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Os maus-tratos que sofrem os animais de tração, como burros e cavalos que puxam carroça, é uma realidade presente nas cidades. A Universidade da Amazônia (Unama) realizou, por meio do Núcleo de Responsabilidade Social, no dia Mundial de Proteção aos Animais, em 8 de novembro, uma mesa-redonda com o tema “As implicações dos maus-tratos no bem-estar de animais de tração”. O evento ocorreu no auditório D-200 do campus Alcindo Cacela.

A professora Edwana Monteiro, do curso de Medicina Veterinária e membro do Núcleo de Responsabilidade Social da Unama, disse que a intenção da mesa-redonda é agregar conhecimento e conscientizar os alunos sobre os maus-tratos contra os animais de tração. “Nossa intenção é levar para nosso aluno essa conscientização de que ele é personagem fundamental para que ocorram modificações nesse panorama que, infelizmente, ainda é realidade dentro da nossa sociedade”, conta.

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A estudante de Medicina Veterinária Alanna Oliveira afirmou que a palestra foi importante não só para os conhecimentos acadêmicos, mas também para a sociedade como um todo. “Agregou conhecimentos para o meio acadêmico, mas também para a sociedade poder se conscientizar que os maus-tratos aos animais são uma realidade do nosso dia a dia e que precisa ser mudada”, disse.

O verador Igor Normando (PHS), que apoia a causa de proteção aos animais, disse que um debate sobre esse assunto em uma universidade é essencial para enfrentar o problema. “A causa animal hoje é uma ralidade forte não só em Belém, mas em todo o Brasil. Então discutir isso com os alunos é muito válido para esclarecer que é preciso participar da luta contra os maus-tratos aos animais para que a gente possa ver isso se acabando na nossa cidade”, afirmou.

Por Leticia Aleixo.

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Apesar das diversas campanhas que alertam a população contra os maus-tratos e sobre a necessidade de cuidar dos animais, casos de violências continuam sendo descobertos Brasil afora. No interior de São Paulo, em Jacupiranga, ao menos 8 cachorros que estavam trancados e abandonados em espaços escuros dentro de uma residência foram resgatados nessa sexta-feira (13). 

De acordo com reportagem do G1, mais 7 cachorros que estavam na área externa de um sítio também foram retirados. O Grupo de Proteção aos Animais do Vale do Ribeira (GPA) contou que a situação dos compartimentos da casa era muito crítica e que, na hora do resgate, eles estavam com medo de todo mundo e se comportaram de modo arredio. Outros estavam com vermes e bicheira. 

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Segundo o que foi apurado, o dono do local tem 70 anos, adoeceu, foi internado e não teve mais condições de cuidar dos animais. Todos os resgatados foram levados para os canis do GPA e, neste domingo (15), haverá um mutirão do bem reunindo vários colaboradores para que os bichinhos recebam todos os cuidados necessários, além de que serão submetidos a exames. 

No final do mês passado, o resgate de 135 cães que estavam em um canil de Osasco revoltou boa parte da sociedade. A maioria dos animais estava em péssimas condições, bastante debilitados, todos sujos e até mesmo com fezes presas nos pelos. Além disso, alguns estavam com marca de espancamento e tortura. 

Nove cachorros - cinco adultos e quatro filhotes - foram encontrados amarrados a um poste pelos pescoços, na manhã desta quinta-feira, 5, no bairro Lavapés, em Botucatu, no interior de São Paulo. Um dos animais não resistiu aos maus-tratos e acabou morrendo enforcado.

Um morador, que registrou o sofrimento dos animais, entrou em contato com o Corpo de Bombeiros. A equipe foi até o local e promoveu a soltura dos cães. Três deles, adultos, acabaram fugindo assim que se viram livres e não puderam ser contidos. Os outros foram entregues ao Centro de Zoonoses municipal.

