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O Ibama anunciou na manhã desta quinta-feira, 25, que o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Seropédica, na Baixada Fluminense, passará a contar com 11 novos tratadores de animais a partir da próxima terça-feira, dia 2 de março. O Estadão apurou que apenas quatro servidores atuam no local atualmente. Nos últimos meses, centenas de animais morreram no local por falta de cuidados adequados ocasionada pela falta de profissionais.

Segundo o Ibama, cinco processos de apuração serão abertos para investigar a responsabilidade pelas mortes dos animais. O número total de óbitos não foi informado pelo instituto, mas seriam cerca de 600 nos últimos quatro meses. A principal causa, de acordo com a denúncia que está sendo apurada, foi a falta de alimentação adequada, motivada pela quantidade insuficiente de tratadores.

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O Ibama, por sua vez, declarou em nota que "o contrato de alimentação e segurança do local segue em pleno funcionamento". O instituto disse ainda que, devido à pandemia de covid-19, os Cetas estão funcionando em plano de contingência, restritos ao recebimento de animais oriundos de resgates ou recolhidos em caráter emergencial.

O Centro de Triagem do Rio de Janeiro fica na Floresta Nacional Mário Xavier, às margens da BR-465. O acesso ao local é relativamente fácil. Mas o aspecto geral é de abandono, com instalações antigas.

Agentes da Polícia Federal foram ao Centro de Tratamento de Animais do Ibama, em Seropédica, na Baixada Fluminense, para apurar a informação de que centenas de animais silvestres morreram no local nos últimos meses. O local abriga bichos silvestres em recuperação de ferimentos e doenças, que depois de tratados e curados são devolvidos à natureza.

Segundo informações da TV Globo, 600 animais teriam morrido por falta de cuidados adequados nos últimos quatro meses. O motivo seria o fim do contrato com uma empresa terceirizada que prestava serviços no local.

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Ao Estadão, a Polícia Federal confirmou que esteve no local na segunda-feira, 22. A corporação informou que funcionários que ainda trabalham no local foram "convidados a comparecer à PF para prestar informações".

O Ibama não confirmou - nem desmentiu - as mortes dos animais ou eventuais problemas na gestão. Em nota, o Instituto informou apenas que "as equipes da Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Corregedoria e Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama já foram acionadas e farão a apuração e adoção das medidas necessárias".

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Ministério da Defesa informou, nesta sexta-feira (12), que os alertas de desmatamento na região amazônica em janeiro tiveram queda de 70% em comparação do mesmo mês no ano passado. Em janeiro de 2020 foram 284 km² de áreas afetadas, contra 86 km² no mês passado.

Em um recorte maior, nos últimos seis meses, os dados revelam que houve uma redução de alertas de desmatamento de 988 km², esse registro representa uma queda de 21%. O número total corresponde a uma área maior que a cidade de São Paulo, que possui 950 km². Segundo o Ministério da Defesa, esse bom desempenho reflete no projeto coordenado pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal, em especial, por meio da Operação Verde Brasil 2.

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De maio de 2020 a janeiro de 2021 foram aplicadas mais de 4.842 multas, resultando em mais de R$ 3 bilhões. Neste período também foram apreendidos mais de 331 mil metros cúbicos de madeira, 1.699 embarcações, 326 tratores e 20 aviões/helicópteros.

O governo federal já prepara a saída das Forças Armadas da região. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, confirmou essa semana que a operação em vigor desde maio encerra no dia 30 de abril. A fiscalização voltará a ser comandada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Por Rafael Sales

Contra a 'boiada' já anunciada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o presidente do Partido Verde de Pernambuco repudiou a intenção do Governo Bolsonaro em explorar petróleo e gás natural próximo ao destino paradisíaco de Fernando de Noronha. Além do desmonte aos órgãos fiscalizadores, como ICMBio e Ibama, o secretário de Infraestrutura de Paulista, Jorge Carreiro (PV), ressaltou a importância da preservação para o equilíbrio ambiental.

O desejo do Governo Federal é explorar as bacias Potiguar, no território do Rio Grande do Norte e Ceará. Contudo, a área fica próxima ao território pernambucano de Fernando de Noronha, que conta com 21 ilhas e é considerado um Patrimônio Mundial Natural da Humanidade.

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A crise do óleo cru que afetou o litoral nordestino em 2019 mostrou o potencial destrutivo da extração indiscriminada do material. Ter esse risco ao lado do parque nacional marinho, classificado como um santuário ecológico, foi criticado por Carreiro. "Permitir um leilão de petróleo próximo ao arquipélago, além de predatório, trata-se da legalização da destruição de um dos mais importantes parques marinhos não só brasileiro como mundial", afirmou em nota.

Carreiro ressalta que a sociedade não acata a perseguição ao meio ambiente e aos órgãos de proteção ambiental. "A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável são os únicos caminhos para reverter as mudanças climáticas, a exemplo das tempestades que destroem tudo [...] Se não lutarmos pelo equilíbrio ambiental logo virão, também, secas extremas", concluiu.



