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Nesta segunda-feira (7) faz 121 anos do nascimento de Cecília Benevides de Carvalho Meireles (1901-1964). Considerada uma das maiores escritoras do país, a poetisa carioca também foi professora, jornalista e pintora e é uma das precursoras da literatura para jovens e crianças no Brasil. Conheça três clássicos do seu legado literário:

Ou Isto ou Aquilo (1964)Um clássico da literatura infantil brasileira. A autora convida as crianças a se aproximarem da poesia, brincando com as palavras. O livro conta que “a vida é feita de escolhas”, as quais às vezes são difíceis de resolver. Retrata um cotidiano marcado pela dúvida, em que a dificuldade em se decidir é transformada em poesia. Com ilustrações de Odilon Moraes.

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Romanceiro da Inconfidência (1953) - Neste livro, Meireles conta a história de Inconfidência Mineira em forma de poesia. O movimento liderado por Tiradentes (1746-1792) tinha como objetivo realizar uma conspiração contra a Coroa Portuguesa na época do Brasil Colônia.

Problemas da Literatura Infantil (1949) - Cecília Meireles fundou a primeira biblioteca brasileira de literatura infantil. Este livro reúne três conferências realizadas pela autora em Belo Horizonte, em janeiro de 1949. Seu maior sonho era a organização de uma biblioteca, que desse suporte à infância em todos os países do mundo, com uma unificação de cultura. “Na esperança de que se todas as crianças se entendessem, talvez os homens não se hostilizassem”.

Palavras-chave: Cecília Meireles, Poesia, Literatura, Aniversário, Listas

Relembre três obras de Cecília Meireles

Autora completaria 121 anos se estivesse viva hoje em dia

Nesta segunda-feira (7), faz 121 anos do nascimento de Cecília Benevides de Carvalho Meireles ou mais conhecida como Cecília Meireles (1901-1964). Considerada uma das maiores escritoras do país, a poeta e professora brasileira é uma das precursoras da literatura para jovens e crianças no Brasil.

Ou Isto ou Aquilo (1964) -  Um clássico da literatura infantil brasileira. A autora convida as crianças a se aproximarem da poesia, brincando com as palavras. O livro conta que “a vida é feita de escolhas”, as quais às vezes são difíceis de resolver. Retrata um cotidiano marcado pela dúvida, onde a dificuldade em se decidir é transformada em poesia. Com ilustrações de Odilon Moraes.

Romanceiro da Inconfidência (1953) - Neste livro, Meireles conta a história de Inconfidência Mineira em forma de poesia. O movimento liderado por Tiradentes (1746-1792), tinha como objetivo realizar uma conspiração contra a Coroa Portuguesa na época do Brasil Colônia.

Problemas da Literatura Infantil (1949) - Cecília Meireles fundou a primeira biblioteca brasileira de literatura infantil. Este livro reúne três conferências realizadas pela autora em Belo Horizonte, em janeiro de 1949. Seu maior sonho era a organização de uma biblioteca, que desse suporte à infância em todos os países do mundo, com uma unificação de cultura. “Na esperança de que se todas as crianças se entendessem, talvez os homens não se hostilizassem”.

Albert Camus (1913- 1960) foi um escritor, jornalista e dramaturgo de origem argelina. Contou com muito prestígio entre escritores e entrou para a história da literatura ao agregar questões existencialistas em suas publicações, sendo considerado por muitos como um filósofo, além de autor.

Camus nasceu durante a ocupação francesa em Dréan (Antiga Mondovi) na Argélia, no dia 7 de novembro de 1913. Filho de camponeses, perdeu o pai quando tinha apenas um ano. O autor cresceu em um estado de pobreza muito grave. Camus sempre nutriu um grande amor pelo futebol e, posteriormente, formou seus estudos em licenciatura e doutorado em Filosofia.

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Em 1934, Camus passou a integrar o Partido Comunista Francês e também o Partido do Povo da Argélia, escrevendo diversos artigos para jornais revolucionários. Entusiasta do teatro, fundou a companhia L’Equipe, onde atuou como ator e diretor.

No ano de 1938, Albert mudou-se para a França, onde aprofundou sua relação com o filósofo Jean-Paul Sartre. Juntos fundaram o jornal de esquerda “Combat”, no ano de 1941. Em 1942, em meio à Segunda Guerra Mundial, Camus publicou seus romances de maior prestígio: “O Estrangeiro” e “O Mito de Sísifo”. As duas obras contavam com um dos principais conceitos do autor, a noção do absurdo da existência humana frente às diversas provações da vida.

Como historiador, Camus publicou em 1951 “O Homem Revoltado”, obra que foi considerada como o ápice de sua posição filosófica, abordando a revolta metafísica e histórica inerente do ser humano. Esta ideia teria ocasionado a ruptura com Sartre, por questionar as ideologias do comunismo e a teoria marxista.

Albert Camus ficou conhecido por sua profunda observação e posicionamento frente aos acontecimentos mundiais e sociais. O autor faleceu no dia 4 de janeiro de 1960, vítima de um acidente de carro, em uma estrada de Villeblevin, na França.

O cantor norte-americano Bob Dylan foi agraciado com o Nobel de Literatura no dia 13 de outubro e 2016. Muitas controvérsias foram levantadas sobre o porquê de um músico ser agraciado com um prêmio como esse. O principal motivo de sua premiação se deu por mudanças nos limites do que pode ser considerado como literatura pela Academia Sueca, responsável pelo prêmio.

Dylan publicou apenas dois livros em sua carreira: Tarântula e Crônicas (Vol. 1). Apenas estes dois textos não seriam suficientes para que seu nome fosse cogitado para um prêmio de tamanha importância para o mundo literário.

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Desta forma, é justo dizer que foram suas composições musicais e sua massiva influência cultural nos Estados Unidos que o alçaram à posição de artista americano mais importante da segunda metade do século XX.

As influências presentes nas letras de Dylan são tão extensas quanto cabiam nas estrofes. Ele buscou inspiração tanto na poética ocidental moderna, como Rimbaud, quanto em antigos nomes clássicos, como Homero. Desta forma, sua lírica abandonou a superficialidade da música pop e mergulhou em uma profundidade antes desconhecida do gênero.

