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Um livro escrito pelas duas jornalistas que em 2017 foram as primeiras a informar sobre as acusações de agressão sexual contra o produtor de cinema Harvey Weinstein revela que seu irmão tentou em vão que ele pedisse ajuda para enfrentar sua "má conduta".

O livro, que estará à venda a partir desta terça-feira, publica integramente uma carta escrita por Bob Weinstein a seu irmão em 2015, e detalha como uma advogada do produtor de Hollywood tentou manchar a reputação de suas supostas vítimas para desacreditá-las.

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Os artigos das jornalistas Jodi Kantor e Megan Twohey, do jornal The New York Times, revelaram as acusações contra Weinstein que deram origem ao movimento #MeToo contra o abuso sexual.

"Com sua má conduta envergonhou a família e a empresa", escreveu Bob Weinstein a seu irmão e sócio na produtora de cinema. "Sua reação foi uma vez mais colocar a culpa na vítima".

"Se você acha que não há problemas com sua má conduta (...) então conte a sua esposa e a sua família", desafiou.

A carta foi publicada parcialmente pelo New York Times.

Bob Weinstein disse às autoras do livro que vinculou equivocadamente os problemas de seu irmão a um vício em sexo, e que se cansou de tentar fazer com que mudasse. "Me cansei... Disse: 'me dou por vencido'".

O livro "She Said: Breaking the Sexual Harassment Story That Helped Ignite a Movement" (Ela disse: Informar sobre a história de assédio sexual que ajudou a acender um movimento), publicado pela editoria Penguin, identifica fontes e vítimas antes anônimas e contém novas informações sobre a rede de acordos legais secretos que mantiveram ocultas as acusações.

Uma das advogados de Weinstein, Lisa Bloom, acompanhou-o ao Times antes que a história inicial fosse publicada há dois anos para apresentar informações destinadas a desacreditar suas acusadoras.

Nesta segunda, Bloom disse às autoras que ela "lamentava profundamente" ter representado Weinstein e que tinha cometido um "erro colossal".

Outrora um dos homens mais influentes de Hollywood, Weinstein, 67 anos, foi acusado de assédio e agressão sexual por mais de 80 mulheres, incluindo estrelas como Angelina Jolie e Ashley Judd.

O cofundador da Miramax e produtor de "Pulp Fiction" sempre insistiu que seus relacionamentos sexuais eram consensuais.

No mês passado, um juiz de Nova York adiou o julgamento de Weinstein por agressão sexual para janeiro.

Como um guia turístico especializado nas mortes mais proeminentes de Hollywood, Scott Michaels está ciente do fascínio dos americanos pelo lado obscuro do mundo dos astros e estrelas.

Mas nunca viu algo parecido ao furor provocado pelo 50º aniversário do assassinato da atriz Sharon Tate e outras quatro pessoas por Charles Manson.

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"Não tem precedentes, de verdade. Nunca vi tanta fascinação", explicou à AFP em seu museu de Los Angeles. "Fiz tours adicionais, dois ou três por semana. O sucesso é uma loucura".

Michaels leva seus clientes a Cielo Drive, a rua arborizada e sinuosa em Beverly Hills onde a esposa do diretor Roman Polanski, Sharon Tate, foi esfaqueada até a morte quando estava grávida de oito meses e meio, em 9 de agosto de 1969.

No ano passado, um de seus clientes foi o diretor de cinema Quentin Tarantino, que buscava informações para seu novo filme, "Era uma vez... em Hollywood", cujo pano de fundo são os incidentes de Cielo Drive.

Os assassinatos aterrorizaram Hollywood e dominaram as manchetes do mundo todo.

Manson, retratado em seu julgamento como um jovem solitário, louco pelas drogas e com fascinantes poderes de persuasão, ordenou a seus devotos que realizassem assassinatos em bairros brancos ricos com o objetivo de desencadear uma guerra racial.

No filme, que intensificou o interesse por uma tragédia muitas vezes descrita como um momento crucial na história dos Estados Unidos - o fim da era da paz e do amor -, Margot Robbie encarna a inocente e despreocupada Tate.

"Sharon era bonita... Tornou-se um símbolo verdadeiro do bem absoluto, enquanto Manson era todo o contrário", diz Michaels, que foi creditado como assessor técnico no filme.

- Estrelas de rock e monstros -

Manson morreu em uma prisão da Califórnia em 2017, mas os detalhes horripilantes dos assassinatos que ordenou ainda continuam vivos.

Tate, que tinha 26 anos, suplicou pela vida do filho que carregava dentro da barriga enquanto os discípulos de Manson a esfaquearam até a morte. Quatro deles irromperam em sua casa à noite.

Polanski estava na Europa, mas outros quatro convidados que estavam em sua casa também foram assassinados.

Abigail Folger, uma herdeira do café, estava lendo tranquilamente um livro na cama quando os agressores irromperam e a mataram.

O museu "Dearly Departed", de Michaels, em Los Angeles oferece uma variedade de lembranças macabras e visitas guiadas sobre mortes que vão desde Janis Joplin até a "Dália Negra", mas os assassinatos de Manson são os que mais atraem a atenção do público.

"É meu caso favorito. Favorito soa horrível. Mas é, devo admiti-lo", diz Michaels, apontando que a história "inclui estrelas do rock, estrelas de cinema, glamour e monstros".

