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A seleção brasileira masculina de vôlei voltou a vencer na Liga das Nações, em Sófia (Bulgária). Desta vez bateu o Irã, por 3 sets a 0 (parciais de 30/28, 25/23 e 25/19), mesmo sem o oposto Alan, um dos principais atacantes do time, que deixou a quadra ainda no início do primeiro set, após lesão na panturrilha. No domingo (26), às 14h (horário de Brasília), a seleção encara a anfitriã Bulgária, no último duelo da segunda fase da competição. A terceira e última etapa classificatória será em julho, em Osaka (Japão).

Atual campeão, o Brasil comandado pelo técnico Renan Dal Zotto, subiu hoje (24) na classificação geral para o sexto lugar, com 12 pontos (quatro vitórias e três derrotas). A competição reúne 16 seleções nacionais. Apenas as oito primeiras colocadas avançarão à disputa do título na cidade de Bologna (Itália).

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Pelo segundo jogo consecutivo, o ponteiro Lucarelli foi o maior pontuador, com 15 pontos. Quem também sobressaiu em quadra nesta sexta (24) foi o central Isac, que anotou nove pontos no ataque e quatro no bloqueio.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU, instou neste domingo (12) o Irã a retomar "agora" as negociações para evitar uma crise que poderia tornar "extremamente mais difícil" salvar o acordo nuclear alcançado em 2015.

Em entrevista à rede CNN neste domingo, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, contou que disse aos seus homólogos iranianos: "Temos que sentar agora, temos que corrigir a situação, temos que continuar trabalhando juntos."

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O Irã desconectou nesta semana algumas câmeras que permitiam que inspetores internacionais monitorassem suas atividades nucleares, em resposta a uma resolução ocidental aprovada em 8 de junho, na qual a agência da ONU denunciou a falta de cooperação de Teerã.

Segundo Grossi, 27 câmeras de vigilância de circuito fechado "foram removidas" das instalações supervisionadas, o que considerou "muito grave". Ele afirmou que isso torna "extremamente mais difícil o caminho de volta a um acordo".

As negociações para reativar o acordo estão paralisadas desde março. Seu objetivo é reintroduzir os Estados Unidos nesse pacto firmado entre Teerã e as principais potências mundiais para evitar que o Irã fabrique uma bomba atômica.

O acordo de 2015 aliviou o Irã das sanções econômicas ocidentais em troca de restrições às suas atividades nucleares. Mas em 2018, o então presidente americano Donald Trump (2017-2021) retirou-se unilateralmente do pacto e voltou a impor sanções contra Teerã, levando o Irã a começar a recuar em seus próprios compromissos.

"A única maneira de o Irã ganhar a confiança que tanto necessita para impulsionar sua economia é permitir que os inspetores da AIEA estejam presentes" nas instalações de seu programa nuclear.

Sem as câmeras de vigilância, Grossi disse que sua agência em breve não poderá declarar se o programa tem um fim "pacífico", como insiste Teerã repetidamente, ou se o Irã está desenvolvendo uma arma nuclear.

Mesmo que os iranianos religuem as câmeras em alguns meses, observou Grossi, qualquer trabalho que eles fizerem nesse meio tempo permanecerá secreto, o que possivelmente tornaria qualquer acordo inútil.

O presidente dos EUA, Joe Biden, já disse que está pronto para retornar ao pacto, desde que o Irã também honre seus próprios compromissos.

Ao menos 21 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nesta quarta-feira (8) após o descarrilamento de um trem de passageiros perto da cidade iraniana de Tabas, no centro do Irã.

"Vinte e uma pessoas morreram no acidente", afirmou o chefe dos serviços de emergência da província de Yazd, Ahmad Dehghan, citado pela TV estatal IRIB.

As autoridades informaram que 24 ambulâncias e três helicópteros foram enviados ao local.

O trem ia de Mashhad (nordeste) para Yazd (centro) com 348 passageiros quando descarrilou no deserto por volta das 05h30 locais (22h de terça, hora de Brasília).

Tabas fica na província de Khorasan do Sul, a 900 km por estrada de Teerã.

O vice-diretor de ferrovias estatais iranianas, Mir Hassan Mussavi, disse à TV estatal que o trem "descarrilou após se chocar com uma escavadeira" que estava perto da ferrovia.

Alguns feridos foram levados de helicóptero ao hospital, segundo imagens da TV estatal.

Equipes de resgate examinaram os vagões tombados enquanto as pessoas olhavam ao redor, segundo imagens da TV estatal.

Uma das imagens mostrou uma escavadeira amarela em uma lateral da via.

