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Na próxima sexta-feira (20), o Cinema da Fundação estreia mais uma produção voltada para a dança. “O Último Dançarino de Mao” (Mao’s Last Dancer, 117 min, Austrália, 2009), de Bruce Beresford, conta a história do chinês Li Cunxin, que durante a Revolução Cultural de Mao Tse Tung, abandonou sua família de camponeses para ser enviado a uma das mais conceituadas escolas de balé dos Estados Unidos, virando objeto de conflito internacional. O filme venceu o prêmio do público na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 2010.

Em sua 5ª semana de exibição, o documentário “Pina” (Alemanha, 106 min, 2011), de Wim Wenders, também tem a dança como foco e retrata o grupo alemão de dança Tanztheater Wuppertal Pina Bausch, exibindo a arte da coreógrafa, uma das artistas mais famosas e revolucionárias da dança contemporânea, e falecida em 2009. A produção intercala cenas belíssimas de dança, com depoimentos dos bailarinos.

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Também vale conferir o longa “As Praias de Agnès” (Les plages d’Agnès, 110 min, França, 2008), de Agnès Varda, que faz uma retrospectiva da vida da diretora, revisitando todas as pessoas que conheceu em momentos importantes de sua vida. Agnès, atualmente com 80 anos, começou sua carreira no longa metragem em 1962 (Cléo de 5 à 7, exibido no Festival de Cannes), é natural de Bruxelas, na Bélgica, e radicada na França. Para produzir seu mais recente filme, a diretora partiu do princípio de que abrindo uma pessoa, seriam encontradas paisagens, no caso dela, praias.

Serviço:

O Último Dançarino de Mao, de Bruce Beresford
Sexta e quinta: 16h, 20h10
Sábado e terça: 20h10
Domingo: 17h50, 20h10
Quarta: 18h, 20h10

Pina, de Wim Wenders
Sábado: 18h10
Terça: 16h
Quinta: 18h10

As Praias de Agnès, de Agnès Varda
Sexta: 18h10
Sábado: 16h
Domingo: 15h45
Terça: 18h
Quarta: 16h

 

Cinema da Fundação - Fundaj Derby
Rua Henrique Dias, 609 -  Derby
Ingressos: R$ 4 (estudantes/idosos acima de 60 anos) e R$ 8 (inteira)
Informações: (81) 3073-6689

O Cinema da Fundação volta a exibir, a partir desta sexta-feira (9), a produção francesa de 2011 L'Apollonide, os amores da casa de tolerância, de Bertrand Bonello. A primeira temporada de exibições do filme teve de ser interrompida em janeiro por conta de problemas técnicos no projetor digital do cinema. Continuam em cartaz o brasileiro Mãe e Filha e A separação, produção iraniana.

L'Apollonide apresenta uma visão romântica e melancólica dos bordéis parisienses no início do século 20. Com uma linguagem pessoal, o cineasta Bertrand Bonello mergulha na vida de mulheres que vendem seus corpos e ficam expostas ao desejo, ao amor, à violência e até à doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis. A censura do filme é de 16 anos.

Em sua segunda semana de exibição, Mãe e filha, de Petrus Cariry, foi produzido no Ceará em apenas 20 dias, com uma equipe reduzida e ganhou os prêmios de Melhor filme, roteiro e som no Cine Ceará 2011. O filme conta a história de uma mãe e de uma filha que se reencontram depois de muito tempo e precisam encarar a diferença entre o sonho de uma e a realidade da outra.

Também continua em cartaz o longa iraniano A separação, de Asghar Farhadi. Vencedor do Urso de Ouro, o filme ainda abocanhou o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro em 2011. A trama é sobre o drama de Nader e Simin, um casal que se ama, mas decide, por outras razões, se separar. A classificação deste é livre.

O Cinema da Fundação fica na Rua Henrique Dias, 609, no Derby. Os ingressos custam R$ 8 (inteira) e R$ 4 (acima de 60 anos e estudantes). O cinema faz uma promoção especial na próxima terça (13), quando todos pagam meia entrada.

Mais informações: 81 3073-6688
www.cinemadafundacao.blogspot.com 

O universo das crianças (também) destinado a adultos. Nesta quinta-feira (8), às 19h, a Galeria Vicente do Rego Monteiro sedia a abertura da exposição coletiva "Infância", de Nan Goldin, Cao Guimarães e Paula Trope. Com curadoria de Moacir dos Anjos, a mostra é formada por fotografias dos artistas Nan Goldin e Cao Guimarães, além do vídeo "Contos de Passagem", de Paula Trope.