Mas suas influências não param por aí: Bob Dylan também era um grande conhecedor da tradição folk, de canções de protesto. Sempre presentes em suas composições, os temas sociais e políticos tomaram grande espaço em sua obra. Em uma das décadas de maior efervescência cultural, como foram os anos 60, sua figura expressava e encarnava em grande parte a luta pelos direitos civis pleiteados à época.

Em sua premiação, Dylan sequer foi receber o prêmio em mãos. Patti Smith cantou em seu lugar e a secretária da Academia Sueca leu o seu discurso. Anos depois, o cantor fez uma leitura da palestra que o premiado é obrigado a conceber, acompanhada de uma trilha sonora composta por um leve piano ao fundo. Reza a lenda que o cantor copiou alguns trechos de seu discurso da Wikipédia para preencher espaço, pois, como ele mesmo dizia: “Além do Murakimi, quem se importa com o Nobel?”.

A escritora francesa Annie Ernaux ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2022. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira, 6, pela Academia Sueca. Nascida na França em 1940 e um dos principais nomes da literatura contemporânea, Annie Ernaux aborda em seus livros temas profundamente pessoais, que revolucionaram o gênero da autoficção, como relações familiares e de classe, violência e aborto.

Ao contrário de outros vencedores recentes do Nobel, que passaram a ser publicados no Brasil após a premiação, Annie Ernaux está presente nas livrarias brasileiras. Inaugurada em 2021, a editora Fósforo já publicou quatro livros da escritora (O Lugar, Os Anos, O Acontecimento e A Vergonha) e prepara mais um para a Festa Literária Internacional de Paraty (RJ): O Jovem. A mais recente vencedora do Nobel de Literatura é uma das convidadas do evento, em novembro. Veja aqui a programação da Flip 2022.

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Conheça os livros de Annie Ernaux publicados no Brasil

O Lugar

Foi com este livro que Annie Ernaux ficou conhecida, em 1983, e ganhou, no ano seguinte, o prêmio Renaudot. O Lugar pode ser considerado um precursor do próprio gênero: "auto-sócio-biografia". No livro, ela parte da morte do pai para esmiuçar relações familiares e de classe, numa mistura entre história pessoal e sociologia que décadas mais tarde serviria de inspiração declarada a autores como Édouard Louis e Didier Eribon.

Os Anos

Nesta autobiografia impessoal, Annie Ernaux lança mão de um sujeito coletivo e indeterminado, que ocupa o lugar do eu para dar luz a um novo gênero literário, no qual recordações pessoais se mesclam à grande história. Aqui, acompanhamos seis décadas de acontecimentos, entre eles a Guerra da Argélia, a revolução dos costumes, o nascimento da sociedade de consumo, as principais eleições presidenciais francesas, a virada do milênio, o 11 de Setembro e as inovações tecnológicas. De 2008, este é considerado o principal livro da autora francesa.

O Acontecimento

Livro que virou filme, premiado em 2021 no Festival de Veneza, narra a experiência vivida pela escritora em 1963 quando ela, então uma estudante de 23 anos, engravida do namorado que acabara de conhecer. Sem poder contar com o apoio dele ou da própria família numa época em que o aborto era ilegal na França, ela vive praticamente sozinha o acontecimento que explora nesta obra - escrita com base em seus diários e em sua memória. A obra foi publicada originalmente em 2000.

A Vergonha

Lançado este mês no Brasil, A Vergonha mostra, mais uma vez, uma autora buscando compreender a si e o mundo que a cerca. Aqui, ela rememora um episódio de sua infância. "Meu pai tentou matar minha mãe num domingo de junho, no começo da tarde", ela escreve. Annie tinha 12 anos e experiência traumática resultou em um sentimento que a acompanharia para o resto da vida. No esforço de situar o incidente que encerra sua infância no contexto da história mundial, ela visita os arquivos da cidade de Rouen em busca das notícias de jornal de 1952, em uma cena que os leitores já iniciados em sua obra identificarão como embrionária de Os Anos.

O Jovem (no prelo)

Em poucas páginas, na primeira pessoa, Annie Ernaux relata uma relação vivida com um homem trinta anos mais novo que ela. Uma experiência que a fez voltar a ser, durante vários meses, a "menina escandalosa" da sua juventude. O livro, publicado em maio na França, será lançado aqui em novembro, quando a autora participa da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

No dia 12 de novembro, o Teatro RioMar, na Zona Sul do Recife, vai receber o escritor gaúcho Leandro Karnal. O professor e historiador mostrará ao público pernambucano o resultado do projeto 'Prazer, Karnal: O Show', um misto de aula, palestra e stand-up comedy.

Karnal irá compartilhar com a plateia momentos de sua infânica até chegar na fama conquistada nacionalmente. Durante o evento, ele também vai pontuar como filósofos, pensadores, sacerdotes e outros professores o ajudaram a trilhar seu caminho.

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Os ingressos estão à venda no site uhuu.com e na bilheteria do teatro, com entradas a partir de R$ 80 (primeiro lote).

Serviço

Prazer, Karnal: O Show

12 de novembro | 21h

Teatro RioMar (RioMar Shopping) – Av. República do Líbano, 251, Piso L4, Pina

Ingressos: Plateia Baixa: R$ 200 e R$ 100 (meia) / Plateia Alta: R$ 180 e R$ 90 (meia) / Balcão: R$ 160 e R$ 80 (meia)

Machado de Assis, o Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) foi um jornalista, contista, cronista, romancista e poeta nascido no Rio de Janeiro no dia 21 de junho de 1839. O escritor ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia Brasileira de Letras, que passou a ser conhecida também como Casa de Machado de Assis.

Filho do pintor e dourador Francisco José de Assis e da açoriana Maria Leopoldina Machado de Assis, perdeu sua mãe muito cedo. Foi criado no Morro do Livramento, cresceu sem recursos financeiros para obter a educação formal, porém estudou como pode.

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Seu primeiro trabalho literário foi publicado com 15 anos de idade, conhecido como “À Ilma, Sra. D.P.J.A”, no Periódico dos Pobres, número datado de 3 de outubro de 1854. No ano de 1856, entrou para a Imprensa Nacional como aprendiz de tipógrafo, e lá conheceu Manuel Antônio de Almeida, que se tornou seu protetor.