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A prefeitura informou que os cães passaram por exames clínicos e serão colocados para adoção. O animal que morreu seria uma cachorra adulta, provavelmente a mãe dos filhotes. Conforme relato dos funcionários da Zoonoses, a coleira estava apertada demais e ela teria tentado se livrar, possivelmente para socorrer os filhotes, mas acabou se enforcando.

Os registros do caso foram encaminhados à Polícia Civil para a identificação do responsável pelos animais e apuração de eventual crime de maus-tratos. Até o início da tarde, a pessoa que amarrou e abandonou os animais não tinha sido encontrada. A polícia vai examinar imagens de câmeras de monitoramento instaladas nas proximidades.

Em nota, a prefeitura informou que realiza campanhas para conscientizar sobre a importância da posse responsável por parte de proprietários de animais domésticos no município.

Uma operação da Polícia Civil resgatou na manhã desta sexta-feira, 29, 135 cães que eram vítimas de maus-tratos em um canil em Osasco, na Grande São Paulo. Os animais tinham marcas de espancamento e tortura. No local, os investigadores encontraram ainda nove cachorros mortos. A moradora do imóvel, uma idosa de 70 anos, foi levada pela polícia a uma delegacia.

A Operação Canina foi coordenada pela Delegacia do Meio Ambiente de Osasco e ocorreu após uma denúncia recebida pelo Instituto Luisa Mell e reportada à polícia.

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Os policiais civis foram ao endereço indicado por volta das 10h30, um imóvel de alto padrão no bairro do Jardim Adalgisa, e encontraram os animais feridos, confinados em cômodos sujos de urina e fezes. Alguns tinham ossos quebrados e estavam cegos.

Os corpos dos cachorros mortos estavam dentro de sacos de lixo do lado de fora da casa. A dona da residência foi liberada após prestar depoimento.

Segundo a Polícia Civil, a organização não governamental (ONG) que recebeu a denúncia ofereceu a infraestrutura necessária para a retirada dos animais do canil, acompanhou a operação e ficará responsável por cuidar deles até que sejam adotados.

A apresentadora de TV e ativista Luisa Mell, fundadora da ONG, esteve pessoalmente no canil e publicou vídeos em seu Instagram nos quais descreve o que chamou de "filme de terror" e pede ajuda para tratar os cachorros resgatados.

De acordo com Luisa, a proprietária do canil explorava até a morte os animais mais velhos e vendia os filhotes. "Eles estão em péssimo estado, todos precisam de tratamentos, vacinas, alguns de cirurgia", escreveu.

O Instituto Luisa Mell disponibilizou duas contas bancárias para quem quiser contribuir com a recuperação dos cães: Banco do Brasil, agência 1817-1, conta corrente 120.000-3; e Bradesco, agência 1974, conta corrente 288-7.

Um touro deu fim à própria vida durante o festival 'Toro Embolado', realizado em Valência, na Espanha. O animal estava amarrado e com os chifres em chamas, além de ter o rabo puxado, numa prática que faz parte da tradição da região. Tudo aconteceu no último dia 22 de julho e foi registrado em vídeo.

A organização Bulls Defenders United, que milita contra a realização de touradas e festivais análogos que geram maus-tratos aos animais, postou o vídeo do momento em que o touro se lança contra o tronco em que está amarrado enquanto é agredido por diferentes pessoas.

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Assista ao vídeo (cenas fortes):

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Foi preso na manhã desta quarta-feira (5) Bruno Meira da Silva, em Goiânia-GO. Ele é acusado de praticar crimes de dano ao patrimônio, maus-tratos, injúria e ameaça contra sua mãe, de 67 anos, seu avô, 99, e um tio, 67. A mãe de Bruno é deficiente visual.

A prisão do agressor foi feita pela Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso de Goiânia (Deai). Segundo a delegada Ana Lívia, titular da delegacia, as vítimas disseram que os maus-tratos eram constantes.

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Bruno, de acordo com a polícia, ameaçava matar a mãe. Ele também ameaçava matar os outros idosos da família caso fosse denunciado. 