Todas as obras dos artistas retratam a temática da infância, entendida como um período onde várias possibilidades de vida convergem (e competem) para se formar um futuro, ainda incerto, devido à tenra idade.

"Pela primeira vez, foi possível avizinhar obras que trazem a ideia de infância. Os três artistas se reúnem em torno da política da arte, cada um com sua singularidade, mas todos com o mesmo foco, o despojamento das imagens, sempre prezando pela espontaneidade do cotidiano das crianças. ‘Infância’ traz o questionamento sobre as convenções da vida. É a arte trazendo um discurso político, de maneira sublime", disse Moacir dos Anjos.

"Infância" faz parte do Projeto Política da Arte, programa de ações da Coordenação de Artes Visuais da Diretoria de Cultura da Fundação Joaquim Nabuco, e permanece em cartaz até 12 de maio.

Serviço:

Mostra coletiva "Infância" - de Nan Goldin, Cao Guimarães e Paula Trope
Na Galeria Vicente do Rego Monteiro - Fundaj/Derby
De 9 de março à 12 de maio, terça à domingo, das 9 às 20h
Agendamento para escolas, grupos e atualização de professores: (81) 3073-6682
Informações: (81) 3073-6692 | 3073-6691

Com o objetivo de resgatar a história do esporte bretão no Estado, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) em parceira com o Núcleo de Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (Nesf-UFPE) promovem, durante toda esta sexta-feira (03), o I Encontro Memória e Futebol. Na primeira edição do evento, as atenções estão voltadas para o lançamento do livro: “Reis do Futebol: Técnicos”, que será realizado a partir das 18h. Além disso, a iniciativa ainda conta com palestras e exposição de comentários e depoimentos sobre o tema da publicação.

Entre as presenças ilustres, estiveram presentes no auditório da Fundaj os atletas do hexacampeonato alvirrubro Ivan Brondi, Salomão e Lala (foto abaixo), além do depoimento – em vídeo – do jornalista da ESPN e estudioso do futebol, Celson Unzelte.

As atividades tiveram início aproximadamente às 9h, com a abertura dos trabalhos feita pelo vice-presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), João Caxeiro. Em seguida, os três autores do livro começaram um ciclo de palestras sobre os treinadores contemplados pela obra.

O médico e escritor Roberto Vieira foi o primeiro a falar sobre “Reis do Futebol: Técnicos”. Inicialmente, ele trouxe à tona o trabalho de Adhemar Pimenta – técnico que teve uma carreira rápida até treinar a seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1938. O comandante, um ano depois, assumiu o selecionado pernambucano no campeonato nacional de seleções. O treinador ficou conhecido por investir na preparação física dos atletas e montar equipes fortes, mas também por – muitas vezes – “inventar” na escalação.

Em seguida, Lucídio José de Oliveira (foto à dir.), que também é médico e um dos autores, trouxe as histórias dos uruguaios Umberto Cabelli e Ricardo Diéz. O primeiro teve cinco passagens pelo Náutico, entre as décadas de 30 e 40, além de se tornar o único estrangeiro a dirigir a seleção estadual. Durante este tempo, ele conquistou um Pernambucano (em 1939) e ficou lembrado por montar times que valorizam o toque de bola. Em sua época, o Timbu era conehcido como o “Piano de Cabelli”.

Já Ricardo Diéz foi mais folclórico. Passou pelos três clubes da capital e conseguiu o feito de perder dois títulos seguidos para o treinador Gentil Cardoso, nos anos de 1959 e 1960, pelo Náutico e Santa Cruz, respectivamente.

Logo depois, foi a vez do autor e engenheiro Carlos Celso Cordeiro explicar um pouco mais sobre a temática do livro. O primeiro a ser retratado pelo escritor foi Evaristo de Macedo. Jogador que conquistou títulos e status jogando por Barcelona e Real Madrid, ele treinou diversas equipes no Brasil, entre elas o Santa Cruz. A história entre o tricolor e o comandante começou em 1972, quando conquistou o tetra estadual. Com outras passagens entre 1977 e 1979, ele ainda conseguiu mais duas taças do Pernambucano e esteve à frente em uma das maiores conquistas corais: o título de Fita Azul do futebol brasileiro.

