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A seleção brasileira começou muito mal a temporada de 2019. No primeiro amistoso do ano, neste sábado, não conseguiu ir além do empate por 1 a 1 contra o Panamá, em amistoso no estádio do Dragão, na Cidade do Porto, em Portugal. Ainda que tenha dominado o jogo, como era previsível e obrigatório, a equipe do técnico Tite pecou pela falta de objetividade. Não soube sair da retranca adversária. Não teve criatividade, concluiu muito pouco ao gol adversário e ainda demonstrou insegurança defensiva nas raras vezes em que foi ameaçada.

Foi um péssimo começo de ano para uma equipe que daqui a menos de três meses tentará, em casa, o título da Copa América. Neymar, que não foi convocado por causa da fratura no pé direito da qual ainda está em recuperação, foi ao Porto assistir à partida em um camarote do estádio do Dragão. Detalhe: o Panamá não ganha há quase um ano e contra o Brasil obteve apenas o terceiro empate neste período - são nove derrotas, portanto.

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Nem mesmo os testes feitos por Tite podem ser considerados positivos. Lucas Paquetá teve mais bons do que maus momentos e ainda fez o gol brasileiro. Mas esteve longe de encantar. Alex Telles ainda teve a seu favor o bom primeiro tempo. E Eder Militão a rigor não foi testado.

O meio de campo com Casemiro, Arthur e Lucas Paquetá mostrou que pode render frutos. Mas não evoluiu como esperado diante de um time bastante defensivo. Philippe Coutinho teve poucos momentos de efetividade e no segundo tempo acabou sumindo do jogo. Roberto Firmino e depois Gabriel Jesus pouco fizeram. Richarlison lutou bastante, mas perdeu gol incrível.

Nesta terça-feira, a seleção faz o último amistoso antes de Tite anunciar o grupo que disputará a Copa América. Enfrenta a República Checa, em Praga, às 16h45 (de Brasília), e o treinador vai escalar vários titulares. Na defesa, por exemplo, o goleiro Alisson, os zagueiros Thiago Silva e Miranda e o lateral-esquerdo Alex Sandro deverão começar a partida. Marquinhos também tem chance.

O JOGO - Com o Panamá bastante fechado - duas linhas defensivas, uma com cinco jogadores e outra, posicionada um pouco mais à frente, com quatro -, a seleção brasileira teve dificuldade de penetração nos 20 primeiros minutos. O time trocava passes, mas não conseguia jogar de maneira vertical. Basicamente, só levava algum perigo aos panamenhos em bolas alçadas na área.

Foi assim que Roberto Firmino teve boa chance de cabeça, aos 17 minutos, após cruzamento de Alex Telles, mas a bola foi para fora. Mesmo com dificuldade, o meio de campo do Brasil se movimentava bem. Lucas Paquetá, jogando mais centralizado, se mexia e procurava ocupar espaços, mas não conseguia dar sequência às jogadas. Arthur procurava chegar de surpresa na entrada da área e foi desse setor que bateu duas vezes seguidas, à direita do gol de Mejía, aos 21 e 22 minutos.

Philippe Coutinho, pela esquerda, estava apagado, apesar do apoio do estreante Alex Telles, que aproveitava o posicionamento recuado do adversário para avançar. Telles, por sinal, fez um bom primeiro tempo. Na frente, Roberto Firmino, mais fixo perto da área, tocava pouco na bola. Richarlison, pela direita, participava mais, mas sem grande efetividade.

Ainda assim, foi Roberto Firmino que sofreu uma falta na meia-lua da área aos 25 minutos, após uma roubada de bola, que Philippe Coutinho cobrou mal, por cima do gol.

O Brasil, porém, era melhor e chegou ao gol aos 31 minutos. Casemiro, capitão do time neste sábado, cruzou da intermediária, Lucas Paquetá entrou por trás da zaga e emendou de primeira, ainda contando com a colaboração do goleiro Mejía para marcar.

Naquela altura, Tite já havia invertido o posicionamento dos meias e tanto a produção de Philippe Coutinho, mais centralizado, como a de Lucas Paquetá, pela esquerda, melhorou.

A defesa do Brasil não tinha trabalho, pois o Panamá não atacava e foi rondar a área de Ederson pela primeira vez somente aos 28 minutos. Mas uma falha até infantil da seleção permitiu ao adversário empatar a partida, embora com um gol irregular. Aos 35, após falta de Richarlison, que entrou atabalhoadamente em Cooper na intermediária, a bola foi alçada na área, a defesa brasileira fez a linha de impedimento, mas saiu de maneira descoordenada - e Richarlison correu em direção à área brasileira. Isso talvez tenha confundido o auxiliar, que não percebeu que Machado havia se adiantado para, impedido, desviar de cabeça do alcance de Ederson.

O Brasil, depois disso, manteve o domínio, mas a dificuldade de finalização permaneceu até o final da etapa.

No segundo tempo, a seleção, claro, manteve o controle da bola e concluiu duas vezes em oito minutos. Richarlison acertou o travessão com um chute de primeira após cruzamento de Fagner, aos cinco minutos, e Lucas Paquetá viu a "brecha" e bateu de fora da área aos 8.

Cinco minutos depois, Roberto Firmino ajeitou com um toque sutil e Lucas Paquetá bateu novamente de primeira, mas chutou em cima de Mejía. Foi a última jogada dos dois, substituídos em seguida por Gabriel Jesus e Everton, respectivamente.

A partir de então, a seleção passou a ter Philippe Coutinho definitivamente centralizado e o ataque com Richarlison pela direita, Gabriel Jesus de centroavante e Everton pela esquerda.

Mas o tempo passava e o empate permanecia. E o Panamá vez ou outra atacava. Em uma dessas ocasiões, após outra cobrança de falta contra a área de Ederson em que o Brasil utilizou a tática do impedimento, Gabriel Torres acertou o travessão, mas desta vez a arbitragem assinalou a condição irregular do atacante.

Pressionar a seleção pressionava. Chutar, chutava. Mas nada de o gol sair. Richarlison cresceu bastante, com boas jogadas individuais. Mas aos 25 minutos perdeu na pequena área, chutando por cima o rebote de uma bola cabeceada por Casemiro no travessão.

Felipe Anderson entrou no lugar de Arthur, que estava bem no jogo, movimentou-se e correu bastante e ajudou na "blitz" que a seleção tentou a fazer na parte final da partida. Mas, a partir dos 35 minutos, a impressão dada foi que o time se conformou com a dificuldade que estava encontrando. Até as oportunidades de gol se tornaram raras.