Um homem de 44 anos foi preso na última quarta-feira (29), em Umuarama-PR, por maltratar a própria mãe de 69 anos. A idosa era obrigada a ficar o dia todo sentada em uma cadeira do lado de fora da casa.

A Polícia Civil chegou ao caso após denúncias anônimas. A idosa era proibida de entrar na própria casa e, por conta disso, fazia suas necessidades fisiológicas no quintal.

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Além disso, a vítima foi encontrada sem alimentação, com apenas um litro de água para tomar banho e beber durante o dia.  Após ser resgatada, ela foi encaminhada à casa de acolhimento Associação de Apoio a Promoção Profissional (Apromo). 

Já o filho da vítima recebeu voz de prisão em flagrante pelos crimes de abandono de idoso, abandono de incapaz e maus-tratos. Ele negou os crimes na delegacia. 

A Polícia Civil registra 21 denúncias de maus-tratos a animais por dia em 2016 no Estado de São Paulo. Os relatos desses crimes revelam casos de agressão física aos bichos por seus donos em casa, prisão em cativeiros sem condições de higiene ou alimentação e até brigas de galo. O Estado obteve os boletins de ocorrência feitos desde 2011 sobre esse delito.

A maioria das denúncias é feita por vizinhos ou moradores próximos de onde aconteceu a agressão, de forma anônima. Imagens de maus-tratos publicadas nas redes sociais também podem virar alvo de apuração. Vídeos e fotos registrados por celulares têm ajudado o Ministério Público Estadual e a polícia a identificar os autores.

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Só neste ano, até julho, as delegacias já redigiram 4,4 mil boletins de ocorrência, cerca de 628 casos por mês desse tipo de crime. A média já é maior do que há cinco anos - em 2011, eram 348 casos por mês. A cidade de São Paulo concentra 9,6% das estatísticas, com 426 episódios de violência.

Para o levantamento, a reportagem considerou só os casos que se enquadram na definição legal como "praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos". Esse crime prevê detenção de 3 meses a 1 ano e multa aos acusados.

O aumento das denúncias pode ser explicado pela facilidade em se obter provas. "Hoje em dia, todo mundo tem um celular com câmera. Fica mais fácil fazer uma denúncia e reunir provas em favor dos animais", afirma a promotora do Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais e de Parcelamento Irregular do Solo (Gecap), Eloísa Balizardo.

A advogada Antília da Monteira Reis, presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal da Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo (OAB-SP), que também recebe denúncias, destaca o uso das redes sociais. "Antes, se alguém fazia uma denúncia, sempre se questionava se havia provas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Civil prendeu um homem por maus-tratos e sequestro de idosos em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Alexandre de Oliveira Almeida é acusado de estar com seis idosos, de idade entre 75 e 90 anos, vivendo de forma inadequada no interior de sua casa.

Segundo a Polícia Civil, o local não possuía condições mínimas de sobrevivência para os idosos. Eles não tinham direito à liberdade e estavam sem alimentação e medicação adequadas. 

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O local foi encontrado após denúncia anônima. Familiares dos idosos estão na Delegacia de Igarassu, nesta tarde de segunda-feira (1º), para prestarem depoimento sobre a situação.

Os idosos foram encaminhados a um abrigo, também em Igarassu. Alexandre Oliveira Almeida foi recolhido ao Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na RMR. Ele vai responder pelos crimes de sequestro qualificado pelos maus-tratos e exposição de perigo à integridade física e moral de idoso. 

Um vídeo impactante filmado por uma associação levou nesta quarta-feira a principal marca de distribuição de ovos da França a parar de se abastecer de um criadouro de galinhas poedeiras ameaçado de fechamento por maus-tratos de animais.

As imagens mostram galinhas depenadas, uma série de piolhos e vermes, e cadáveres de galinhas em estado de decomposição nas jaulas, repletas de excrementos.

Segundo a associação L214, que milita pela supressão de toda a indústria e todo o consumo de produtos animais, o vídeo foi filmado em abril em um criadouro de Chaleins (leste).