Seu primeiro livro publicado foi a tradução de "Queda que as mulheres têm para os tolos" (1861), impresso na tipografia de Paula Brito. No ano de 1862, tornou-se censor teatral, cargo não remunerado, porém lhe fornecia livre ingresso nos teatros da cidade.

A obra de Machado de Assis continua inspirando novos talentos no ramo da literatura e da poesia, com diversas publicações ganhando adaptações para os mais diversos veículos. Na matéria de hoje, conheça cinco livros para se iniciar na vasta obra do autor.

Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)

Após ter morrido, em 1869, Brás Cubas decide narrar sua história e revisitar os fatos mais importantes de sua vida, a fim de se distrair da eternidade. A partir de então, ele relembra de amigos como Quincas Borba, de sua displicente formação acadêmica em Portugal, dos amores de sua vida e ainda do privilégio que teve de nunca ter precisado trabalhar em sua vida.

O Alienista (1882)

A obra gira em torno da história de Simão Bacamarte, médico respeitado que viajou pela Europa e pelo Brasil. Quando criou um consultório na cidade brasileira de Itaguaí, resolveu se casar com uma viúva: Dona Evarista. A relação não era baseada no amor, e sim na possibilidade de ter filhos.

O Espelho (1882)

“O espelho”, subintitulado ironicamente de “Esboço de uma nova teoria da alma humana”, é um pretenso conto filosófico que discute o processo de formação da identidade de cada indivíduo e a relação entre subjetividade e vida social, demonstrando como o olhar dos outros interfere na imagem que fazemos de nós mesmos.

Quincas Borba (1891)

Publicado em 1891, o romance conta a vida de Rubião, um pacato professor que se torna rico da noite para o dia ao receber uma herança deixada pelo filósofo Quincas Borba, criador de uma filosofia chamada Humanitismo

Esaú e Jacó (1904)

Esaú e Jacó é o penúltimo livro do escritor Machado de Assis. Publicado em 1904, quatro anos antes da morte do autor, conta a história de dois irmãos gêmeos que brigavam desde o ventre da  mãe.

O romance se passa em um período de transformação na política do Brasil, a transição do Império para a República. O cenário político do país é, mais tarde, um dos motivos das brigas dos irmãos. Chamados Pedro e Paulo, os gêmeos discordam de tudo. Já adultos seguem profissões diferentes e apoiam sistemas políticos diferentes. Para completar, ambos se apaixonam pela mesma mulher, Flora, o que acentua a disputa dos dois irmãos.

A Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE), por meio da Coordenadoria de Literatura, vai realizar uma edição do curso Escrita e Leitura Literárias, mediado pelo premiado escritor Sidney Rocha. O curso é gratuito e as aulas serão realizadas no Cineteatro Bianor Mendonça Monteiro, em Camaragibe, nos dias 3, 4, 5, 6, 7, 10, 11, 13 e 14 de outubro, das 18h às 21h, e no dia 15, das 9h às 12h. As pessoas interessadas em participar devem enviar um e-mail. Ao todo, serão disponibilizadas 20 vagas para pessoas com mais de 18 anos.

O curso Escrita e Leitura Literárias tem como objetivo apresentar técnicas para a criação de histórias envolventes e personagens inesquecíveis, e está dividida em dois módulos: Estruturas Narrativas e Laboratório do Personagem.

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A dinâmica é baseada no comprometimento de cada participante, centrada em cada pessoa. Nas aulas será exigido ao participante a consciência de suas próprias capacidades, limitações, crenças, descrenças e descobertas individuais. Uma experiência do conhecimento, do intelecto, mas, sobretudo, da sensibilidade.

*Da assessoria

Luis Fernando Veríssimo (1936) é um escritor e poeta brasileiro. Veríssimo ficou muito conhecido por suas crônicas e contos de humor, além de ser um exímio jornalista, tradutor, roteirista para programas de televisão e músico. Filho do também escritor Érico Veríssimo, seguiu os passos profissionais de seu pai.

Nascido em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 26 de setembro de 1936, viveu uma parte de sua infância nos Estados Unidos junto aos seus pais, Érico e Mafalda Halfen Volpe. Nesta época, seu pai lecionava literatura brasileira nas universidades de Berkeley e de Oakland, entre 1941 e 1945.

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Veríssimo cursou o primário em San Francisco e em Los Angeles. No ano de 1953, a família voltou aos Estados Unidos, quando seu pai assumiu a direção do Departamento Cultural da União Pan-Americana, em Washington, só retornando ao Brasil no ano de 1956.

Já de volta a Porto Alegre, Luis Fernando Verissimo começou a trabalhar na Editora Globo, dentro do departamento de artes. No ano de 1960, começou a integrar o conjunto musical Renato e seu Sexteto, que se apresentava profissionalmente nas noites de Porto Alegre.

Em 1962, Veríssimo mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como tradutor e redator publicitário. Em 63, casou-se com a carioca Lúcia Helena Massa, com a qual teve três filhos.

Em 1973, Veríssimo publicou “O Popular”, uma coletânea de textos já publicados anteriormente nos jornais onde trabalhou. No ano de 75, retornou ao jornal Zero Hora e passou a escrever também para o Jornal do Brasil. Neste mesmo ano, publicou seu primeiro livro de crônicas, “A Grande Mulher Nua”.

Em 2003, seu livro Clube dos Anjos, na versão inglesa (The Club of Angels), foi selecionado pela New York Public Library como um dos 25 melhores livros do ano. Em 2004, recebeu o Prix Deus Oceans, no Festival de Culturas Latinas de Biarritz, na França. Além disso, também recebeu o prêmio Juca Pato e foi considerado intelectual do ano pela União Brasileira de Escritores.

Recentemente, Luis Fernando Veríssimo faz parte de um grupo de 26 escritores no Rio Grande do Sul que são retratados em pinturas expostas em uma galeria a céu aberto, localizada na Av. Borges de Medeiros, ponto turístico do Centro-Histórico de Porto Alegre. Entre os homenageados estão: Caio Fernando Abreu, Lya Luft, Mario Quintana, Érico Veríssimo, Moacyr Scliar e outros. 