Confira a nota na íntegra:

"O PV Pernambuco repudia as ofertas do governo federal para exploração de petróleo e gás natural nas bacias Potiguar (RN e CE), próxima ao parque nacional marinho de Fernando de Noronha, território pernambucano. Mesmo não sendo feito um estudo ambiental na região, conforme declarou o ICMBio e o Ibama, Noronha se trata de um santuário ecológico, composto por 21 ilhas, protegido por lei, além de ser Patrimônio Mundial Natural da Humanidade, dada a diversidade da fauna, da flora e a fragilidade do ecossistema diante da ação humana. Permitir um leilão de petróleo próximo ao arquipélago, além de predatório, trata-se da legalização da destruição de um dos mais importantes parques marinhos não só brasileiro como mundial.

A sociedade brasileira não aceita a perseguição ao meio ambiente e o desmonte dos órgãos de proteção ambiental, a exemplo do que vem acontecendo com o Instituto Chico Mendes de Conservaçãoda Biodiversidade (ICMBio), criado desde 2007. A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável são os únicos caminhos para reverter as mudanças climáticas, a exemplo das tempestades que destroem tudo – como a tragédia de Brumadinho e as recentes chuvas que não só devastaram, mas desabrigaram e destruíram comunidades nas regiões Sul e Sudeste do país. Se não lutarmos pelo equilíbrio ambiental logo virão, também, secas extremas. É dever do Estado Brasileiro promover a preservação do nosso ecossistema."

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública para que a Justiça Federal obrigue a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e a Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba) ao pagamento de indenização aos indígenas da etnia Truká pela invasão de suas terras, no município de Cabrobó, no Sertão de Pernambuco. para implantação de linhas de transmissão sem consulta à comunidade. O MPF destaca que a implantação das torres de alta tensão trouxe inúmeros prejuízos à comunidade Truká.

Na ação, o procurador da República Rodolfo Lopes também requer que os indígenas sejam indenizados por dano moral coletivo, bem como que sejam reparados os danos materiais e imateriais causados. As linhas de transmissão foram instaladas na década de 1990, sendo de propriedade da Chesf, com operação e manutenção pela Coelba.

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Ao longo dos anos, no decorrer do inquérito civil instaurado em 2002 para apurar a situação, foram realizadas diversas reuniões e estudos e firmado termo de ajustamento de conduta com a fixação de valor para a reparação dos danos. No entanto, o documento não foi assinado pela Chesf nem pela Fundação Nacional do Índio (Funai), que também é alvo da ação, junto com o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo o MPF, a Chesf reiterou, em reunião realizada em setembro de 2020, que não concorda com a celebração de qualquer acordo com as comunidades afetadas.

A ação aponta que, além de serem submetidos aos riscos do empreendimento, os Truká tiveram parte da terra inutilizada para a realização de suas atividades rotineiras. Indígenas relataram que houve significativa redução de plantas da natureza local, algumas delas medicinais. O procurador da República diz que a falta de consulta à comunidade desrespeita direito garantido por convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O MPF afirma que as empresas que invadiram a terra Truká não possuíam licença ambiental válida e regularmente expedida pelo Ibama e que, mesmo depois de todo o tempo decorrido, deixaram de adotar as providências necessárias para sanar a irregularidade. De acordo com a ação, se o processo de licenciamento ambiental tivesse seguido o curso correto, o Ibama deveria ter requisitado informações à Funai sobre o empreendimento. Porém, como a Funai tomou conhecimento da construção por meio dos próprios indígenas, caberia à fundação provocar o Ibama para informar sobre as irregularidades e solicitar detalhes sobre o processo de licenciamento.

Valores

O MPF requer que a Chesf e a Coelba sejam condenadas ao pagamento de R$ 20,9 milhões por dano moral coletivo, R$ 10,4 milhões por danos materiais e R$ 4,5 milhões de indenização em favor dos Truká. Para reparar os danos imateriais, foi solicitado pedido formal de desculpas às comunidades afetadas, em cerimônia a ser realizada na própria terra indígena, com publicação nos sites oficiais da Chesf e da Coelba. O órgão também pede que a Justiça Federal determine que Chesf e Coelba, no prazo de 30 dias, providenciem a regularização do licenciamento ambiental e que Funai e Ibama comprovem as medidas que lhe competem para o andamento do licenciamento.

Na Praia do Bosque, em São Mateus-ES, 88 filhotes de tartaruga cabeçuda morreram após carros passarem por cima do ninho. Os animais mortos foram encontrados na quarta-feira (6) pelo biólogo Thiago Borges, executor de campo da base do projeto Tamar de Guriri.

Além dos 88 filhotes mortos, o biólogo identificou 22 sobreviventes, mas que estavam muito debilitados. Ao G1, ele disse que a praia está com um movimento intenso de veículos na areia.

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Os ninhos são registrados por GPS e demarcados com estava e proteção para evitar aproximação. A tela e a marcação, entretanto, foram derrubadas. 