Com isso, os minutos finais da partida tornaram-se um suplício para os jogadores - e para os torcedores no estádio do Dragão. E aos 49 minutos quase que o Panamá vira o jogo. Consequência: a seleção saiu vaiada de campo. Um péssimo começo de ano.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 1 x 1 PANAMÁ

BRASIL - Ederson; Fagner, Eder Militão, Miranda e Alex Telles; Casemiro, Arthur (Felipe Anderson), Lucas Paquetá (Everton) e Philippe Coutinho; Richarlison e Roberto Firmino (Gabriel Jesus). Técnico: Tite.

PANAMÁ - Mejía; Murillo (Backman), Machado, Cummings, Escobar e Davis; Godoy, Cooper (Walker), José Rodríguez (Arroio) e Quintero (Braune); Gabriel Torres (Fajardo). Técnico: Julio Dely Valdés.

GOLS - Lucas Paquetá, aos 31, e Machado, aos 35 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Richarlison (Brasil); Cummings e Mejía (Panamá).

ÁRBITRO - João Pinheiro (Fifa/Portugal).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 39.410 pessoas.

LOCAL - Estádio do Dragão, na Cidade do Porto (Portugal).

Contra um adversário frágil e em um jogo sem pressão, Tite faz neste sábado novos testes na seleção brasileira, no amistoso com o Panamá, às 14 horas, na cidade portuguesa do Porto, à procura dos jogadores para compor a equipe na Copa América. Nomes como Éder Militão e Lucas Paquetá vão tratar o encontro como uma ocasião decisiva para ganhar espaço.

A primeira partida da seleção brasileira no ano oferece ao técnico Tite a oportunidade de observar novas opções. Somente quatro dos 11 jogadores que vão começar o amistoso no estádio do Dragão foram titulares na Copa do Mundo da Rússia.

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A tendência é o treinador promover ainda outras experiências para o amistoso seguinte, na terça-feira, contra a República Checa, em Praga. Como Neymar está fora por lesão, uma vaga a mais foi aberta na seleção para possíveis observações.

"Eu quero dar confiança para o Alex Telles. Eu quero dar naturalidade ao Militão. Quero que o Ederson volte aqui onde era rival (o goleiro jogou no Benfica) e tenha concentração para jogar. Eu quero ver o nível da seleção se elevar. E esses fatores são mais importantes para mim", disse o treinador. O capitão do time será o volante Casemiro, que já jogou pelo Porto.

Como essa rodada de amistosos é a última antes da convocação para a Copa América, vários jogadores do elenco atual estão ansiosos pela chance de atuar. Para alguns deles, a presença na lista final depende de demonstrar serviço agora e conquistar a confiança do treinador.

Estreantes na seleção, o lateral Alex Telles e o atacante David Neres estão nessa condição. O meia Felipe Anderson, que retorna à seleção depois de quase quatro anos, também quer demonstrar serviço, assim como o volante Allan e o próprio meia Lucas Paquetá. Tite queria ainda dar a primeira experiência na seleção ao atacante Vinícius Junior, que acabou cortado por lesão no tornozelo direito.

O treinador disse que não descarta chamar o jogador do Real Madrid para a Copa América, mesmo sem tê-lo visto jogar de perto. "Eu colocava o Vinicius Junior em médio prazo, mas a realidade e seu nível de atuação o credenciaram a ser convocado agora", disse Tite.

Junto com os jogadores a serem testados, o técnico conta no elenco com atletas de sua plena confiança. O goleiro Alisson, os zagueiros Marquinhos e Thiago Silva e o atacante Gabriel Jesus não serão titulares contra o Panamá, mas têm a vantagem da longa convivência com Tite na seleção.

Lanterna da última Copa do Mundo, há quase um ano sem vencer, com treinador recém-contratado e com elenco reduzido e inexperiente. O Panamá que vai enfrentar a seleção brasileira, neste sábado, em amistoso em Portugal, está longe de ser um teste à altura das dificuldades a serem enfrentadas pela equipe de Tite na Copa América.

A equipe do país da América Central ocupa a 76.ª posição no ranking da Fifa, colocação pior do que a de todas as seleções que estarão na disputa da Copa América. O Panamá fechou o Mundial da Rússia com a maior goleada sofrida na competição (6 a 1 diante da Inglaterra) e com a pior campanha entre os 32 participantes.

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A última vitória panamenha foi em abril do ano passado, em amistoso contra Trinidad e Tobago. Desde então a equipe acumula 11 partidas sem vencer e levou a federação a mudar de planos há cerca de um mês. A decisão foi trocar o comando e escolher o interino Julio Dely Valdés, ex-atacante, ídolo do futebol local e que assume o posto pela terceira vez.

"Sabemos da dificuldade que é jogar contra o Brasil. Além do resultado, devemos nos sentir bem. Vamos jogar com respeito, mas sem medo. Vamos buscar mostrar nosso potencial", disse o técnico, conhecido no país pelo apelido de Panagol.

O treinador chamou para o amistoso contra o Brasil uma lista reduzida de jogadores. Em vez de 23 nomes, como fez Tite, o panamenho vai contar apenas com 18 atletas. Dez deles estiveram na Copa da Rússia e nenhum atua em grandes ligas. O único que joga em um país renomado, a Espanha, defende um clube da quarta divisão.

A comissão técnica também é pequena e tem apenas 14 profissionais - a seleção brasileira conta com mais de 20 membros. O treinador tem como assistente técnico o seu irmão gêmeo, Jorge Dely Valdéz, também ex-jogador.

O contrato do novo técnico vai apenas até a realização dos Jogos Pan-Americanos, em Lima, no Peru, em julho e agosto. Em junho, o Panamá vai disputar a principal competição do ano, a Copa Ouro, e até lá quer se preparar em amistosos contra rivais mais fortes do que os adversários diretos das Américas Central e do Norte e do Caribe.

Enquanto o Brasil terá outro compromisso, na terça-feira contra a República Checa, os panamenhos se reuniram apenas para o amistoso deste sábado. "Vamos competir em busca de fazer o nosso jogo. Sabemos do potencial do Brasil", disse o goleiro Luis Mejía, que joga no Nacional, do Uruguai.

Os panamenhos estão hospedados no Porto em um hotel distante do centro. A equipe realizou os treinos em estádios de times amadores e na sede do time B do Porto. "Nós temos evoluído. Temos que seguir acreditando nos jogadores panamenhos e por isso estamos aqui. É questão de lapidar os jogadores. Eles têm cada vez mais talento", comentou o técnico.

Brasil e Panamá têm em comum um algoz. A Bélgica derrotou ambos na Copa do Mundo. Antes de eliminar a seleção de Tite, nas quartas de final, a equipe belga estreou na Rússia com uma vitória por 3 a 0 sobre os panamenhos.