Conhecido como o rei do terror, Stephen King pode ser considerado um escritor prolífico. Tendo escrito mais de 50 livros em quase meio século de carreira, tornou-se um dos principais nomes do mercado literário. Nascido em 1947, no estado norte-americano do Maine, o autor estreou na literatura com Carrie, a estranha (1974).

Em meio a sua vasta obra, diversos títulos ficaram marcados como clássicos da literatura e do cinema, ganhando adaptações para as telonas da sétima arte. Na matéria de hoje, conheça cinco dos principais escritos do autor:

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It: A Coisa (1986)

À espera de um milagre (1996)

Ambientado nos anos 1930, durante a Depressão da economia americana, À espera de um milagre apresenta a Penitenciária Cold Mountain, onde assassinos esperam o dia em que deverão cumprir sua pena de morte. Lá, o guarda Paul Edgecombe conhece o condenado John Coffey, um tímido e gigante homem acusado de assassinar brutalmente duas garotas e detentor do poder de curar as pessoas com o toque. No cinema, o diretor Frank Darabont recriou a história de Stephen King no filme de 1999, com Tom Hanks no papel do guarda Edgecombe.

O Iluminado (1977)

Carrie, a estranha (1974)

O livro teve a aprovação do público, sendo posteriormente adaptado para o cinema por Brian De Palma (1976) e por Kimberly Peirce (2013).

A Torre Negra (2004)

A Torre Negra é uma série literária que combina vários estilos como fantasia, faroeste e ficção científica, e tem sido apontada como uma das obras-primas do autor. Composta por oito livros, a saga começou a ser publicada em 1982 e apenas terminou em 2012. 

O enredo segue o destino de um pistoleiro solitário que faz uma travessia pelo deserto, rumo a uma torre poderosa. No sétimo volume, que tem o mesmo título, são visíveis as influências de terror que atravessam a narrativa.

Aqui, o filho do protagonista, um jovem chamado Jake Chambers, conta com a ajuda do Padre Callahan para derrotar um grupo de vampiros que estão espalhando o caos.

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A celebração da arte literária tomou conta do Centro Cultural Tancredo Neves (Centur), na tarde de sexta-feira (16), com a abertura da I Festa Literária de Belém (Flibe), promovida pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec). O festival faz parte da I Bienal de Artes de Belém e segue até o dia 23 de setembro.

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Para o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, é uma honra prestigiar a primeira Flibe que dará incentivo à leitura da população e passará a fazer parte da agenda cultural da cidade.

“É um encontro, é uma festa, aqui é um lugar de paixão pelo futuro socialmente justo de respeito a natureza, democrático. É isso que a literatura, poesia e a ciência fazem”, diz.

A professora e historiadora Larissa Rayanne Oliveira, 27 anos, acredita que a iniciativa de criação da festa literária é importante para popularizar e incentivar o acesso da população à literatura.

“A literatura é um evento que deve ser repassado e quando tem um evento como esse, um evento grande, o povo fica conhecedor da cultura, da arte e da literatura. Esse tipo de evento agrega dessa forma, as pessoas têm mais acesso porque às vezes o conhecimento não vai para o povo e quando um evento desse chega, as pessoas começam a ouvir e conhecer mais da literatura”, afirma.

A programação da I Festa Literária conta com oficinais de formação em artes e educação, bate-papos sobre a literatura (LGBTQIA+, indígenas, afro-brasileiras, feministas, dentre outras palestras), apresentações artísticas de escolas infantis, feiras de artesanatos, apresentações teatrais e conta com espaço lúdico infantil.

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Programação

Centro Cultural Tancredo Neves – CENTUR (Av. Gentil Bitencourt, 650 - Nazaré, Belém - PA, 66035-340).

•        20/09 (terça-feira) - Cia. do Nosso Jeito e Delcley Machado.

•        21/09 (quarta-feira) - Inesita e Dayse Addario.

•        22/09 (quinta-feira) - Eduardo Du Norte e os Tambores.

 Espetáculo Encantados

•        23/09 (sexta-feira) - Gigi Furtado.

 

Bienal das Artes – Aldeia Cabano (Av. Pedro Miranda, 2060 - Pedreira, Belém - PA, 66085-026).

•        20/09 (terça-feira) - Cortejo das manifestações culturais, performance chegada do cortejo, Para Sempre Ruy e Simone.

•        21/09(quarta-feira)- Coral infanto-juvenil (Semec), Dona Onete, Gretchen, Fruto Sensual e a parelhagem Crocodilo.

•        22/09 (quinta-feira) - Escola Municipal de Dança - Silvio Leandro, Nilson Chaves, bando Mastodontes, Hamilton Holanda e Zeca Baleiro.

•        23/09 (sexta-feira) - Coral Projeto Histórias Cantadas "Pirão de Açaí", Festival de Música Brasileira, Sabah Moraes e Johnny Hooker.

•        24/09 (sábado)- Professores Semec, Choro do Pará, Marco André, Felipe Cordeiro e Vozes d'África.

•        25/09 (domingo) - Xaxá e Banda, grupo Tem Mulheres na Roda de Samba, Bião e Banda e Teresa Cristina.

Por Amanda Martins, Gabrielle Nogueira e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Dando continuidade ao Arte da Palavra, projeto nacional de discussão, fomento e fortalecimento da produção literária no Brasil, a pernambucana Bione vai iniciar a programação do projeto deste mês em Triunfo. A cantora, poeta marginal e atriz vai apresentar Os Versos da Poeta nesta quinta-feira (8), às 19h30, na Fábrica de Criação Popular. A entrada é gratuita.

A presença de Bione integra o Circuito de oralidades. No encontro, de aproximadamente 40 minutos, ela vai contar sobre seu processo criativo, escrita e compartilhar algumas produções. "Vou levar minhas poesias, que abordam temas diversos como política, amor, racismo, além de falar sobre a influência das minhas vivências", comenta a jovem artista de 19 anos.

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No dia 22 de setembro, também na Fábrica, o Arte da Palavra vai reunir, às 19h30, a poeta slammer, cantora, compositora e atriz Bell Puã e a escritora, educadora, atriz e ativista dos Direitos Humanos Odailta Alves. O encontro integra o Circuito de Autores e vai reunir as convidadas pernambucanas para uma mesa de debate sobre suas obras, criação e desdobramentos artísticos, com entrada gratuita.

