Tópicos | Marília Arraes

Segundo maior colégio eleitoral do país, o Nordeste concluiu o primeiro turno das eleições deste ano com quatro governadores eleitos. Cinco das nove disputas serão definidas apenas no segundo turno. Com o resultado impresso nas urnas e as projeções para a próxima etapa do pleito, a tendência é de que a maioria dos Estados da região siga governada por políticos de esquerda. O PT, por exemplo, já tem o comando de três deles e disputa outros dois, mas mesmo que não saia vitorioso desses, já é o partido com o maior número de chefias dos executivos nordestinos a partir de 2023.  

O quadro eleitoral

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Dos gestores estaduais eleitos ou reeleitos, os três do PT são - Elmano de Freitas, do Ceará, que recebeu 54,02% dos votos válidos; Rafael Fonteles, do Piauí, que conquistou 1.115.139 votos e Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, que recebeu 58,31% da preferência dos eleitores. Além deles, Carlos Brandão (PSB) foi reeleito para governar o Maranhão com 51,29% dos votos válidos. 

Já entre os que voltam para o embate nas urnas dia 30 de outubro, estão Paulo Dantas (MDB) e Rodrigo Cunha (União) em Alagoas; Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (União) na Bahia; João Azevêdo (PSB) e Pedro Cunha Lima (PSDB) na Paraíba; Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB) em Pernambuco;  e Rogério Carvalho (PT) e Fábio (PSD) no Sergipe.  

Um fato que chamou a atenção é que todos os que venceram no último dia 2 ou ficaram em primeiro lugar para a segunda etapa da disputa eram apoiados ou apoiavam a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para à Presidência.  

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A busca por proteção e do lulismo 

Amargando historicamente os altos índices de desigualdade, o Nordeste tem como marca uma votação que vai além das ideologias e viu, durante os governos de Lula, os investimentos chegarem com mais força para a região. O que, segundo o cientista político Arthur Leandro, reforça o argumento de que o voto entre a maioria dos nordestinos não tem origem em questões ideológicas. 

“[No Nordeste] temos uma questão que não é originalmente ideológica, o que temos é uma necessidade histórica da presença do poder estatal de proteção no sentido de certos benefícios e direitos sociais. Existe uma população historicamente carente, temos uma tradição da grande propriedade e do latifúndio... O Nordeste é uma região dos coronéis no Brasil e a vida da população sempre precisou da mediação do Estado dada a assimetria de poder entre as poucas oligarquias que detém quase tudo e o a maioria da população que não detém quase nada. O Estado funciona como um ponto de equilíbrio. As lideranças políticas fortes terminam representando uma instância de mediação nessa disputa e elas tendem a ser reconhecidas como mediação do conflito político com muito poder”, observou o estudioso.

Leandro deu o exemplo da Bahia que por muitos anos viveu o carlismo, mas com a morte de Antônio Carlos Magalhães (ACM), a tendência terminou perdendo forças. “Tivemos na Bahia o período do carlismo, com a morte dele e o declínio do carlismo de modo geral, a Bahia passou a adotar o lulismo. A figura de Lula passou a ser identificada como essa liderança popular que trazia os benefícios e investimentos para Bahia, detalhe que Lula não é baiano, mas o PT governa lá há diversos mandatos”, lembrou. 

Crescimento do PT e da esquerda

O PT e seus aliados vêm crescendo cada vez mais no Nordeste. Em 2002, quando Lula foi eleito pela primeira vez, os petistas conquistaram apenas um governo nordestino, mas a partir da disputa seguinte tanto os candidatos da legenda quanto aliados do líder-mor da agremiação ganharam espaços nos nove Estados.  

Segundo o cientista político Arthur Leandro, essa força pode ser reverberada nas urnas dia 30, com os demais candidatos que disputam os pleitos, mas “não existem tendências irreversíveis no mundo político”.

“A preferência pela esquerda se dá pela força política de Lula. O governo fez com que ele fosse muito popular no Nordeste e o PT, como consequência, herda essa popularidade. Se uma liderança de direita, como Antônio Carlos Magalhães, passa a desempenhar esse papel é possível que esse quadro se inverta. Não existe tendências irreversíveis no mundo político”, declarou. 

O desafio dos candidatos apadrinhados por Bolsonaro

Para se ter uma ideia, Lula recebeu 21.753.139 de votos quando o recorte trata dos nove estados nordestinos, enquanto isso Jair Bolsonaro contabilizou 8.787.394 apoios depositados nas urnas. Se por um lado, viu-se a ascensão de diversos bolsonaristas da região ao Congresso Nacional, por outro nos Executivos o quadro desenhado não é este.

Bolsonaro é um líder político rejeitado no Nordeste. É difícil você fazer uma campanha majoritária tendo como referência máxima, como padrinho da sua candidatura alguém que é rejeitado. Sendo Bolsonaro rejeitado por quase 70% da população é muito difícil você se eleger governador dizendo que é o candidato de Bolsonaro, porque eles pensam, se eu não quero Bolsonaro também não vou querer esse cara que é a presença dele na minha região”, ponderou o especialista.  

