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O Ministério Público Estadual (MPE) quer que a Prefeitura de São Paulo e uma empresa de eventos indenizem os moradores do Alto de Pinheiros, bairro nobre na zona oeste, por causa de uma exposição de decoração considerada irregular. Em ação civil pública proposta pela Promotoria de Habitação e Urbanismo, o órgão pede indenização no valor de R$ 5 mil para cada uma das 5 mil residências no entorno da mostra.

A exposição, intitulada Mostra Black, foi realizada entre os dias 24 de maio e 26 de junho deste ano na Avenida Professor Fonseca Rodrigues. O evento criou polêmica antes mesmo de começar e moradores do bairro contrários à realização tentaram impedir a emissão do alvará até o último minuto. Tanto que a mostra estava prevista para abrir as portas para o público no dia 22 de maio, mas só o fez no dia 25, quando o alvará foi liberado pela Subprefeitura de Pinheiros.

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Segundo o promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes, o alvará emitido é ilegal pois a área onde foi realizada a exposição não poderia ter sediado esse tipo de evento. Segundo ele, os três imóveis que receberam o evento foram tratados como um só, o que tem como endereço a Avenida Professor Fonseca Rodrigues. De acordo com o promotor, essa via pode ter atividades comerciais - como escritórios administrativos, museus, galerias de arte ou estacionamentos -, mas, segundo ele, a exposição de arquitetura não se encaixa em nenhuma dessas categorias.

Por causa desses motivos, o Ministério Público pede que os moradores do entorno sejam indenizados pelo dano moral que sofreram pela realização da exposição. De acordo com o promotor, "os abusos perpetrados pelo Município e seu subprefeito transcendem a honra e a integridade de cada uma das vítimas individualmente consideradas". O custo total de R$ 25 milhões seria dividido entre a Prefeitura e a empresa 100% Comunicação e Marketing, responsável pelo evento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O Banco do Brasil foi condenado a pagar o valor de R$ 5 mil a um cliente impedido de entrar em uma agência de Itaquaquecetuba, região metropolitana de São Paulo. O processo tramitou durante três anos até que a decisão fosse concluída em segunda instância na 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça paulista.

Segundo o cliente, a porta giratória da agência do banco o barrou e impediu sua entrada no local e, mesmo depois que ele provou aos seguranças que não portava nenhuma arma, os agentes do banco continuaram impedindo sua entrada. Com depoimento de uma testemunha, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que a agência estava lotada no momento e que o artefato de segurança travou várias vezes, causando constrangimento ao cliente, que só conseguiu entrar na agência com a presença de policiais militares.

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Em uma primeira sentença, o banco foi condenado a pagar o valor de R$ 1 mil ao cliente. Ambas as partes recorreram da decisão e o correntista pediu o aumento do valor. O Banco do Brasil afirmou que os seguranças não abusaram de sua autoridade e que a vítima teria sofrido apenas aborrecimento, não dano moral. A Justiça compreendeu a acusação e determinou o pagamento da indenização cliente, em decisão unânime, no valor de R$ 5 mil.

O Governo do Ceará autorizou o pagamento de R$ 30 mil como indenização para os familiares do ex-preso político Bergson Gurjão Farias, que aos 25 anos foi morto na Operação Araguaia, em 1972. Ao todo o Governo cearense vai pagar R$ 640 mil em agosto próximo para anistiados políticos. São R$ 450 mil para 18 anistiados com processos deferidos em 2009 e R$ 190 mil para pagamento de um lote residual para processos julgados em 2008.

No Ceará, 228 processos foram julgados pela Comissão Especial de Anistia. Cabe a essa comissão a avaliação da procedência dos pedidos de indenização das pessoas detidas sob acusação de terem participado de atividades políticas entre 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979, que tenham ficado sob a guarda e responsabilidade de órgãos da estrutura administrativa do Ceará, ou em quaisquer dependências desses órgãos, e que sofreram sevícias que deixaram comprometimentos físicos e psicológicos.

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Nove pagamentos já foram efetuados aos anistiados ou familiares, totalizando cerca de R$ 5,5 milhões em indenizações que podem ficar entre R$ 5 mil (mínimo) e R$ 30 mil (máximo), fixados de acordo com os critérios estabelecidos na Lei 13.202/2002.