Encerrando a programação do mês, a paulistana, crítica literária e pesquisadora Tamlyn Ghannam vai ministrar a oficina Booktuber: mediação literária em ambientes digitais pelo Circuito de Criação Literária.

A atividade, indicada para que tem mais de 18 anos, será on-line, entre os dias 26 e 30 de setembro, às 19h30. Em cinco encontros, ela vai falar sobre o mercado literário, responsabilidade nas produções de conteúdo, roteiro, processo de monetização, identidade visual, entre outras abordagens teóricas e práticas. As inscrições custam R$ 17 e R$ 34 para comerciários e seus dependentes e público geral, respectivamente, e podem ser realizadas no site do Sesc.

*Da assessoria

Amigos, família, artistas e vizinhos são a fonte inspiradora de "A Distância", novo livro da escritora e jornalista Laura Vasconcelos. A obra contém 35 crônicas com temas do cotidiano, como experiências pessoais, filmes, músicas, novelas, términos de relacionamento, sentimentos durante a pandemia, entre outros. O lançamento será neste sábado (3), na 25ª Feira do Livro e das Multivozes, no Hangar Centro de Convenções e Feiras, em Belém.

Além de "A Distância", a escritora publicou outro livro de crônicas: "Fugacidade dos dias", lançado em 2020 – o primeiro livro de Laura –, possui uma linguagem mais leve, com doses de comédia. "A Distância" é um livro mais denso e foi escrito quase durante toda a pandemia.

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“O ‘Fugacidade dos dias’ foi um livro que eu escrevi meio que no impulso, escrevi muito rápido e logo publiquei. Esse livro ["A Distância"] demorou mais um pouco. Está pronto desde junho de 2020, mas como tudo estava parado ele levou mais tempo para existir. Além de ser um livro mais melancólico, mais sentimental, o que eu acho que não poderia ser tão diferente percebendo o momento em que ele foi escrito”, conta.

 O fascínio pela escrita começou em 2010, quando Laura tinha 16 anos. Ela relembra que sempre gostou de ler e escrever. “Minha mãe é professora e muitas vezes me levava para a escola quando ia trabalhar e me deixava com acesso livre à biblioteca, aí peguei gosto pela leitura e pela escrita”, relata.

 Com textos curtos, linguagem simples, abordando temas comuns do dia a dia, a crônica é um gênero textual que tem como principal objetivo provocar a reflexão sobre o assunto abordado. A jornalista fala o porquê da escolha. “A crônica é um universo de infinitas possibilidades. Ela te deixa livre para você escrever o que quiser, do jeito que quiser, quando quiser e tudo pode virar uma crônica”, explica.

 “Meu cronista preferido diz que: ‘A crônica é botar uma lupa num grão de arroz’, ou seja, é transformar algo simples e trivial em algo extraordinário, enxergar alguma coisa em um assunto que outras pessoas não conseguem. Acho que essa liberdade que me encantou e me fez escrever crônicas”, complementa Laura.

 Em seu Instagram, Laura publicou que estava quase desistindo e brincou ao chamar o livro de "teimoso" pela insistência em existir. Ela comenta que foram três anos de produção, escrita, edição e impressão até a publicação. “Já tinha escrito outro porque estava quase sem esperanças. Até que a editora me mandou finalizado; quando reli, eu percebi que ele tinha que existir”, relembra.

 A escritora descreve a sensação de estar publicando sua segunda obra e acredita que teve o seu dever cumprido. “Eu espero que as pessoas se sintam mais próximas das histórias que estão no livro. A principal mensagem do livro é que sempre vai ter alguém que pode estar passando ou pensando igual, e se sentir menos sozinho”, destaca.

Laura conclui aconselhando pessoas que têm vontade de se aventurar na escrita do primeiro livro: “Escreva. O que faz de você um escritor é escrever, mesmo que sejam textos só para desabafar. Viva experiências novas, aventuras e leia muito. Tudo isso ajuda muito”, incentiva.

Por Even Oliveira, Isabella Cordeiro e Matheus Silva (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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A cultura paraense é repleta de histórias com misticismo e crenças locais. Boto, Curupira, Vitória Régia e Matinta Pereira são alguns exemplos de lendas conhecidas pela população e repassadas de geração em geração. 

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No quarto dia da 25ª Feira do Livro e das Multivozes, o espaço das Vozes da Cultura Popular apresentou a roda de conversa sobre o imaginário sobrenatural do Pará. Tendo como convidados Iaci Gomes – jornalista e escritora, autora de “Nem te Conto” – e Fernando Gurjão Sampaio – escritor e autor, conhecido como Tanto Tupiassu –, e com a mediação de Thyago Costa, estudante de Letras, o bate-papo foi permeado de relatos pessoais e histórias fictícias desse universo.

Iaci escreve desde criança e relata que o seu livro começou com microcontos de terror publicados em tuítes. Apenas em 2021 ela iniciou, de fato, a produção. “Precisou de uma pandemia para me impulsionar a encorpar esses contos, deixar um pouco maiores e reuni-los e lançar no livro, que é o ‘Nem te Conto’ – não poderia ter outro nome”, diz.

Gabriel García Márquez e Stephen King são escritores renomados e grandes influências da autora. Iaci conheceu as obras Márquez no ensino médio, por meio de um professor, e acabou se apegando ao realismo mágico. Pouco antes disso, por volta de seus 12 anos, ela conheceu a escrita de King, lendo “Tripulação de Esqueletos”, o que acabou o tornando seu autor preferido.

A primeira publicação de “Nem te Conto” ocorreu em novembro de 2021 e a autora confessa que pensou que o ciclo de sua obra havia se encerrado, mas recebeu a oportunidade de trazê-lo novamente ao público no evento. “Eu me inscrevi para o edital e fui, felizmente, selecionada e estou totalmente emocionada de relançar meu livro no maior evento de literatura do Estado. A Feira do Livro sempre foi uma referência para mim, sempre foi um lugar supermágico e ter o meu livro à venda aqui é indescritível”, destaca.

