Logística em Saúde.

As nomeações de hoje são:

- Luiz Otávio Franco Duarte, assessor especial do ministro.

- Giovani Cruz Camarão, coordenador de Finanças da Coordenação-Geral de Execução Orçamentária, Financeira e Contábil, da Diretoria-Executiva do Fundo Nacional de Saúde, da Secretaria-Executiva.

- André Cabral Botelho, coordenador de Contabilidade, da Coordenação-Geral de Execução Orçamentária, Financeira e Contábil, da Diretoria-Executiva do Fundo Nacional de Saúde, da Secretaria-Executiva.

- Alexandre Magno Asteggiano, assessor do gabinete do ministro.

- Marcelo Sampaio Pereira, diretor de Programa da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde.

- Vagner Luiz da Silva Rangel, coordenador-geral de Execução Orçamentária, Financeira e Contábil, da Diretoria-Executiva do Fundo Nacional de Saúde da Secretaria Executiva.

- Angelo Martins Denicoli, diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS, da Secretaria-Executiva.

- Mario Luiz Ricette Costa, assessor técnico, da Subsecretaria de Planejamento e Orçamento.

- Ramon da Silva Oliveira, coordenador-geral de Inovação de Processos e de Estruturas Organizacionais, da Subsecretaria de Assuntos Administrativos, da Secretaria-Executiva.

Com a promessa de entregar 2.600 respiradores até o fim de maio, o Governo Federal ainda não cumpriu nem a metade do objetivo estipulado. Apenas 823 equipamentos foram disponibilizados a 16 estados pelo Ministério da Saúde.

Segundo atualização da pasta, o Brasil já tem mais de 254 mil casos confirmados e se aproxima das 17 mil mortes em decorrência do novo coronavírus. Sem a presença do ministro Eduardo Pazuello na primeira coletiva sob sua gestão, ficou a cargo do secretário-executivo adjunto Élcio Franco explicar sobre a incompatibilidade do que era almejado em relação a distribuição dos respiradores.

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Franco afirmou que ocorreram atrasos na entrega e os números repassados anteriormente eram um planejamento. Mesmo longe da marca planejada, ele informou que o ministério mantém contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com a indústria nacional.

Questionado sobre a capacidade do ministro reger a saúde do país diante de uma pandemia, mesmo sem possuir certificação na área, o secretário informou que a pasta vem atuando com a ação de técnicos e observando as experiências que acontecem no Brasil e no mundo. Franco ainda ressaltou que o país segue alinhado com as recomendações da comunidade científica.

O general Eduardo Pazuello foi nomeado interinamente (em caráter temporário) ministro da Saúde após o pedido de demissão de Nelson Teich, com menos de um mês de gestão à frente da pasta. A exoneração de Teich com consequente nomeação temporária de Pazuello foi publicada no Diário Oficial deste sábado (16).

Pazuello se formou na Academia Militar das Agulhas Negras, em 1984, e coordenou a Operação Acolhida, responsável por refugiados da Venezuela no Brasil, e comandou a 12ª Região Militar, no Amazonas. Sua formação, no entanto, é exclusivamente militar e não inclui, de modo algum, estudos de medicina ou outra área da saúde.

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A chegada de Pazuello ao ministério se deu por indicação do também general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ainda no final de abril, Pazuello já havia assumido o cargo de secretário-executivo no ministério e nomeado militares para diversos cargos.

Apesar de haver chance de sua efetivação no posto, ainda estão no páreo pelo ministério a médica oncologista Nise Yamaguchi, defensora do uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania de Bolsonaro.

Na condição de ministro interino, caberá a Pazuello decidir sobre novos protocolos acerca da utilização de cloroquina, ponto que levou à saída re Teich e à demissão de seu antecessor, Mandetta. Mesmo sem respaldo da comunidade científIca, Bolsonaro voltou a insistir que o ministro da saúde libere o medicamento aos pacientes leve como condição para permanência no cargo.

Por meio de nota, a pasta afirma que orientações de assistência aos pacientes estão em análise e aos poucos o presidente vai liberar o uso da cloroquina para todos os casos.

“O objetivo é iniciar o tratamento antes do seu agravamento e necessidade de utilização de UTI (Unidades de Terapia Intensiva). Assim, o documento abrangerá o atendimento aos casos leves, sendo descritas as propostas de disponibilidade de medicamentos, equipamentos e estruturas, e profissionais capacitados. As orientações buscam dar suporte aos profissionais de saúde do SUS (Sistema Único de Saúdel) e acesso aos usuários mais vulneráveis às melhores práticas que estão sendo aplicadas no Brasil e no mundo”, informou o ministério.

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