Carlos Celso Cordeiro – ao lado do ídolo alvirrubro Ivan Brondi – ainda relembrou as conquistas do técnico Duque, que liderou boa parte dos títulos do hexa timbu. O comandante tem o segundo maior número de conquistas de Pernambucanos. Foram sete em nove disputados, perdendo apenas para o treinador Palmeira, que soma oito.

No intervalo da apresentação, o autor Lucídio José de Oliveira falou um pouco sobre a origem da obra. “Eu já tinha escrito um livro sobre futebol, assim como Carlos Celso. O Roberto (Vieira) conhecia as obras e teve a ideia de produzir mais publicações. Em 2009, nós três lançamos um sobre os 100 maiores clássicos dos clássicos, em homenagem ao centenário desta rivalidade. Agora, apresentamos esse, que traz um pouco da história desses técnicos, que estão entre os maiores do estado”, comentou.

Carlos Celso ainda revelou a expectativa para o futuro. “É muito provável que o próximo seja sobre os goleadores, mas ainda vamos definir os pontos, inclusive, se será feito só por nós, novamente, ou acrescentar mais algum colaborador”, finalizou.

Para finalizar a manhã, o jornalista Ivan Maurício e o pesquisador José Renato Santiago debateram sobre publicações de suas autorias, “O livro no Século XXI” e “Gestão de Futebol em Tempos de Copa”, respectivamente.

A programação segue durante à tarde, com a exposição dos trabalhos dos outros técnicos retratados pela obra “Reis do Futebol: Técnicos”. No período vespertino, será a vez dos presentes conhecerem um pouco mais sobre Palmeira, Orlando Fantoni, Enio Andrade, Alfredo Gonzalez, Gentil Cardoso, Emerson Leão, Nelsinho Baptista, Dante Bianchi, Givanildo Oliveira e Muricy Ramalho.

Além disso, ainda consta no cronograma de atividades uma palestra do ex-jogador e escritor Valdir Appel, além de uma mesa redonda com jornalistas locais sobre a “Mídia em tempo de Copa”. A partir das 18h, haverá o lançamento oficial do livro, “Reis do Futebol: Técnicos”, na sede da Fundaj, em Casa forte, seguida de uma sessão de autógrafos. A publicação custa R$ 40 e pode ser adquirida através do e-mail ccelsocordeiro@oi.com.br.

Por Olivia de Souza

Com trabalhos consagrados em Cannes (duas Palmas de Ouro com “Rosetta”, em 1999 e “A Criança”, em 2005), os irmãos belga Jean Pierre e Luc Dardenne voltam a ser bem-sucedidos numa temática bastante explorada em sua cinematografia: as relações familiares. Vencedor do Grande Prêmio do Júri do Festival deste ano, O Garoto da Bicicleta (Le Gamin au Vélo), que estreia nesta sexta-feira (13) no Cinema da Fundação, conta a história do pequeno Cyril, de 12 anos - brilhantemente interpretado pelo estreante Thomas Doret, numa seleção minunciosa que envolveu cerca de 200 atores mirins. Inconformado por ter sido largado num orfanato pelo pai, Cyril encontra na figura da cabeleireira Samantha (a atriz francesa Cécile de France) uma possibilidade de tentar contactá-lo.

Negando o tempo inteiro sua condição de abandonado, Cyril custa a acreditar que o pai possa ter vendido a sua bicicleta, e foge para seu antigo apartamento acreditando que ela ainda esteja lá, junto ao progenitor. Não há bicicleta, apenas um lugar vazio. Quando Samantha recupera o objeto, dá-se início à relação dos dois. Cyril pede que Samantha seja a sua guardiã, que prontamente topa o desafio e passa a se dedicar inteiramente ao garoto.

Cyril não desgruda de sua bicicleta, artifício que dentro da história funciona com um elo de ligação de todas as relações que rodeiam o garoto. Ela não representa apenas o doloroso rompimento com o seu passado, mas marca também o surgimento de novas pessoas em sua vida, de um futuro sem o pai. O passeio de bicicleta de Samantha e Cyril na estrada sela o fim de um laço bruscamente interrompido através do abandono, celebrando as novas possibilidades a serem vividas por essa nova  “família”.