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o trânsito de veículos nas praias, de Aracruz, no norte do Espírito Santo, ao município de Itamaraju, na Bahia, é proibido durante o período de reprodução das tartarugas, que vai de outubro a março.

Como o município não tem centro de reabilitação de filhotes de tartaruga, os sobreviventes foram levados até o mar. Os mortos foram enterrados no próprio ninho. A equipe do Tamar encaminhou o caso para o Ibama, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Polícia Militar. A Secretaria de Meio Ambiente de São Mateus informou que faz fiscalizações nas praias e que está montando um relatório fotográfico para que a polícia consiga multar os infratores.

Um helicóptero do Ibama caiu na noite desta segunda-feira (30) quando sobrevoava a região do Parque Nacional do Pantanal, em Poconé, no Mato Grosso. O piloto da aeronave, que era funcionário da empresa contratada para prestar as serviços de helicópteros ao Ibama, morreu no acidente. Havia mais três tripulantes na aeronave, que sobreviveram.

A aeronave apoiava o trabalho de combate a incêndio na região. As informações foram confirmadas pelo Ibama, que ainda não deu mais detalhes sobre o ocorrido, nem a identidade do piloto.

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O Ibama não possui helicópteros próprios. Trata-se de equipamentos alugados de terceiros. Neste último trimestre do ano, o órgão vinha atrasando uma série de pagamentos à empresa prestadora do serviço. Em outubro, as contas em aberto com helicópteros chegavam a R$ 5 milhões.

Em agosto, o Ibama decidiu reduzir o número de helicópteros que aluga para vigiar o desmatamento e as queimadas no Pantanal e Amazônia. Por determinação do Ministério do Meio Ambiente para diminuir gastos, o órgão passou a contar com quatro aeronaves para auxiliar na vigilância de uma área de 5 milhões de quilômetros quadrados. Até então, havia seis aeronaves. Servidores que atuam no setor afirmaram à reportagem que os equipamentos operam no limite, dadas as limitações das máquinas.

O responsável pelo setor alertou que as reduções trariam consequências graves para o trabalho de fiscalização foi exonerado uma semana depois de encaminhar uma série de ofícios nesse sentido. Os seis helicópteros são utilizados para fiscalizar todo o País. Em época de seca, quando os incêndios proliferam na região Norte, as horas de voo dos equipamentos aumentam significativamente.

Sob o argumento de que é preciso reduzir os gastos, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, determinou ao Ibama que fizesse mais cortes, limitando o aluguel a somente quatro aeronaves, porque o orçamento dos helicópteros não pode ultrapassar o custo anual de R$ 60 milhões.

Com o número atual de seis helicópteros, cada um já tinha a missão de fiscalizar cerca de 833 mil km², mais de três vezes o Estado de São Paulo. Com quatro aeronaves, esse volume sobe para 1,250 milhão de km². É como se um único helicóptero fosse usado para sobrevoar todo o Estado do Pará.

O contrato atual, de seis aeronaves, vence em fevereiro do ano que vem.

Julio Cesar Basile, comandante da Força Aérea aposentado pela Polícia Federal, disse à reportagem que a redução no número de aeronaves à disposição para fiscalizar a Amazônia é "uma irresponsabilidade absurda e injustificável".

"Falar de quatro helicópteros para o Ibama fazer esse trabalho é uma vergonha, uma brincadeira. É como dizerem pra você derrubar o Pão de Açúcar com uma colher de sopa nas mãos, tendo 30 dias para isso. Vamos passar ainda mais vergonha lá fora, é um absurdo", disse Basile. "Fico em dúvida até que ponto isso é desconhecimento ou é proposital mesmo, porque tem gente ali que sabe o que está fazendo. Se não é desconhecimento, é sabotagem", afirmou Basile, criador do grupo tático aéreo no Maranhão e responsável pela criação da divisão de helicópteros do próprio Ibama, no ano 2000.

A morte do piloto amplia a tragédia humana causada pelos incêndios criminosos que tomaram a região do Pantanal neste ano, em volume recorde desde o início da série histórica.

Em 9 de setembro, Luciano da Silva Beijo, 36 anos, zootecnista de uma fazenda no Mato Grosso, morreu após ser vítima de incêndio que tomava as terras da fazenda onde trabalhava, na cidade de Cáceres. Ele tentava apagar o fogo, mas tropeçou durante a ação e foi tomado pelo fogo.

No dia 1º de setembro, o analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Welington Fernando Peres Silva, morreu em Goiás, vítima de queimaduras sofridas durante uma operação realizada no Parque Nacional das Emas.

O superintendente do Ibama na Bahia, Rodrigo Santos Alves, nomeado em junho do ano passado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, cancelou uma multa dada pela própria equipe e liberou construções em uma área de preservação permanente - no caso, um prédio de luxo, erguido na região mais cara de Salvador, às margens da Baía de Todos os Santos.