No Nordeste você tem um ambiente propício para os candidatos proporcionais, representantes de valores ou bandeiras que estão presentes no discurso de Bolsonaro, mas fica difícil de uma candidatura majoritária que ganhe para governador no Nordeste dizendo que o negro mais leve tinha sete arrobas. O Nordeste concentra a maior população negra do país e isso não cola”, complementou Arthur Leandro. 

Entre a última sexta-feira (7) e este sábado (8), políticos de diferentes partidos declararam apoio à candidatura de Marília Arraes (SD) ao Governo de Pernambuco. As adesões incluem siglas como PT, PRTB, PV, PSB e PP.

Reeleito deputado estadual com mais de 65 mil votos, Francismar Pontes (PSB), é atua na política local há mais de 30 anos e decidiu apoiar o projeto de Marília para o Governo do Estado. "Por entendermos que este é o momento de fazer a melhor escolha por Pernambuco, estamos juntos com Marília Arraes neste segundo turno", declarou.

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Filho do deputado, o vereador do Recife Felipe Francismar (PSB) também aderiu à candidatura do Solidariedade, que, segundo ele, se apresenta como melhor opção na defesa da democracia. "Vamos de 77 neste segundo turno", afirmou.

Os vereadores do Recife Chico Kiko (PP) e Marco Aurélio Filho (PRTB) também declararam adesão à campanha da candidata. "Eu conheço Marília há muito tempo e sei de sua capacidade de aglutinar forças para trabalhar. Eu tenho certeza que ela será uma grande governadora para o nosso estado", declarou Chico Kiko.

O deputado federal eleito Clodoaldo Magalhães (PV) contou que teve seu apoio à Marília articulado pela vereadora do Recife Aline Mariano (PT). "Vivemos um período muito difícil no nosso país e em Pernambuco. Eu tenho certeza que Marília terá o compromisso com os pernambucanos, por isso declaro meu apoio para ela", disse.

Já o prefeito de Tacaimbó, Álvaro Marques (PT), ressaltou o alinhamento entre Marília e Lula como determinante para sua adesão à candidatura. "Marília fará um governo voltado para os que mais precisam. Tenho certeza que Pernambuco vai eleger Marília Arraes como a nossa governadora", completou.

Após o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar afirmar em um programa de rádio que o partido em Pernambuco apoiaria a candidatura de Marília Arraes (Solidariedade) ao governo de Pernambuco no segundo turno, lideranças do partido no Estado emitiram nota em que negam esse apoio e reafirmam o apoia a postulação de Raquel Lyra (PSDB). 

Durante o programa “Passando a Limpo” ele disse que a candidata tucana se uniu a forças “retrógradas, conservadoras e oportunistas”. "Vamos apoiar a deputada federal Marília Arraes”, disse. Bivar ainda afirmou que decisão teria sido tomada após reunião da direção nacional do seu partido com diretórios estaduais, ontem (6). "O diretório de Pernambuco tomou essa decisão. Não invalida que alguns filiados não estejam. A opinião oficial da direção do Estado é que estamos com Marília Arraes", assegurou.

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Contudo, nesta sexta (7), a nota oficial assinada lideranças do UB, que é encabeçada pelo ex-candidato ao governo de Pernambuco, Miguel Coelho, assevera que a decisão de Bivar “é individual, não representa a posição majoritária do União Brasil em Pernambuco”. O grupo ainda negou que essa reunião citada pelo presidente do partido tenha ocorrido. 

Confira a nota na íntegra:

Em nota, lideranças do União Brasil em Pernambuco desautorizam Luciano Bivar e reafirmam apoio a Raquel Lyra 

 1. O apoio à candidatura de Marília Arraes anunciado pelo presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, é individual, não representa a posição majoritária do União Brasil em Pernambuco e não obedeceu ao que prega o estatuto do partido que exige aprovação de maioria de 60% do diretório;

2. A reunião do diretório estadual citada por Bivar não ocorreu. Sequer houve convocação para debate partidário sobre o assunto. Portanto, a referida reunião é fantasma, não tem validade, nem representatividade; 

3. A posição majoritária do União Brasil em Pernambuco é de apoio à candidatura de Raquel Lyra, conforme já anunciado pelo ex-candidato a governador Miguel Coelho, o deputado federal, Fernando Filho, o ex-ministro e deputado federal eleito, Mendonça Filho, os deputados estaduais Antônio Coelho, Alessandra Vieira, Romero Sales, Romero Albuquerque, o deputado estadual eleito, Cléber Chaparral, e os prefeitos que subscrevem esta nota. 

4. Entendemos que compactuar com o atraso é apoiar a candidatura de Marília Arraes, que é linha auxiliar do PSB e representa o legado desastroso de Paulo Câmara;

5. O povo de Pernambuco já tirou o PSB do poder, no primeiro turno. Um momento histórico que mostra o desejo de mudança. Neste segundo turno, caminhamos juntos com o desejo de mudança da maioria dos pernambucanos. Raquel Lyra representa essa mudança. É uma mulher séria, qualificada e boa gestora; 6. Diante do exposto, repudiamos a atitude autoritária de Luciano Bivar, de tentar transformar em coletiva uma decisão individual, que atende aos seus interesses pessoais. Assim como, as ofensas descabidas à Raquel Lyra, sem respeitar sequer o momento difícil e de luto vivido pela candidata.   