Para a secretária cearense da Justiça e Cidadania, Mariana Lobo, o pagamento aos anistiados é uma vitória na luta pela defesa da democracia e direitos humanos. Ela diz que "embora a retratação do Estado e a indenização não possam amenizar os efeitos e sofrimentos sofridos pelos anistiados e seus familiares, é de fundamental importância ao Governo do Estado reconhecer os erros do passado e pedir oficialmente as desculpas do Estado às vítimas de perseguição política e seus familiares".

Bergson Gurjão Farias foi morto na Guerrilha do Araguaia, em 1972. O corpo de Bergson só foi sepultado em 2010, após 38 anos de espera pelo Estado reconhecer as ossadas do líder estudantil cearense. Entre os guerrilheiros mortos pelo Exército brasileiro na Operação Araguaia, no sul do Pará, Bergson foi o primeiro a ser oficialmente sepultado pela família. Como militante do PCdoB, Bergson foi enviado ao sul do Pará, onde o partido organizou um movimento guerrilheiro que se destinava a derrubar a Ditadura.

Além de Bergson Gurjão Farias receberão a indenização do Governo do Estado 17 ex-presos políticos anistiados ou familiares deles: Amílcar Ximenes Pontes, Antônio Giovani Leite Sampaio, Cleide Vasconcelos Dantas, Expedito Nogueira, Francisco Joacir Vieira Tavares, Francisco Zamnhof de Oliveira, João Bastos Neto, João Batista Cavalcante, João Ferreira de Vasconcelos, João Ricardo Silva, Luís Gonzaga Diógenes, Mércia Vasconcelos Pinto, Moacir Carlos de Pinho, Moisés Pimentel, Paulo Emílio de Andrade Aguiar, Vicente Augusto Gondim Teixeira e Zelito Nunes Magalhães.

A família da adolescente Gabriella Nichimura, de 14 anos, que morreu após cair do brinquedo La Tour Eiffel, no Hopi Hari, em Vinhedo (SP), no dia 24 de fevereiro, entrou na Justiça nesta quinta-feira com um pedido de indenização de R$ 4,6 milhões contra o parque e seus diretores por danos morais. Na ação, o advogado Ademar Gomes pede ainda dois salários mínimos para cada um dos pais, retroativo da data do acidente até o dia em que Gabriela completaria 25 anos, em 2022, por danos materiais.

A ação é contra o parque, o presidente Armando Pereira Filho, o gerente geral de Manutenção e Projetos, Stefan Fridolin Banholzer, o gerente de manutenção Flávio da Silva Pereira e o gerente de planejamento Fábio Ferreira da Silva. Os R$ 4,6 milhões são para a mãe de Gabriela (R$ 1,5 milhão), para o pai (R$ 1,5 milhão, para a irmã (R$ 497,6 mil) e para os avós paternos (R$ 497,6 mil para cada). No pedido, o advogado argumentou que a indenização se refere ao sofrimento causado pelo acidente, além da negligência, imperícia e imprudência dos responsáveis. O pedido será analisado pela Justiça, em Vinhedo.

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O Hopi Hari divulgou nota em que afirma que "vai arcar com todas as suas responsabilidades". O parque diz ainda que "não tem conhecimento sobre eventual pedido formal de indenização apresentado pela família", mas que prestou toda assistência. O acidente ocorreu porque a cadeira usada pela jovem estava com a trava desativada, o que a fez cair de uma altura de aproximadamente 20 metros. Os cinco funcionários do Hopi Hari que trabalhavam no brinquedo quando houve o acidente admitiram à polícia saber do problema e disseram ter alertado os superiores.

Na esfera criminal, o juiz da 1ª Vara de Vinhedo, Fábio Marcelo Holanda, já aceitou em maio denúncia contra 12 pessoas, entre elas o presidente do parque, por homicídio culposo (sem intenção de matar). Na denúncia, o Ministério Público considerou que "uma sucessão de erros, que começou com a instalação do brinquedo" provocou a morte da jovem. Para o promotor Rogério Sanches, eles foram omissos ao deixar de tomar os cuidados que impediriam a utilização de uma cadeira do brinquedo que estava há dez anos desativada. A pena, na esfera criminal, pode ir de 1 a 4 anos de reclusão.

O advogado Ademar Gomes afirmou ainda que a Prefeitura de Vinhedo também será acionada como responsável. Ele deve pedir R$ 1 milhão por omissão na fiscalização e por ser a responsável pela concessão do alvará de funcionamento do parque. A prefeitura informou que desconhece o pedido, mas que apesar de lamentar o acidente, ele ocorreu em um espaço privado.