Oriunda dos documentários, a dupla de diretores conduz uma narrativa seca e objetiva, característica da dupla. Não há espaços para dramalhões característicos das produções hollywoodianas de mesmo gênero. Prova-se que com isso não há necessidade de uma trilha sonora exagerada - presente em momentos pontuais (porém cruciais) do filme, uma novidade em relação aos outros trabalhos - e interpretações carregadas de sentimentalismos para se conduzir um bom drama familiar.

Confira o trailer de "O Garoto da Bicicleta":

Serviço

sexta, sábado, terça e quinta-feira = 17h, 20h40

domingo = 18h50, 20h40

segunda-feira  = não exibe

quarta-feira = 17h, 18h50

A mostra Expectativa/Retrospectiva do Cinema da Fundação traz uma sessão-debate especial nesta quinta-feira (15), às 20h50. O filme em questão é o do diretor Marcelo Brennand, “Porta a Porta – A Política em Dois Tempos”, que foi gravado no pouco explorado cenário de uma eleição no interior do Nordeste.

Já na noite desta quarta (14), a grande retrospectiva fica por conta do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, com a sua mais recente película “A pele que habito”, que marca a volta ao elenco do ator Antonio Banderas nos filmes do excêntrico diretor.

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Confira a programação dos últimos dias de uma das mostra mais esperada pelos cinéfilos da cidade:

Quarta | 14

18h30 - OS RESIDENTES

(Brasil, 2010) De Tiago Mata Machado. Com Melissa Dullius, Gustavo Jahn, Jeane Doucas.

21h - A PELE QUE HABITO

(La Piel Que Habito, Espanha, 2011). De Pedro Almodóvar. Com Antonio Banderas, Marisa Paredes, Elena Alaya.

 

Quinta | 15

16h20 - LOLA

(Lola, Filip., Fra., 2009) De Brillante Mendoza. Com Anita Linda, Rustica Carpio, Tanya Gomez, Jhong Hilario.

18h30 - L’APOLLONIDE - OS AMORES DA CASA DE TOLERÂNCIA

(L’Apollonide, Fra., 2011) De Bertrand Bonello. Com Noémie Lvovsky.

20h50 - PORTA A PORTA - A Política em Dois Tempos (+ debate com diretor)

(Brasil, 2011) De Marcelo Brennand. 

 

Sexta | 16

16h40 - AS FLORES DE KIRKUK

(Golakani Kirkuk, Suí., Itá. 2010). De Fariborz Kamkari, Naseh Kamkari. Com Morjana Aaloui, Ertem Eser

18h40 - PELE QUE HABITO - 2ª exibição

21h - UM CONTO CHINÊS

(Un Cuento Chino, Arg./Esp., 2011). De Sebastián Borensztein. Com Ricardo Darín, Muriel Santa Ana.

 

Sábado | 17

17h20 - UM CONTO CHINÊS - 2ª exibição

19h10 - O MOINHO E A CRUZ

(The Mill & the Cross, Sué./Pol., 2011) De Lech Majewski. Com Rutger Hauer, Charlotte Rampling.

21h - L’APOLLONIDE - OS AMORS DA CASA DE TOLERÂNCIA - 2ª exibição

O Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, no Derby, realiza a 14ª retrospectiva dos principais filmes de 2011 e a expectativa para os de 2012, com uma mostra que começa nesta sexta-feira (2) e segue até o dia 17 de dezembro.

Ao longo de duas semanas, serão apresentados 30 longas-metragens, dos quais 19 são inéditos no Recife e 11 são reprises que foram sucesso de público neste ano. Em determinadas sessões, como nas de exibição dos curtas pernambucanos de Leonardo Lacca, Renata Pinheiro e Hanna Godoy, e após o longa-metragem “O céu sobre os ombros”, do mineiro Sérgio Borges (eleito o melhor filme do Festival de Brasília, em 2010), haverá sessões debates com os realizadores do filme.

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Um dos filmes que compõem a ala internacional da mostra é “Meia-noite em Paris”, comédia romântica do diretor judeu Woody Allen. Lançado em junho de 2011, o filme bateu recorde de bilheterias no Brasil logo no primeiro final de semana de exibição.

O longa se desenvolve quando um casal resolve embarcar para a cidade Luz (Paris), antes de seu casamento. O escritor Gil, interpretado por Owen Wilson descobre, em suas andanças, uma espécie de “cidade-retrô” em plena Paris do século 21, e com ela, uma linda jovem interpretada pela atriz Marion Cotillard que será capaz de inspirar o personagem em suas descobertas. 