Cinco dos 11 vagões do trem saíram dos trilhos, disse o chefe de operações de emergência da organização Crescente Vermelho iraniana, Mehdi Valipur, à TV estatal.

- Investigação -

O presidente Ebrahim Raisi expressou condolências às famílias das vítimas e ordenou uma investigação rápida das causas do acidente, anunciou seu gabinete.

O ministro de Rodovias e Desenvolvimento Urbano, Rostam Ghasemi, pediu desculpas aos iranianos pelo Twitter e afirmou que sua pasta é responsável pelo incidente.

O procurador de Tabas visitou o local do acidente e anunciou a abertura de uma investigação, segundo a imprensa iraniana.

O acidente aconteceu duas semanas depois do desabamento de um edifício em construção na região sudoeste do Irã, uma tragédia que deixou 43 mortos.

Em 23 de maio, o edifício de 10 andares Metropol em construção em Abadan, uma das principais cidades da província de Khuzestan, desabou parcialmente em uma rua de grande movimento.

A justiça provincial declarou ter detido 13 pessoas, entre elas o prefeito de Abadan, e dois ex-prefeitos, sob suspeita de responsabilidade na tragédia.

A catástrofe, uma das mais letais dos últimos anos no Irã, provocou manifestações em todo o país em solidariedade com as famílias das vítimas e contra as autoridades, acusadas de corrupção e incompetência.

Em 2016, 44 pessoas morreram e 82 ficaram feridas quando dois trens colidiram e pegaram fogo no norte do Irã, entre Teerã e Mashhad.

O então chefe das ferrovias iranianas se demitiu depois que quatro de seus funcionários foram detidos após a colisão na linha principal entre Teerã e Mashhad, a segunda cidade do país.

A tensão aumentou nesta quarta-feira entre o Irã e as potências ocidentais, depois que a república islâmica desligou câmeras de vigilância instaladas em instalações nucleares e que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) condenou o país por falta de cooperação.

O texto apresentado por Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha é o primeiro a dirigir uma crítica ao Irã desde junho de 2020 e foi aprovado enquanto as negociações para retomar o acordo nuclear de 2015 se encontram estagnadas.

Trinta membros aprovaram a resolução e tanto a Rússia quanto a China votaram contra, segundo dois diplomatas. Índia, Líbia e Paquistão se abstiveram.

A resolução insta o Irã a "cooperar" com a agência nuclear da ONU, que lamentou em um recente informe a ausência das explicações "tecnicamente confiáveis" sobre os vestígios de urânio enriquecido encontrados em três usinas nucleares não declaradas.

França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos voltaram à carga à noite, pedindo que Teerã "respeite suas obrigações legais e coopere com a AIEA para esclarecer e resolver totalmente essas questões, sem prazos adicionais".

Israel saudou a medida, que considerou "um primeiro e necessário passo para o objetivo de que o Irã cumpra suas obrigações de salvaguardas nucleares".

O Irã anunciou um pouco antes o desligamento de algumas câmeras de vigilância, afirmando que as mesmas estavam ligadas como "um gesto de boa vontade", e não por "obrigação", como acreditava a AIEA. "A partir de hoje, as autoridades competentes foram instruídas a desligar o Monitor de Enriquecimento (Olem) e as câmeras do medidor de fluxo do organismo", informou a autoridade nuclear iraniana.

O documento não especifica quantas câmeras foram desligadas, embora garanta que “mais de 80% das câmeras existentes no organismo funcionam em aplicação do acordo de salvaguardas e continuarão funcionando”.

- Sem atividades ocultas -

O chefe da organização nuclear iraniana, Mohammad Eslami, afirmou que seu país "não tem atividades nucleares ocultas ou não documentadas, nem locais não declarados", segundo a agência de notícias estatal Irna. "Esses documentos falsos buscam manter a pressão máxima" sobre o Irã, acrescentou, referindo-se às sanções econômicas que Washington voltou a impor quando o então presidente Donald Trump abandonou o acordo nuclear entre o Irã e as potências mundiais, em 2018.

"Essa decisão recente de três países europeus e dos Estados Unidos ao apresentarem um projeto de resolução contra o Irã é política", criticou Eslami, ressaltando que "o Irã teve uma cooperação máxima com a AIEA".

burs/dwo/dv/js/eg/lb

O Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou nesta quarta-feira (8) por ampla maioria uma resolução crítica ao Irã por sua falta de cooperação, informaram fontes diplomáticas à AFP.

O texto apresentado por Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha é o primeiro a dirigir uma crítica ao Irã desde junho de 2020 e foi aprovado enquanto as negociações para reviver o acordo nuclear de 2015 se encontram estagnadas.