Alves divide o cargo público com a função de sócio de uma empresa imobiliária, também localizada na capital baiana, especializada em oferta de imóveis de luxo no litoral. A decisão de autorizar novas obras no entorno de um edifício nobre, onde apartamentos são vendidos por R$ 4,5 milhões, contrariou uma série de análises técnicas que confirmavam as irregularidades da construção. Ainda assim, o superintendente decidiu rejeitar os argumentos, laudos e perícias, para cancelar a multa de R$ 30,5 mil aplicada contra a construtora, além de um embargo que paralisa a obra. Há ainda outra multa de R$ 5,1 milhões e mais um pedido de embargo em análise.

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A decisão de Alves foi anunciada em maio e anulava uma multa e um embargo informados em maio de 2015. Naquela ocasião, analistas ambientais do Ibama foram ao edifício de luxo Mansão Phileto Sobrinho, no "Corredor da Vitória", para avaliar a recuperação de área degradada junto ao mar onde o prédio havia instalado um teleférico, um píer e um quiosque. Estava em andamento, desde 2011, um projeto de regeneração da encosta - o Plano de Recuperação de Área Degradadas, monitorado pelo Ibama.

Outra obra

Ao chegar ao local, porém, os fiscais não encontraram nenhuma recuperação, mas, sim, obras de outra edificação que subia sobre a mata, em frente ao mar, em uma área de 900 metros quadrados. Confirmada a irregularidade, os técnicos lavraram a multa e pediram a paralisação imediata das obras. A Porto Victoria Empreendimentos Imobiliários, dona do edifício, alegou que tinha licença da Prefeitura para tocar o projeto, mas o Ibama observou que a empresa cometia um erro em cima de outro, não resolvido. Depois, ela tentou desqualificar a área como de preservação permanente. A iniciativa não prosperou.

A obra do novo prédio está parada até hoje. O Ministério Público Federal na Bahia também moveu uma ação civil pública contra os empreendedores e contra o município. Em outubro de 2018, novo relatório apontou que "os elementos constantes dos autos são robustos e suficientes para justificar a manutenção do auto de infração".

Em maio de 2019, um mês antes de Alves chegar à chefia do Ibama na Bahia, mais um parecer técnico analisou argumentos da construtora: "Fica evidente que, devido às restrições legais da área APP (Área de Preservação Permanente) de encosta, o empreendedor já estava ciente da inviabilidade ambiental do empreendimento".

Em abril deste ano, mais um parecer técnico foi feito. Depois de revisitar cada informação do processo e as novas alegações da empresa, o analista ambiental confirmou multa e embargo, dizendo que o caso "não traz elemento técnico que modifique o entendimento do Ibama anteriormente demonstrado". Um mês depois, com todo o histórico nas mãos, Santos Alves cancelou a multa e o embargo da obra. Em seu entendimento, o Ibama voltou a extrapolar de funções ao sobrepor licenças municipais e ignorou a informação de que, segundo ele, parte da área não seria de preservação permanente.

Reportagem publicada pelo Estadão na semana passada revelou que, em setembro, Alves cancelou atos de sua própria equipe técnica para liberar obras de um resort de luxo numa região conhecida pela procriação de tartarugas marinhas. O superintendente não só retirou uma multa de R$ 7,5 milhões que havia sido aplicada pelos técnicos do Ibama contra o hotel, como anulou a decisão que paralisava a obra.

A reportagem tentou contato, sem sucesso, com a Porto Victoria Empreendimentos Imobiliários. No processo, a companhia sustenta que o Ibama não pode multá-la por desmatar uma "área degradada, assim reconhecida por essa autarquia federal quando da aplicabilidade desta penalidade". Ocorre que, como mostra o órgão ambiental, é justamente por estar degradada que a faixa da encosta passava por um projeto de recuperação.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) determinou o retorno das atividades dos 1,4 mil agentes de combate a incêndio. As ações em todo o País haviam sido paralisadas à meia-noite da quarta-feira (21) por ordem da chefia do órgão e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por causa de atrasos em pagamentos a fornecedores e prestadores de serviços.

Como revelou o Estadão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, teve reunião a portas fechadas com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, e o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues. Guedes entrou em contato com Salles e prometeu dar uma solução.

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O vice-presidente Hamilton Mourão informou ontem que serão liberados R$ 134 milhões bloqueados. "Está resolvida (a situação do Ibama). Ontem(quinta-feira, 22) foi acertado, o Tesouro vai liberar o recurso que está bloqueado", disse.

De acordo com o vice-presidente, a verba estava bloqueada por causa de um "problema no teto de gastos" que envolvia recursos vindos da Operação Lava Jato. Segundo Mourão, os valores passaram pelo MMA antes de serem entregues aos Estados e esbarraram na regra do teto de gastos. "O Meio Ambiente entregou esse recurso no começo do ano, pelo problema do teto de gastos do recurso passar por dentro do orçamento e afetou o orçamento do Ministério do Meio Ambiente", disse. Mourão afirmou que, desde julho, o ministro Ricardo Salles pedia a liberação da verba. "Ficou naquele vai pra lá e vai para cá e agora ficou acertado. Ontem, nós conversamos, conversei com o Braga Netto (ministro da Casa Civil) e vai ser liberado os R$ 134 milhões dele (MMA)", declarou. "É isso aí, morre o assunto. Crise superada."