Já “Á árvore da vida”, dirigido e escrito por Terrence Malick, é um drama que conta uma história de família, cheia de traumas, alegrias e tristezas vivenciadas no ambiente que nos constitui enquanto pessoa. O projeto do filme existia desde os anos 1970, e dividiu o prêmio de melhor filme com o longa “Toda forma de amor”, de Mike Mills, no Gotham Awards, evento americano dedicado ao cinema independente.

O recente "A Pele que habito", do diretor espanhol Almodóvar, é um drama que tem como fio condutor a história de uma mulher que morreu em um acidente de carro e teve seu corpo totalmente incinerado.

A partir deste fato, que cerca toda a narrativa do filme, o seu marido e cirurgião plástico, Dr. Robert Ledgard (vivido pelo ator Antonio Bandeiras), não se conforma com esta e outras tragédias que se seguem em sua vida, e resolve se vingar da dor investigando como criar uma pele resistente – outra pele para habitar. 

Para o publico que for conferir a mostra, os ingressos custam R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia); já para as sessões dos curtas pernambucanos, será cobrada uma taxa de R$1. A venda dos ingressos será feita antes de cada sessão. O Cinema da Fundação fica na Rua Henrique Dias, 609, Derby. Mais informações: 81 3073-6688.

 

Confira a programação completa da Expectativa 2012/Retrospectiva 2011, na Fundaj:

Sexta | 2

17h30 - MEIA NOITE EM PARIS

(Midnight in Paris, EUA, Fra., 2011). De Woody Allen. Com Owen Wilson, Rachel McAdam.

19h30 - ISTO NÃO É UM FILME

(In Film Nist, Irã, 2011) / De Jafar Panahi. Com Jafar Panari.

21h10 - TRIANGULO AMOROSO

(Drei, Alemanha, 2010) De: Tom Tykwer. Com Sophie Rois, Sebastian Schipper, Devid Striesow.

 

Sábado | 3

17h - A ÁRVORE DA VIDA

(Tree of Life, EUA, 2011). De Terrence Malick. Com Brad Pitt, Sean Pean.

19h50 - O PORTO

(Le Havre, Fin. Fra. Ale., 2011) De Aki Kaurismaki. Com André Wilms, Kati Outinen, Jean-Pierre Darroussin. 

21h40 - AMORES IMAGINÁRIOS

(Heartbeats, Canadá, 2010). De Xavier Doland. Monia Chokri, Xavier Dolan

 

Domingo | 4

16h20 - LATE BLOOMERS: O AMOR NÃO TEM FIM

(Late Bloomers, Fra. Bel., UK, 2011) De Julie Gavras. Com Isabella Rosellini, Willian Hurt.

18h20 - SE NÃO NÓS QUEM?

(Wer Wenn Nicht Wir, Alem, 2011 ) de Andres Veiel. Com Adele Haenel, Sylvie Lachat, Ulysse Grosjea.

20h50 - ISTO NÃO É UM FILME (75’) - 2a. exibição

 

Segunda | 5

17h - MEDIANERAS

(Medianeras, Arg., 2011) De Gustavo Taretto. Com Javier Drolas, Pilar López de Ayala. 

19h - Hermilo no Grande Teatro do Mundo + Um Cavalheiro da Segunda Decadência

Primeiro documentário realizado sobre Hermilo Borba Filho (1917 - 1976). 

21h - MELANCOLIA

(Melancholia, Din., EUA, 2011). De Lars Von Trier. Com Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg

 

Terça | 6

17h - Amores Imaginários (95’) - 2a. exibição

19h - O PLANETA DOS MACACOS - A ORIGEM

(Rise of The Planet of The Apes, EUA, 2011). De Rupert Wyatt. Com James Franco, Freida Pinto, John Lithgow.

21h - CURTAS PE 1 (+ debate com os realizadores)

- DI MELO - O IMORRÍVEL

Alan Oliveira e Rubens Pássaro

- CORPO PRESENTE

De Marcelo Pedroso

- MENS SANA IN CORPORE SANO

De Juliano Dornelle. Com Flávio Danilo

 

Quarta | 7

17h10 - R.E.M. (70’) - No ano que viu o fim da banda americana R.EM., uma sessão especial na tela grande com alguns dos mais expressivos exemplares do videoclipe, formato que o R.E.M dominou como poucos na música pop. 