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou ontem, segunda-feira, que o cirurgião plástico Jair Roberto Matos Orifice deverá indenizar uma paciente em R$ 140 mil, por danos morais e estéticos.

Maria Aparecida Ferreira foi submetida a cirurgias de mamoplastia e abdominoplastia, feitas no próprio consultório de Orifice. Em decorrência de necrose nas cicatrizes, a mulher teve de se submeter a outras três intervenções cirúrgicas. Os problemas continuaram e o médico teria dito que seria preciso mais uma cirurgia, mas que ele não poderia realizar.

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O médico alegou que os procedimentos foram feitos no consultório por opção da paciente com o objetivo de diminuir os custos e o ocorrido com Maria Aparecida foi um processo de rejeição das próteses pelo organismo.

O cirurgião plástico argumenta que não deveria indenizar a paciente porque ela não comprovou que as cicatrizes apresentadas são consequências das cirurgias realizadas por ele.

Orifice afirma que ela passou por um quarto procedimento, feito por outro médico, e devolveu a ela a quantia de R$ 15 mil referente ao valor cobrado para a realização de uma nova cirurgia, de acordo com informações do Tribunal de Justiça. Porém, para o desembargador Marcelo Lima Buhatem, relator do caso, não há dúvida quanto à conduta negligente do médico. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A empresa de telefonia Oi foi acionada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) a pagar uma multa de 5 milhões por apresentar uma série de cláusulas abusivas em seus contratos de adesão, gerando prejuízos significativos no cotidiano de seus clientes, tanto nos planos pré-pagos quanto pós-pagos.

O MP levou em consideração as publicações feitas sobre o assunto, bem como o resultado dos estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Um inquérito civil foi instaurado em agosto do ano passado até chegar à propositura da ação. Foi encaminhado à Oi uma proposta de Termo de Ajustamento de Conduta, mas a empresa respondeu que não tinha interesse em assinar o documento, alegando, entre outras coisas, que não se utiliza de contratos que gerem prejuízo aos usuários do serviço móvel pessoal na modalidade pré-paga.

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A ação lista dezenas de cláusulas que deverão ser anuladas ou alteradas, devendo ser estabelecida uma multa diária correspondente a R$ 50 mil em caso de descumprimento. Da mesma forma, um comunicado deve ser dirigido aos usuários pela Oi dando ciência sobre as modificações nas cláusulas contratuais.

O MP recomenda aos consumidores que tenham sofrido danos materiais ou morais em razão da empresa que sejam ressarcidos e que a Oi seja condenada a pagar uma indenização, pelo dano causado, no valor de R$ 5 milhões.

*Com informações do MP-BA.

Em uma decisão inédita, um juiz do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) condenou uma mulher a indenizar o seu ex-marido por danos materiais pelo pagamento de pensão alimentícia ao filho dela com outro homem. A decisão, divulgada na quarta-feira, determina que Márcia Sena indenize em R$ 35 mil o ex-marido Carlos Barreto, que foi acionado judicialmente para pagar a pensão da criança.

O processo foi julgado em primeira instância e ainda cabe recurso. A ação foi movida por Carlos Barreto para a restituição do valor pago em pensão durante 11 meses, em 2010. Segundo ele, o filho da ex-mulher foi registrado à sua revelia, sete anos após o casal ter se separado, em 1988. O registro teria sido feito a partir da certidão de casamento, que não foi anulada pois o casal não oficializou o divórcio. Na época, como a esposa passava por problemas de saúde, ele não pediu o divórcio para permitir que ela se beneficiasse com a assistência médica familiar.

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De acordo com a sentença do juiz Mauro Nicolau Junior, da 48ª Vara Cível, em 1999 o autor do processo solicitou a alteração do registro da criança, com o consentimento do pai biológico, Paulo Roberto de Sousa. A alteração, entretanto, só foi concluída em 2010 - um ano depois de Barreto ter sido acionado judicialmente para o pagamento da pensão ao filho de sua ex-mulher.

Na sentença, o juiz afirma que a mulher agiu de má fé e que tanto o pai biológico quanto o autor do processo não se recusaram a cumprir suas obrigações. Para ele, Márcia Sena "se valeu da condição de ainda casada com o autor, ao menos no papel, para buscar sua condenação no pagamento de pensão alimentícia. Não fosse suficiente, ainda manteve-se por longo tempo recebendo valores, também a título de pensão alimentícia do réu".