Trinta membros aprovaram a resolução e tanto a Rússia quanto a China votaram contra, segundo dois diplomatas. Índia, Líbia e Paquistão se abstiveram.

A resolução insta o Irã a "cooperar" com a agência nuclear da ONU, que lamentou em um recente informe a ausência das explicações "tecnicamente confiáveis" sobre os vestígios de urânio enriquecido encontrados em três usinas nucleares não declaradas.

"É essencial que o Irã proporcione toda informação e os documentos que a AIEA considera necessários para esclarecer e resolver estas questões", reforçou a embaixadora dos Estados Unidos, Laura Holgate, durante os debates que antecederam a votação.

O Irã desligou algumas câmeras de vigilância do organismo de controle nuclear depois da apresentação da resolução.

As negociações para reativar o acordo nuclear começaram em abril de 2021 com o objetivo de reintroduzir os Estados Unidos neste pacto alcançado entre Teerã e as principais potências mundiais para evitar que o Irã produza a bomba atômica.

Durante a presidência de Donald Trump em 2018, os Estados Unidos se retiraram do acordo.

Washington e Atenas pediram nesta segunda-feira (30) ao Irã para liberar dois petroleiros bloqueados em águas do golfo Pérsico, uma medida segundo os Estados Unidos "injustificada" que constitui uma "ameaça à segurança marítima", destacou o Departamento de Estado.

O secretário de Estado, Antony Blinken, falou por telefone nesta segunda-feira com seu colega grego, Nikos Dendias, e ambos "concordaram que o Irã deve liberar imediatamente os navios bloqueados, seus carregamentos e tripulações", precisou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price.

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Os Guardiões da Revolução, o exército ideológico do Irã, anunciaram na sexta-feira que confiscaram dois petroleiros gregos nas águas do golfo Pérsico, pouco depois de protestar pela apreensão por parte da Grécia de uma embarcação com petróleo iraniano a pedido dos Estados Unidos.

Em nota publicada em seu site, os Guardiões da Revolução indicaram que suas forças navais "apreenderam hoje (sexta) dois petroleiros gregos no golfo Pérsico devido à violações", sem detalhá-las.

Após essa declaração, o Ministério de Relações Exteriores da Grécia garantiu em nota que "estes atos são equiparáveis a pirataria" e reclamou energicamente ao embaixador iraniano em Atenas sobre a "violenta" apreensão.

As autoridades iranianas indicaram que as tripulações dos petroleiros gregos confiscados na sexta estão a bordo e bem de saúde.

Segundo as autoridades gregas, nove de seus cidadãos integram as tripulações.

O navio que transportava petróleo iraniano foi bloqueado em meados de abril pela Grécia a pedido dos EUA.

Em virtude das sanções europeias vinculadas à guerra na Ucrânia, as autoridades gregas apreenderam em 19 de abril, em frente à ilha de Eubea, o petroleiro russo "Pegas", rebatizado dias depois como "Lana".

Segundo informações da época, o navio transportava 115 mil toneladas de petróleo iraniano.

Ao menos 14 pessoas morreram no desabamento de um prédio em construção no Irã, informaram autoridades na noite desta terça-feira (24) em um novo balanço, anunciando a detenção de várias pessoas acusadas de serem "responsáveis" pela tragédia.

O edifício Metropol, de 10 andares, colapsou parcialmente na segunda-feira em Abadan, província de Khuzestan, no sudoeste do Irã.

"De acordo com os números mais recentes, 14 pessoas morreram e 32 ficaram feridas", disse o ministro do Interior, Ahmad Vahidi, à agência de notícias oficial Irna, e acrescentou que a busca por possíveis sobreviventes continua.

O número de pessoas desaparecidas é desconhecido. Ao meio-dia, Vahidi havia relatado 10 mortos.

Segundo a televisão iraniana, o prédio estava localizado na "rua central mais movimentada" da cidade, onde os edifícios ao redor se dedicam principalmente a atividades "comerciais, médicas ou abrigam escritórios".

A autoridade judiciária da província anunciou nesta terça a prisão de 10 pessoas, incluindo o atual prefeito de Abadan e dois ex-prefeitos, e um número desconhecido de funcionários municipais e supervisores de projetos, acusados de serem "responsáveis" pelo incidente, segundo Mizan Online, a agência de informações da justiça do país.

De acordo com a agência, o proprietário do prédio - cuja detenção havia sido anunciada pela justiça - é um dos mortos.

As autoridades provinciais decretaram um dia de luto para quarta-feira em Abadan, cidade com mais de 230 mil habitantes.