A CBF confirmou nesta sexta-feira que o Panamá será o primeiro adversário da seleção brasileira em 2019. As equipes vão se enfrentar em amistoso marcado para 23 de março, às 14 horas (de Brasília), no Estádio do Dragão, casa do tradicional Porto e que possui capacidade para 50 mil espectadores.

Atuar em Porto não será uma novidade para a seleção brasileira, mas os outros jogos do time na cidade portuguesa haviam sido no Estádio das Antas, que foi demolido em 2004. Lá, a equipe derrotou o Sporting por 6 a 1 e empatou por 0 a 0 com o Porto, em amistosos disputados em 1934, também empatou sem gols com Portugal em 1965 e perdeu para a seleção anfitriã por 2 a 1 em 2003.

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Já o último compromisso do Brasil com o Panamá foi em 2016, com vitória por 2 a 0 em Denver, em amistoso de preparação para a Copa América Centenário. Jonas e Gabriel Barbosa marcaram os gols da equipe nacional, então dirigida por Dunga.

O confronto com o Panamá será o primeiro da seleção brasileira nas datas reservadas pela Fifa para amistosos em março. O outro compromisso já estava agendado e vai ser contra a República Checa, no dia 26, às 16h45, na Eden Arena, em Praga.

Além de confirmar a disputa do amistoso com o Panamá, a CBF comunicou que o técnico Tite vai divulgar a lista de convocados para os jogos no dia 28, às 11 horas, na sede da confederação, no Rio. Uma ausência certa da lista é o atacante Neymar, que se recupera de lesão no quinto metatarso do pé direito, sofrida em 23 de janeiro.

Os amistosos contra Panamá e República Checa serão os primeiros da seleção na temporada em que a equipe vai disputar a Copa América, que será realizada no Brasil, de 14 de junho a 7 de julho.

O papa Francisco pediu, nesse domingo (27), uma saída pacífica para a "grave situação" na Venezuela, no encerramento de sua visita ao Panamá, na qual denunciou o drama dos migrantes e a crise interna da Igreja devido ao escândalo dos abusos sexuais.

Antes de seu retorno a Roma, previsto para acontecer nesse domingo, o papa realizou uma missa multitudinária para concluir a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Francisco pediu às novas gerações de católicos que não se deixem "adormecer", impedindo que seus sonhos voem.

Destinada, inicialmente, a tratar do drama dos migrantes, a viagem do sumo pontífice teve dois inesperados coprotagonistas: a complexa situação na Venezuela, assim como o impacto do escândalo de abusos sexuais e o acobertamento por parte do clero.

Durante a oração do Ângelus deste domingo, o papa clamou por uma "solução justa e pacífica" na Venezuela, mergulhada em uma grave crise que divide as potências do mundo, assim como condenou o "ódio terrorista" na Colômbia, após um recente ataque com carro-bomba.

Em seu encontro de cinco dias com os jovens católicos, Francisco chamou a atenção para a corrupção política, a "praga dos feminicídios" e a perseguição aos migrantes na América Latina.

Cerca de 700.000 pessoas - segundo a organização da JMJ - assistiram, neste domingo, à última missa do papa no Metro Park, uma área ao ar livre na periferia da capital.

O presidente anfitrião e os de Colômbia, El Salvador, Costa Rica, Guatemala, Honduras e Portugal - país que acolherá a edição da JMJ em 2022 - também estiveram presentes.

O sumo pontífice argentino dedicou suas últimas horas no Panamá para homenagear as vítimas do "ódio terrorista" na Colômbia, após um letal ataque com carro-bomba cometido por rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) contra uma Academia de Polícia.

Depois de recordar, um a um, os 20 jovens mortos, Francisco lançou um novo apelo pela paz neste país. O suposto agressor também morreu no atentado.

Antes da oração do Ângelus, Francisco visitou pacientes com aids em um centro de acolhida mantido pela Igreja.

"Estar hoje com vocês é, para mim, um motivo para renovar a esperança", disse o papa diante de mais de dez pacientes de poucos recursos que vivem na Casa Lar El Buen Samaritano.

"A indiferença também fere e mata (...) estar aqui é tocar o rosto silencioso e maternal da Igreja", disse Francisco.

"Aqui se nasce de novo. Aqui todos nascemos de novo, porque sentimos a carícia de Deus que nos possibilita sonhar o mundo mais humano e, portanto, mais divino", acrescentou.

Ontem, diante da comunidade religiosa, o papa admitiu que a Igreja está "ferida por seu pecado", antes de uma crucial reunião convocada por ele para tratar dos escândalos de pedofilia.

De 21 a 24 de fevereiro, o papa buscará, com os bispos, "medidas concretas" para combater "esta terrível praga", manifestou o diretor de imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti.

Embora nesta viagem não tenha condenado explicitamente as agressões cometidas por padres que minaram a credibilidade na Igreja, Francisco as descreveu como "crime terrível", durante um almoço com jovens de cinco continentes em um seminário, segundo uma das presentes.

Duas mulheres, Samirah e Basch, se beijam em frente a uma igreja no centro da Cidade do Panamá. "Existimos", foi a mensagem que a comunidade LGBT quis enviar nesta sexta-feira (25) ao papa Francisco durante a sua visita pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

"Dizem que é desrespeitoso nos beijarmos em frente a uma igreja. E eu pergunto: por que não é desrespeitoso quando os heterossexuais fazem o mesmo? É por que eu sou uma aberração? Nós existimos", disse à AFP Samirah Armengol, de 39 anos, acompanhada por sua namorada, Basch Beitia, de 25.

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"Amor é amor! Amor é amor!", era o grito de 20 manifestantes em um "beijaço" realizado diante da Igreja de Carmem, um local simbólico para os panamenhos, pois foi o ponto central dos protestos contra o ditador Manuel Noriega nos anos 1980.

Envolto em uma bandeira colorida do movimento LGBT, Levis Calderón disse que o protesto busca "visibilidade", aproveitando que "os olhos do mundo estão aqui, no Panamá", pela JMJ.

"Juntos como comunidade, dizemos: Estamos aqui", comentou Calderón, diretor de teatro de 21 anos.

No início do seu pontificado, em 2013, Francisco deu sinais de aproximação com os homossexuais. "Se uma pessoa é gay, busca a Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?", disse na época a jornalistas no avião papal.

Contudo, o Vaticano permanece contra o casamento homossexual e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo.

"Acho que o papa está mais convencido da nossa humanidade do que seus seguidores, pois já disse isso", afirmou Samirah, que cresceu em uma família católica, mas aos poucos se afastou da religião. Hoje se declara iorubá, religião de matriz africana.