Após a divulgação do vídeo, a maior empresa francesa de ovos, Matines, anunciou que parou de se abastecer deste criadouro, que tem 200.000 galinhas poedeiras e 150.000 frangos. A empresa prometeu retirar da venda "os ovos já comercializados".

O ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, ameaçou fechar o criadouro e a ministra do Meio Ambiente exigiu das autoridades locais uma inspeção e uma decisão "ainda hoje".

Confira o vídeo:

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A divulgação de um vídeo mostrando os maus-tratos aplicados a animais em um matadouro certificado no sul da França levou ao fechamento temporário do estabelecimento e à abertura de um inquérito pela justiça. O grupo de defesa dos animais L214 publicou em seu site um vídeo de cerca de 4 minutos e 30 segundos filmados, segundo ela, no abatedouro de Vigan, em Gard.

Nas imagens é possível ver um empregado pegar cordeiros relutantes em entrar no corredor formado por barreiras e lançar repetidamente os animais violentamente contra as cercas. Bovinos e suínos, teoricamente degolados depois de terem sido atordoados, sangram, enquanto ainda se movem. Um funcionário parece se divertir ao atingir com um bastão elétrico repetitivamente para testar a reação dos animais.

Denunciando "cenas intoleráveis que ​​violam as leis e causam grande sofrimento nos animais", a associação anunciou que apresentou uma queixa ao procurador da República de Ales. O procurador "decidiu abrir uma investigação preliminar para verificar as informações contidas nesta denúncia", afirmou nesta terça-feira.

O inquérito será realizado pela Brigada Nacional de investigação veterinária e sanitária em cooperação com a polícia local, informou. O ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, condenou em um comunicado "essas práticas intoleráveis".

"Desde novembro de 2015, Stéphane Le Foll instruiu os prefeitos de garantir a prevenção de quaisquer atos de maus tratos durante o abate", lembrou seu ministério. O gerente do matadouro em questão não respondeu às chamadas da AFP nesta terça-feira. Mas as autoridades locais anunciaram o fechamento imediato por "medida de precaução" e "até nova ordem", para permitir a condução do inquérito.

No vídeo divulgado, as imagens não são tomadas em câmera escondida móvel, mas são fixas, como em câmeras de segurança. "Mesmo em um matadouro teoricamente orgânico e local, os animais morrem de maneira dolorosa", lamentou a cantora Nili Hadida, do grupo Lilly Wood and the Prick, que apresenta as imagens.

Há quatro meses, a mesma associação de defesa dos animais difundiu imagens de maus tratos filmadas com uma câmera escondida no abatedouro municipal de Ales. A sua difusão provocou reações fortes, a abertura de uma investigação preliminar - ainda em curso - e o fechamento temporário do matadouro.

Chamando a "confrontar" a "crueldade" do abate de animais, a associação L214 pede a criação de uma comissão parlamentar de inquérito sobre os métodos de abate em matadouros franceses.

Confira o vídeo que provocou revolta da associação. As imagens são fortes:

Uma leoa maltratada em circos na Argentina será sacrificada caso nenhum zoológico brasileiro se candidate a abrigá-la. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai consultar, em caráter de urgência, todos os zoológicos do País depois que a Procuradoria da República em São Paulo entrou em ação para evitar a morte do animal, de 7 anos.

Resgatada em agosto, a leoa Baguira está sob cuidados de um órgão ambiental argentino, que não tem estrutura para mantê-la. A Argentina tem superpopulação de leões, e por isso o animal deve vir para o Brasil.

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"Deve-se considerar a legislação internacional, uma vez que há a possibilidade de salvar a vida do felino sem risco sanitário para a nação brasileira", declarou o procurador da República Matheus Baraldi Magnani, que citou em seu recurso a Declaração Universal dos Direitos dos Animais - segundo a qual nenhum animal será submetido a maus tratos ou a atos cruéis.

A leoa Baguira já passou por dois circos argentinos - Circo de Jhony Bravo e Circo Yuboslavo. Deste último, o animal foi resgatado em agosto na cidade de Tucuman, ao norte da Argentina.