Peggy Miles, uma mulher de 56 anos que cresceu perto dos assassinatos e ainda está fascinada, fez o "Helter Skelter" tour.

Disse que para muitos americanos, os assassinatos transformaram a contracultura hippie de uma curiosidade marginal a algo perigoso ou malvado.

"Ver os hippies se tornou algo realmente terrível", explicou.

Muitos de seus vizinhos instalaram cercas ou compraram armas, e ela foi proibida de ir sozinha para a escola.

- "Mataram por ele" -

O tour leva o nome do plano de Manson de começar uma guerra racial nos Estados Unidos. Ele o nomeou assim por uma canção dos Beatles.

No ônibus também está Lauren Kershner, de 28 anos, que ficou obcecada com o culto a Manson quando era adolescente e leu cinco vezes o livro de Vincent Bugliosi sobre o caso.

"Estou aqui pelo 50º aniversário", admitiu.

"Manson tinha tanto controle mental sobre as pessoas que conseguiu fazer com que matassem por ele. Isto me fascina", explicou a jovem.

Michaels diz que tal fascínio pelos detalhes é normal, tanto que até Tarantino entrou em contato com ele antes de filmar "Era uma vez... em Hollywood" para pedir ajuda com a pesquisa e as localizações.

O diretor fez perguntas intermináveis a Michaels, desde quem eram os ocupantes anteriores da casa em Cielo Drive até que livro Folger estava lendo quando foi assassinada.

"É um tema sobre o qual nunca cansei de ler ou de debater", explicou o guia. "Não o comemoro. Mas é a isso que me dedico".

No mês de agosto, o espaço Cinematographo do Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo, faz uma homenagem à atriz Audrey Hepburn. No próximo dia 11, o programa mensal do MIS exibe o clássico “Bonequinha de Luxo” (1961) com trilha sonora ao vivo da banda paulista Claustrofonia.

O clássico é dirigido por Blake Edwards. Em 1962, recebeu cinco indicações ao Oscar e venceu nas categorias de melhor canção original e melhor trilha sonora.  

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No filme, que se passa em Nova York, a atriz Audrey Hepburn dá vida à personagem Holly Golightly, uma acompanhante de luxo que quer se casar com um milionário mas tem seus planos abalados quando conhece Paul Varjak (George Peppard), um escritor que é bancado financeiramente pela amante. Apesar de estar interessada em Paul, Holly reluta em se entregar a um amor que contraria seus objetivos de se tornar rica.

 

Serviço

Cinematographo |Bonequinha de Luxo

Quando: 11 de agosto (domingo) às 15h

Onde: Auditório do MIS – Av. Europa, 158 – Jd. Europa – SP

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia entrada)

Site: www.ingressorapido.com.br

 

O julgamento de Kevin Spacey por agressão sexual, caído em desgraça após o escândalo, pode não ocorrer após a decisão da suposta vítima de não testemunhar.

O ator de 59 anos, cuja carreira desmanchou após as primeiras acusações de agressão sexual contrá vários homens, realizadas em novembro de 2017, não compareceu à audiência desta segunda-feira na ilha de Nantucket, em Massachusetts.

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Foi nesta ilha que o protagonista de "House of Cards" e do premiado filme "American Beauty" teria tocado o pênis de um jovem de 18 anos, funcionário de um bar, em julho de 2016, após convidá-lo para uma bebida.

A denúncia por atentado ao pudor e agressão ocorreu no final de 2018, após o surgimento de várias outras acusações de agressão sexual contra jovens seguindo os passos do movimento #MeToo.

Nenhuma das outras acusações, tando nos Estados Unidos como em Londres, levou a um processo penal.

No caso de Massachusetts, o celular da suposta vítima é chave: o jovem o utilizou para gravar a suposta agressão e para comentar com a namorada e um grupo de amigos o ocorrido.

Mas o telefone, que a defesa quer examinar, desapareceu, confirmaram nesta segunda-feira o jovem e seus pais.

Um policial afirma ter entregue o celular à família da suposta vítima, mas admite não ter pedido um recibo. A família diz que não recuperou o aparelho.

Consultado sobre o que fez com o telefone e as mensagens, o jovem garantiu que não apagou nada, mas quando foi advertido de que qualquer manipulação do telefone poderia significar um processo contra ele, a suposta vítima recorreu à Quinta Emenda da Constituição, que lhe permite manter silêncio para não se incriminar.

A mãe do jovem, a apresentadora de televisão Heather Unruh, admitiu ter apagado algumas imagens do telefone que poderiam envergonhar seu filho antes de entregá-lo à polícia, mas garantiu não ter alterado nada ligado à suposta agressão.

O advogado Alan Jackson, que representa o ator, insinuou que foram apagados textos nos quais a suposta vítima - fã de Kevin Spacey - revelaria ter consentido com o toque.

O juiz Thomas Barrett não tomou qualquer decisão nesta segunda-feira, mas a defesa alertou que pedirá o arquivamento do caso.

"Todo o dossiê está comprometido", afirmou Jackson.

O ator Denzel Washington foi celebrado na quinta-feira por Hollywood por sua carreira de cinco décadas, com duas estatuetas do Oscar e que abriu o caminho para uma geração de estrelas de cinema negras.

O diretor Spike Lee entregou ao ator de 64 anos, durante um evento no Dolby Theatre de Los Angeles, o "Life Achievement Award" do American Film Institute (AFI) em reconhecimento às conquistas da vida profissional de Washington.