A esposa do universitário de nacionalidade iraniana e sueca Ahmedreza Djalali, acusado de espionagem e ameaçado de execução no Irã, pediu neste sábado (21) ajuda à União Europeia (UE) para a libertação de seu marido, durante uma entrevista à emissora pública alemã ZDF.

"Espero que a UE possa agir realmente de forma decisiva para trazer Ahmedreza para casa", disse, em trechos da entrevista transmitida pela ZDF.

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A UE não deve "permitir que um homem inocente seja assassinado de forma tão desumana", acrescentou.

Segundo a mídia iraniana, ele poderia ser enforcado no sábado e os funcionários iranianos disseram que executariam a sentença.

Mas, segundo sua esposa, Vida Mehrannia, a execução não ocorreu.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu na terça-feira a Teerã que detivesse a execução e exigiu a revogação de sua condenação.

Ahmadreza Djalali, que estava radicado em Estocolmo, onde trabalhava no Instituto Médico Karolinska, foi detido durante uma visita ao Irã em 2016.

Ele foi condenado à morte em 2017 por acusações de espionagem, negados pela Suécia e seus partidários.

Em fevereiro de 2018, durante sua detenção, a Suécia lhe deu a nacionalidade.

O Irã frustrou uma tentativa de sabotagem em instalações nucleares localizadas no centro do país, informou a agência de notícias oficial Irna nesta segunda-feira, acrescentando que integrantes de uma rede ligada a agentes de Israel foram presos.

Membros de "uma rede que pretendia sabotar a instalação nuclear de Fordo foram presos pelos serviços de inteligência dos Guardiões da Revolução", o exército ideológico do Irã, anunciou a agência, sem fornecer detalhes sobre a identidade dos presos.

"Agentes dos serviços de inteligência sionistas" tentaram se aproximar de um funcionário da seção das centrífugas avançadas do tipo IR-6 na usina subterrânea de Fordo "recrutando" um de seus vizinhos, segundo a Irna. A agência indicou que o ato de sabotagem deveria ser realizado "antes da festa de Novuz", que começa em 21 de março, mas não informou quando as prisões ocorreram.

A usina de enriquecimento de Fordo está localizada nas montanhas, cerca de 180 km ao sul de Teerã. No começo de 2021, o Irã anunciou que havia iniciado o processo de produção de urânio enriquecido a 20% na central, apesar dos compromissos assumidos no acordo internacional de 2015 sobre seu programa nuclear.

O Irã acusou Israel em diversas ocasiões de ter sabotado algumas de suas instalações de enriquecimento de urânio, ou de querer fazê-lo.

Pelo menos dois civis foram mortos em ataques israelenses nesta segunda-feira perto de Damasco, informou a agência oficial de notícias síria SANA, enquanto uma ONG apontou que dois combatentes pró-iranianos morreram nos ataques.

Os "sistemas de defesa interceptaram a maioria dos mísseis", mas "dois civis foram mortos e houve danos materiais", nestes ataques realizados na madrugada de segunda-feira contra posições ao sul de Damasco, informou a agência sem dar mais detalhes e citando fontes militares.

A SANA disse que os ataques levaram à "destruição de uma fábrica de mármore" e danificaram propriedades civis e várias outras fábricas na cidade de Harasta, perto de Damasco.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), os ataques tiveram como alvo "um depósito de armas e munições nas mãos de milícias apoiadas pelo Irã perto do aeroporto de Damasco".

"Dois combatentes pró-iranianos morreram e outros seis ficaram feridos nos ataques", disse o OSDH, acrescentando que um dos combatentes mortos era de origem síria, enquanto não conseguiu determinar a nacionalidade do segundo.

O ministério das Relações Exteriores sírio condenou nesta segunda-feira os ataques israelenses "sobre áreas residenciais". "A Síria pede às Nações Unidas e ao Conselho de Segurança que assumam suas responsabilidades", afirmou.

Desde o início do ano, Israel realizou pelo menos sete ataques aéreos na Síria, segundo a ONG, acrescentando que essas incursões mataram dois soldados sírios e quatro milicianos apoiados pelo Irã em fevereiro.

Desde o início da guerra na Síria, há quase 11 anos, Israel realizou centenas de ataques aéreos no país vizinho, contra posições do exército e combatentes do Hezbollah e de outras milícias apoiadas por Teerã.

Um avião de combate da Força Aérea do Irã caiu em um bairro residencial de Tabriz, no noroeste do país, um acidente que provocou as mortes dos dois pilotos e de um morador da região - anunciou a televisão estatal.

O avião bateu no muro de uma escola, informou o diretor do Crescente Vermelho de Tabriz.