Miguel Coelho Candidato a governador e ex-prefeito de Petrolina 

Deputado federal Fernando Filho

  Deputado federal eleito e ex-ministro Mendonça Filho 

Deputados estaduais Romero Albuquerque Romero Sales Filho Alessandra Vieira Antonio Coelho 

Deputado estadual eleito Cléber Chaparral  Prefeitos Simão Durando (Petrolina) Zé Maria (Cupira) Lucielle Laurentino (Bezerros) Gilvandro Estrela (Belo Jardim) Helbinha (Trindade) Juliana de Chaparral (Casinhas) Biu Abreu (Orobó).

O prefeito de Sanharó, César Freitas (PCdoB), e seu grupo político, anunciaram, nesta sexta-feira (7),  apoio à candidata Marília Arraes (Solidariedade) ao Governo do Estado. O deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB) esteve presente na reunião. 

Além do prefeito, o ex-prefeito Fernando Edier e seis dos 11 vereadores da Câmara Municipal de Sanharó, cidade do Agreste Central, demonstraram apoio a Marília. Os parlamentares foram: o presidente da Câmara, Rodrigo Didier, Ronaldo do Sítio das Moças, Dezo do Mulungu e Guri do Salgado, todos do PCdoB, Iran Batista (PT) e Ary Sérgio da Barriguda (PSB).

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Marília agradeceu pela confiança e reforçou a importância que o grupo do prefeito César Freitas traz para a campanha no Agreste, região em que a candidata foi majoritária em 24 dos 71 municípios. "O Agreste é a região com maior déficit hídrico do Estado. A região precisa de um olhar mais integrado ao resto de Pernambuco e de uma governadora que pense e aja como governadora de todos os pernambucanos”, destacou a candidata.

Da assessoria

O Partido dos Trabalhadores (PT) em Pernambuco oficializou, nesta sexta-feira (7), o apoio à candidatura de Marília Arraes (Solidariedade) ao Governo do Estado. O comunicado aconteceu durante uma coletiva na sede da legenda no início da tarde de hoje. A reviravolta no jogo político tem o aval do ex-presidente Lula, que concorre ao Palácio do Planalto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Marília Arraes, que era do PT até março deste ano, deixou a legenda quando viu seu nome ser rifado em troca do interesse de Lula no apoio nacional do PSB. Agora, a neta de Miguel Arraes chegou ao segundo turno pelo Solidariedade e conquistou o endosso do PT ao seu palanque.

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“Marília Arraes será a nossa futura governadora de Pernambuco”, declarou o senador Humberto Costa, coordenador da campanha de Lula no Estado. "O partido que está aqui é um partido que pretende agregar esse capital político à sua campanha e vitória. Tivemos um posicionamento de Lula e ele disse que o melhor caminho era estarmos com Marília Arraes no segundo turno", emendou.

Em uma fala onde pontuou mais as estratégias da campanha de Lula, Humberto também fez questão de frisar que o PT está “aqui olhando para a frente, para o futuro do Brasil”. O senador foi um dos quadros do PT que articulou a favor da presença da legenda na chapa da Frente Popular e não pela candidatura própria, como deseja Marília.

Por sua vez, a candidata disse que agora no segundo turno é uma nova eleição e um novo arranjo político local. A deputada federal agradeceu o apoio petista. “Aqui tendo a nossa candidatura para eleger Lula, nosso empenho é o mesmo”, disse.

Sem mágoas?

Indagada se nutria alguma mágoa por ter sido preterida algumas vezes pelo PT, ela minimizou. “Não só na política e na vida a gente tem que olhar para frente, quem olha pelo retrovisor bate com o carro. Estamos aqui para olhar para frente. Divergências estratégicas ou de táticas sempre foram muito menores do que as convergências que temos no macro. Não acho que venha ao caso levar em consideração qualquer episódio que tenha acontecido em outra eleição e em outra época. Até porque o segundo turno é uma nova eleição. A configuração que isso se dá é diferente do primeiro turno. Estamos vendo aqui a aglutinação das forças democráticas. Sem dúvida essa conjuntura vai contribuir para Pernambuco”, amenizou.

Presidente estadual do PT, o deputado estadual Doriel Barros disse que o PT nunca esteve neutro e não será desta vez. "Como todos aqui sabem, o PT acompanhou uma decisão estratégica do presidente Lula e todas as nossas decisões estariam sintonizadas nele. A eleição de Lula é fundamental para fazer com que o nosso povo viva com dignidade. Pernambuco é um Estado fundamental e importante, o PT sempre foi de posição política, nunca ficamos na neutralidade, e nesta conjuntura do segundo turno não seria diferente", declarou. 

*Com informações de Jameson Ramos

Mesmo sem nominar diretamente a candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes (Solidariedade), o PSB no Estado divulgou uma nota em que diz apoiar a candidata do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno. Nomes do partido no Estado, como o líder da legenda na Alepe, o deputado Isaltino Nascimento, já oficializou o endosso ao palanque da ex-pessebista. 

Em comunicado emitido na manhã desta sexta-feira (7), o partido se posicionou oficialmente em apoio à candidata que for escolhida por Lula (PT) no estado. A questão é que o próprio PT-PE já confirmou que vai estar ao lado da campanha de Marília. A deputada federal disputa o pleito contra Raquel Lyra (PSDB).