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O prêmio é considerado a maior honra para uma carreira cinematográfica em Hollywood.

Os principais atores negros de Hollywood prestaram homenagem a Denzel Washington: os também vencedores do Oscar Morgan Freeman, Jamie Foxx e Mahershala Ali, assim como as estrelas de "Pantera Negra", Chadwick Boseman e Michael B. Jordan.

"Você abriu o caminho. Você nos mostrou o caminho. Mas o que é realmente monumental é que sua influência, seu alcance, transcende a raça sem nunca negá-la", disse Ali.

Ele acrescentou: "Nós estamos aqui porque permanecemos nos ombros de um gigante".

"Não existiria 'Pantera Negra' sem Denzel Washington", disse Boseman, em referência ao primeiro filme da Marvel sobre um super-herói negro.

A predominantemente branca Hollywood foi muita criticada nos últimos anos pela falta de diversidade, especialmente pela campanha #OscarsSoWhite (#Oscarstãobranco), organizada em 2016.

Washington é um dos apenas quatro atores negros que venceram o Oscar de melhor ator.

Ele venceu na categoria coadjuvante por "Tempo de Glória" (1989) e na categoria de melhor ator por "Dia de Treinamento" (2001).

O "Life Achievement Award" do American Film Institute (AFI) já foi entregue a atores como George Clooney, Al Pacino e Meryl Streep. Assim como a Morgan Freeman e Sidney Poitier.

Após terem tomado distância em edições passadas, Hollywood e Cannes voltam a andar de mãos dadas este ano na Croisette, com a presença de Quentin Tarantino e Jim Jarmusch, em um ambiente competitivo entre os festivais de cinema.

O fato de Cannes ter obtido "Rocketman", a biografia sobre Elton John, apresentada fora de competição, "foi uma boa jogada e um passo importante porque a Paramount era historicamente um dos estúdios mais relutantes em levar filmes para o festival", explicou Christian Jungen, jornalista suíço e autor do livro "Hollywood in Cannes".

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Outros grandes estúdios também estão presentes, como Universal, com "The Dead Don't Die", de Jim Jarmusch, com um elenco de estrelas, com Bill Murray, Tilda Swinton e Adam Driver; bem como Warner, com a exibição em 4k de "O Iluminado", de Stanley Kubrick.

Com Jarmusch e Terrence Malick ("A hidden life"), Tarantino será o grande protagonista de Hollywood com seu filme "Era uma Vez em Hollywood", com Leonardo DiCaprio e Brad Pitt. Sua presença também permite que Cannes "comemore sua própria história gloriosa, 25 anos depois da Palma de Ouro de 'Pulp fiction'", segundo Jungen.

Sem esquecer Sylvester Stallone, que irá ao festival para apresentar os primeiros minutos de "Rambo V" e uma versão restaurada de seu primeiro trabalho, de 1982.

- A crítica implacável de Cannes -

Thierry Fremaux, delegado do Festival de Cannes, quis ressaltar o apoio dos estúdios de Hollywood ao apresentar em abril a programação dos filmes selecionados, com palavras de agradecimento em particular a Jim Gianopolus, chefe da Paramount.

Em 2001, como presidente da Fox, Gianopolus permitiu que Cannes fizesse a estreia de "Moulin Rouge".

Os estúdios retornavam assim à maior mostra de cinema do mundo depois de vários anos difíceis. Por exemplo, com grandes produções, muitas vezes fora de competição, como "Matrix Reloaded" e o quarto filme de Indiana Jones.

Mas alguns desses filmes deixaram Cannes com um gosto amargo, sendo alvos de críticas ferozes, como foi o caso de "O Código Da Vinci" e Han Solo: Uma História Star Wars, o spin-off da saga "Star Wars" apresentado no ano passado.

Outra dificuldade acrescentada a Hollywood é o fato de Cannes acontecer em maio, muito antes do Oscar no final de fevereiro.

Neste sentido, Veneza e Toronto têm a vantagem de acontecerem em setembro, além de serem festivais que têm ganhado peso aos olhos dos produtores e distribuidores americanos, especialmente para filmes autorais.

- "Obsessão com o Oscar" -

Sintoma desta evolução: Veneza acolheu nos últimos anos "Gravidade", "La La Land: Cantando Estações", "A forma da água" e "Roma", todos posteriormente recompensados com o Oscar de melhor filme e/ou diretor.

No ano passado, "Infiltrado na Klan" ganhou o Grand Prix de Cannes e, em seguida, o seu diretor, Spike Lee, conquistou o primeiro Oscar de sua carreira.

Mas é preciso voltar a 2012 para encontrar outro filme presente na Croisette e recompensado pela Academia: "O Artista", com cinco prêmios Oscar, incluindo de melhor filme e diretor.

Fremaux criticou recentemente em entrevista ao jornal francês Le Monde, a "obsessão generalizada com o Oscar", sublinhando que "o projeto de Cannes é o cinema mundial, a direção e os autores".

Cannes também trava uma queda de braço com o Netflix, ausente da competição oficial desde o ano passado, devido a uma nova regra que obriga os filmes selecionados serem exibidos nos cinemas franceses.

Em contrapartida, a Berlinale e Veneza decidiram acolher a plataforma on-line, com o caso emblemático de "Roma", de Alfonso Cuarón, Leão de Ouro na Mostra e vencedor de 3 Oscar, incluindo de melhor diretor e melhor filme estrangeiro.