Na noite de quarta-feira (21) Salles e o Ibama ordenaram a paralisação imediata do trabalho de 1,4 mil agentes de combate aos incêndio que estavam em campo, por causa da falta de recursos e dívidas acumuladas. O gesto pegou o governo de surpresa.

Na quinta-feira (22) o MMA chegou a fazer o remanejamento de seu próprio orçamento, liberando R$ 16 milhões para o Ibama pagar parte de suas dívidas e, assim, retomar o trabalho dos agentes em campo. Havia previsão de que esse recurso fosse dividido, para pagar contas em aberto do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), mas o saldo acabou sendo concentrado no Ibama, neste momento.

O Ibama e o ICMBio estão com contas de serviços básicos com atrasos que chegam a mais de 90 dias. Há faturas em aberto de contratos de manutenção predial, contas de luz, abastecimento de veículos e aluguéis de aeronaves. Na superintendência do Ibama no Rio Grande do Sul, por exemplo, a energia chegou a ser cortada nesta semana. No Ibama, o rombo acumulado já chega a mais de R$ 16 milhões. No ICMBio, as contas em aberto somam mais de R$ 8 milhões.

Desmobilização

No entanto, a operação de desmobilização já vinha ocorrendo. Cerca de 70 brigadistas do Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Ibama, já estavam deixando a Serra do Amolar, região do Pantanal entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS), onde passaram mais de 50 dias em companhia de bombeiros e voluntários do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) no combate intenso do fogo que atinge essas áreas.

Os servidores deixaram a Serra nesta quinta-feira, em uma chalana, navegação típica pantaneira, que funciona como um barco hotel. O grupo, que é composto por servidores da tripulação do helicóptero e do combate direto em solo, está voltando para Corumbá e de lá vai seguir para as bases.

Em Mato Grosso, por exemplo, havia a previsão de que 185 brigadistas do Ibama seriam desmobilizados no Pantanal a partir deste sábado. No auge do fogo, ao menos 200 servidores do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) chegaram a atuar por lá. / COLABOROU YURI RAMIRES, ESPECIAL PARA O ESTADÃO

Problema vem desde agosto

O compromisso é de liberar R$ 60 milhões para o MMA, de um total de R$ 134 milhões que foram retidos pelo Ministério da Economia. Neste ano, o orçamento total previsto para a pasta foi de R$ 563 milhões. O Ministério da Economia, porém, cortou uma cifra de R$ 230 milhões desses recursos, para fazer caixa para o governo.

Em agosto, após Salles ameaçar paralisar as operações de combate a incêndios e desmatamentos por causa da falta de verba, o governo liberou uma parte desses recursos, colocando R$ 96 milhões na conta do MMA. Os demais R$ 134 milhões faltantes não foram autorizados. Pelos dados do ministério,

as dívidas de ICMBio e Ibama já são de aproximadamente R$ 25 milhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A força-tarefa Amazônia do Ministério Público Federal enviou, na tarde da quinta-feira (22), uma requisição ao presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis solicitando justificativas para a decisão de recolher brigadistas que atuavam no combate a incêndios na Amazônia e no Pantanal por falta de recursos. O órgão já determinou o retorno das atividades dos 1,4 mil agentes de combate a incêndio, após promessa de solução financeira.

O instituto tem até 48h, a partir do recebimento do documento, para responder aos questionamentos feitos pelo MPF. As informações foram divulgadas pela Procuradoria.

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No documento, a força-tarefa Amazônia questiona ainda: caso a motivação para a retirada dos brigadistas seja orçamentária, quais medidas para conter o avanço das queimadas serão adotadas; em qual prazo, a fim de que sejam retomadas as ações de combate ao fogo, em especial na Amazônia; e qual a previsão para restabelecimento integral de tais ações.

A solicitação de informações se dá no âmbito de inquérito civil instaurado para apurar a adequação das políticas públicas estaduais e federais de combate ao desmatamento e queimadas associadas no Estado do Amazonas.

Paralisação, promessa e retorno

A ordem de paralisação das ações de combate a incêndio a partir da meia-noite da quarta-feira (21) foi dada pela chefia do Ibama e pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por causa de atrasos em pagamentos a fornecedores e prestadores de serviços. O Ibama encara uma queda de braços com o Ministério da Economia e alega que a pasta tem segurado a execução financeira de seu orçamento.

Como mostrou o repórter André Borges, após a divulgação da paralisação das ações de combate à queimadas e uma reunião a portas fechadas com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o ministro Paulo Guedes se comprometeu a dar uma solução para o problema nesta sexta-feira (23). Uma portaria do Ministério da Economia tem previsão de ser publicada ainda nesta sexta, com liberação de R$ 60 milhões. Com a promessa, o Ibama determinou o retorno das atividades dos 1,4 mil agentes de combate a incêndio.