Provisoriamente recebendo cuidados na Fauna Província, órgão ambiental argentino, Baguira, que tem 7 anos, teve o crescimento afetado por doenças e falta de espaço e de comida enquanto esteve enjaulada.

Como a Argentina não pode ficar com a leoa a associação protetora dos animais "Rancho dos Gnomos", em Cotia, na Grande São Paulo, se dispôs a abrigá-la. O Ibama negou, alegando que grandes felinos exóticos só podem entrar no País por intermédio de Jardins Zoológicos. Agora, o órgão deve consultar o zoos para tentar achar um local para a leoa.

À reportagem, o Ibama afirmou que, até o momento, "não há possibilidade de algum zoológico brasileiro receber o animal".

Artigo de luxo disponível em poucos empórios e bistrôs da cidade, o foie gras, feito com fígado gordo de pato ou de ganso, está a um passo de ser extinto. Em nome do direito dos animais, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei que proíbe o comércio da iguaria na capital. Caso a medida seja sancionada pelo prefeito Fernando Haddad (PT), alguns chefs prometem resistência. "Vou tirar do cardápio escrito, mas vou ter na geladeira", admite Renato Carioni, chef do restaurante Così, na região central.

A justificativa do vereador Laércio Benko (PHS), autor do projeto de lei, é que, para obter o foie gras (algo como "fígado gordo", em francês), os animais passam por sofrimento intenso. Os patos e gansos são submetidos a um processo chamado gavage - espécie de superdieta. O método inclui a introdução de um funil goela abaixo, para garantir que as aves consumam mais cereais e engordem.

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Se os defensores consideram a proposta ambientalmente correta, para Carioni trata-se de uma "idiotice" que "não tem razão de existir". "Que animal não sofre na hora de morrer? Quando corta um porco desmaiado com a motosserra, ninguém reclama. Quando um frango passa 30 dias com a luz acesa, come o tempo todo e toma hormônio, ninguém reclama. Então, vamos parar de comer porco e frango."

Carioni serve escalope de foie gras grelhado, além de molhos à base da iguaria. Apesar de ser um ícone da culinária francesa, o produto consumido na capital vem do interior de São Paulo. O chef afirma acompanhar de perto todo o processo imposto às aves. "Quem é contra, em geral, nunca viu fazer. Pega um vídeo na internet de um produtor que não tem escrúpulo e acha que é aquilo."

O chef Fred Barroso, do Le Vin Bistrô, nos Jardins, prepara fricassé de champignon ao molho de foie gras. Ele também afirma que a lei é "injustiça com quem gosta" da iguaria. A razão seria uma questão de "égalité". "O mesmo maltrato que o ganso sofre, o boi, o porco e o frango também sofrem. Para proibir um, tem de proibir todos."

Em 2013, Barroso organizou um festival de foie gras em oposição ao projeto de lei que começava a tramitar na Câmara. Em resposta, ativistas fizeram vigília na porta do restaurante. Ele acredita que os admiradores do prato continuarão comendo, à revelia de qualquer decisão. "Quem gosta são pessoas de maior poder aquisitivo, é um negócio difícil de barrar. Eles sempre vão dar um jeito de ter."

Sócio do Ici Bistrô, em Higienópolis, Renato Ades diz entender o contexto ambientalista do projeto, mas acredita que proibir os restaurantes é "radical". Seu argumento faz mais o tipo "liberté".

"Deveria ficar a critério de cada pessoa escolher se quer comer ou não". Segundo Ades, a terrine de foie gras não está entre os pratos mais procurados, mas a sua retirada do menu seria uma perda "cultural e gastronômica".