A Netflix também não estará presente no Marché du Film de Cannes, um dos maiores eventos anuais da indústria cinematográfica.

Em Cannes, Netflix aparecerá apenas com o filme "Wounds", que será apresentado na seção independente Quinzena dos Realizadores.

Após terem tomado distância em edições passadas, Hollywood e Cannes voltam a andar de mãos dadas este ano na Croisette, com a presença de Quentin Tarantino e Jim Jarmusch, em um ambiente competitivo entre os festivais de cinema.

O fato de Cannes ter obtido "Rocketman", a biografia sobre Elton John, apresentada fora de competição, "foi uma boa jogada e um passo importante porque a Paramount era historicamente um dos estúdios mais relutantes em levar filmes para o festival", explicou Christian Jungen, jornalista suíço e autor do livro "Hollywood in Cannes".

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Outros grandes estúdios também estão presentes, como Universal, com "The Dead Don't Die", de Jim Jarmusch, com um elenco de estrelas, com Bill Murray, Tilda Swinton e Adam Driver; bem como Warner, com a exibição em 4k de "O Iluminado", de Stanley Kubrick.

Com Jarmusch e Terrence Malick ("A hidden life"), Tarantino será o grande protagonista de Hollywood com seu filme "Era uma Vez em Hollywood", com Leonardo DiCaprio e Brad Pitt. Sua presença também permite que Cannes "comemore sua própria história gloriosa, 25 anos depois da Palma de Ouro de 'Pulp fiction'", segundo Jungen.

Sem esquecer Sylvester Stallone, que irá ao festival para apresentar os primeiros minutos de "Rambo V" e uma versão restaurada de seu primeiro trabalho, de 1982.

- A crítica implacável de Cannes -

Thierry Fremaux, delegado do Festival de Cannes, quis ressaltar o apoio dos estúdios de Hollywood ao apresentar em abril a programação dos filmes selecionados, com palavras de agradecimento em particular a Jim Gianopolus, chefe da Paramount.

Em 2001, como presidente da Fox, Gianopolus permitiu que Cannes fizesse a estreia de "Moulin Rouge".

Os estúdios retornavam assim à maior mostra de cinema do mundo depois de vários anos difíceis. Por exemplo, com grandes produções, muitas vezes fora de competição, como "Matrix Reloaded" e o quarto filme de Indiana Jones.

Mas alguns desses filmes deixaram Cannes com um gosto amargo, sendo alvos de críticas ferozes, como foi o caso de "O Código Da Vinci" e Han Solo: Uma História Star Wars, o spin-off da saga "Star Wars" apresentado no ano passado.

Outra dificuldade acrescentada a Hollywood é o fato de Cannes acontecer em maio, muito antes do Oscar no final de fevereiro.

Neste sentido, Veneza e Toronto têm a vantagem de acontecerem em setembro, além de serem festivais que têm ganhado peso aos olhos dos produtores e distribuidores americanos, especialmente para filmes autorais.

- "Obsessão com o Oscar" -

Sintoma desta evolução: Veneza acolheu nos últimos anos "Gravidade", "La La Land: Cantando Estações", "A forma da água" e "Roma", todos posteriormente recompensados com o Oscar de melhor filme e/ou diretor.

No ano passado, "Infiltrado na Klan" ganhou o Grand Prix de Cannes e, em seguida, o seu diretor, Spike Lee, conquistou o primeiro Oscar de sua carreira.

Mas é preciso voltar a 2012 para encontrar outro filme presente na Croisette e recompensado pela Academia: "O Artista", com cinco prêmios Oscar, incluindo de melhor filme e diretor.

Fremaux criticou recentemente em entrevista ao jornal francês Le Monde, a "obsessão generalizada com o Oscar", sublinhando que "o projeto de Cannes é o cinema mundial, a direção e os autores".

Cannes também trava uma queda de braço com o Netflix, ausente da competição oficial desde o ano passado, devido a uma nova regra que obriga os filmes selecionados serem exibidos nos cinemas franceses.

Em contrapartida, a Berlinale e Veneza decidiram acolher a plataforma on-line, com o caso emblemático de "Roma", de Alfonso Cuarón, Leão de Ouro na Mostra e vencedor de 3 Oscar, incluindo de melhor diretor e melhor filme estrangeiro.

A Netflix também não estará presente no Marché du Film de Cannes, um dos maiores eventos anuais da indústria cinematográfica.

Em Cannes, Netflix aparecerá apenas com o filme "Wounds", que será apresentado na seção independente Quinzena dos Realizadores.

O ator francês Vincent Cassel estreará na televisão, juntando-se ao elenco da série da HBO "Westworld", que terá sua terceira temporada no ano que vem - informou sua assessoria nesta sexta-feira (3).

Segundo a imprensa especializada de Hollywood, o ator francês de 52 anos interpretará um vilão.

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"Westworld" se desenvolve em uma espécie de parque de diversões do futuro, onde os hóspedes interagem com androides em diversos cenários, e tudo é permitido. Pouco a pouco, contudo, alguns dos robôs começam a contra-atacar.

A série é protagonizada por Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright e Ed Harris.

Nesta terceira temporada também contará com a participação de um dos protagonistas de "Breaking Bad", Aaron Paul, e da atriz e roteirista Lena Waithe.