"Felizmente, a escola estava fechada por causa da pandemia da Covid-19", disse o diretor do centro de gestão de crise da província, Mohamad-Bagher Honarvar, à televisão estatal.

Um avião de treinamento F-5 caiu às 9h (2h30 de Brasília) em Monajam, um bairro do centro da cidade, declarou o comandante desta base, general Reza Yusefi, à emissora de televisão local.

Segundo o general Yusefi, o avião apresentou um problema técnico, quando voltava de sua missão, e o piloto não conseguiu chegar à pista de aterrissagem.

"Os dois pilotos poderiam ter-se ejetado, mas se sacrificaram para poder conduzir o aparelho para uma zona mais isolada", acrescentou o militar.

As autoridades investigam as razões do acidente, disse a televisão estatal.

A agência oficial de notícias Irna publicou um vídeo curto que mostra os bombeiros apagando um incêndio no local do acidente.

A Força Aérea iraniana é equipada, essencialmente, com aviões de combate russos Mig e Sukhoi que datam da época soviética, algumas aeronaves chinesas e modelos F4 e F5 americanos anteriores à Revolução Islâmica de 1979.

O Irã está sob duras sanções dos Estados Unidos desde 2018, quando Washington se retirou, unilateralmente, do acordo nuclear negociado entre Teerã e as grandes potências. Esta condição dificulta o recebimento de novas peças, por exemplo.

O jogo entre Irã e Iraque pelas Eliminatórias da Copa do Mundo marcou o retorno das mulheres iranianas aos estádios de futebol, o que não acontece há três anos. Foram duas mil torcedoras no duelo desta quinta-feira (27).

As mulheres no Irã vivem sob forte repressão do governo e, durante décadas foram proibidas de ver um jogo de futebol in loco. Mas em 2019 houve a primeira liberação, mas a única até o duelo desta quinta.

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As duas mil mulheres presentes no estádio ficaram em uma área separada dos homens e sob constante vigilância policial. A permissão em 2019 aconteceu depois que a ativista Sahar Khodayari ateou fogo no próprio corpo do lado de fora de um tribunal de Teerã ao ser condenada a seis meses de prisão por ter tentado entrar em um estádio disfarçada de homem.

O Irã derrotou o Iraque por 1 a 0 e se classificou para a Copa do Mundo de 2022, no Catar.

A Copa do Mundo do Catar, que será realizada em novembro e dezembro deste ano, conheceu nesta quinta-feira mais uma seleção classificada. O Irã é o primeiro país nas Eliminatórias Asiáticas a garantir vaga. No estádio Azadi Soccer Field, na capital Teerã, com a presença de mulheres nas arquibancadas, os donos da casa levaram a melhor sobre o Iraque por 1 a 0 e confirmaram a classificação antecipada para o Mundial, a três rodadas do final do qualificatório.

O único gol da partida foi feito pelo atacante Mehdi Taremi, um dos principais jogadores da seleção iraniana. Após um primeiro tempo que terminou empatado em 0 a 0, o jogador do Porto, de Portugal, abriu o placar aos 3 minutos da etapa final. Após passe preciso de Alizera Jahanbakhsh, Taremi recebeu livre entre a marcação do Iraque e, em posição regular, ficou cara a cara com o goleiro e não desperdiçou.

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No último prêmio Fifa The Best, inclusive, o camisa 9 da seleção iraniana foi um dos três finalistas ao Prêmio Púskas, de gol mais bonito de 2021. Ele concorreu por conta de um belo gol de bicicleta, marcado pelo Porto contra o Chelsea, pela Liga dos Campeões da Europa. O vencedor, porém, foi o argentino Erik Lamela, ex-Tottenham e atualmente no Sevilla.

Com a vitória, os iranianos foram a 19 pontos no Grupo A e seguem na liderança isolada da chave, dois pontos à frente da Coreia do Sul, que também nesta quinta-feira derrotou o Líbano por 1 a 0 como visitante. O Irã vem fazendo campanha exemplar, segue invicto e chegou à sua sexta vitória em sete jogos pelas Eliminatórias.

Esta será a terceira Copa do Mundo consecutiva que o país disputará, já que também se classificou em 2014, no Brasil, e em 2018, na Rússia. O Irã, porém, nunca passou da fase de grupos até hoje.

Nas Eliminatórias Asiáticas, os dois primeiros de cada grupo (A e B) ficam com a vaga direta para o Mundial. Os terceiros colocados se enfrentam em um mata-mata e quem avançar pega na repescagem o quinto colocado do qualificatório da América do Sul. O vencedor irá ao Catar.