Sanção

A decisão está nas mãos do prefeito Fernando Haddad, confesso admirador do foie gras. Em conversa com jornalistas ontem, não quis antecipar se sancionará a lei antes de analisar experiências internacionais e ouvir todas as partes. Para não pagarem o pato, os chefs esperam que o prefeito manifeste algum tipo de "fraternité" e esqueça de vez a ideia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O caso de maus-tratos de 80 cachorros numa residência no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife, que foi identificado na última quinta-feira (19) virou pauta de audiência para tratar dos encaminhamentos que serão dados aos animais. No encontro, que aconteceu nesta última quarta-feira (25), participaram representantes de entidades protetoras de animais, do proprietário da casa, além da Prefeitura do Recife, por meio do Centro de Vigilância Ambiental (CVA), da Secretaria Executiva de Direitos dos Animais (SEDA) e da Vigilância Sanitária.

Ficou decidido que nesta quinta-feira (26) começa a operação de cuidados intensivos desses animais, com o transporte dos primeiros 20 cães a serem tratados – os de situação mais urgente. No próximo domingo (29), acontecerá um evento de adoção na área externa do Shopping Rio Mar, e os animais já vacinados, higienizados e medigados, poderão ser acolhidos por novos donos.

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O proprietário do imóvel se comprometeu com o prazo de 90 dias, tempo em que a casa ficará ocupada pelos animais, os quais serão levados ao CVA para tratamento e voltam para a residência onde ficarão divididos em cômodos separados, até que tenham novo destino.

O gerente da área de Medicina Veterinária da Seda, Robson Melo, reconheceu a importância da denúncia da vizinhança para a realização da ação. “A recuperação desses animais só está sendo possível porque houve uma denúncia e o proprietário está colaborando muito com a causa, porque ele poderia ter sido omisso e abandonado esses cachorros na rua", destacou o promotor. Ele advertiu ainda que é necessário que a população sempre comunique esse tipo de prática, pois não há como a Prefeitura descobrir sozinha o que acontece nas residências. 

A presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 13.046, que modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente para obrigar instituições que trabalham com esse público a terem, em seus quadros, profissionais capacitados para reconhecer e reportar ao Conselho Tutelar maus-tratos de crianças e adolescentes. A determinação vale para entidades públicas e privadas.

A lei ainda inclui entre as atribuições dos Conselhos Tutelares a promoção e o incentivo, na comunidade e nos grupos profissionais, de ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes.

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Além disso, a norma estabelece que todo profissional de cuidados, assistência ou guarda de menores fica também obrigado a fazer a comunicação dos abusos, sob pena de punição na forma do Estatuto.

"São igualmente responsáveis pela comunicação de que trata este artigo, as pessoas encarregadas, por razão de cargo, função, ofício, ministério, profissão ou ocupação, do cuidado, assistência ou guarda de crianças e adolescentes, punível, na forma deste Estatuto, o injustificado retardamento ou omissão, culposos ou dolosos", diz o texto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Projeto de lei que aumenta a vigilância contra maus-tratos a menores foi aprovado nesta terça-feira (4) pelo plenário do Senado, e seguirá para sanção presidencial. De autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), o projeto já foi aprovado pela Câmara, e em nova votação, os senadores rejeitaram as modificações propostas pelos deputados e concluíram a apreciação da proposta. O projeto obriga as instituições que trabalham com crianças e adolescentes a contar com profissionais treinados para identificar sinais de maus-tratos.

O texto aprovado modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao obrigar a contratação, pelas entidades que cuidam de crianças e adolescentes, de profissionais treinados.  De acordo com explicações do senador Crivella, o objetivo do projeto é fazer com que as entidades cuidadoras de menores tenham um profissional treinado a identificar maus-tratos, que será incumbido de encaminhar os casos de abuso cometidos contra crianças e adolescentes ao Conselho Tutelar.

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A matéria também estabelece que todo profissional de cuidados, assistência ou guarda de crianças e adolescentes é obrigado a fazer a comunicação sobre maus-tratos, sob pena de punição na forma do ECA.

Um ex-delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, João Pedro de Resende, está sendo acusado de maus-tratos contra animais. Denúncia do Ministério Público sobre a presença de um leão em sua fazenda, no município de Pains (MG), levou ao local agentes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do Centro de Triagem de Animais Silvestres de Belo Horizonte.