O astro do cinema norte-americano Bruce Willis resolveu vender sua mansão na Ilha Parrot Cay, em Ilhas Turcas e Caicos, que é rodeada pelo Mar do Caribe. Com mais de 50 cômodos e piscina gigante, o complexo de 29 hectares construído de frente para o mar tem duas casas de hóspedes e começou a ser construído em 2000, quando o ator adquiriu o terreno. O valor do imóvel está estimado em US$ 33 milhões, ou seja, R$ 127 milhões para o brasileiro que demonstrar interesse em fazer negócio com o ator americano.

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Vista aérea da mansão de Bruce Willis no Caribe / Foto: Reprodução

A obra da mansão durou quatro anos e ficou exatamente do jeito que Bruce Willis desejou. Para melhorias, o imóvel passou por algumas adaptações em 2018. Neste imóvel, Willis se casou em 2009 com Emma Willis, mãe de duas das cinco filhas do ator: Mabel, de 6 anos e Evelyn, de 4 anos. Em fevereiro, o casal renovou os votos matrimoniais em cerimônia que contou com a presença de Demi Moore, ex-mulher de Willis, além das outras três filhas do astro, Rummer, Scout e Tallulah de 30, 27 e 25 anos respectivamente.

Visão interna do imóvel avaliado em US$ 33 milhões / Foto: Reprodução 

O segundo andar da mansão é praticamente todo ocupado pela suíte principal e, neste pavimento, os banheiros e a cozinha têm bancadas, banheiras e pias de mármore Carrara. Um pavilhão para praticar Yoga está disposto na área de lazer que também conta com um playground infantil, com um barco viking exclusivo.

A área em que está localizado o empreendimento tem mais de 3 mil metros quadrados com espécies frutíferas típicas da região e mata nativa.

O cineasta Jordan Peele, diretor do recém lançado Nós, estrelado por Lupita Nyon'go revelou, em entrevista, uma restrição para seus filmes. Ele garantiu que não escala atores ou atrizes brancos para os papéis principais. O diretor também falou sobre a sensação de conseguir estimular e promover a presença de artistas negros nas produções hollywoodianas.

A entrevista foi dada no Upright Citizens Brigade Theatre. "Não consigo me ver escalando um cara branco para o papel principal em nenhum dos meus filmes. Não é que eu não goste de caras brancos, eu só sinto que já vi esse filme antes", explicou.

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O diretor também falou sobre como se sente por emplacar atores e atrizes negros e, assim, tentar driblar uma situação que predomina na indústria do cinema: "Eu me sinto em uma posição de privilégio por poder dizer para Universal que eu quero fazer um filme de terror de US$ 20 milhões sobre uma família negra. E os investidores dizem sim".

Para Peele, o mercado atual está passando por uma mudança e apostando em uma nova perspectiva de lucratividade e representatividade e citou como exemplos os filmes Pantera Negra e Moonlight, recentes sucessos.

As mulheres e as minorias abriram mais espaços em Hollywood, mas continuam sub-representadas na indústria do entretenimento, indicou um estudo divulgado nesta quinta-feira (21).

O "Informe [anual] de diversidade de Hollywood", o sexto publicado pela prestigiosa universidade UCLA de Los Angeles, examinou 200 filmes em 2017 e 1.360 programas transmitidos pela televisão ou plataformas digitais na temporada 2016-17.

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O estudo, publicado a três dias da entrega dos prêmios Oscar, abarcou também a contratação de mulheres e minorias tanto diante quanto por trás das câmeras em 12 trabalhos importantes, como protagonistas, diretores e roteiristas.

"Por trás das câmeras e diante delas, os avanços para as pessoas de cor [como são denominados nos Estados Unidos aqueles que não são brancos] e mulheres aumentaram modestamente", disseram os autores do estudo em um comunicado.

O informe destacou sucessos de bilheteria, como "Podres de Ricos" e "Pantera negra", com elencos compostos quase totalmente por atores asiáticos (no caso do primeiro) e negros (no segundo).

"A cada ano, os dados mostram que os conteúdos de cinema e televisão com elencos diversos ganham mais dinheiro e têm maior audiência", indicou Darnell Hunt, um dos pesquisadores que comandou este estudo.

As minorias representam 40% da população em geral, enquanto as mulheres são 50%. Mesmo assim, o percentual de atores de minorias como protagonistas em filmes aumentou para 19,8% em 2017 e o de mulheres para 32,9%.

"Vimos um avanço modesto em filmes, mas o sistema de poder já instaurado - dominado por executivos homens e brancos - é difícil de mudar", disse Ana-Christina Ramon, outra autora do informe.

"O tipo de mudança estrutural necessário para uma nova ordem de negócios na indústria cinematográfica ainda não ocorreu e seu impulso exigirá vigilância e consciência sustentáveis", acrescentou.

O estudo destacou que a TV tem sido protagonista em receber mulheres e minorias, em parte devido ao fenômeno de crescimento das plataformas em streaming como Netflix, Hulu e Amazon.

"Algo está acontecendo na televisão com relação à diversidade, que só pode apontar o caminho para um novo começo para a indústria", comemorou o informe.

A Apple pretende lançar um serviço de vídeo para rivalizar com o Netflix no próximo mês e está planejando um evento em 25 de março para anunciar suas novidades. A fabricante do iPhone convidou estrelas de Hollywood, incluindo Jennifer Aniston, Reese Witherspoon, Jennifer Garner e o diretor J. J. Abrams, para participar do lançamento. As informações são da Bloomberg.