Francisco também deu declarações que geraram polêmica. No ano passado, considerou "uma moda" a homossexualidade em comentários a jornalistas revelados pela Santa Sé em uma nota, posteriormente corrigida, eliminando o trecho no qual o papa argentino, de 82 anos, se referia ao tema.

Enquanto o protesto acontecia, com cartazes com mensagens como "Homofobia é pecado" e "Se há amor, há uma família", um grupo de peregrinos católicos, com bandeiras dos Estados Unidos, se afastou.

Juan José Londoño, um colombiano de 19 anos, pediu respeito à comunidade gay. "Suas crenças não podem invalidar meus direitos (...) Não é porque você está de dieta que eu não posso comer uma pizza", expressou à AFP.

Samirah já foi vítima de discriminação, conta. Foi expulsa de shoppings e restaurantes pelo simples fato de ter beijado Basch.

No Panamá, como em muitos países da América Latina, ainda não foram aceitas as demandas de direitos civis do movimento LGBT, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O Papa Francisco ouvirá a confissão de menores presos nesta sexta-feira (25), dia mais emotivo de sua visita ao Panamá, depois de falar sobre os grandes males que afetam a América Latina.

Um dia depois de seu primeiro grande encontro com os fiéis, antes da cerimônia de abertura da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o pontífice terá um momento especial em sua agenda com um encontro com menores detentos, em sua maioria condenados por roubo e homicídio.

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O programa inclui uma liturgia penitencial, ou seja, um momento para a confissão em uma prisão. A unidade fica ao noroeste da capital panamenha e tem 192 detentos. Os reclusos prepararam diversas atividades para receber o pontífice e oferecerão presentes, como quadros e objetos de artesanato.

Francisco ouvirá o testemunho de um detento e pronunciará uma homilia, um gesto para defender o direito de reintegração da pessoa, de uma segunda chance, um dos temas centrais de seu pontificado. O encontro pretende enviar a mensagem de reconciliação e paz aos menores de um país abalado pela violência das gangues de jovens.

Desde que chegou ao Panamá no dia 23, o pontífice tem falado sobre os grandes males que afetam a América Central, de onde procedem boa parte dos 200.000 jovens que participam da JMJ.

Diante das autoridades do país, o papa condenou os feminicídios e a ação de "grupos armados e criminosos", assim como o "tráfico de drogas e a exploração sexual de menores e de não tão menores", que agravam o êxodo de jovens.

Em uma mensagem divulgada por seu porta-voz, Francisco evitou falar sobre a tensão na Venezuela depois que o presidente do Parlamento do país, o opositor Juan Guaidó, se autoproclamou presidente da nação e foi reconhecido pelos Estados Unidos e outros 12 governos da região, como Brasil, Argentina e Colômbia.

O Vaticano mantém assim a cautela, apesar da liderança da Igreja local expressar muitas críticas ao governo de Nicolás Maduro, e opta ao que parece por apoiar uma solução baseada no diálogo.

- Marginalizados -

Em sua linha de apoio aos marginalizados da sociedade, o pontífice programou para domingo outro gesto importante: uma visita ao Lar Bom Samaritano, que abriga vítimas da aids e deficientes.

A sexta-feira terminará com uma Via Crucis que o pontífice presidirá com jovens de todo o mundo e na qual serão discutidas as 14 estações do calvário de Jesus Cristo.

Durante a cerimônia será utilizada a mesma cruz que percorre o mundo desde que João Paulo II criou a JMJ há quase 30 anos.

No sábado, após uma missa na Catedral Santa Maria a Antigua, almoçará com jovens e durante a noite vai liderar uma vigília ao ar livre no Campo São João Paulo II, um complexo próximo ao mar que pode receber 700.000 pessoas.

O papa Francisco falará nesta quinta-feira a uma América Latina dividida pela crítica situação política na Venezuela e vivendo um fenômeno migratório sem precedentes, que pune especialmente os jovens.

Será a primeira mensagem do pontífice depois de sua chegada ao Panamá para a Jornada Mundial da Juventude, que coincide com um momento delicado para a região: o líder da oposição Juan Guaidó proclamou-se presidente da Venezuela com o reconhecimento dos Estados Unidos e outros governos da região, como o Brasil e a Argentina.

Assim, o início da visita de cinco dias do papa argentino, de 82 anos, foi inevitavelmente marcado pelo caso venezuelano.

Em seu caminho para a nunciatura panamenha, um jovem com a bandeira da Venezuela nas mãos, escapou do cordão de segurança e correu para o lado direito do veículo onde estava o pontífice, obrigando o motorista a desviar.

E entre as dezenas de milhares de pessoas que acompanharam o percurso, um peregrino levantou um cartaz que dizia "Ore pela Venezuela".

- Consolo para os jovens migrantes -

A agenda oficial do papa Francisco nesta quinta-feira começa com reuniões com o presidente panamenho Juan Carlos Varela, no Palácio de las Garzas, com e autoridades do corpo diplomático no Palácio de Bolívar.

Mais tarde, o pontífice se encontrará com 70 bispos da América Central.

No final do dia, Francisco fará sua primeira missa na capital do Panamá.

Antes do terremoto político da Venezuela, o chefe da Igreja Católica, em sua primeira viagem à América Latina desde o ano passado, esperava colocar ênfase especial em suas mensagens sobre a onda migratória na região, com hondurenhos, guatemaltecos, salvadorenhos, nicaraguenses e venezuelanos cruzando fronteiras em massa.

Mas, filho de imigrantes italianos, Francisco não perderá a oportunidade de apoiar os jovens forçados a deixar seus países de origem para buscar melhores condições de vida, fugindo de conflitos políticos, violência de gangues e dificuldades econômicas.

Mas muitos estarão de olho na possibilidade de Francisco dedicar algumas palavras à crise venezuelana.

Em dezembro passado, Francisco desejou que a Venezuela "encontrasse novamente a harmonia e que todos os membros da sociedade trabalhassem fraternalmente pelo desenvolvimento do país, ajudando os setores mais fracos da população".

Embora o papa tenha até o momento evitado o confronto direto com o governo de Maduro, a cúpula da Igreja Católica venezuelana é alvo de críticas tanto do atual presidente quanto de seu antecessor, o falecido Hugo Chavez (1999-2013).

Francisco chegou a enviar um emissário ao país do petróleo para acompanhar um diálogo entre o governo e a oposição no final de 2016, negociações que falharam entre acusações mútuas de quebra de acordos.

Mais de 250 mil jovens provenientes de 170 países encontrarão o papa Francisco no Panamá na 34ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que começou na terça-feira (22) e se encerrará na manhã do próximo domingo, dia 27. A expectativa é de que cerca de 15 mil brasileiros participem do evento.