A defesa de Márcia afirmou que vai recorrer da decisão do juiz. Segundo o advogado de Márcia, Hudson Brandão, "mesmo sabendo que ele não era o pai biológico da criança, o juiz da época entendeu que ele deveria pagar a pensão. Ele não pode alegar que o registro foi a sua revelia após 18 anos", afirmou.

A família da menina Grazielly Almeida Lames, 3, morta após ter sido atropelada na areia por uma moto-aquática desgovernada conduzida por um adolescente de 13 anos no sábado de Carnaval na Praia de Guaratuba, em Bertioga (SP), poderá receber uma indenização de cerca de R$ 12 milhões, caso a Justiça acate o pedido protocolado nesta sexta-feira pelo advogado da família, José Beraldo, em ação ajuizada por reparação de danos morais e danos materiais.

A ação, segundo o advogado, será contra José Augusto Cardoso Filho, padrinho de V.A.C., 13, que pilotava o equipamento. Também serão alvo da ação os pais do adolescente, o mecânico Thiago Lins, proprietário de uma marina; e seu mecânico Ailton Bispo de Oliveira. Segundo a perícia realizada pela Polícia Civil, a moto-aquática apresentava um defeito mecânico, que não teria sido percebido pela marina.

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Em abril, a Justiça de Bertioga acatou denúncia da Vara da Infância e Juventude contra José Augusto, Thiago Lins e Ailton Oliveira, por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Fotos e filmagens feitas por especialistas contratados pela defesa também serão utilizadas na ação, segundo Beraldo, que protocolou a ação na cidade de Artur Nogueira, região e Campinas, onde mora a família de Grazielly.

O adolescente V.A.C., de acordo com a promotora Rosana Colletta, deverá responder medida socioeducativa. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em março, ela havia afirmado que ele poderá prestar serviços comunitários em unidades hospitalares. O caseiro Erivaldo Francisco de Moura, que levou a moto-aquática até o mar, não teve a denúncia contra si acatada pelo juiz Rodrigo Moura Jacob, da Vara Distrital de Bertioga, sob a alegação de que ele apenas havia cumprido ordens.

No dia 20 de abril, Beraldo havia afirmado que exigiria R$ 5 milhões do pai do adolescente V.A.C., R$ 5 milhões do padrinho e da madrinha do menor e outros R$ 5 milhões contra o Estado, "pela demora no socorro da vítima". O advogado do adolescente, Maurimar Chiasso, não foi localizado na tarde desta sexta-feira para comentar o pedido.

A presidente Dilma Rousseff vai doar para o grupo "Tortura Nunca Mais" a indenização que receberá do governo do Rio de Janeiro, por ter sido interrogada e torturada no Estado, durante a ditadura militar. O grupo foi fundado em 1985, por iniciativa de ex-presos políticos que foram torturados durante o regime militar e por familiares de mortos e desaparecidos políticos.

Segundo o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, serão contempladas com a indenização do Rio de Janeiro 316 pessoas. O valor da indenização da presidente não foi divulgado.

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Pelo menos 16 policiais militares entraram com ações por danos morais contra a cantora Rita Lee. Eles alegam ter sido ofendidos pela roqueira, em 29 de janeiro deste ano, quando ela fazia seu show de despedida na Praia Atalaia Nova, em Barra dos Coqueiros, Região Metropolitana de Aracaju. No fim do show, ela foi presa por desacato a autoridade. Naquela noite, os policiais faziam a segurança do evento.

O advogado Plínio Karlo, que representa sete militares, garantiu que o fato de a cantora ter revelado ao Fantástico, da TV Globo, que sofre de transtorno bipolar não vai prejudicar o andamento da ação. Ele pede indenização de R$ 24.880 para cada militar agredido verbalmente pela artista.

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"Como ela vai alegar que estava doente naquele momento em que agrediu os militares?", questionou o advogado Karlo, ao assegurar que a ação seguirá normalmente na Justiça. Karlo explicou que preferiu ingressar com ações individuais porque, nesses casos, a Justiça é mais célere para julgar os processos. Já foram agendadas diversas audiências para este mês, e os processos tramitam nas 1.ª, 3.ª, 5.ª e 8.ª Varas Cíveis de Aracaju.