18h50 - SUPER 8

(Super 8, EUA, 2011) De J.J. Abrams. Com Joel Courtney, Elle Fanning. 

21h - BALADA DO AMOR E DO ÓDIO

(Balada Triste de Trompeta, Esp. Fra. 2010) De Alex de la Iglesia. Com Carlos Areces, Antonio de la Torre, Carolina Bang.

 

Quinta | 8

16h30 - O PORTO (2ª exibição)

18h30 - TRABALHAR CANSA

(Brasil, 2011) De Marco Dutra e Juliana Rojas. Com Helena Albergaria, Marat Descartes, Naloana Lima.

20h30 - CURTA PE 2 (+ debate)

- ELA MORAVA NA FRENTE DO CINEMA

De Leonardo Lacca.

- PRAÇA WALT DISNEY

De Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira

- [projetotorresgemeas]

De Ana Lira, André Antônio, André George Medeiros, Auxiliadora Martins, Caio Zatti, Camilo Soares,

Chico Lacerda, Chico Mulatinho, Cristina Gouvêa, Eduarda Ribeiro, Eli Maria, Felipe Peres Calheiros, Fernando Chiapetta, Geraldo Filho, Grilo, Guga S. Rocha, Iomana Rocha, Isabela Stampanoni, João Maria, João Vigo, Jonathas de Andrade, Larissa Brainer, Leo Falcão, Leo Leit, Leonardo Lacca, Lúcia Veras, Luciana Rabelo, Luís Fernando Moura, Luís Henrique Leal, Luiz Joaquim, Marcele Lima, Marcelo Lordello, Marcelo Pedroso, Mariana Porto, Matheus Veras Batista, Mayra Meira, Milene Migliano, Nara Normande, Nara Oliveira, Nicolau Rodrigues, Pedro Ernesto Barreira, Paulo Sano, Priscilla Andrade, Rafael Cabral, Rafael Travassos, Rodrigo Almeida, Rebeca Mello, Tamires Cruz, Tomaz Alves Souza, Tião, Wilson Freirer.

 

Sexta | 9

17h - Medianeras (95’) - 2ª exibiçao

18h50 - Triangulo Amoroso (119’) - 2ª exibiçao

21h10 - OS NOMES DO AMOR

(Le Nom des Gens, fRA., 2010) De Michel Leclerc. Com Jacques Gamblin, Sara Forestier, Zinedine Soualem.

 

Sábado | 10

16h10 - O ÚLTIMO DANÇARINO

(Mao’s Last Dancer, Austrá., 2009). De por Bruce Beresford. Com Chi Cao, Bruce Greenwood, Kyle MacLachlan.

18h30 - AS CANÇÕES

(Brasil, 2011). De Eduardo Coutinho.

20h20 - A CRIANÇA DA MEIA NOITE

(Fra. Bel., Fra., 2010). De Delphine Gleize. Com Vincent Lindon, Emmanuelle Devos, Quentin Challal

 

Domingo | 11

16h - CAMINHO PARA O NADA

(Road to Nowhere, EUA, 2010) De Monte Hellman. Com Shannyn Sossamon, Tygh Runyan, Dominique Swain. 

18h20 - ADEUS, PRIMEIRO AMOR

(Un Amour de Jeunesse, Fra./Ale., 2011) De Mia Hansen-Løve. Com Lola Créton, Sebastian Urzendowsky, Magne-Håvard Brekke.

20h30 - AS CANÇÕES - 2ª exibição

(Brasil, 2011). De Eduardo Coutinho.

 

Segunda | 12

16h20 - UMA DOCE MENTIRA

(De Vrais Mensonges, Fra., 2011). De Pierre Salvadori. Com Audrey Tautou. 

18h30 - A CRIANÇA DA MEIA NOITE - 2ª exibição

20h40 - EXPLOSÃO BREGA (+ debate com diretora)

(Brasil, 2011) De Hanna Godoy. Kelvis Duran, Michelle Melo, Nega do Babado, Banda Kitara.