Além dos membros das delegações de dioceses de todos os continentes, haverá milhões de participantes vindos principalmente da América Central, dos Estados Unidos e da Europa. Grupos de peregrinos uniram devoção e aventura no projeto de ir rezar com o papa na JMJ. Cerca de 200 jovens viajaram num veleiro da Polônia ao Panamá.

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A Conferência Episcopal do Panamá estima que de 800 mil a 1 milhão de fiéis assistirão à missa de encerramento, na manhã do domingo. Cercas de 500 bispos participarão da cerimônia, ao lado do papa, que deve chegar nesta quarta-feira (23) ao Panamá. O total de fiéis e turistas poderá atingir 3 milhões de pessoas.

"Como é possível que grande quantidade de jovens tenha tanto interesse em seguir os passos de um papa de 82 anos?", afirmou d. Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar e vigário do Vicariato Episcopal para Educação e a Universidade da Arquidiocese de São Paulo. "Ele (Francisco) não faz discursos populistas para agradar os ouvintes. Suas palavras são alegres, mas exigentes", observou d. Carlos.

Paróquias

No Brasil, os participantes da JMJ estão sendo enviados pelas paróquias. Do Estado de São Paulo, por exemplo, vão representantes de 400 paróquias do interior, além da delegação da capital.

A JMJ foi criada pelo papa João Paulo II em dezembro de 1985. Seu objetivo era celebrar a fé, conhecer a doutrina, construir pontes de amizade entre culturas e povos. O Rio abrigou a jornada em 2013. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasileiros que vão participar da Jornada Mundial da Juventude, no Panamá, entre os dias 22 e 27 de janeiro, devem ficar atentos à caderneta de vacinação. O alerta é da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), diante da estimativa de que o evento reúna cerca de meio milhão de participantes de mais de 100 países, o que facilita a disseminação de doenças infectocontagiosas.

Na última edição, em 2016, na Polônia, a delegação brasileira, com cerca de 13 mil participantes, foi a terceira mais numerosa, atrás somente da polonesa e da italiana.

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A orientação é que o calendário vacinal esteja atualizado, com especial atenção para as vacinas contra a febre amarela, exigida para a entrada no Panamá, a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), a tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche), a hepatite A; e a poliomielite. A dose contra a meningite (a ACWY, se possível) também foi recomendada pela entidade.

“Além da proteção individual, quem se vacina colabora para a proteção coletiva. O surto de sarampo enfrentado pelos estados do Amazonas e Roraima desde meados de 2018 foi originado a partir do contato de brasileiros não imunizados com pessoas infectadas em outro país. O mesmo aconteceu no Ceará entre 2013 e 2015”, destacou a SBIm, em nota.

Ainda de acordo com o comunicado, o Panamá, assim como o Brasil, é área classificada como de risco para dengue e zika. É recomendável, portanto, o uso de repelentes durante a jornada.

Um apagão maciço foi registrado no Panamá neste domingo, três dias antes da chegada do Papa Francisco por ocasião da Jornada Mundial da Juventude-2019, confirmaram autoridades.

Comércios sem luz e semáforos inativos dominavam a Cidade do Panamá por volta do meio-dia, segundo um jornalista da AFP no local. As operações do metrô foram interrompidas e as estações, esvaziadas.

"Apresentou-se um evento no sistema integrado nacional que afetou o serviço de energia elétrica em vários setores do país. As equipes estão trabalhando para restabelecer o serviço o mais rapidamente possível", informou a Empresa de Transmissão Elétrica, S.A. (Etesa) no Twitter.

Sem definir as causas da falha elétrica, a Etesa havia apontado que o serviço começou a ser restabelecido "paulatinamente".

No entanto, pouco depois, a companhia afirmou que um incidente elétrico em um segundo país, Nicarágua, fez com que se perdesse "a carga que havia sido recuperada". Não deu maiores detalhes sobre o ocorrido.

Apesar do corte de energia, o aeroporto internacional de Tocumen e o Canal do Panamá mantiveram suas operações.

Domingo Espitia, coordenador das forças de segurança panamenhas por ocasião da visita de Francisco, afirmou que "todos os planos de contingência previstos" foram ativados com sucesso perante o incidente, e que o país está preparado para lidar com este tipo de situação.

Em sua 26ª viagem desde que foi nomeado Papa, no início de 2013, com 40 países visitados, Francisco estará no Panamá de quarta-feira até o próximo domingo, 27 de janeiro.

Trata-se da primeira visita de um pontífice ao país caribenho desde 1983, quando João Paulo II fez uma viagem pela América Central.

Espera-se a participação de ao menos 200.000 peregrinos procedentes de 150 países durante a Jornada Mundial da Juventude.

Um grupo de rock formado por freiras se apresentará ao Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Com milhões de visualizações e diversos sucessos em aplicativos de streaming, a banda se prepara para o show diante de milhares de católicos de todo o mundo, que se reunirão no Panamá, a partir do dia 22 de janeiro.

As “Siervas” (Servas, em português) destoam das bandas de rock “convencionais” do cenário mundial, já que as integrantes seguem as tradições católicas. Com letras que falam sobre a Palavra de Deus, elas também não renunciam aos hábitos e véus nas cores preta e branca, o que chama atenção pela comparação.

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Formado por nove freiras católicas de sete países diferentes (Chile, China, Costa Rica, Equador, Japão, Peru e Filipinas), a banda foi formada há cinco anos e faz shows na américa latina com a objetivo de difundir os ensinamentos cristãos aos mais jovens, através do ritmo musical. “Esta é outra forma de levar nossa mensagem de evangelização, mostrar a nossa força. Também é uma música de que nós gostamos, que mostra muito do que somos”, explicou a vocalista e guitarrista de 37 anos, irmã Ivonne.

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“Queremos alcançar o maior número possível de pessoas, e se o Papa estiver incluído nisso, estamos mais do que satisfeitas”, revelou Ivonne. Com aproximadamente 20 vídeos no YouTube, as Siervas conquistaram seguidores em diversos países. O videoclipe da canção “Confía en Dios” (Confia em Deus), viralizou na web e atingiu quase dois milhões de acessos. Nele, as freiras tocam em um heliporto, no topo de um arranha-céu em Lima, capital do Peru.

As religiosas já cantaram para o Pontífice durante visitas ao México e Peru. “Até agora não pudemos conversar com o Papa. Nós adoraríamos se ele se aproximasse de nós” relatou a irmã, e revelou, “eu não saberia o que dizer, acho que iria desmaiar”. Desde sua formação em 2014, o grupo religioso já passou por diversas mudanças, pois as freiras precisam sair para cumprir o papel missionário. As Siervas complementarão a agenda no Panamá com apresentações em uma penitenciária feminina, em algumas escolas e em um hospital de câncer infantil.