O novo serviço de vídeo é semelhante ao Amazon Prime Video e ao Netflix, e incluirá programas de TV e filmes adquiridos ou financiados pela Apple. A Apple vem trabalhando na plataforma streaming há vários anos sob a orientação de Zack Van Amburg e Jamie Erlicht, ex-executivos da Sony Pictures.

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Além dessa plataforma, a empresa pretende lançar também um serviço de notícias premium que será integrado ao aplicativo Apple News, permitindo que os consumidores assinem um pacote por uma taxa mensal. A novidade, que está em testes com funcionários da Apple há meses, será lançada como parte de uma atualização do iOS 12.2.

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O ator britânico Christian Bale, ganhador do Globo de Ouro pelo protagonista do filme "Vice", afirmou nesta segunda-feira em Berlim que o vice-presidente de George W. Bush, Dick Cheney, é um personagem muito melhor que Donald Trump para interpretar.

"Dick Cheney teve um papel extraordinariamente central durante estas últimas décadas nos Estados Unidos e em situações políticas mundiais", disse Bale, indicado ao Oscar de melhor ator por este personagem, ao apresentar em coletiva de imprensa na Berlinale o longa "Vice", de Adam McKay, que está fora de competição.

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"Apesar de que poder ter conduzido a esta era, ele é completamente diferente de Trump no sentido de que Cheney sempre foi muito ruim de campanha política e não gostava nada disso. Já Trump parece ser a única coisa que ele gosta", disse à imprensa.

"Cheney entendeu o poder do silêncio (...). Não podemos dizer isso de Trump. Ele gostava de saber que o verdadeiro poder estava nas sombras e de trabalhar desta forma".

Bale disse ser incapaz de se imaginar fazendo os esforços necessários para encarnar o atual ocupante da Casa Branca porque acha seu personagem pouco interessante.

"Acho que teria muitas pessoas melhores interpretando Trump. Provavelmente você viu algumas imitações bem boas dele", disse.

De acordo com Bale, "em termos de consequências reais das eleições que participou, de poder, entre outras, (Cheney) é muito mais poderoso e aterrorizador que qualquer outro personagem que eu tenha estudado para interpretar", explicou.

"Uma coisa essencial é saber que vocês ficarão obcecados com ele (Cheney) durante pelo menos três meses", garantiu o ator, irreconhecível no filme.

Cheney representa a linha-dura dos neoconservadores americanos e foi secretário da Defesa de 1989 a 1993, durante a primeira Guerra do Golfo (1991).

Foi criticado por suas afirmações sobre a presença de armas de destruição em massa no Iraque e por justificar a tortura, que chamava de "técnicas melhoradas de interrogatório".

O ator de Hollywood Liam Neeson insistiu, nesta terça-feira (5), em que "não é racista", depois de ter dito que uma vez se dispôs a atacar um homem negro, após a confissão de uma amiga de que tinha sido estuprada.

"Não sou racista", disse Neeson a um programa de notícias da ABC, embora tenha admitido que há cerca de 40 anos sentiu uma "necessidade primária de atacar" depois de ouvir uma amiga próxima dizer que tinha sido estuprada por um homem negro.

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"Fui deliberadamente a zonas negras da cidade procurando ser atacado", disse o ator, de 66 anos, que atuou na "Lista de Schindler", recordando que várias vezes foi a esses lugares com um porrete, na esperança de que uma pessoa negra puxasse briga.

"Estou envergonhado de dizer isso, fiz isso talvez por uma semana, esperando que um negro bastardo saísse de um bar e me atacasse por alguma coisa, sabe? Assim eu poderia... matá-lo", disse ao jornal The Independent no início desta semana.

"Foi horrível, horrível quando penso no que fiz. E nunca admiti isso", acrescentou.

No fim das contas não ocorreu nenhum fato violento e Neeson acrescentou: "Me impactou e me feriu... procurei ajuda, fui ver um sacerdote".

Ao insistir em que não é racista, o ator disse que sua reação ressalta a necessidade de um debate mais amplo na sociedade sobre a condição de raça.

"Se ela tivesse dito um irlandês, um escocês, um britânico ou um lituano, eu teria tido - sei que teria tido - a mesma reação. Estava tentando ter honra, defender minha amiga querida de uma forma terrivelmente medieval", disse o ator, que é da Irlanda do Norte.

Após a polêmica de Kevin Hart, que perdeu o posto de mestre de cerimônia do Oscar 2019 após acharem tweets homofóbicos do humorista, o convite para substituí-lo foi para Eddie Murphy. Mas para a surpresa dos produtores, o ator teria recusado!

Segundo o Radar Online, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que organiza a premiação, ofereceu uma quantia generosa para Eddie assumir o cargo, mas ele não quis. Uma fonte teria revelado ao veículo que a produção do evento ficou espantada com a resposta.

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Além do dinheiro, Murphy teria o direito de usar cenas da premiação em seus futuros filmes, mas nem isso o convenceu. Em 2012, aconteceu uma história parecida. O comediante iria apresentar o Oscar, mas desistiu depois que o produtor Brett Ratner deixou o comando da exibição do evento por conta de comentários homofóbicos nos ensaios.