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"Em Pernambuco, defendemos e indicamos, no segundo turno das eleições para o Governo do Estado, a candidatura que for apoiada pelo presidente Lula e que simbolize esses valores", apontou a nota assinada pelo presidente do PSB-PE. 

Já apoiada pelo PCdoB e Republicanos, Marília conseguiu atrair o PSOL e as maiores bases da Frente Popular ao integrar o PT e o PSB a sua campanha. Do outro lado, a concorrente Raquel Lyra (PSDB) terá Miguel Coelho (União) em seu palanque.  

A aliança se forma após as duras críticas de Danilo Cabral e do próprio PSB à ausência de Marília nos debates de primeiro turno. Oriunda do PSB, ela deixou a sigla por falta de espaço e foi chamada de 'traidora' quando se filiou ao PT, onde protagonizou uma briga familiar com o primo João Campos pela Prefeitura do Recife. Também sem apoio interno, Marília deixou a PT e se filiou ao Solidariedade para concorrer ao governo do estado. 

Veja a nota do PSB na íntegra:

O Brasil enfrenta grave crise política, social e econômica. É a maior desde a redemocratização. O momento exige de todos, sociedade civil e partidos políticos, o esforço para construir uma frente ampla pela democracia, pelos direitos sociais e pelo desenvolvimento inclusivo do país.

O primeiro gesto nesta direção foi dado pelo PSB ainda no início do processo eleitoral de 2022, quando se buscou a formação de uma frente conjunta em torno da candidatura do presidente Lula e de Geraldo Alckmin. Essa foi a unidade reconhecida pela maioria dos brasileiros no 1º turno das eleições presidenciais. 

Em Pernambuco, o PSB traz um importante legado de transformações nos últimos 16 anos. O estado soube mudar a sua matriz econômica, com a implantação do polo automotivo e petroquímico, além do aporte de 70 indústrias nos mais diversos setores.

A educação passou por uma verdadeira revolução com o aumento do ensino superior, a universalização do ensino integral e as 60 novas escolas técnicas, que nos fizeram saltar de uma das piores colocações do país para tornar Pernambuco uma referência nacional. Tudo isso, junto com outros avanços importantes na segurança, com novos hospitais e equipamentos de saúde e com programas sociais como o Chapéu de Palha, o Mãe Coruja e o 13º do Bolsa Família.

As mudanças iniciadas chegaram para ficar e colocam Pernambuco em um novo patamar, com as contas públicas equilibradas e recursos em caixa. Êxitos que contribuem para a unidade política das forças democráticas no estado e no Brasil e que abrem caminho para uma sucessão segura e responsável para o Governo Estadual, fazendo valer o legado de luta e de história da Frente Popular.

Apesar de todos os esforços, não foi possível a vitória nas urnas do candidato apresentado pelo PSB. Sabendo respeitar a decisão popular – e entendendo a alternância de poder manifestada pelos pernambucanos como um fator natural do processo democrático –, o partido informa que seguirá na defesa incondicional da chapa Lula-Alckmin, que expressa a aliança do PT e PSB na defesa da democracia e da Constituição Federal.

Nesse sentido, em Pernambuco, defendemos e indicamos, no segundo turno das eleições para o Governo do Estado, a candidatura que for apoiada pelo presidente Lula e que simbolize esses valores.

Sileno Guedes

Presidente do PSB de Pernambuco

A candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes (SD), recebeu, nesta sexta-feira (7), o apoio do deputado estadual Isaltino Nascimento, líder do PSB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

"O fortalecimento da candidatura do presidente Lula é fundamental para atuarmos e tomarmos posição política. Neutralidade no segundo turno em Pernambuco é a pior opção. Por isso, nosso grupo político entende que a candidatura de Marília Arraes fortalece o projeto de Lula em Pernambuco", afirma Isaltino.

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O PSB não declarou apoio à candidatura de Marília Arraes, mas algumas lideranças do partido já anunciaram endosso ao palanque da deputada federal.

 

 Em uma reunião realizada nessa quinta-feira (6), o diretório do PSOL em Pernambuco confirmou que vai apoiar a candidatura de Marília Arraes (Solidariedade) ao Governo do Estado. Fortalecida com a vantagem do primeiro turno, a postulante enfrenta Raquel Lyra (PSDB) nas urnas no próximo dia 30. 

Em nota, a legenda enfatizou que fará um "apoio crítico" à Marília e convocou seus militantes. Após a derrota da Frente Popular de Pernambuco, encabeçada pelo PSB e PT, o PSOL refletiu o cenário nacional no Estado e decidiu apoiar a candidata do Solidariedade por ela ter recebido o apoio do ex-presidente Lula (PT). 

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"O PSOL-PE reafirma que a principal tarefa política do momento é defender a democracia e garantir a reconstrução do Brasil e convoca toda sua militância, seus diretórios municipais e movimentos sociais aliados para mobilizar toda sua força até o dia 30 de outubro para garantir a vitória de Lula", reforçou o comunicado. 

Uma reunião de lideranças do PT-PE ocorre nesta manhã e deve ser concluída com a confirmação do apoio do partido à campanha de Marília. A previsão é que o anúncio seja feito por volta do meio-dia.