Os dois filhos do ex-presidente panamenho Ricardo Martinelli - Luis Enrique e Ricardo Martinelli - foram presos em Miami (EUA) e podem ser extraditados por lavagem de dinheiro, informou nesta quinta-feira (22) a procuradora-geral do Panamá, Kenia Porcell.

Há um ano, promotores panamenhos acusaram os dois de receber ao menos US$ 49 milhões da construtora brasileira Odebrecht quando o pai ocupava a presidência. O governo americano informou que eles foram presos por terem entrado de forma ilegal nos Estados Unidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A crise migratória que vivem países centro-americanos como El Salvador e Honduras será um dos temas que o papa Francisco abordará durante sua visita ao Panamá em janeiro, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

"É um tema no qual eu sei que o santo padre tocará", disse o arcebispo do Panamá, José Domingo Ulloa, ao ser perguntado em coletiva de imprensa sobre se o papa Francisco abordaria a questão migratória em sua visita ao Panamá.

"A realidade dos migrantes" atinge a juventude, e por isso será "um dos temas" que o papa Francisco "iluminará", acrescentou Ulloa.

O papa chegará ao Panamá em 23 de janeiro para participar da JMJ, que atrai milhares de jovens católicos de todo o mundo.

"O que o papa faz é iluminar a realidade para que nós então possamos também dar resposta a esses problemas urgentes que nossa juventude migrante vive", apontou Ulloa.

A região centro-americana foi sacudida por caravanas de milhares de migrantes, principalmente de Honduras e El Salvador, que tentam chegar aos Estados Unidos.

A companhia aérea panamenha Copa Airlines ficará responsável pela operação dos voos com saída do Aeroporto Internacional de Salvador direto para a Cidade do Panamá. A nova rota começa a funcionar a partir da madrugada desta quarta-feira (25); a frequência é de duas vezes por semana.

Inicialmente, o voo CM 475 acontecerá semanalmente às terças e sextas-feiras, partirá às 15h24 (horário local) do Panamá, com chegada às 00h30 (horário local), em Salvador, no Brasil.  Para retornar, o voo sairá de Salvador às quartas e sábados à 01h45, com chegada na Cidade do Panamá às 06h39 (horário local).

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A Cidade do Panamá é um destino muito importante, pois possui localização estratégica e possibilitará que os passageiros façam conexões com 79 destinos localizados em 32 países da América Central, do Norte, do Sul e Caribe. Dentre as principais cidades para pontos de conexão estão Cancun, Cartagena, Havana, Las Vegas, Miami, Nova Iorque, Orlando e Santo Domingo.

A Tunísia voltou a vencer um jogo de Copa do Mundo depois de 40 anos ao bater o Panamá por 2 a 1, nesta quinta-feira, na Arena Mordovia, em Saransk, pela terceira rodada do Grupo G, que encerrou também a primeira fase do Mundial da Rússia. Festa tunisiana e decepção panamenha, que sai de sua primeira Copa com três derrotas e apenas dois gols marcados. A partida também marcou o gol de número 2.500 dos Mundiais. As duas equipes já estavam eliminadas.

O último triunfo da Tunísia no torneio havia sido os 3 a 1 sobre o México, em 1978. Aliás, até então era única vitória do país na competição, em 14 jogos. O jogo também marcou a despedida do zagueiro Felipe Baloy da seleção panamenha. O jogador de 37 anos, do CSD Municipal, da Guatemala, não entrou na partida. Mas, como prêmio de consolação, fez o primeiro gol do país em Copa - na goleada por 6 a 1 sofrida para a Inglaterra, no último domingo.

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Os dois times entraram com muitos reservas para fazer os jogadores terem a experiência de jogarem uma Copa do Mundo. A partida, que já não era das mais atrativas, perdeu ainda mais em qualidade técnica. A Tunísia se mostrou melhor. Com 64% de posse de bola, tomou a iniciativa. Chegou com mais perigo. Só no primeiro tempo foram sete chutes, três no alvo, fazendo o goleiro Penedo trabalhar.

Apesar do domínio, foi o Panamá que abriu o placar. Aos 32 minutos, José Rodríguez bateu de fora da área, a bola desviou em Meriah e enganou Mathlouthi para morrer no fundo das redes. Rodrigues saiu comemorando, na esperança de ser o segundo a ter marcado um gol na história do país em Mundiais, mas o árbitro Nawaf Shukralla, do Bahrein, anotou gol contra. Foi o único chute panamenho à meta adversária na primeira etapa.

No segundo tempo, o técnico do Panamá, o colombiano Hernán Darío Gómez, tirou o atacante Gabriel Torres e colocou o zagueiro Cummings para reforçar o sistema defensivo e segurar a vitória. Mas o treinador da Tunísia aumentou o poderio ofensivo com o meia Badri no lugar do volante Sassi.

Resultado: empate tunisiano logo aos 5 minutos. Sliti fez boa jogada e tocou para Khazri, que cruzou para o centroavante grandalhão Ben Youssef empurrar para o gol. Um gol histórico, o de número 2.500 na história das Copas do Mundo.

Depois do empate, Hernán Darío Gómez quis consertar o erro e inverteu a substituição anterior. Desta vez, tirou o zagueiro Roman Torres e colocou o atacante Tejada. Mas não deu certo. Aos 20 minutos, a Tunísia virou. O atacante Khazri recebeu passe de Haddadi dentro da pequena área e completou para o gol vazio.

Em seguida, os panamenhos fizeram o segundo gol, em um belo arremate de Bárcenas. Mas a jogada já havia sido parada uma falta de Tejada no lance anterior. No fim, o Panamá não teve força para empatar e a Tunísia conquistou a sua segunda vitória em Copas do Mundo.

FICHA TÉCNICA

PANAMÁ 1 x 2 TUNÍSIA

PANAMÁ - Jaime Penedo; Adolfo, Román Torres (Tejada), Fidel Escobar e Ovalle; Gabriel Gómez, Anibal Godoy, Ricardo Ávila (Arroyo), Edgar Bárcenas e José Rodríguez; Gabriel Torres (Cummings). Técnico: Hernán Darío Gómez.

TUNÍSIA - Aymen Mathlouthi; Hamdi Nagguez, Bedoui, Meriah e Haddadi; Chaaleli, Ellyres Skhiri, Sassi (Badri) e Sliti (Khalil); Ben Youssef e Wahbi Khazri (Srarfi). Técnico: Nabil Maaloul.

GOLS - Meriah (contra), aos 32 minutos do primeiro tempo; Ben Youssef, aos 5, e Khazri, aos 20 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Ricardo Ávila, Gabriel Gómez e Tejada (Panamá); Sassi, Badri e Chaaleli (Tunísia).