De acordo com a fonte, Eddie também teria posts comprometedores e corre risco de tê-los expostos:

- A história de Eddie é tão vulgar quanto a de Kevin e a última coisa que ele precisa é ser sugado na reação do movimento #MeToo que parece vir com o emprego, disse a fonte, se referindo ao movimento que encoraja mulheres a abrirem o jogo sobre assédios e abusos sofridos em Hollywood.

Críticos de cinema de Hollywood celebraram na noite de domingo (13) o filme "Roma", drama do cineasta mexicano Alfonso Cuarón inspirado em sua própria infância. O filme em preto e branco ganhou o Critics' Choice Award de melhor filme e melhor filme estrangeiro, assim como melhor direção e fotografia.

"Esse bando de mexicanos é tão ruim quanto às vezes são pintados", declarou o cineasta em uma clara referência ao discurso do presidente Donald Trump sobre imigração.

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Christian Bale ganhou o prêmio de Melhor Ator e Melhor Ator de Comédia por "Vice", enquanto Glenn Close ("A Esposa") e Lady Gaga ("Uma Estrela Nasce") compartilharam a estatueta de atriz.

Mahershala Ali ("Green Book: o Guia") e Regina King ("Se Street Pudesse Falar") foram premiados como os melhores coadjuvantes. "A favorita" ganhou como melhor elenco e Olivia Colman, como melhor atriz de comédia.

"Homem Aranha no Aranhaverso" levou o prêmio de melhor animação. "Missão: Impossívele - Efeito Fallout" ganhou como melhor filme de ação.

Lady Gaga também levou um prêmio de melhor canção com "Shallow" e Justin Hurwitz ganhou com a melhor trilha sonora por "O primeiro homem na lua".

Considerado um dos termômetros para o Oscar, os prêmios dos críticos foram entregues neste domingo em Santa Mônica, na Califórnia, e também celebraram o melhor da televisão.

"The Americans" e "The Marvelous Mrs. Maisel" ganharam os prêmios de melhor drama e comédia, respectivamente.

O diretor americano Peter Farrelly confessou, em matéria para o site The Cut, que mostrou o pênis para Cameron Diaz e diversos colegas de elenco durante a produção do filme Quem Vai Ficar Com Mary?, em 1998. O ato, inclusive, era algo comum para Peter e o irmão, Bobby. Entretanto, o diretor reconheceu seu erro.

- Fui um idiota. Fiz isso há décadas e achei que estava sendo engraçado, mas a verdade é que estou envergonhado. Sinto muitíssimo.

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Embora o diretor só tenha vindo à público se desculpar pelo ocorrido agora, o caso já é conhecido desde 1998! Na época, em um artigo publicado pelo jornal Newsweek, o ato foi considerado algo pequeno e engraçado, mesmo que hoje em dia seja reconhecido como assédio sexual. O acontecimento foi comentado, inclusive, por Cameron Diaz.

- Quando um diretor mostra o pênis na primeira vez em que você conhece ele, você precisa reconhecer que ele é um gênio criativo.

Peter é diretor de Green Book: O Guia, filme que ganhou diversos prêmios no Globo de Ouro deste ano e tem grandes chances de concorrer ao Oscar. Mas, devido a essa recente polêmica, existem chances reais do diretor ficar de fora da corrida pela estatueta.

Tintim, que nesta quinta-feira (10) completa 90 anos, será protagonista de um segundo filme dos diretores de Hollywood Peter Jackson e Steven Spielberg, assim como - talvez - de um quadrinho inédito, indicou uma editora francesa.

No fim do ano, foi assinada uma "opção" para uma segunda parte das "Aventuras de Tintim" no cinema, a cargo, assim como a primeira ("O segredo do licorne", 2011), de Jackson e Spielberg, explicou a uma rádio francesa Benoît Mouchart, diretor editorial de Casterman. Desta vez, os papéis serão trocados: Jackson, produtor do primeiro, dirigirá o segundo.

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"Existem várias possibilidades. Pode ser uma mistura de 'O cetro de Ottokar' e 'O caso girassol'", destacou Mouchart. "Quando existe uma trilogia em Hollywood, o segundo é um pouco mais sombria", afirmou.

Em uma entrevista ao site americano Polygon no final de 2018, Jackson explicou que, depois de ter se concentrado em um roteiro adaptado de "O templo do Sol", dava-se a liberdade de escolher entre "a variedade" de histórias do famoso jornalista e de seu cachorro Milu criadas pelo belga Hergé há 90 anos.

Do lado editorial, em 2019, pode ser lançado um novo quadrinho, uma opção considerada há vários anos.

"Adoraria publicar este ano um inédito, 'Tintim e o termo-zero'", explicou Mouchart.

"É um depoimento interessante, muito mais completo que 'A alfa-arte'. A história está finalizada, mas o desenho ainda não foi completamente pintado", completou.

Hergé começou a trabalhar neste quadrinho no final dos anos 1950, depois de "Tintim no Tibete". Mas não foi além das oito primeiras lâminas que desenhou a lápis.

A primeira lâmina de "Tintim no país dos sovietes" apareceu em 10 de janeiro de 1929 no jornal católico belga "Le Petit Vingtième".

O ator americano Kevin Spacey, de 59 anos, se declarou inocente de abusar sexualmente de um adolescente em 2016, ao ser acusado formalmente, nesta segunda-feira, perante um juiz da ilha de Nantucket, em Massachusetts.