Na semana passada, a Justiça propôs a Rita Lee que doasse o cachê, de R$ 115 mil, para o Fundo Municipal para Criança e Adolescente da Barra dos Coqueiros e prestasse serviços à comunidade por três meses, para não dar prosseguimento à ação.

Ontem, o promotor de Justiça Ricardo Machado Oliveira informou, por meio da Assessoria de Imprensa do Ministério Público Estadual, que não se pronunciaria sobre o assunto. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A juíza Maria Christina Rucker, da 52ª Vara Cível do Rio de Janeiro, condenou a MetrôRio, concessionária que administra o metrô carioca, a pagar R$ 20 mil ao jornalista Pedro Dantas como indenização por danos morais.

Dantas foi agredido por seguranças enquanto, como repórter do Estado, cobria uma visita de integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) ao metrô, em 1º de maio de 2009. Ele foi abordado e, mesmo após se apresentar como jornalista, foi agredido e ameaçado. A MetrôRio informou nesta quarta-feira que não vai comentar a decisão. Ainda cabe recurso da condenação, emitida em primeira instância.

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As famílias de desaparecidos no desmoronamento de três prédios no centro do Rio entram amanhã no quinto dia de vigília sem saber o que esperar da conclusão da operação de resgate. Hoje, o comandante dos bombeiros, coronel Sérgio Simões, admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de que algumas vítimas da tragédia jamais sejam encontradas.

O número oficial de mortos até a noite de hoje era de 17 pessoas, quatro delas sem identificação. Foram encontrados também, misturados ao entulho retirado do local, restos humanos. Os exames de DNA para identificação de vítimas começam amanhã. "Existe a possibilidade de (corpos) terem sido carbonizados. Nesse caso, não estamos mais procurando corpos, mas ossos, dentes", lamentou Simões.

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Amanhã, a rotina nos arredores da Avenida Treze de Maio começa a voltar ao normal. Já entre as famílias que seguem sem notícias dos parentes, a sensação é de que o tempo parou.

Embora as autoridades descartem a possibilidade, algumas pessoas ainda parecem esperar rever os parentes com vida. A maioria não gosta de dar entrevistas. Não quer que seus parentes sejam dados como mortos, ver suas fotos nos jornais. "Não recebemos ainda qualquer informação", contou César Sabará, irmão de Eliete Machado, cujo marido, Franklin, não havia sido encontrado até o fim da tarde de hoje. "Minha irmã fica naquela expectativa. É difícil ele ter sobrevivido, mas ela quer ver, quer enterrar".

"Toda hora que o telefone toca, a gente acha que pode ser uma boa notícia. Mas não há perspectiva", disse um primo de Priscila Montezano, de 23 anos, também desaparecida. A Defesa Civil trabalha com um número oficial de nove desaparecidos, por ser este o número de famílias reclamando parentes. Mas, como há quatro corpos sem identificação, os bombeiros procuram por mais cinco corpos.

Os quatro corpos sem identificação permanecem no IML, além de seis fragmentos localizados nos escombros que foram levados para o depósito de Duque de Caxias. O secretário municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem, que mantém equipes na Câmara e no IML, informou que o acompanhamento deverá ser feito em casa. "Imagino que ficar na Câmara não será mais necessário, mas estamos à disposição. É muito sofrimento, são nove famílias e quatro corpos. A Polícia Civil vai agilizar os exames de DNA."

A intenção dos parentes era ficar o mais perto possível dos prédios, não só para ter notícias, mas também por uma questão emocional, como se o afastamento físico da Cinelândia fosse sinônimo de desistência.

Indenização

As famílias que perderam parentes no desabamento dos três prédios no centro do Rio poderão receber, cada uma, cerca de R$ 200 mil de indenização por danos morais, segundo cálculo do procurador-geral da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ), Ronaldo Cramer. Ações desse tipo levam em média cinco anos para serem concluídas, afirmou o advogado.

Se forem confirmadas 22 mortes, seriam cerca de R$ 4,4 milhões, sem contar ressarcimentos por danos materiais, que acontecem no caso de a vítima ser a responsável pelo sustento da família. Para chegar ao valor da indenização individual, Cramer baseou-se em processos semelhantes de danos morais que já tiveram decisão final da Justiça.

Para darem início às ações, no entanto, os parentes precisam que a polícia aponte um ou mais responsáveis pela tragédia, de quem serão cobradas as indenizações. "Se não se sabe qual é a causa, não se sabe quem é o responsável. As famílias têm que entrar com a ação apontando quem são os réus", diz Cramer.