Eles fizeram uma operação na propriedade nesta quarta-feira (15) e apreenderam 15 animais silvestres que eram mantidos sem licença ambiental. O ex-delegado não estava na fazenda, mas responderá na Justiça e terá de pagar multas que somadas passam de R$ 20 mil. Também poderá ser responsabilizado por ter prejudicado a fiscalização, pois teria desaparecido com o leão antes da chegada dos agentes.

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A denúncia chegou ao MP e à Corregedoria da Polícia Civil ainda no mês passado e, na ocasião, teria sido constatada a presença do leão bastante desidratado e de outros bichos. O dono recebeu um prazo para apresentar documentação, coisa que não foi feita. Dessa vez, o leão já não estava no local, mas foram flagrados tartarugas, tucano, pintassilgos e canários da terra.

Por telefone, Resende falou aos agentes ter passado o leão a pessoas de São Paulo, sendo notificado para que apresente o endereço em 48 horas. O ex-delegado, que foi chefe do Departamento de Polícia Civil de Formiga (MG), não foi localizado pela reportagem para falar sobre o caso. Vale destacar que não é permitida por lei a doação de animal silvestre. E o Ibama também não autoriza a posse de nenhuma espécie que não tenha comprovante de origem legal.

Mais dois ex-funcionários da Escola Berçário Trenzinho Feliz, na Vila Clementino, zona sul de São Paulo, serão ouvidos pela polícia na próxima segunda-feira (10). O casal trabalhou no local em anos anteriores e diz ter presenciado cenas de violência. Nos últimos dois dias, 26 mães prestaram queixa por agressões supostamente praticadas pela proprietária. O caso veio à tona após uma denúncia feita por um grupo de professoras que pediu demissão - uma delas filmou um dos episódios.

Diretora e dona da unidade de ensino, Conceição Tomaz Cruz, de 52 anos, foi indiciada na tarde de quinta-feira (6) por maus-tratos. Segundo a polícia, Conceição foi flagrada no vídeo dando um tapa no rosto de um dos alunos, de 2 anos. Ela responde em liberdade.

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A delegada Lisandrea Zonzini Salvariego Colabuono, titular da 2.ª Delegacia de Defesa da Mulher, diz que o depoimento do casal pode ser fundamental para o andamento do inquérito. "O intuito é provar que o comportamento dela era reiterado. Ela sentia prazer em agredir as crianças. Não fez uma só uma vez. Queremos provar a tortura", esclarece. Segundo Lisandrea, os ex-funcionários procuraram a delegacia depois que viram reportagens sobre o caso.

A Secretaria Municipal de Educação diz que a Diretoria Regional de Educação do Ipiranga determinou o descredenciamento da Trenzinho Feliz. Uma portaria será publicada nos próximos dias. Para concluir o fechamento da escola, a Diretoria Regional comunicará o Ministério Público, o Conselho Tutelar da região e a subprefeitura.

Uma professora de 35 anos, que trabalhou na escola recentemente, diz que presenciou cenas que a deixaram "desnorteada". "Crianças vomitavam de tanto comer." A professora, que não quer ser identificada, lembra que os maus-tratos eram constantes na hora das refeições. "Criança de 2 anos tem resistência a comer, é normal. Mas o estresse dela (Conceição) era em relação a isso. O choro também a deixava nervosa."

A professora observa que Conceição ficava desequilibrada no horário do almoço. "Ela descia da sala dela para alimentar as crianças. Coisas que as auxiliares que fazem. Era estranho."

Alma lavada

A economista Marli Oliveira mora na Chácara Klabin, bairro próximo à escola, que fica na Rua Jureia. "Estou de alma lavada. Como não consegui provar nada na época em que meu filho estudou lá, eu vim hoje (sexta-feira, 07) falar para a polícia que meu filho também foi agredido", desabafa.