Fernando Gurjão Sampaio, ou melhor, Tanto Tupiassu, utiliza suas redes sociais – principalmente o Twitter – para compartilhar casos e histórias sobrenaturais que viveu ou de seus seguidores. Seu interesse pela leitura do tema, especialmente no cenário paraense, surgiu com Walcyr Monteiro, quando estava na escola e teve contato com o livro “Visagens e Assombrações de Belém” por meio de uma amiga.

Tanto comenta que quando compartilha os casos, geralmente, vai por partes, o que cria uma expectativa no público e diz que isso traz relatos de seguidores sobre lembranças da infância. “Acho que o interesse é, na verdade, um interesse coletivo que vem desde a infância, dessa mania que a gente tem de sentar ao redor de uma fogueira, contar história e ir dormir todo mundo apavorado”, fala.

Em 2016, o autor publicou “Ladir Vai ao Parque e Outras Histórias”, um livro de contos que ganhou o Concurso Literário da Fundação Cultural do Pará na sua categoria. Tanto revela que, atualmente, não sabe se tem interesse em republicar essa obra, mas que no próximo ano terá um lançamento inédito com a editora Rocco.

Por Amanda Martins, Kaila Fonseca e Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O diálogo acerca de poéticas afetivas na vida de artistas autistas, no espaço Vozes da Inclusão da Feira do Livro e das Multivozes, aborda a relação que as famílias constroem com o autismo, dando visibilidade para obras realizadas pelos talentos paraenses. Os autores Milena Costa e Lucas Moura Quaresma, ambos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), falaram sobre suas rotinas pessoais e artísticas e mostraram como o diagnóstico precoce do autismo e o apoio familiar podem transformar a vida de crianças e adultos. A 25ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes ocorre no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, entre os dias 27 de agosto a 4 de setembro.

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"Essas poéticas afetivas dizem respeito à relação que essas famílias constroem com o autismo. Muitas vezes, no início do diagnóstico, os familiares ficam perdidos, não entendendo aquele diagnóstico e com o tempo vão conseguindo estabelecer relações de muito amor, de muito carinho, acima de tudo de uma valorização dessas pessoas com autismo, inclusive conseguindo perceber essas potencialidades, essas habilidades", explicou Flávia Marçal, 39 anos, advogada, professora, coordenadora do projeto TEA da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e mediadora do evento.

Segundo Flávia Marçal, olhar o autismo de forma afetiva é muito importante. "Milena Costa e o Lucas Quaresma são dois autores, uma de livro e o Lucas que é um quadrinista, com autismo. Olhar dessa forma mais afetiva, essa poesia também que está envolvendo a vida, é muito importante. Inclusive para que possamos perceber, que o autismo não é o fim, ele pode ser o começo para muita coisa", assinalou Flávia.

Para Flávia, o evento é importante para divulgar e ver projetos que auxiliam na formação de profissionais que estão se capacitando. São profissionais que, com certeza, afirma Flávia, vão levar esse tema da inclusão à frente. É uma oportunidade de conhecer projetos, conhecer outras obras, observou a mediadora. "Esse é um espaço que irá levar essa capacitação e conscientização para a sociedade. Para que ela se torne mais livre e mais inclusiva."

A estudante e escritora Milena Lima costa, de 18 anos, apresentou seu livro "Histórias de Milena", que contém enredos como "o Bicho-papão brincalhão" e "O menino e o monstro negro".

Milena disse que começou a escrever entre os 9, 10 anos de idade e que tudo começou a partir de uma brincadeira com a irmã. "Eu e a minha irmã de coração, Beatriz, a gente inventou um jogo em que contaáamos histórias imaginárias uma para outra. Minha primeira história foi uma que eu nomeei de 'Princesa valente', inspirada no Mágico de Oz. Depois disso eu decidi passar para um papel, escrito", relatou.

A escritora contou que decide sobre o que vai escrever assistindo desenhos e lendo livros. "Eu me sinto melhor escrevendo minhas histórias", revelou a autora.

O quadrinista Lucas Moura Quaresma, de 29 anos, e também formado em designer de produtos, apresentou seus quadrinhos "Oceanos", "Medo de bullying" e seu mais novo trabalho: "Belém, Belém de onde tuas mangás vêm?"

Lucas começou a desenhar aos 4 anos, a partir das logomarcas dos desenhos e filmes que assistia. Desenhava os personagens e, depois de um tempo, pessoas da vida real. "As minhas inspirações para desenhar e escrever vêm da minha mente, dos desenhos animados e dos personagens que eu mais gostava", apontou o quadrinista (conheça o perfil do quadrinista: @hqsdolucas).

Para a realização do diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista e atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde) basta procurar pelas Unidades Básicas - UBSs, Equipe da Saúde da Família - ESF e Núcleos de Atenção à Família - NAFs.

 A Lei 12.764 de 27/12/2012 determinou que a pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos legais. Lei Federal vale em qualquer lugar do Brasil. (mais informações em https://www.autismolegal.com.br/direitos-do autista/).

Por Kátia Almeida e Gabrielle Nogueira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

A jornalista e escritora Iaci Gomes vai relançar o seu livro “Nem te conto” na Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes. A obra reúne 14 contos de terror com toques de realismo fantástico e apresenta cenários paraenses, como as margens do rio Trombetas, o Parque do Utinga e a praia do Chapéu Virado, em Mosqueiro.

A escritora relatou que sempre foi uma leitora assídua, e que a Feira do Livro era um evento indispensável para sua família. Logo, ter uma obra autoral apresentada na feira é de uma sensação indescritível. “É muito legal eu poder me inserir nesse cenário e ser vista como uma pessoa que escreve sobre o sobrenatural no Pará”, disse a jornalista.

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 Iaci diz também que o gênero terror sempre foi a sua escolha principal de leituras desde a infância. “Sempre me fascinou muito, eu gosto muito desses contos, então quando eu pensei em escrever alguma coisa, tinha que ser o terror...realmente a possibilidade de sair daquilo que a gente já vive e poder imaginar outros cenários é algo que eu gosto muito”, disse Iaci.