OUTROS CLASSIFICADOS - O Irã é o segundo país da Ásia já garantido na Copa - o primeiro a se classificar em campo -, já que o continente conta com o país-sede. Os outros classificados até o momento são Brasil, Argentina, Dinamarca, Alemanha, França, Bélgica, Croácia, Espanha, Sérvia, Inglaterra, Suíça e Holanda.

Contrária às sanções de Washington contra Teerã, a China anunciou neste sábado (15) o início da implementação de um acordo estratégico com o Irã, que reforça a cooperação econômica e política entre os dois países.

O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, e seu colega iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, anunciaram o início da aplicação deste acordo em uma reunião em Wuxi, no leste da China, na sexta-feira, informou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado divulgado em Pequim.

Após anos de negociações, China e Irã assinaram esse acordo em 2021, o qual inclui temas de energia, segurança, infraestrutura e comunicações.

Poucos detalhes dessa colaboração foram divulgados, mas, em 2020, o jornal americano The New York Times noticiou que garantiria o abastecimento regular de petróleo para a China, citando um projeto de pacto.

A China é o principal parceiro comercial do Irã e era um de seus maiores compradores de petróleo até o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reimpor sanções unilaterais ao país em 2018.

Oficialmente, a China deixou de importar petróleo do Irã, mas analistas dizem que o petróleo iraniano continua entrando, na forma de importações procedentes de outros países.

Ontem, o ministro Wang declarou que a China continuará a "se opor às sanções unilaterais ilegais contra o Irã", segundo o comunicado da Chancelaria.

Há tempos, Pequim procura fortalecer seus laços com Teerã. Em uma rara visita ao país, em 2016, o presidente chinês, Xi Jinping, classificou a República Islâmica como "o principal parceiro da China no Oriente Médio".

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, ameaçou nesta segunda-feira (3) com vingança aos ex-presidentes dos Estados Unidos, incluindo Donald Trump, que ele apontou como responsáveis pela morte do general Qasem Soleimani no início de 2020 em Bagdá.

"Seria bom se o julgamento do Sr. Trump, Pompeo (ex-secretário de Estado) e outros criminosos fosse realizado em um tribunal justo, onde seus crimes horríveis fossem julgados e eles enfrentassem a justiça por suas ações", disse Raisi.

"Do contrário, direi a todos os líderes americanos que a mão da vingança sem dúvida sairá da nação muçulmana", acrescentou.

“O agressor e principal assassino, o então presidente dos Estados Unidos, deve enfrentar a justiça e a punição”, destacou.

Raisi se dirigiu a milhares de pessoas no maior salão de orações de Teerã durante o evento principal para marcar o aniversário da morte de Soleimani.

Os participantes seguravam bandeiras nacionais e retratos do general assassinado, em uma cerimônia transmitida pela televisão estatal.

Durante o evento, Raisi descreveu Soleimani como um símbolo da revolução iraniana e de "coragem e racionalidade".

Soleimani, um dos mais importantes comandantes dos Guardiões da Revolução, o exército ideológico da República Islâmica, foi morto por um ataque de drones dos EUA em 3 de janeiro de 2020 no aeroporto de Bagdá.

Cinco dias depois, o Irã respondeu disparando mísseis contra duas bases americanas no Iraque. Nenhum soldado americano foi morto nesses ataques, mas Washington disse que dezenas de pessoas sofreram lesões cerebrais devido às explosões.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou a morte de Soleimani, alegando que o general preparava um ataque "iminente" contra militares americanos na capital iraquiana.

Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Irã disse em uma mensagem no Twitter que "o atual governo dos EUA tem a responsabilidade internacional final por esse crime".

O Irã tem uma "última chance" de negociar seriamente para salvar o acordo nuclear, garantiu neste domingo (12) a ministra de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, ao final de uma reunião do G7 na qual também foram feitas advertências à Rússia contra uma invasão eventual da Ucrânia.

"Esta é a última chance para que o Irã compareça à mesa de negociações com uma solução séria para este problema", disse a ministra, cujo país preside atualmente o grupo das sete economias mais industrializadas do mundo.

"Ainda há tempo para que o Irã venha e aceite este acordo", mas "esta é a última chance", insistiu Truss, ressaltando que Teerã deve vir "com uma proposta séria".

"É vital que o façam" porque "não deixaremos que o Irã consiga uma arma nuclear", afirmou a ministra britânica em uma coletiva de imprensa em Liverpool, no norte da Inglaterra.

As negociações indiretas entre Irã e Estados Unidos, através da mediação dos europeus, foram retomadas em novembro em Viena, na Áustria, para tentar ressuscitar o acordo de 2015 que supostamente evitava que a República Islâmica conseguisse desenvolver uma bomba atômica.