COM A PALAVRA, O IBAMA

Até a publicação desta matéria, a reportagem buscou contato com o órgão, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.

O Ibama deu ordem para que todos agentes de combate a incêndios do órgão ambiental em campo no País voltem imediatamente para as suas bases, a partir da zero hora dessa quinta-feira (22). A ordem partiu da Diretoria de Proteção Ambiental, que opera o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais.

Em ofício, Ricardo Vianna Barreto, chefe do Centro Especializado Prevfogo, do Ibama, determina "o recolhimento de todas as Brigadas de Incêndio Florestal do IBAMA para as suas respectivas Bases de origem, a partir das 00:00H (zero hora) do dia 22 de outubro de 2020, onde deverão permanecer aguardando ordens para atuação operacional em campo".

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O documento foi encaminhado para todas as bases do órgão às 19h31 desta quarta-feira e atinge as bases que atuam em todas as regiões do País, incluindo o Pantanal e a Amazônia.

O Ibama encara uma queda de braços com o Ministério da Economia e alega que órgão tem segurado a execução financeira do orçamento do Ibama. No fim de agosto, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegou a informar que, por causa de bloqueios financeiros para o Ibama e Instituto Chico Mendes (ICMBio), seriam interrompidas todas as operações de combate ao desmatamento ilegal nas duas regiões e também no restante do País.

A paralisação chegou a ser oficializada, mas poucas horas depois o governo voltou atrás. O vice-presidente Hamilton Mourão chegou a declarar que não havia nenhum bloqueio e que Salles tinha se precipitado. Procurado, o Ibama não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta matéria.

Há apenas um mês na chefia do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama, José Carlos Mendes de Morais pediu exoneração do cargo na última sexta-feira, 9.

O Ibama não detalhou os motivos de sua saída. Em mensagem enviada a colegas de trabalho, Morais declarou apenas que saia por "motivo de força maior".

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A saída ocorre no momento em que o Pantanal vive uma fase de queimada recorde. O Prevfogo é o principal órgão responsável pela política de combate a incêndios florestais.

A área de combate a incêndios do Ibama é mais uma que sofre com a falta de recursos e de profissionais para lidar com o volume de trabalho enfrentado pelo órgão, principalmente nesses meses de alta de queimadas.

O Ibama vive hoje a situação mais crítica de toda a sua história em relação ao número de fiscais que dispõe para realizar operações em campo. Principal órgão do governo federal na proteção da maior floresta tropical do mundo, o Ibama possui atualmente 591 agentes ambientais para enfrentar o avanço do crime ambiental, e isso não só na Amazônia, mas em todo o País.

Dados oficiais do órgão obtidos pelo Estadão mostram que o quadro atual de agentes é 55% inferior ao que o instituto detinha dez anos atrás. Em 2010, eram 1.311 fiscais em atuação. Trata-se do pior cenário de fiscalização desde a fundação do Ibama, em 1989.

Só em 2019, a redução do número de agentes de fiscalização ambiental foi de 24% sobre o ano anterior. Basicamente, são duas as causas desse esvaziamento: aposentadoria de servidores e falta de concursos públicos para renovação o quadro funcional.

O quadro atual de servidores do Ibama, em todas as suas áreas, soma 2.800 funcionários, número que também remete ao momento mais crítico da instituição. Em 2007, por exemplo, chegou a ter 6.200 empregados.

A fusão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) será analisada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Tema recorrente na pauta do governo federal, essa possibilidade vinha sendo rejeitada até o fim do ano passado, mas agora entrou na agenda.

O Estadão apurou que o prazo para estudar o plano de fusão dos órgãos é de até 60 dias. O pedido foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O grupo que será responsável por elaborar a análise será formado por servidores do Ibama, do ICMBio e do MMA.

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Segundo a reportagem apurou, a ideia é aglutinar áreas que tenham sobreposição de tarefas, como trabalhos administrativos. A tendência é que o ICMBio seja incorporado pelo Ibama a partir do ano que vem.

O ICMBio é o órgão federal responsável pelas unidades de conservação federal e foi criado em 2007, a partir da cisão de uma área do Ibama. A autarquia do MMA cuida de 334 unidades protegidas em todo o País. Já o Ibama é responsável pela fiscalização ambiental em todo o Brasil e processos de licenciamento federais, entre outras funções.

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta terça-feira (15) para combater o crime de contrabando ou receptação dolosa qualificada envolvendo importação, comercialização e aquisição de marfim em São Paulo. A Operação Marfim é realizada em cooperação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Polícia Ambiental do Estado de São Paulo.

Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão. A ação da PF coincide com o desencadeamento da Operação Thunder, organizada pela Interpol e pela Organização Mundial das Aduanas.

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Segundo a PF, a extração e comércio do marfim constituem as principais causas do decréscimo na população de elefantes, especialmente na África, resultando em 50 mil elefantes mortos anualmente. 