O TRE-PE informou na noite desta quinta-feira (6) que, ante a ausência de consenso entre as coligações que disputam o segundo turno para o governo estadual, a desembargadora eleitoral auxiliar Virgínia Gondim indeferiu o pedido formulado pela coligação Pernambuco Quer Mudar e a candidata Raquel Teixeira Lyra Lucena para o adiamento do início da veiculação da propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão, em razão do luto da candidata (Processo nº 0603412-38.2022.6.17.0000).

Com a decisão, a veiculação terá início nesta sexta-feira (7), como previsto na legislação eleitoral. 

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Confira a decisão na íntegra

O TRE-PE informou na noite desta quinta-feira (6) que, ante a ausência de consenso entre as coligações que disputam o segundo turno para o governo estadual, a desembargadora eleitoral auxiliar Virgínia Gondim indeferiu o pedido formulado pela coligação Pernambuco Quer Mudar e a candidata Raquel Teixeira Lyra Lucena para o adiamento do início da veiculação da propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão, em razão do luto da candidata (Processo nº 0603412-38.2022.6.17.0000).

Com a decisão, a veiculação terá início nesta sexta-feira (7), como previsto na legislação eleitoral. 

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 Em luto pela morte do marido, a coligação "Pernambuco quer mudar", representada por Raquel Lyra (PSDB), pediu o adiamento do reinício do guia eleitoral para o segundo turno. A campanha de Marília Arraes (Solidariedade) não aceitou a solicitação e volta a transmitir as propagandas na rádio e na TV nesta sexta (7).  

O pedido feito nessa quinta (5), ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ressalta as "questões humanitárias" decorrentes da morte de Fernando Lucena e pleiteia o adiamento neste fim de semana para que a propaganda seja retomada na segunda (10). A desembargadora auxiliar Virgínia Gondim avaliou a ação e determinou que o Ministério Público e a coligação "Pernambuco na veia", encabeçada por Marília Arraes, se manifestem em 24h. 

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"Tal período é o mínimo que se pode conceder à candidata, que poderá participar da missa de sétimo dia em memória de seu falecido esposo, além de reunir as forças necessárias para consolar os seus filhos e para vivenciar o seu próprio luto, sem precisar ser submetida às gravações dos programas para rádio e televisão durante período tão delicado de sua vida", destaca o requerimento, que também pontua sobre as condições psicológicas e o sentimento de dor de Raquel. 

Os advogados da chapa da ex-prefeita de Caruaru ainda reforçaram que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permitiu que as campanhas entrassem em consenso sobre o adiamento do guia eleitoral na morte do ex-presidenciável Eduardo Campos (PSB). 

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Em nota, a chapa de Marília assegurou que vai manter o guia eleitoral conforme o calendário da Justiça Federal, que começa na sexta e vai até o dia 28 de outubro, com dois blocos de dez minutos nos veículos de comunicação.

"Marília Arraes se solidariza, mais uma vez, com a candidata Raquel Lyra, e compreende seu momento pessoal de dor. No entanto, acredita na importância de dar prosseguimento ao diálogo com a população de Pernambuco", respondeu. 

O procurador regional eleitoral Roberto Moreira seguiu o entendimento de manter o calendário da Justiça Eleitoral, mas a decisão ainda será deliberada pelo colegiado do TRE em Pernambuco. 

Ao longo da última terça-feira (4), a candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes (SD), recebeu uma enxurrada de apoios políticos de prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e integrantes do PT. Um desses apoios foi da Articulação de Esquerda (AE), importante tendência interna do Partido dos Trabalhadores.

A AE foi a primeira de uma série de tendências do PT a declarar apoio à Marília. "Não existe outro caminho se não apoiar Marília. Vamos defender na reunião geral do PT o apoio ao nome dela", afirma Patrick Campos, integrante do Diretório Nacional do PT e da direção nacional da Articulação de Esquerda.

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"Eu acredito que o PT como um todo deve apoiar e fortalecer a candidatura de Marília neste segundo turno. Nos esforçaremos para que isso aconteça, dialogando internamente e com a base do petismo, como os comitês populares de luta, os movimentos sociais e populares", continua Patrick.

O fato de ser uma aliada histórica do ex-presidente Lula e de ter trabalhado incansavelmente pedindo votos para o ex-presidente também é um dos fatores que fizeram a Articulação de Esquerda tomar essa decisão.

"Desde o primeiro turno, a campanha de Marília Arraes fortaleceu e contribuiu para a campanha presidencial de Lula. Para defender a democracia, os serviços públicos e os direitos, precisamos derrotar Bolsonaro e suas políticas e só vamos conseguir isso com Lula presidente e Marília governadora", finaliza Patrick.

*Da assessoria de imprensa

A candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes, iniciou o segundo turno recebendo apoios de várias lideranças pernambucanas, de todas as regiões do Estado. Já nesta terça-feira (4) anunciaram a chegada ao palanque comandado por Marília seis prefeitos e um vice-prefeito. 