Câmeras

A Prefeitura instalou câmeras de segurança no depósito da Comlurb na Rodovia Washington Luís, em Caxias, para onde foram levados os entulhos dos três prédios e onde os bombeiros ainda procuram por corpos de vítimas. As câmeras monitoram os trabalhos para evitar desvio de bens. Nos primeiros dias, houve denúncias de que parte do material estaria sendo recolhido irregularmente.

O navio Costa Concordia, que bateu em uma rocha na madrugada de sexta-feira (13) para sábado, na ilha de Giglio, na Toscânia, deixou onze pessoas mortas e mais de 20 desaparecidas, segundo balanço provisório das autoridades italianas.

Hoje, as buscas aos desaparecidos foram retomadas, depois de serem interrompidas durante quase todo o dia de ontem, por causa de uma movimentação do navio que está apoiado em uma rocha.

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Passageiros, tanto na Itália quanto na França, já entraram com processos judiciais contra a empresa Costa Cruzeiros, proprietária do Costa Concordia, por danos morais e materiais.

O capitão do navio, o italiano Francesco Schettino, está em prisão domiciliar desde terça-feira (17). Ele é acusado de homicídio culposo, naufrágio e abandono de navio. Há suspeitas de que ele tenha saído antes de todos os passageiros deixarem a embarcação.

A Supervia foi condenada ontem a pagar uma indenização por danos morais, no valor de R$ 8 mil, para um passageiro que se feriu em uma de suas composições, no Rio de Janeiro. Josenilton Freire de Oliveira alegou que o maquinista partiu com o trem sem observar que ele estava preso na porta, que fora fechada no momento em que entrava no vagão, fazendo com que sofresse graves lesões.

"A dinâmica dos fatos restou comprovada pela prova testemunhal produzida, tendo as testemunhas relatado, em seus depoimentos, que o autor permaneceu por duas estações preso à porta do trem, o que lhe causou ferimentos na perna direita", afirmou a juíza Luciana de Oliveira Leal Halbritter, da 6ª Vara Cível da Capital.

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A Ampla, concessionária de distribuição de energia elétrica, foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) a indenizar, em R$ 50 mil, uma menina de 8 anos por danos morais. A criança foi vítima de uma descarga elétrica em Araruama, na Região dos Lagos.

Funcionários da empresa faziam manutenção na rede elétrica do local por conta do rompimento de um fio de alta tensão. Segundo seu pai, Amilton Souza, a menina levou um choque ao encostar no portão de sua residência. A criança sofreu problemas no pâncreas, queimaduras nas duas mãos e, posteriormente, falta de atenção nos estudos. A empresa alega não ser culpada pelo incidente, pois o curto circuito na rede elétrica, ocasionado pelo rompimento do fio, foi causado pelos fortes ventos na região.

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A Casa de Saúde São José, localizada no bairro Humaitá, na zona sul do Rio de Janeiro, foi condenada porque uma enfermeira deixou uma recém-nascida cair no chão após o parto. A unidade terá de pagar R$ 20 mil, por danos morais, a Mônica Bastos e sua filha.

A autora do processo relatou que se internou no hospital para realizar a cesariana e, uma enfermeira deixou a criança cair no chão por não perceber a ausência da bacia de acrílico do berço. Sem saber de nada, a mãe reclamava da apatia da filha e ouvia como resposta que se tratava de um bebê calmo e tranquilo.

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Um parente médico visitou a família e alertou que algo incomum poderia estar ocorrendo. A mãe do bebê foi informada sobre o acidente quando procurou a direção do hospital. Como a criança vomitava sem parar, foi exigida uma tomografia, exame que detectou a diferença de reflexos entre o lado direito e esquerdo. Em virtude do evento e das lesões ocorridas na recém-nascida, ela necessitou ficar internada na UTI Neonatal por dias.

A casa de saúde afirmou que embora tenha ocorrido o fato, não há dano a ser indenizado, pois tomou todas as medidas e procedimentos necessários de socorro à criança. Alegou também que o bebê não teve qualquer sequela decorrente do acidente.

Em sua decisão, o desembargador Cléber Ghelfenstein, da 14ª Câmara Cível, afirmou que a maternidade tem o dever de zelar e cuidar dos seus pacientes. "A responsabilidade civil da ré é patente, o nexo de causalidade reside no fato de serem oriundas da queda as lesões sofridas pela recém-nascida, queda essa que deveria ser evitada pelos profissionais de saúde em exercício na respectiva maternidade."