O escritório do promotor Michael O’Keefe confirmou que uma declaração de inocência foi apresentada em nome de Kevin S. Fowler, o nome verdadeiro do ator.

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O famoso protagonista da série de sucesso da Netflix "House of Cards" ficou em liberdade sob fiança. Não foi solicitado que ele entregasse seu passaporte para evitar uma fuga do país, mas o juiz Thomas Barrett lhe proibiu de contatar a suposta vítima ou sua família, como pedia a acusação.

Uma nova audiência anterior ao julgamento foi marcada para o dia 4 de março, mas Spacey não é obrigado a comparecer, disse o juiz.

Spacey tinha pedido inicialmente que seus advogados o representassem na audiência, e tinha escrito para o juiz uma carta para lhe indicar que se declararia inocente, mas Barrett quis que ele comparecesse pessoalmente no tribunal.

O ator, que vestia um blazer escuro na audiência, camisa branca com pequenas flores estampadas e gravata de bolinhas, parecia cansado, com bolsas nos olhos. Chegou à exclusiva ilha de Massachusetts em um avião privado nesta manhã, mostrou a televisão NBC.

O advogado de Spacey, Alan Jackson, pediu que nem a suposta vítima nem sua namorada da época apaguem nada de seus telefones celulares entre a data do suposto incidente e agora. O juiz atendeu ao pedido, mas apenas por um prazo de seis meses a partir de julho de 2016. Segundo a imprensa local, Little e sua namorada tinham trocado mensagens e inclusive imagens sobre a suposta agressão.

As acusações contra o ator chegam 13 meses depois da apresentação da denúncia do adolescente, e fazem parte do mais recente capítulo do movimento #MeToo, depois da sentença do ator Bill Cosby e da acusação contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein.

É a primeira vez que Spacey enfrenta acusações penais, apesar de haver dezenas de denúncias de assédio e abuso sexual contra ele.

O ator pode ser condenado a uma pena de até cinco anos de prisão por colocar a mão dentro da calça de William Little, que tinha 18 anos no momento da suposta agressão, ocorrida em julho de 2016 em um restaurante de Nantucket no qual o jovem trabalhou como ajudante de garçom durante o verão.

Little contou que certa noite ficou no restaurante após seu expediente para conhecer Spacey. Depois de se apresentar ao ator e lhe dizer que tinha 23 anos - a idade legal para beber em Massachusetts é 21 anos -, começaram a beber cerveja, e logo passaram ao uísque, a pedido de Spacey.

Algum tempo depois, o ator o convidou a ir com ele e alguns amigos para casa, segundo o jovem. Little rejeitou a oferta porque suspeitava que o ator tentava seduzi-lo. Mas ficou no bar para conseguir uma foto com Spacey.

Foi então que Spacey - vencedor de dois Oscar por seus papéis em "Os Suspeitos", em 1996, e em "Beleza Americana", em 2000 - colocou a mão na calça do jovem, segundo a denúncia.

- 'Sem provas' -

Spacey, que se viu obrigado a abandonar a vida pública por acusações de abuso sexual em 2017, publicou um vídeo na Internet em dezembro em que retomava o papel de Frank Underwood, o personagem que interpretava em "House of Cards", para falar das denúncias.

O vídeo teve muitas interpretações, que evocaram tanto o destino de Underwood, o personagem principal da série, como as ações contra Spacey.

"Você não acreditaria no pior sem provas, acreditaria? Você não se precipitaria em julgamentos sem fatos, se precipitaria? Você fez isso? Não, você não. Você é mais esperto que isso", disse Spacey no vídeo.

"Claro, alguns acreditaram em tudo e ficaram só esperando ansiosamente me ouvir confessar tudo. Estão ansiosos para que eu declare que tudo que foi dito é verdade e que recebi o que merecia".

"Só você e eu sabemos que nunca é tão simples, não na política nem na vida".

Spacey chegou a ser considerado um dos melhores atores de sua geração, mas sua carreira desmoronou depois que uma dúzia de homens nos Estados Unidos e no Reino Unido o acusaram de má conduta sexual.

Além do caso de Nantucket, outras duas investigações estão em curso em Los Angeles e Londres, onde Spacey foi diretor artístico do prestigioso teatro Old Vic de 2004 a 2015.

O ator mexicano Roberto Cavazos, que atuou em várias produções do Old Vic, disse que "parece que bastava ser um homem com menos de 30 anos para que o senhor Spacey se sentisse livre para nos tocar".

O primeiro relato público de uma denúncia de abuso veio do ator Anthony Rapp, que denunciou que Spacey abusou dele quando tinha 14 anos, em 1986.

Spacey não apareceu nas telas nem nos palcos desde a denúncia de Rapp.

O diretor Ridley Scott tirou Spacey de seu filme "Todo o Dinheiro do Mundo" (2017), e regravou todas as cenas em que ele aparecia com outro ator, Christopher Plummer.

Em tempos de ódio gratuito, diga-se de passagem em situações da vida real e cibernética, agradecer é um grande passo para o autoconhecimento. Cultivar o poder do 'fazer o bem sem olhar a quem' amplia a prática de se colocar no lugar de outra pessoa, mostrando que a capacidade de ajudar será um dos fatores para ter uma mente sem culpa. 

Para celebrar o Dia da Gratidão, neste domingo (6), o LeiaJá separou sete filmes com mensagens de reflexão e que transmitem verdadeiras lições de vida.

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