O cavaleiro Rodrigo Pessoa disse nesta quarta-feira que a Olimpíada de 2016 será "a mais importante" de todas - será sua sétima participação, um recorde nacional -, mas revelou preocupação com os cavalos. Apesar de o Brasil ter conseguido um resultado expressivo no Mundial da Normandia (França), em setembro, quando deixou escapar o bronze por pouco mais de dois décimos de segundo, a equipe brasileira não conta com cavalos reservas, o que pode atrapalhar a busca por uma medalha nos Jogos Olímpicos.
"Claro que a gente depende dos cavalos, das montarias. O ideal seria ter vários cartuchos, para chegar no último momento e decidir as melhores montarias, para montar uma equipe forte", disse Pessoa, campeão olímpico em 2004 e duas vezes medalhista de bronze. "Temos bons cavaleiros, mas temos que tentar agora aumentar o número de cavalos para ter uma equipe forte e decisiva."
##RECOMENDA##No ano passado, o Ministério do Esporte, o BNDES e a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) anunciaram um convênio como parte do Plano Brasil Medalhas. Pessoa destaca a importância do acordo para desenvolver o esporte no País, mas não crê que isso ajudará na aquisição de novos animais para competição. "É difícil uma confederação colocar a mão no bolso. Esses cavalos são caros. A gente depende muito de recursos privados."
O cavaleiro, porém, não esconde a ansiedade em estar nos Jogos do Rio, em 2016. "Vai ser a minha sétima Olimpíada, e com certeza a mais importante. Competir em casa é uma oportunidade única", considera. "Temos que brigar por uma medalha em equipe, e depois tentar beliscar algo no individual, que seria o coroamento fantástico."
As declarações foram dadas em meio ao lançamento de sua biografia, "Você será um cavaleiro, meu filho", escrito originalmente em francês, em 2012, e que agora foi traduzida para o português. O livro foi lançado em um shopping na Barra da Tijuca, no Rio, durante exposição dedicada ao pai de Rodrigo, Nelson Pessoa, um dos principais cavaleiros da história do País.