Hoje, o filho de Marli tem 18 anos. Quando tinha 3 anos, segundo ela, o menino chorava muito ao sair da escola. "Um dia eu descobri com outros alunos que ele ficava de castigo na parede, com os braços para cima", lembra. Como solução, a economista preferiu contratar uma babá para a criança.

Segundo a delegada Lisandrea, outras questões preocupam as mães. "O lugar era sujo, as crianças eram picadas por insetos", diz. "E a escola existe há 30 anos e já atendeu mais de 3 mil crianças", completa. Pais contam que a mensalidade chegava a custar R$ 800. "Em reuniões tinha até goteira. Reclamei, mas nada foi feito", conta uma mãe, sem dizer o nome. Há dois dias o jornal O Estado de S. Paulo tenta contato com os advogados de Conceição, sem sucesso. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Uma jovem de 25 anos, mãe de quatro crianças - um bebê de apenas dois meses, ainda não registrado, e três meninas, de 6, 8 e 10 anos, foi presa, no final da noite de terça-feira, por policiais militares na região de Cidade Tiradentes, na zona leste da capital paulista, após uma denúncia feita por um namorado "esporádico" da acusada, Natália Regina da Silva.

O denunciante seria o dono da casa onde mãe e crianças moravam, no Jardim Vitória. Os policiais chegaram rapidamente no local após serem informados de que Natália tentava afogar o bebê no vaso sanitário, o que não foi comprovado nem confirmado até o momento. A criança foi socorrida pelos policiais e encaminhada ao Hospital Geral São Mateus, onde passa bem.

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Segundo a PM, Natália aparentava estar embriagada quando foi detida e levada para o 49º Distrito Policial de São Mateus, onde ainda tentou agredir uma representante do Conselho Tutelar, acionada para acompanhar o caso. A mãe prestou depoimento, assinou um termo circunstanciado de maus-tratos e foi liberada. As quatro crianças, que tomavam banho gelado pois na casa não há chuveiro, foram levadas pela conselheira tutelar a um abrigo da Prefeitura de São Paulo, no bairro da Mooca, zona leste da capital.

O namorado da acusada, em depoimento, não confirmou a tentativa de afogamento e disse que a mãe estava chacoalhando o bebê e o jogava na cama com violência. O denunciante alugou o imóvel para Natália, mas não recebia nada havia dois meses.

Dois cães que sofriam maus-tratos da dona, moradora do bairro periférico de Pau da Lima, em Salvador, foram resgatados na tarde desta terça-feira por oficiais de Justiça, em cumprimento a uma liminar de busca e apreensão dos animais expedida segunda-feira, pela 3ª Vara Cível.

Segundo vizinhos, a proprietária dos animais, conhecida como Conceição, os espancava frequentemente. Um vídeo com uma sessão de agressão a um dos cães foi gravado na sexta-feira, por uma vizinha, e divulgado no site You Tube. O caso ganhou notoriedade ao ser exibido pela Rede Bahia. Desde então a dona dos cachorros não é vista no bairro.

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A casa onde estavam os cães teve de ser arrombada para que os animais fossem resgatados. A invasão foi autorizada pela juíza Maria do Carmo Caribe, da 16ª Vara Cível, na manhã desta terça-feira, depois de os oficiais de justiça falharem na tentativa de recuperar os cães na tarde de segunda-feira, por não encontrarem ninguém no imóvel.

Segundo testemunhas, havia três cães no local até a noite de segunda-feira. Durante a madrugada, dois homens teriam entrado na casa e levado um deles. Os que foram resgatados nesta terça-feira seguiram para uma clínica veterinária, para que sejam avaliados e reabilitados.

A responsabilidade pela guarda dos animais passará a ser da Associação Brasileira Terra Verde Viva. A advogada Ana Rita Tavares, presidente da ONG, foi a autora da ação contra a proprietária dos animais que resultou na liminar judicial. Ela conta que recebeu o vídeo de uma colega de São Paulo no sábado e decidiu buscar ajuda na 10ª Delegacia, que investiga o caso.

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