A investigação constatou objetos com aparência de marfim em barracas de Feira de Antiguidades, realizada aos domingos na Avenida Paulista e em espaço livre do Museu de Artes de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), em São Paulo-SP. O Ibama fez levantamentos prévios dos indícios de prática de ilícito ambiental.

A PF identificou 11 endereços residenciais e comerciais na capital vinculados às pessoas que supostamente importaram, adquiriram ou comercializaram obras de arte produzidas com marfim. Os investigados serão ouvidos sobre a origem do material. Os objetos também passarão por exame pericial. Os crimes investigados são de contrabando e receptação dolosa qualificada.

O Governo Federal, através do Ministério do Planejamento, tem impedido que fiscais ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) façam horas extras. A medida, no entender do Ministério Público Federal (MPF), inviabiliza o trabalho de enfrentamento ao desmatamento ilegal, motivo pelo qual o órgão acionou a Justiça para tentar impedir o controle de ponto dos fiscais.

“O atendimento de ocorrências de ilícitos ambientais não necessariamente ocorre durante o horário regular de trabalho e, em casos complexos, o cumprimento de diligências demanda horas contínuas muito superiores aos limites estabelecidos pela nova norma”, disse o MPF na ação que iniciou na Justiça Federal de Belém. O órgão solicita a suspensão do Sistema de Registro de Frequência ( Sisref), criado em 2018 e adotado pelo Ministério do Planejamento em 2019, além do retorno ao antigo sistema de registro de ponto dos fiscais, que respeitava particularidades da atividade de fiscalização.

No texto, são narrados casos concretos de atividades de fiscalização prejudicadas pela adoção do novo sistema, como um que ocorreu em maio de 2019, quando fiscais do Ibama faziam operação de combate ao desmatamento em conjunto com as Forças Armadas entre as cidades de Brasil Novo e Uruará, mas foram proibidos de acompanhar a formação de uma barreira rodoviária que funcionaria durante a madrugada. Sem fiscais civis, a atuação dos militares, segundo o MPF, perde eficácia pois eles não têm atribuição legal para autuar e multar criminosos ambientais.

Em janeiro deste ano, o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, enviou ofício ao secretário de gestão e desempenho de pessoal do Ministério da Economia apresentando um estudo que mostrava as dificuldades causadas pelo sistema de controle de ponto mas, segundo o MPF, não se tem notícia de recebimento de resposta sobre o tema. Com a ação movida pelo órgão, a Justiça pode obrigar o restabelecimento da sistemática anterior.

O juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília, determinou o afastamento de uma servidora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por ter concedido uma licença ao estudante de veterinária investigado pela criação ilegal de cobras nativas e exóticas.

O afastamento de Adriana da Silva Mascarenhas foi ordenado a pedido do próprio Ibama, depois que a licença foi encontrada por policiais e fiscais do Ibama durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa de Gabriel Ribeiro, suspeito de integrar um esquema de tráfico de animais.

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De acordo com o Ibama, a servidora teria expedido uma licença de captura, coleta e transporte para Ribeiro quando era coordenadora do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Distrito Federal.

Para o instituto, a licença seria “descabida e fora da legalidade”, por autorizar o transporte e a guarda de animal silvestre, o que é vedado pela legislação. Na decisão em que afastou a servidora, o juiz Renato Coelho Borelli escreveu que os documentos apresentados “demonstram fortes indícios de prática de atos ímprobos”.

A busca e apreensão na casa de Gabriel Ribeiro foi realizada depois que Pedro Henrique Kambreck, seu amigo e também estudante de veterinária, foi picado, em 7 de julho, por uma Naja kaouthia – cobra originária da Ásia, cujo veneno pode matar.

Kambreck chegou a entrar em coma e ficou hospitalizado por cerca de uma semana em um hospital do Gama, cidade satélite de Brasília. Enquanto ele estava internado, 16 serpentes que seriam suas foram encontradas em um haras em Planaltina, outra cidade no entorno da capital.

A naja, por sua vez, foi encontrada dentro de uma caixa perto de um shopping na região central de Brasília. A suspeita é de que Ribeiro tenha agido para ocultar os animais. Ele foi alvo ontem (22) de um mandado de prisão temporária cumprido pela Polícia Civil.

Agência Brasil tenta contato com a defesa de Adriana da Silva Mascarenhas.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou, nesta quarta-feira (1º), dois extratos de editais de processos seletivos que visam a contratação de 226 profissionais pelo período de até seis meses. De acordo com os documentos, as contratações são em decorrência da situação de emergência ambiental de incêndios florestais, além do início do período de seca, em especial nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do país.

No edital n° 10, as oportunidades são para brigadista, chefe de esquadrão e chefe de brigada. No edital n° 11, as vagas são para os mesmos cargos. O salário oferecido varia de R$ 1.045,00 a 2.612,50, aplicado de acordo com o cargo preenchido. 

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Há oportunidades para os estados do Ceará, Bahia, Maranhão e Mato Grosso. O início das inscrições varia de acordo com a região e as candidaturas podem ser conferidas por meio dos editais n°10 e n°11.  