O Tribunal de Justiça do Rio condenou um homem a pagar R$ 9.181,86 para a ex-noiva após deixá-la esperando no cartório, em outubro de 2009. A decisão da 6ª Câmara Cível foi divulgada hoje.

O casal, que começou a namorar em fevereiro de 2007, gastou dinheiro com os preparativos da festa, aluguel de roupas, convites, entre outros itens. Mas no dia da cerimônia no cartório, o réu não apareceu.

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O réu alegou não ter ido ao casamento porque a família da autora era contra a mudança do casal de Magé para a cidade do Rio, onde ele trabalhava. Afirmou ainda, que o noivado foi rompido antes da data do casamento.

Em sua decisão, a desembargadora Cláudia Pires afirmou que nos autos não se verifica "qualquer indício de que o rompimento do noivado ocorreu antes da data da cerimônia. A apelada contratou diversas empresas, todos os preparativos necessários para realização da cerimônia de casamento, assim como o aluguel do vestido de noiva e promoveu a sua retirada; não parecendo crível que a apelada, efetuando o pagamento e a retirada do vestido de noiva na data do matrimônio, tivesse conhecimento do rompimento do noivado. Por isso entendo que o rompimento injustificado da promessa no dia do casamento acarreta danos morais e patrimoniais à parte abandonada no altar".

Terminaram no último dia 20 de outubro as negociações para que as famílias das 12 crianças mortas no massacre de Realengo, no Rio de Janeiro, recebam indenização da prefeitura. O caso, que repercutiu em todo o País, aconteceu em abril deste ano na Escola Tasso da Silveira. Os valores das indenizações foram propostos pela Defensoria Pública Estadual, mas foram mantidos em sigilo. As negociações entre a prefeitura, as famílias e os defensores aconteceram ao longo dos últimos meses, e a última família a assinar o acordo o fez no último dia 20. Segundo a defensora Fernanda Garcia, o objetivo da indenização é fornecer auxílio material aos parentes das vítimas.

O desembargador Bernardo Moreira Garcez Neto, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), terá que indenizar seu colega, o também desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, por danos morais. Ele agrediu o colega com uma cabeçada dentro do posto bancário de uso exclusivo de magistrados, na sede do tribunal. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) restabeleceu a sentença que condenou Garcez ao pagamento de R$ 50 mil.

Segundo testemunhas, alguns dias antes da agressão, Garcez estendeu a mão para cumprimentar Zéfiro, porém foi ignorado e chamado de "fingido". No dia da agressão, Zéfiro se dirigiu a Garcez em tom sarcástico perguntando se ele continuava falando mal dele e, posteriormente, tentou segurar em seu braço. Garcez respondeu ao gesto com uma cabeçada que fraturou o nariz de Zéfiro e feriu seu próprio supercílio.

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A vítima ajuizou ação de reparação por danos morais, julgada procedente pelo juízo de primeiro grau, que condenou o agressor ao pagamento de indenização no valor de R$ 50 mil. No julgamento da apelação, porém, o TJRJ considerou a agressão legítima defesa. A vítima recorreu, então, ao STJ.

Um homem foi sequestrado e torturado por ladrões durante mais de seis horas na madrugada de ontem, em Sorocaba (SP). Os bandidos queriam que ele entregasse R$ 27 mil que havia recebido como indenização da empresa em que trabalhava.

A vítima, de 31 anos, só escapou porque um dos integrantes do bando atirou contra ele, mas errou o alvo. Pessoas que ouviram o disparo chamaram a Polícia Militar. Um dos acusados, um homem de 47 anos, foi preso.

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A vítima, que pediu para não ser identificada, foi rendida por cinco homens armados ao chegar de carro em casa, no bairro do Éden. Levado para um cativeiro, o homem foi amarrado e espancado. Os bandidos queriam que ele revelasse onde estava o dinheiro. Avisado de que seria executado por se negar a "colaborar", ele foi levado para uma mata e voltou a ser espancado. Um dos homens disparou em sua direção. Os bandidos fugiram quando a polícia chegou. O homem detido foi reconhecido pela vítima e indiciado pelos crimes de sequestro, lesões corporais e extorsão. Os outros suspeitos estão sendo procurados pela polícia.

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