Os americanos saíram do acordo em 2018, durante o mandato de Donald Trump, que restabeleceu as sanções contra Teerã. Em resposta, a República Islâmica passou a não cumprir as restrições impostas sobre seu programa nuclear.

- 'Enormes consequências' para a Rússia -

O atual presidente dos EUA, Joe Biden, diz estar disposto a retornar ao acordo se o Irã também voltar a cumprir seus compromissos, mas as negociações, que começaram em abril e acabam de ser retomadas após um hiato de cinco meses, parecem estar estagnadas.

A diplomacia americana suspeita que o Irã quer ganhar tempo para desenvolver paralelamente o seu programa nuclear, o que deixa o país cada vez mais perto de adquirir a bomba atômica.

Washington advertiu nos últimos dias que não permitiria que o Irã adotasse essa atitude e confirmou que estava preparando um plano B ainda impreciso.

Além da questão iraniana, Liz Truss assinalou que os ministros das Relações Exteriores do G7 também mostraram uma frente unida contra a Rússia, país que o Ocidente acusa, há várias semanas, de preparar uma possível invasão da Ucrânia, apesar dos desmentidos de Moscou.

Segundo a ministra britânica, a reunião de Liverpool mostrou "a voz uníssona dos países do G7, que representam 50% do PIB mundial, dizendo claramente que haverá enormes consequências para a Rússia em caso de incursão na Ucrânia".

Em uma declaração conjunta, os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, assim como o alto representante da União Europeia, pedem à Rússia uma "desescalada" e que busque "soluções diplomáticas".

"Estamos unidos em nossa condenação à intensificação militar e a retórica agressiva da Rússia com a Ucrânia", escreveram, reafirmando seu "compromisso inabalável com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".

A ameaça de sanções sem precedentes foi formulada nos últimos dias por Washington, inclusive pelo próprio presidente Joe Biden, que se reuniu com o chefe de Estado russo Vladimir Putin.

Um funcionário americano presente em Liverpool havia garantido no sábado (11) que ainda era possível resolver esta nova crise ucraniana "através da diplomacia".

Para isso, o governo americano anunciou que enviaria sua secretária de Estado adjunta para Assuntos Europeus e Eurasiáticos, Karen Donfried, a Ucrânia e Rússia esta semana para buscar "avanços diplomáticos para pôr fim ao conflito em Donbass", no leste da Ucrânia, "aplicando os acordos de Minsk".

Esses acordos, alcançados em 2015 para acabar com a guerra que explodiu um ano antes nessa região ucraniana entre as forças governamentais e os separatistas pró-Rússia, nunca foram respeitados.

O papa Francisco declarou neste domingo que estava fazendo orações pela "querida Ucrânia", esperando "uma solução para as tensões através de um diálogo internacional sério e não pelas armas".

A nova ministra alemã de Relações Exteriores, Annalena Baerbock, alertou por sua vez neste domingo que o gasoduto russo-alemão Nord Stream 2 não poderia operar em caso de uma nova "escalada" na Ucrânia, segundo um acordo entre Berlim e Washington.

O marido da jornalista britânico-iraniana Nazanin Zaghari-Ratcliffe, que está detida no Irã desde 2016, anunciou neste sábado (13) que encerrou sua greve de fome iniciada há 21 dias, porque sua filha Gabriella "precisa de seus pais".

"Hoje prometi a Nazanin encerrar a greve de fome", afirmou Richard Ratcliffe em um tuíte. "Gabriella precisa de seus dois pais", acrescentou, agradecendo a ajuda das pessoas que o apoiaram nestas três semanas.

Responsável pelo projeto da Fundação Thomson Reuters, o braço filantrópico da agência de notícias de mesmo nome, Zaghari-Ratcliffe foi detida no Irã durante uma viagem a Teerã, em 2016, para visitar sua família.

Na época, a jornalista foi acusada de conspirar para derrubar a República Islâmica, o que ela negou com firmeza, e foi condenada a cinco anos de prisão.

Após cumprir a pena, Nazanin voltou a ser condenada no fim de abril deste ano por ter participado de uma manifestação em frente à embaixada do Irã em Londres em 2009.

Em 16 de outubro, a Justiça iraniana rejeitou um recurso apresentado pela defesa da jornalista, o que aumentou os temores de que ela seja mandada de volta para uma penitenciária no Irã, onde permanece em prisão domiciliar com uma tornozeleira eletrônica, após ter deixado o presídio em março de 2020 por causa da pandemia de covid-19.