Novos apoios 

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Douglas Duarte (PSD), de Angelim; Gilson Bento, de Brejinho (Republicanos); Patrick Moraes, de Itaquitinga; Gustavo Caribé (MDB), de Belém de São Francisco; Matheus Martins (PSD), de Terezinha e Zé Martins (PSB), de João Alfredo – este último acompanhado por seu vice, Adeildo Batista, conhecido como Cabôco de Véi de Dada (Avante).   Também de João Alfredo se somam à Coligação PERNAMBUCO NA VEIA, o presidente da Câmara Municipal, Walque Dutra e mais oito vereadores: Davi Santos, Keinho, Raimunda Enfermeira, Joana do Sindicato, Jozivan Guedes, Jairo de Socorro, Joanna Amélia e Júnior de Dezim. O vereador de Capoeiras, Edson Carneiro (PSB) e a direção do Partido da Mulher Brasileira (PMB), também declararam a adesão ao projeto encabeçado por Marília.   

Candidata mais votada no primeiro turno das eleições em Pernambuco, desde o início da semana, Marília vem realizando uma intensa agenda de reuniões políticas junto a aliados. "Começamos o segundo turno com todo gás e muita disposição para mudar Pernambuco. Os apoios que estamos recebendo refletem a confiança no nosso projeto para mudar o Estado e vem muito mais por aí. Tenho certeza de que alinhada com o presidente Lula, vamos mudar a história do nosso povo", afirmou Marília.   

PT - Ainda nesta terça-feira várias tendências internas e coletivos do PT iniciaram uma mobilização junto as suas bases em defesa do apoio à candidatura de Marília. A Articulação de Esquerda (AE) foi a primeira a divulgar uma resolução aprovada por seus membros anunciando o apoio a candidatura de Marília, destacando a ligação e o compromisso de Marília com os princípios e a campanha de Lula. 

*Da assessoria

Após uma troca de alfinetadas e críticas durante a campanha, a candidata a governadora de Pernambuco, Marília Arraes (SD), usou o Twitter, nesta segunda-feira (3), para parabenizar a eleição da deputada estadual Teresa Leitão (PT) ao Senado. A petista é a primeira mulher eleita para ocupar uma das três vagas de Pernambuco na Casa Alta.

“Parabéns a @teresaleitao_ , eleita ontem a primeira senadora da história de Pernambuco. Meu desejo é que nosso estado seja um lugar onde cada vez mais mulheres façam a diferença. Tenho certeza que as mulheres pernambucanas serão bem representadas no Senado Federal”, escreveu Marília na rede social.

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Durante a campanha, Marília chegou a dizer que André de Paula (PSD) teria uma atuação melhor do que a Teresa no Senado. Enquanto Teresa, que já foi aliada de Marília, afirmou que a eleição da candidata a governadora representaria um retrocesso. A ainda deputada estadual não se pronunciou sobre quem vai apoiar no segundo turno, se a ex-aliada ou Raquel Lyra (PSDB).

Nesse domingo, Teresa conquistou mais de 2 milhões de votos nas urnas, ficando com 46,12% da preferência dos eleitores. O candidato do PL, Gilson Machado, ficou em segundo lugar com 29,55% dos votos válidos e o deputado federal André de Paula, candidato na chapa de Marília, conquistou 12,69% do apoio dos pernambucanos.

 

Na disputa do 2º turno com Raquel Lyra (PSDB), a candidata ao Governo de Pernambuco Marília Arraes (Solidariedade) disse, durante coletiva na noite deste domingo (2), que, diferentemente do 1º turno, vai comparecer aos debates com a tucana. 

Marília evidenciou que a ausência aos debates no 1º turno foi meramente estratégia política. Ela criticou o “bate-boca” das discussões. “A nossa estratégia de não ir a debate foi política, até porque tinham dois candidatos laranjas que cumpriam tarefa para dois candidatos e quatro estavam ali se degladiando para chegar no 2º turno e todos mirando em mim. Eu não ia para estar participando de ringue. A política e a eleição não é espaço para isso”, disse. 

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“A gente não estava ali para bater boca. Agora, no segundo turno é diferente. Eu vou participar dos debates sem problema nenhum, diferente da minha candidata adversária que em 2020 não participou de nenhum debate”, salientou. “A gente vai participar dos debates e vai ser de um para um. De minha parte, o nível vai ser muito elevado”, detalhou. 

Arraes fez questão de destacar que a gestação não a impediu de fazer a campanha na rua e nem tampouco de ir a debates. “O fato de eu estar gestante nunca me impediu de fazer uma agenda tão ou mais puxada do que os outros candidatos tiveram. Eu tive que correr atrás do tempo que não tive. Tem gente que eu vou estar tirando licença maternidade, isso não me impediu de ser mãe e nem de ser candidata a governo”. 

Com um só voto, o eleitor pernambucano fez história neste domingo (2) e vai eleger a primeira Governadora do Estado no segundo turno. Com 98,27% das urnas apuradas, Marília Arraes (Solidariedade) lidera com 23,83% da preferência dos eleitores e Raquel Lyra (PSDB) conseguiu espaço com 20,81% dos votos válidos. O resultado da primeira etapa do pleito também quebrou a hegemonia de 16 anos do governo do PSB em Pernambuco. A disputa direta entre as candidatas ocorre no dia 30.

Raquel Lyra chega ao segundo turno no mesmo dia em que perdeu o marido, Fernando Lucena, de 44 anos. Ele faleceu na manhã deste domingo, após um mal súbito. Fernando foi sepultado no fim da tarde, com diversas homenagens, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Abalada pela morte do companheiro, Raquel chegou a cogitar não ir votar, mas no fim do dia conseguiu exercer o direito do voto.