Em mais um passo no loteamento de cargos públicos, o governo federal nomeou um executivo sem qualquer ligação ou experiência profissional com o setor ambiental para a superintendência do Ibama em Santa Catarina. O objetivo foi atender o Centrão. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a nomeação de Glauco José Côrte Filho, publicada ontem no Diário Oficial da União, atendeu ao general Luiz Eduardo Ramos, titular da Secretaria de Governo.

Côrte Filho admitiu que sua indicação partiu, de fato, da bancada de parlamentares de Santa Catarina. "Não tenho relação com o ministro Ramos. Tive contato com ele, mas não tenho relação de amizade", disse o novo superintendente do Ibama. Ramos não comentou o assunto.

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O administrador afirmou que conheceu o ministro Ricardo Salles por meio de empresários de Santa Catarina. "Ele esteve aqui na semana passada. Foi quando recebi o convite."

Formado em Administração de Empresas, Côrte Filho disse que, em trabalhos realizados para a empresa SC Parcerias, teve contato com a área ambiental por causa de portos que a empresa controla. "Os dois portos têm muita questão ambiental, então a gente acaba participando também dessas discussões", disse o executivo.

Por lei, a indicação para um cargo comissionado prevê que a pessoa deve possuir experiência profissional de, no mínimo, três anos em atividades correlatas às áreas de atuação do órgão ou em áreas relacionadas às atribuições e às competências do cargo ou da função.

Processo

Desde 2014, Côrte Filho está com seus bens pessoais bloqueados pela Justiça de Santa Catarina por causa de uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público de Santa Catarina.

A razão do bloqueio se deve a irregularidades cometidas no recolhimento de ICMS da empresa GDC Alimentos, que teve negócios com a empresa SC Parcerias. O novo superintendente do Ibama confirmou que seus bens seguem bloqueados e que recorre da ação.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou hoje (18) a soltura de 248 pássaros apreendidos com traficantes de animais. A maior parte (218) era composta por canários-da-terra, mas também foram soltas outras aves, como pintassilgo, papa-capim, sabiá-laranjeira, trinca-ferro e pássaro-preto, entre outros. Os pássaros foram devolvidos à natureza na Chapada Imperial, reserva natural de cerrado localizada no Distrito Federal.

Os canários-da-terra foram resgatados pelo Ibama na quinta-feira da semana passada (11), após operação realizada na Rodoviária Interestadual de Brasília pelo Batalhão de Policiamento com Cães da Polícia Militar. Escondidos em malas, os pássaros seriam levados de ônibus para São Paulo, onde seriam comercializados. O responsável foi autuado por crime ambiental. As demais aves também foram apreendidas com traficantes nas duas últimas semanas.

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Após a apreensão, as aves foram levadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama no Distrito Federal, onde passaram por triagem para ver se estavam em condições de serem devolvidos à natureza. “Como os pássaros tinham sido recém-capturados, não precisaram passar por período de adaptação”, explica Rodrigo Dutra, coordenador-geral de Gestão da Biodiversidade, Florestas e Recuperação Ambiental do Ibama. “Fizemos a soltura em uma reserva de cerrado, que é exatamente o habitat dessas aves”, completa.

Dutra destaca que os 23 Cetas do Ibama existentes no Brasil continuam em funcionamento para recebimento e soltura de animais mesmo durante este período de quarentena. São direcionados aos centros animais apreendidos em flagrante, como os pássaros soltos nesta quinta-feira, devolvidos voluntariamente por pessoas que os criavam de forma ilegal ou resgatados em áreas urbanas pelo Corpo de Bombeiros ou outros órgãos.

* Com informações da assessoria do Ministério do Meio Ambiente

Depois do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) autorizar nesta quinta-feira (7), o envio de tropas das Forças Armadas para combater focos de incêndio e desmatamento ilegal na Amazônia Legal, a ex-ministra Marina Silva (Rede) aponta que as mensagens trocadas entre Bolsonaro e o então ministro da Justiça Sérgio Moro revela a farsa do governo em combater o crime organizado na área ambiental.

"O governo protege os contraventores e destruidores da Amazônia", revela Marina. A ex-ministra do Meio Ambiente aponta que Bolsonaro, ao questionar a queima de maquinários usados por criminosos em ações ilegais na floresta, enfraquece as ações dos agentes responsáveis pelas fiscalizações.

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Marina aponta que os criminosos sentem-se protegidos com episódios como o "da emboscada contra um fiscal do IBAMA por ter apreendido um caminhão de madeireiros que atuavam ilegalmente no Pará", relembrou. A ex-ministra diz que durante o primeiro ano do governo Bolsonaro, o desmatamento causado pelo garimpo na Amazônia foi equivalente a 10 mil campos de futebol.

"Os criminosos estão atuando impunemente na Amazônia, sentindo-se completamente amparados e protegidos pelos discursos nefastos e irresponsáveis do presidente, como mostrou o registro cruel do desmatamento recorde causado pelo garimpo na Amazônia", pontua.

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