Além dos 14 contos, o livro também conta com uma série de ilustrações para ajudar os leitores a entrarem no clima de terror. “Quando eu fiz o 'Nem te conto' eu sempre visualizei ilustrações que pudessem retratar o que eu estava escrevendo”, contou a escritora. O time de ilustradores conta com Magno Brito, Renata Segtowick e Márcio Alvarenga, que ajudam ainda mais a apurar o toque sobrenatural da obra.

Antes do relançamento, a autora também participará, às 17h30 desta terça-feira (30), de um bate-papo sobre o imaginário sobrenatural no Pará, na companhia do escritor e advogado Fernando Gurjão Sampaio, conhecido nas redes sociais como Tanto Tupiassu.

A 25ª Feira do Livro e das Multivozes está aberta de 9 às 21 horas, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém, até o dia 4 de setembro. A entrada é gratuita. 

Por Caio Brandão (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A 25ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes será aberta neste sábado (27), a partir das 9 horas, com uma programação diversa, gratuita e para todos os públicos. A programação vai até o dia 4 de setembro. De volta ao Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, a edição deste ano homenageia o escritor e jornalista Edyr Augusto Proença e a cantora e compositora Dona Onete.

Além dos homenageados, dos livros e literatos, a Feira contempla todas as vozes de pessoas que contribuem de alguma forma para a cultura paraense e que têm conhecimentos a serem compartilhados, como explica o artista e secretário adjunto da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) Júnior Soares. Ele destaca a importância da Feira para a política pública do Estado, por ela movimentar a cadeia produtiva do livro e da leitura e realizar a circulação de recursos públicos em meios culturais.

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Para Júnior Soares, as homenagens dessa edição são a clara representação do que é o evento atualmente: um escritor de literatura vasta e uma mulher que está no campo das multivozes levando o Pará para o resto do mundo. A Feira foi dividida por vozes temáticas para cada dia da programação, como vozes da inclusão, cultura popular, infância, urbanas, da Amazônia, entre outros, trazendo pessoas que colaboram para cada área.

Júnior Soares ressalta que vão ter apresentações musicais durante a programação, na Arena Externa. Fafá de Belém, Viviane Batidão, Amazônia Jazz Band e convidados e  Banda Sayonara estão entre os artistas convidados. Há também a Arena das Artes, onde serão feitas apresentações de teatro e dança.

Em quase todos os dias do evento, há o Projeto Escola – Seduc. Júnior Soares explica que nesses momentos são mostrados os resultados dos processos vividos pelos alunos nas escolas. “Nada mais é do que um projeto dos professores das escolas que fazem produtos culturais para apresentar na Feira”, diz.

O Hangar foi revitalizado e todos os espaços serão ocupados para a realização dessa edição. No Hangar 1, haverá estandes voltados para a literatura universal e mais adulta; já no Hangar 2, perto da praça de alimentação, vão ter estandes para a literatura infantojuvenil, onde também se concentra o atendimento a crianças.

Júnior Soares afirma que tudo está sendo bem pensado e organizado. Ele reforça que a Feira é inclusiva, tendo uma programação com intercessão de libras, audiodescrição, e acesso a todas as pessoas com dificuldade de locomoção.

Uma entrada, pela avenida Doutor Freitas, leva ao estande de acessibilidade e pessoas com deficiência poderão ser auxiliadas em uma visita guiada. Júnior Soares conclui: “Vale a pena conhecer para quem não conhece, vale a pena visitar e ir viver esse novo momento da nossa existência como humanos e da cultura da nossa terra”.

Veja a programação completa no site:

https://feiradolivroedasmultivozes.com.br/programacao

Por Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Reavivar e celebrar a trajetória de um espaço dedicado às imagens em movimento é o propósito do livro-arquivo bcubico, que será lançado no próximo dia 30 de agosto no Recife, no Teatro do Parque, às 18h30. Com organização de Edson Barrus e yann beauvais, a publicação reúne experiências e artistas do espaço homônimo ativo no Recife entre 2011 e 2015.

A programação de lançamento conta com distribuição gratuita da versão impressa do livro e apresentação da vídeo-instalação Line describing a cone de Anthony McCall. O livro trilíngue é gestado em torno da experiência do espaço bcubico criado pelos artistas Edson Barrus e yann beauvais, que existiu por quase cinco anos na capital pernambucana.

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A publicação tem por objetivo atestar a importância de uma experiência inédita no campo da exibição e compartilhamento de formas de arte contemporânea, questionando uma história comum dos espaços expositivos. O livro reúne textos de Ana Lira, Anthony McCall, Edson Barrus, eRikm, Jean-Michel Bouhours, Keith Sanborn, Malcom Le Grice, Matthias Müller, Nathalie Magnan, Peggy Ahwesh, Recombo, Ricardo Ruiz, Thomas Köner, Yann Beauvais, Ж e outros atores culturais.

"O livro bcubico é um projeto que pensamos para celebrar o laboratório que eu e o Edson criamos em 2011 no Recife. Eram exibidos filmes, ministrava-se cursos de cinema experimental, atividades pedagógicas de cinematografia, era uma relação com filmes, vídeos e arte digital", explica Beauvais. A obra conta com textos analíticos, reflexões e testemunhos, e transcrições de determinadas intervenções, entre as 17 exposições, 29 encontros e 110 palestras viabilizadas no e pelo espaço.

Em 2021, o livro ganhou pré-lançamento em formato de live,  integrando a  programação do VII Festival Dobra — Festival Internacional de Cinema Experimental.  A live contou com acesso livre pelo YouTube e Facebook do MAM Rio — Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Na ocasião, os organizadores compartilharam sobre o processo de construção e organização do material, apresentando um preview do conteúdo. A versão digital de bcubico e live de pré-lançamento estão disponíveis gratuitamente no site.

Montada originalmente em 1971, a apresentação de Anthony McCall (Line describing a cone) com duração de 30 minutos, trabalha abertamente com a dimensão háptica do cinema. A luz e a projeção, dois dos elementos constitutivos mais básicos do cinema, não são mais os meios transparentes que codificam a imagem figurativa e a tornam visível: eles são a figuração da própria imagem e ganham em tangibilidade ao passo que podem ser acessados tatilmente pelos espectadores, que são incentivados a deambular pelo espaço expositivo.