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Naturais da juventude do PSB, as duas concorrentes deixaram a agremiação pessebista por falta de espaço nos planos prioritários internos e migraram para partidos mais à direita. Marília e Raquel representam a força da participação feminina na política do estado e também dividem a herança como herdeiras de famílias que já comandaram Pernambuco. 

As campanhas

Confortável como a líder de todas as pesquisas de intenção de voto, Marília Arraes estruturou a campanha sem participar de nenhum debate com os concorrentes. Mesmo sem apoio oficial de Lula (PT), ela atraiu a imagem do petista como um dos pilares da candidatura ao lado da imagem do avô e ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes.

 Enquanto a candidata do Solidariedade chega ao segundo turno sem grandes sustos, Raquel atravessou um caminho mais tortuoso na disputa voto a voto com Danilo Cabral (PSB), Anderson Ferreira (PL) e Miguel Coelho (UB). Raquel, inclusive, chegou a convidar várias vezes Marília Arraes para participar dos debates, principalmente por serem as únicas candidatas mulheres que pontuaram nas pesquisas.

Sem se vincular à imagem do pai, o ex-vice de Eduardo Campos e posteriormente governador, João Lyra Neto, a tucana pode trazer de volta um governo mais conservador ao Estado. Recém-integrada à uma direita mais moderada, Marília se mostra aberta em equilibrar os interesses do setor privado. 

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---> Conheça quem é Raquel Lyra, candidata ao governo de PE

Nas vésperas das eleições, o Ipec divulgou uma nova pesquisa de intenção de votos para o governo de Pernambuco, neste sábado (1º). A pesquisa ouviu 2.000 pessoas entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, em 74 cidades pernambucanas. A margem de erro é de de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

De acordo com o levantamento, e excluindo os votos brancos, nulos e os eleitores que se declaram indecisos, a candidata Marília Arraes (SD) lidera com 38% dos votos. Em segundo lugar estão empatados a candidata Raquel Lyra (PSDB) e Miguel Coelho (União Brasil), com 17%. Em terceiro lugar, estão os candidatos Anderson Ferreira (PL) e Danilo Cabral (PSB), com 12%.

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Os candidatos Pastor Wellington (PTB), Jadilson Bombeiro (PMB) e João Arnaldo (Psol) apareceram com 1% dos votos. Já Claudia Ribeiro (PSTU), Jones Manoel (PCB) e Ubiracy Olímpio (PCO) não receberam votos.

Já no levantamento do votos totais, incluindo os brancos, nulos e os que não souberam responder, Marília permanece em primeiro, com 34% das intenções de votos. Em segundo, estão empatados Raquel e Miguel com 15%. Em terceiro, empatados pela margem de erro, Anderson com 11% e Danilo com 10%. Pastor Wellington e João Arnaldo aparecem em quarto com 1%. Alem disso, 6% dos entrevistados votaram em brancos e nulos e não souberam responder.

A candidata ao governo de Pernambuco Marília Arraes (Solidariedade) subiu seis pontos percentuais nas intenções de voto para o cargo de governador de Pernambuco. De acordo com o levantamento realizado neste mês de setembro pelo Instituto Opinião, divulgado pelo Blog do Magno, a Arraes disputa a corrida eleitoral com 34,7% do apoio do eleitorado.

Com diferenças expressivas, os seus concorrentes aparecem um pouco abaixo na intenção dos votos. Em segundo lugar, vem Raquel Lyra (PSDB), com 11,8% e Miguel Coelho do União Brasil, com 10,3%. Segundo a pesquisa, a tucana caiu na disputa, já que possuía 12,6% dos votos, enquanto Miguel cresceu dois pontos percentuais em relação aos dados anteriores.

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Logo atrás de Miguel, aparece o candidato do PL, Anderson Ferreira, com 9,3% das intenções, com chances de empate técnico com o adversário do União Brasil. Enquanto o candidato do PSB, Danilo Cabral, caiu na pesquisa de 4,5% para 4,3%.

Além desses candidatos, a pesquisa revelou a aprovação de outros concorrentes ao governo do estado: João Arnaldo (PSol) pontuou apenas 0,7%, Esteves Jacinto (PRTB) vem depois com 0,6%, Cláudia Ribeiro (PSTU) teve 0,4%, mesmo percentual de Wellington Carneiro (PTB). Jadilson Bombeiro (PMB) foi lembrado por 0,3%, Jones Manoel (PCB) por 0,3% e, por fim, Ubiracy Olimpio (PCO) por 0,1%.

Em relação aos eleitores que dizem optar pelo voto nulo ou branco, o Instituto Opinião verificou que ambas opções somam 11,2%, enquanto os indecisos chegam a 16,6%. Em questão a rejeição, Marília Arraes, apesar de estar em alta nas intenções, aparece na liderança como candidata em que o eleitor não votaria de jeito nenhum.

Danilo, aparece com uma rejeição de 6,5%, Anderson com 6,5%, Miguel com 4,2%, Raquel com 4% e João Arnaldo com 1,4% da opinião negativa do eleitorado.