ÁRBITRO - Nawaf Shukralla (Fifa/Bahrein).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Arena Mordovia, em Saransk (Rússia).

A última rodada da primeira fase da Copa do Mundo, com quatro jogos por dia, passou rápido. Hoje (28) é o último dia da fase de grupos. Ao todo, 14 países estão classificados para disputar as oitavas de final, em que cada jogo será eliminatório, no estilo mata-mata, ou seja, quem perder voltará para casa.

No grupo G, Inglaterra e Bélgica já estão classificadas. No grupo H, três times brigam por duas vagas e o Senegal pode ser a única seleção africana a avançar no Mundial da Rússia.

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Senegal x Colômbia – 11h - Samara

Japão x Polônia – 11h - Volgogrado

Japão e Senegal lideram o grupo H, com 4 pontos ganhos, e têm a vantagem do empate para seguir às oitavas de final.

A Colômbia, com três pontos ganhos, precisa vencer o Senegal para garantir a vaga. Os colombianos até podem comemorar a vaga com um empate, desde que o Japão perca para a Polônia, que já não tem chances de classificação.

Na entrevista coletiva concedida antes da partida de hoje, o técnico colombiano José Pekerman elogiou o adversário. “Este jogo é decisivo, define quem avança à próxima fase. O Senegal chegou em boa forma e demonstrou isso nos dois últimos jogos. Acho que o jogo será muito intenso, competitivo. Espero que saiamos com a vitória”.

O treinador senegalês Aliou Cissé devolveu os elogios e acrescentou que o vencedor será aquele que controlar o meio de campo.

“A Colômbia tem alguns dos melhores jogadores internacionais. Eles podem variar o ritmo do jogo e são taticamente muito fortes. Nesta quinta-feira, jogaremos para vencer. A batalha no meio de campo será o ponto-chave”.

Inglaterra x Bélgica – 15h - Kaliningrado

Panamá x Tunísia – 15h - Saransk

O jogo da tarde entre a Bélgica e a Inglaterra será importante para observar a seleção que está mais bem preparada para a próxima fase.

As duas equipes, cotadas para chegar pelo menos até as quartas de final, ainda não foram testadas na Copa do Mundo. Enquanto a Alemanha e a Argentina passaram por jogos mais duros, belgas e ingleses enfrentaram o Panamá e a Tunísia, duas seleções muito inferiores tecnicamente.

Vale lembrar que a Inglaterra passou sufoco contra a Tunísia na estreia.

Já a Bélgica não teve trabalho para vencer até agora. Esse teste, no entanto, não será tão fiel. Os dois países terão mudanças no time titular. Já garantidos nas oitavas de final, sabe-se que os treinadores dos dois times pouparão titulares. Até o artilheiro do time belga, Lukaku, ficará de fora.

A outra partida será uma despedida dos dois figurantes do grupo. Se há algum atrativo no duelo entre o Panamá e a Tunísia, ele é a chance de o Panamá conquistar sua primeira vitória numa Copa do Mundo. Encerrado o jogo, as duas seleções voltam para casa.

Classificadas para as oitavas de final

Veja os 14 países que já estão classificados para as oitavas de final:

Uruguai, Rússia, Espanha, Portugal, França, Dinamarca, Croácia, Brasil, Argentina, México, Suíça, Suécia, Inglaterra e Bélgica

A seleção inglesa alcançou neste domingo sua maior vitória em Copas do Mundo. O time comandado por Gareth Southgate passeou em campo, goleou o Panamá por 6 a 1 em Nijni Novgorod, e garantiu classificação às oitavas de final no Grupo G.

Foi a primeira vez que os ingleses marcaram mais de cinco gols em uma mesma partida de Mundial. A maioria dos gols, cinco deles, saiu no primeiro tempo. O principal destaque foi o centroavante Harry Kane, que marcou três vezes. Ele fez dois de pênalti e um outro que a bola tocou sem querer em seu calcanhar e entrou.

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Kane já havia feito dois na estreia, na vitória sobre a Tunísia por 2 a 1, e agora é o artilheiro isolado da competição com cinco gols - Lukaku, da Bélgica, e o português Cristiano Ronaldo têm quatro. Stones, com dois gols, e Lingard completaram o histórico triunfo para a Inglaterra.

A seleção panamenha, estreante em Copas do Mundo, ao menos conseguiu seu gol de honra. O zagueiro Felipe Baloy, que já passou por Grêmio e Atlético-PR, marcou de carrinho e os torcedores panamenhos no estádio comemoraram o tento como se fosse título.

O resultado deixou a equipe inglesa empatada com a Bélgica na ponta da tabela. As duas seleções somam seis pontos, têm oito gols marcados e dois sofridos. A Inglaterra, inicialmente, tem a vantagem de jogar pelo empate no duelo da próxima quinta-feira, às 15h (de Brasília), em Kaliningrado, porque tem menos cartões amarelos (2 a 3). O Panamá no mesmo dia e horário, em Saransk, faz o duelo dos eliminados com a Tunísia.

O JOGO - O Panamá chegou a assustar bem no começo da partida, com chutes de longa distância. Mas não esboçou a menor reação depois que a Inglaterra abriu o placar logo aos sete minutos. Após cobrança de escanteio do lado direito, o zagueiro Stones apareceu livre no meio da área e mandou de cabeça para as redes. Foi o terceiro gol da Inglaterra na Copa, o terceiro em escanteio.

A Inglaterra precisava tirar o saldo de gols da Bélgica e manteve a pressão. E a zaga panamenha não demonstrava o menor jeito para conter as investidas do adversário. Aos 22, Escobar derrubou Lingard na área e o juiz marcou pênalti. Kane bateu forte no ângulo direito de Penedo e ampliou.

Os panamenhos não conseguiam nem passar do meio de campo direito e viram o adversário marcar o terceiro aos 36 minutos. Lingard recebeu passe de Sterling, e acertou belo chute de fora da área no ângulo esquerdo de Penedo.

Quatro minutos depois, Kane ajeitou de cabeça, Sterling cabeceou para defesa de Penedo e na sobra o zagueiro artilheiro Stone mandou para as redes. O Panamá não se acertava em campo e conseguiu a façanha de cometer dois pênaltis em uma mesma jogada. Murillo abraçou Stones na área e Kane foi agarrado por Godoy. Kane bateu da mesma maneira, um chute forte buscando o ângulo direito do goleiro panamenho: 5 a

0.

No segundo tempo, a Inglaterra tirou o pé. Mesmo assim, meio sem querer, chegou ao sexto gol. Loftus-Cheek chutou cruzado de fora da área, a bola tocou no calcanhar de Kane, que estava em posição duvidosa, e enganou o goleiro Penedo. O árbitro de vídeo entendeu que a posição era legal e assinalou gol para o centroavante, o terceiro dele na partida e que garantiu a artilharia isolada.