O bcubico conta com organização de Edson Barrus e yann beauvais; coordenação editorial de Ж (.txt texto de cinema); produção executiva da Experimento Produções; produção de Rose Lima, design de Carla Lombardo; tradução por Cida Sá Leitão, Catarina Schlee Flaksman, Edson Barrus, Lucas Murari, Mabuse, Maria do Carmo Nino, Pedro Palhares,  yann beauvais,  Yuri Yaz e Walter Vector; revisão de Antoine Idier (francês e inglês) e Fernanda R. Braga Simon ( português). Tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, através do Funcultura  e conta com apoio da CEPE - Companhia Editora de Pernambuco, que estará com estande de vendas no Teatro do Parque.

*Da assessoria

 

Jorge Leal Amado de Faria (1912-2001) é conhecido como um dos mais famosos e prolíficos escritores brasileiros da segunda geração do movimento Modernista. As obras de Jorge foram traduzidas para a maioria dos idiomas, recebendo diversos prêmios e títulos honorários.

Jorge nasceu em 10 de agosto de 1912 no município de Itabuna, na Bahia. Filho de fazendeiros de cacau, o jovem foi enviado para estudar no Colégio Antônio Vieira, em Salvador. Foi na capital onde passou grande parte de sua adolescência de forma livre, convivendo com diversos tipos de pessoas e situações.

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Em 1927, Jorge iniciou sua carreira como repórter no “Diário da Bahia”, tendo escrito também para a revista “A Luva”. Aos 19 anos, já residindo no Rio de Janeiro, o autor publicou seu primeiro romance: “O País do Carnaval”. Posteriormente, viria a se formar em Direito, mas nunca exerceu a profissão.

Jorge esteve em contato com grandes nomes da literatura brasileira, como Gilberto Freyre, José Lins do Rego e Vinicius de Moraes. O caráter regionalista e de denúncia social em suas obras, como nas obras “Mar Morto” e “Capitães da Areia”, marcou época por relatos crus e realistas, sendo proibidos pela censura em sua época.

Na matéria de hoje, conheça cinco das principais obras de Jorge Amado. Confira:

Capitães da Areia - 1937

Pedro Bala, Professor, Gato, Sem Pernas e Boa Vida são adolescentes abandonados por suas famílias, que crescem nas ruas de Salvador e vivem em comunidade no Trapiche. Eles praticam uma série de assaltos e são constantemente perseguidos pela polícia. Um dia, Professor conhece Dora e seu irmão Zé Fuinha e os leva até o Trapiche, o que desencadeia a excitação dos demais garotos, que não estão acostumados à presença de uma mulher no local. Aos poucos, nasce o afeto entre o líder do grupo e a jovem.

Gabriela, Cravo e Canela - 1958

O romance é ambientado na Ilhéus dos anos 1920, uma cidade do interior baiano que passa por súbitas transformações graças à riqueza que a cultura do cacau está trazendo para a região. Tudo começa quando a cidade está em ebulição com a notícia de um duplo assassinato.

Dona Flor e Seus Dois Maridos - 1966

Durante o carnaval de 1943 na Bahia, Vadinho, um mulherengo e jogador inveterado, morre repentinamente. Sua mulher, Dona Flor, fica inconsolável, pois, apesar de ter vários defeitos, ele era um excelente amante. Algum tempo depois, ela se casa com Teodoro Madureira, um farmacêutico que é o oposto do primeiro marido. Juntos, eles têm uma vida estável e tranquila, mas tediosa, até o dia em que o fantasma de Vadinho aparece na cama de Dona Flor.

Cacau - 1933

Filho de industrial, o sergipano José Cordeiro, conhecido como Cearense, não quer ser patrão: é operário e orgulha-se de sua atividade. Mas acaba despedido da fábrica por ter se relacionado com uma colega de trabalho, cobiçada também pelo patrão, seu próprio tio. O Cearense decide procurar serviço em outro lugar.

Mar Morto - 1936

Personagens como o jovem mestre de saveiro Guma parecem prisioneiros de um destino traçado há muitas gerações: o dos homens que saem para o mar e que um dia serão levados por Iemanjá, deixando mulher e filhos à espera, resignados. Mas nesse mundo aparentemente parado no tempo há forças transformadoras em gestação.

 

 

Na próxima sexta-feira (5), o município de Guarulhos receberá a 2ª edição da Bienal do Livro, que ocorrerá de 5 a 14 de agosto no Internacional Eventos.

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Serviço

 

 

O autor de ficção Neil Gaiman usou suas redes sociais, na noite da quarta-feira (27), para comentar a relação dos fãs brasileiros com sua série de HQ’s Sandman. Usando do espaço para divulgar a adaptação da série pela Netflix, Gaiman ressaltou que os fãs brasileiros foram os primeiros a descobrirem o potencial da HQ.

“O primeiro país do mundo a descobrir Sandman foi o Brasil. Os quadrinhos foram publicados lá com uma tradução (sou obrigado a admitir) muito melhor que os quadrinhos americanos. Cada edição tinha um detalhe de capa ampliado na contracapa, e ensaios ilustrados internos explicando ou expandindo coisas dos quadrinhos. O Brasil foi o primeiro lugar em que o público subiu no palco comigo (ok, isso foi um pouco assustador)”, comentou Gaiman.

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O autor continuou em tuítes posteriores: “E o primeiro lugar que eu vi uma adaptação de Sandman (no mesmo palco, um pouco antes, a parte do jogo em Uma Esperança no Inferno). Este sou eu mandando um recado especial para o Brasil, e para todos os leitores brasileiros de Sandman. Bons sonhos! Nos vemos na Netflix em 5 de agosto”.

A adaptação da Netflix é foi supervisionada pelo próprio Gaiman, além de contar com Tom Sturridge como Sonho, Jenna Coleman como Johanna Constantine, Gwendoline Christie como Lúcifer, Boyd Holbrook como Coríntio, Kirby Howell-Baptiste como Morte, Mason Alexander Park como Desejo, entre outros.

A nova série da Netflix promete adaptar o primeiro arco das HQ’s clássicas, Prelúdio e Noturnos, além de uma parte de A Casa das Bonecas. A primeira temporada de Sandman chega ao catálogo da Netflix no dia 5 de agosto.

Por Matheus Maio

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