Mãe de Maria Isabel e Maria Barbara e grávida de Maria Magdalena, Marília Arraes, de 38 anos, foi vereadora do Recife por três mandatos, é a única mulher deputada federal por Pernambuco na atual Legislatura da Câmara dos Deputados e a segunda mulher da história a ocupar o cargo de Segunda Secretária da Mesa Diretora da Casa.

Marília iniciou sua militância ainda muito jovem, inspirada pelo seu avô, Miguel Arraes (ex-governador de Pernambuco, ex-prefeito do Recife, ex-deputado federal) e seguiu atuando no movimento estudantil, quando ainda cursava a Faculdade de Direito do Recife.

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Marília se filiou ao PSB em 2007, quando iniciou a sua trajetória política na Secretaria de Juventude e Emprego de Pernambuco, na gestão do seu tio, o governador Eduardo Campos (PSB). Em 2008, se candidatou a vereadora do Recife e foi eleita a parlamentar mais jovem daquele pleito, com 10 mil votos.

A neta de Arraes rompeu com o Partido Socialista Brasileiro em 2014, e oficializou a saída em 2016, quando se filiou ao PT e começou a fazer oposição ao governo. Naquele ano ela foi reeleita vereadora do Recife, desta vez, pelo Partido dos Trabalhadores, e teve uma das votações mais expressivas, que lhe rendeu a liderança da bancada de oposição na Casa de José Mariano, onde passou 10 anos da sua trajetória política.

No entanto, em 2018, no andamento do seu terceiro mandato no Recife, Marília foi eleita deputada federal por Pernambuco com 193.108 votos, sendo a segunda mais votada. A primeira deputada federal eleita pelo Estado e a única mulher.  

Como votou na Câmara dos Deputados

Em Brasília, mesmo estando no PT, Marília Arraes votou alinhada com a direita em algumas pautas importantes e, em outras, se absteve, como: o PL do porte de armas, a votação do Contrato Verde e Amarelo, que precariza as relações de trabalho, e o projeto de fura-filas de vacinas, a PEC 391, que ampliava o volume de recursos repassados às cidades pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Em agosto de 2022 surgiu uma fake news acerca do seu voto no Auxílio Brasil. A publicação afirmava que Marília havia sido contrária ao programa, no entanto, ela votou favorável à aprovação do benefício social. 

Candidatura rifada

Em 2020, depois de vários desgastes mesmo com a indicação nacional de Lula (PT), Marília Arraes foi candidata à Prefeitura do Recife pelo PT, tendo João Arnaldo (PSOL) como seu candidato a vice-prefeito. Ela foi a primeira mulher a disputar a vaga no 2º turno, contra o seu primo, o prefeito João Campos (PSB). Marília recebeu 348.126 votos, 43,73%. 

Naquele ano, recebeu o apoio no 2º turno do então prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), que chegou a falar, que “eu vejo a candidata Marília Arraes como uma opção espetacular para o Recife”. 

Filiação ao Solidariedade

Após ter a candidatura rifada pelo Partido dos Trabalhadores mais de uma vez e muitos desgastes, Marília resolveu, então, deixar a sigla em março de 2022, no período da janela partidária, e filiar-se ao Solidariedade, onde recebeu apoio e autonomia para concorrer ao Governo de Pernambuco - o que não tinha no PT.

Através de Lula, o PT nacional firmou uma aliança com o PSB em troca do apoio do petista à candidatura de Danilo Cabral (PSB) ao governo, deixando de lado o projeto de Marília Arraes. 

Mesmo estando em um partido à direita, Marília Arraes demonstra ter eleitores fiéis a ela, por isso, vem liderando todas as pesquisas ao Governo de Pernambuco com mais de 30% das intenções de voto, com um percentual de aproximadamente 15% à frente dos seus adversários.

 Na reta final da campanha para o primeiro turno, a candidata ao governo de Pernambuco Marília Arraes (SD), juntamente com sua coligação “Pernambuco na Veia”, promoverá uma grande caminhada pelas ruas do centro do Recife, nesta quinta-feira (28). O evento, que terá concentração a partir das 15h, em frente à Câmara Municipal, no Parque Treze de Maio, será encerrado com um comício no Pátio do Carmo. 

A coligação fará o percurso de sair do Treze de Maio pela Rua do Hospício, seguindo pelas avenidas Conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto, até o ponto alto, no Pátio do Carmo, tradicional ponto de atos políticos da capital.   

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"Estar na rua sentindo a energia e sentimento de mudança do povo é o que nos move nessa reta final de campanha. E amanhã, esse encontro vai ter um gosto ainda mais especial. Está chegando a hora de eleger Lula para fazer o Brasil voltar a crescer e a nossa chapa majoritária e nossos proporcionais, para resgatarmos Pernambuco ", afirmou Marília.   

O candidato ao senado André de Paula (PSD), afirmou que a caminhada ficará na memória de todos os pernambucanos. "Eu ando com Marília pelos quatro cantos do Estado e por onde passo, vejo as calorosas recepções feitas para ela e para nós. Essa campanha já ficou marcada na história de nosso estado e de nossa gente. Aqui no Recife não será diferente. Tenho certeza de que as ruas do centro da cidade ficarão tomadas de vermelho e esperança amanhã", destacou.   

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