Antes da saída de bola, o técnico Southgate tirou Kane de campo. O Panamá então passou a se arriscar ao ataque e chegou ao gol de honra com o zagueiro Baloy, já defendeu Grêmio e Atlético-PR. Aos 32 minutos, o jogador aproveitou cruzamento na área e desviou de carrinho para as redes.

FICHA TÉCNICA:

INGLATERRA 6 X 1 PANAMÁ

INGLATERRA - Pickford; Walker, Stones e Maguire; Trippier (Rose), Loftus-Cheek, Henderson, Lingard (Delph) e Young; Sterling e Harry Kane Vardy. Técnico: Gareth Southgate.

PANAMÁ - Penedo; Murillo, R. Torres, Escobar e Davis; Gomez (Felipe Baloy), Cooper, Godoy (Ricardo Ávila), Barcenas (Arroyo) e J. Rodríguez. Perez. Técnico: Gomez Hernan.

GOLS - Stones, aos sete, Harry Kane, aos 22, Lingard, aos 36, Stones, aos 40, e Harry Kane, aos 46 minutos do primeiro tempo; Harry Kane, aos 17, e Felipe Baloy, aos 32 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Ghead Grisha (Egito)

CARTÕES AMARELOS - Murillo e Cooper (Panamá) e Loftus-Cheek (Inglaterra)

PÚBLICO - 43.319 torcedores.

LOCAL - Nijni Novgorod Stadium - Nijni Novgorod.

Pela primeira vez nesta Copa do Mundo, uma seleção apontada como franca favorita para uma partida não decepcionou. Contando com boa atuação de Eden Hazard e com o oportunismo de Lukaku, a Bélgica bateu o Panamá por 3 a 0 em Sochi, em partida válida pelo Grupo G. O jogo marcou a estreia panamenha em Mundiais e, até por isso, foi uma grande festa.

Na véspera da partida, o técnico espanhol Roberto Martínez, que comanda o time belga, havia dito que o Panamá tinha "uma das histórias mais bonitas desta Copa", lembrando a classificação ao Mundial e o orgulho do feito para o país. E o que se viu no Fisht Stadium nesta segunda-feira corroborou com o discurso.

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A seleção panamenha carece de técnica e tem um grupo de jogadores comuns, mas em campo todos eles substituíram isso por muita entrega. O time chegou a atrasar em alguns segundos o protocolo inicial da partida porque decidiu fazer uma rodinha dentro de campo para desejar sorte uns aos outros. O apelo do árbitro para que se alinhassem para a partida mal foi ouvido.

Se deixou a desejar em qualidade no gramado, fora dele o Panamá foi o grande vitorioso. Seus torcedores estavam em maior número nas arquibancadas e fizeram um espetáculo digno das melhores Copas do Mundo. Começou no momento da execução do hino, cantado a plenos pulmões. Depois, os panamenhos vibravam quando sua seleção tinha um escanteio a favor ou mesmo quando os zagueiros Escobar e Román Torres rifavam a bola ao ataque de qualquer maneira. E quando Blas Perez ou Rodriguez conseguiam colocar a bola no chão e buscar um contragolpe, era puro êxtase nas arquibancadas.

Do outro lado, a Bélgica era dona do jogo propriamente dito. A despeito do primeiro tempo difícil, demonstrou ser uma equipe muito bem treinada, com boas opções ofensivas e jogadores perigosos a partir do meio de campo. O placar final de 3 a 0, nesse sentido, foi mais do que justo.

O capitão Eden Hazard foi o grande articulador do time, mas as jogadas de ataque não passavam apenas pelos seus pés. Mertens, na direita, e Carrasco, pela esquerda, se revezavam nos avanços até a linha de fundo e tentativas de arremate. Pelo miolo da área, Lukaku estava preso entre os defensores, mas era sempre uma opção, principalmente pelo alto.

Nesse ritmo, era uma questão de tempo para os belgas construírem a vitória. Se faltou capacidade para o time furar o bloqueio panamenho na primeira etapa, na segunda o time soube aproveitar seu qualificado toque de bola e o cansaço do adversário. Para facilitar ainda mais, um golaço de Mertens logo aos 2 minutos jogou por terra toda a estratégia defensiva do Panamá. Lukaku, aos 24 e aos 30, fechou o placar.

Após a boa estreia desta segunda-feira, a Bélgica voltará a atuar no próximo sábado, quando enfrenta a Tunísia, às 9 horas (de Brasília), em Moscou. No domingo, no mesmo horário, o Panamá terá pela frente a Inglaterra, em Nijni Novgorod.

FICHA TÉCNICA

BÉLGICA 3 X 0 PANAMÁ

BÉLGICA - Courtois; Alderweild, Boyata e Vertonghen; Witsel (Chadli), De Bruyne, Carrasco (Dembele) e Meunier; Eden Hazard, Mertens (Thorgan Hazard) e Lukaku. Técnico: Roberto Martínez.

PANAMÁ - Penedo; Murillo, Roman Torres, Escobar e Davis; Gomez, Cooper, Godoy, José Luis Rodriguez (Diaz) e Barcenas (Gabriel Torres); Blas Perez (Tejada). Técnico: Hernán Gomez.

GOLS - Mertens, aos 2, e Lukaku, aos 24 e aos 30 do segundo tempo.

ÁRBITRO - Janny Sikazwe (ZAM).

CARTÕES AMARELOS - Meunier, Vertonghen e De Bruyne (Bélgica); Davis, Barcenas, Cooper, Murillo e Godoy (Panamá).

PÚBLICO - 43.257 torcedores.

LOCAL - Fisht Stadium, em Sochi.

O Panamá decidiu retirar o embaixador Miguel Mejía da Venezuela e solicitou ao governo do país petrolífero que faça o mesmo com seu representante diplomático na Cidade do Panamá.

O país panamenho informou que a medida foi uma resposta à decisão da Venezuela de suspender as relações comerciais com diversas autoridades e empresas acusadas de suposto envolvimento em lavagem de dinheiro, como o presidente Juan Carlos Varela e a companhia aérea Copa.

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Em março o Panamá incluiu o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em uma lista de cidadãos considerados de alto risco em matérias de lavagem de capitais, financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição de massa.

O Ministério de Relações Exteriores do Panamá afirmou em nota que “as autoridades panamenhas avaliam o impacto de tais medidas no âmbito econômico e comercial para identificar outras possíveis futuras ações.” O comunicado também abordou que “ o governo panamenho considera que se trata de uma reação política que carece de embasamento, adotada fora do marco jurídico internacional, uma represália às ações anunciadas no país”.

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