De acordo com o seu marido, Zaghari-Ratcliffe é uma refém de "um conflito entre os dois Estados" por causa de uma antiga dívida de 400 milhões de libras (cerca de US$ 544 milhões) que o Reino Unido se nega a pagar desde a expulsão do xá Reza Pahlavi do Irã durante a revolução islâmica de 1979.

Um ciberataque no Irã interrompeu, nesta terça-feira (26), o abastecimento de gasolina nas estações de serviço, informou a televisão estatal, que cita o máximo órgão de segurança da República Islâmica.

"O Conselho Supremo de Segurança Nacional confirmou que houve um ciberataque contra o sistema informático de distribuição de gasolina", disse o canal de notícias iraniano.

"Os detalhes do ataque e sua fonte estão sendo investigados", acrescentou o canal, afirmando que o corte do sistema bloqueou as bombas de gasolina em todo o país.

Os outros canais de televisão mostraram imagens de longas filas nos postos de abastecimento fechados.

O porta-voz da sociedade nacional do Irã para a distribuição de produtos derivados do petróleo, Fatemeh Kahi, declarou que foi convocada uma reunião de emergência para resolver o problema.

A agência de notícias conservadora Fars relacionou o colapso com a proximidade do segundo aniversário dos protestos mortais de novembro provocados por um aumento nos preços da gasolina.

O Irã participará na próxima quinta-feira de uma reunião em Bruxelas para retomar as negociações sobre o acordo nuclear de 2015, suspensas desde junho, afirmou neste domingo um deputado do país.

"O ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, declarou que as negociações com o grupo 4 + 1 começarão na quinta-feira, em Bruxelas", disse o deputado Ahmad Alirezabeigui à agência Fars, após uma reunião do Parlamento com o chefe da diplomacia. Ao mencionar o 4 + 1, o deputado se referia a quatro membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (França, Reino Unido, Rússia, China) e à Alemanha.

Na última sexta-feira, o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, mostrou-se disposto a receber em Bruxelas os dirigentes iranianos a seu pedido, após uma visita a Teerã do negociador da UE encarregado do tema nuclear, Enrique Mora. O deputado Behrouz Mohebbi Najmabadi publicou em sua conta no Twitter que "o governo iraniano iniciará negociações esta semana".

“Sei que os iranianos querem, de certa forma, discussões prévias comigo, já que sou coordenador, e com outros membros do Conselho. Estou disposto, mas o tempo é curto”, declarou Josep Borrell em Washington na sexta-feira. Um porta-voz do dirigente não confirmou "se ou quando" a reunião em Bruxelas aconteceria.

O número de afegãos que tentam entrar no Irã aumentou desde que o Talibã assumiu o poder há dois meses, mas a maioria é rejeitada, às vezes com violência, disseram várias testemunhas.

Antes da mudança de regime em 15 de agosto, entre 1.000 e 2.000 pessoas a cada mês passavam para o Irã pelo posto de fronteira de Zaranj, na província de Nimruz, no sudoeste do Afeganistão.

Agora, são entre 3.000 e 4.000 pessoas que vão diariamente ao posto de fronteira, disse seu comandante, Mohamed Hashem, explicando que são rejeitados por falta de documentos.

Dezenas de milhares de pessoas tentam fugir do Afeganistão, economicamente paralisado desde a mudança de regime e à beira de uma grave crise humanitária, com um terço da população ameaçada de fome, segundo as Nações Unidas.

As autoridades iranianas só permitem a entrada de afegãos com autorização de residência ou visto para o Irã, ou em caso de emergência médica. Isso representa entre 500 e 600 entradas diárias, de acordo com o líder do Talibã.

As tentativas de entrada ilegal se multiplicaram e, com elas, os primeiros testemunhos de retorno com violência, maus-tratos ou roubo por parte das forças de segurança iranianas.

Do lado afegão da fronteira, Hayatulah, de barba grisalha e usando o turbante tradicional, mostrou sua mão ferida envolta em uma bandagem ensanguentada. "Os soldados iranianos pegaram nosso dinheiro e bateram em nossas mãos", disse ele à AFP.

Mohamad Nasim, que tentou uma noite escalar o muro que separa os dois países três vezes, foi baleado por guardas da fronteira iraniana. Duas pessoas morreram e uma era amiga dele, contou.

Sua tentativa subsequente resultou em uma "prisão" e uma "surra" por soldados iranianos, determinados a dar o exemplo e impedir qualquer entrada clandestina.

Nasim tentou se justificar aos soldados iranianos e lhes disse: "Se vocês estivessem na miséria e na fome que vive a nossa nação, também tentariam atravessar para o outro lado".

Se a crise humanitária piorar, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) avisou para um influxo repentino de até meio milhão de afegãos aos países vizinhos até o final do ano.

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