 

Terça | 13

16h - A ÁRVORE DA VIDA - 2ª exibição

18h30 - TRABALHAR CANSA - 2ª exibição

20h30 - O CÉU SOBRE OS OMBROS (+ debate com o diretor)

(sessão seguida de debate com o diretor)

(Brasil, 2010) De Sérgio Borges. Com Danielle Barbin, Murari Krishna, Lwei Bakongo

 

Quarta | 14

18h30 - OS RESIDENTES

(Brasil, 2010) De Tiago Mata Machado. Com Melissa Dullius, Gustavo Jahn, Jeane Doucas.

21h - A PELE QUE HABITO

(La Piel Que Habito, Espanha, 2011). De Pedro Almodóvar. Com Antonio Banderas, Marisa Paredes, Elena Alaya.

 

Quinta | 15

16h20 - LOLA

(Lola, Filip., Fra., 2009) De Brillante Mendoza. Com Anita Linda, Rustica Carpio, Tanya Gomez, Jhong Hilario.

18h30 - L’APOLLONIDE - OS AMORES DA CASA DE TOLERÂNCIA

(L’Apollonide, Fra., 2011) De Bertrand Bonello. Com Noémie Lvovsky.

20h50 - PORTA A PORTA - A Política em Dois Tempos (+ debate com diretor)

(Brasil, 2011) De Marcelo Brennand. 

 

Sexta | 16

16h40 - AS FLORES DE KIRKUK

(Golakani Kirkuk, Suí., Itá. 2010). De Fariborz Kamkari, Naseh Kamkari. Com Morjana Aaloui, Ertem Eser

18h40 - PELE QUE HABITO - 2ª exibição

21h - UM CONTO CHINÊS

(Un Cuento Chino, Arg./Esp., 2011). De Sebastián Borensztein. Com Ricardo Darín, Muriel Santa Ana.

 

Sábado | 17

17h20 - UM CONTO CHINÊS - 2ª exibição

19h10 - O MOINHO E A CRUZ

(The Mill & the Cross, Sué./Pol., 2011) De Lech Majewski. Com Rutger Hauer, Charlotte Rampling.

21h - L’APOLLONIDE - OS AMORS DA CASA DE TOLERÂNCIA - 2ª exibição

Desde que adquiriu um acervo considerável em produções de videoarte nacionais e internacionais, em 2000, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) vem desenvolvendo ações voltadas ao fomento e difusão deste tipo de prática artística.
A partir desta segunda-feira (12), a Fundaj inicia mais uma Semana de Videoarte, evento que traz intelectuais e promove sessões-debates abertas ao público sobre este segmento. Na abertura, serão lançados dois curtas, “A jangada da medusa”, de Bruno Vieira e “Esplendor”, de Amanda Melo. Eles forma premiados com o concurso de videoarte promovido pela instituição, cujo edital está aberto até o próximo dia 30 de setembro.

Confira programação completa do evento:
 
Segunda-feira (12) | 19h
Local: Cinema da Fundação | Fundaj Derby
 
Lançamento de A jangada da medusa, de Bruno Vieira, e Esplendor, de Amanda Melo, premiados na edição de 2010 do Concurso de Videoarte da Fundação Joaquim Nabuco. O concurso, realizado anualmente a partir de projetos submetidos a um júri constituído pela instituição, é mecanismo de estímulo à produção de obras inéditas que se valem desse meio expressivo.
 
Debate sobre o lugar ambíguo e impreciso que o vídeo e o filme ocupam hoje no campo das artes visuais, entre o cinema e a sala de exposição. Ambigüidade e imprecisão que têm levado cineastas e artistas visuais a transitarem, sem muita cerimônia, entre festivais de cinema e mostras em galerias, entre a obra de reprodução infinita e a obra com cópias limitadas. A discussão contará com a participação de Moacir dos Anjos, coordenador de artes visuais da Fundação Joaquim Nabuco, Camilo Soares, professor do curso de cinema da Universidade Federal de Pernambuco, Yann Beauvais, coordenador do espaço de exposições e debates B3, Amanda Melo e Bruno Vieira, ambos artistas premiados na edição de 2010 do Concurso de Videoarte da Fundação Joaquim Nabuco.
 
Lançamento da edição 2011 do Catálogo de videoarte da Fundação Joaquim Nabuco, reunindo informações atualizadas sobre todo o seu acervo de vídeos e filmes de artista.

De Segunda-feira (12) a Quinta-feira (15)
Local: Sala de Videoarte Cristina Tavares | Fundaj Derby
 
Exibição de trabalhos do acervo da Fundação Joaquim Nabuco.
12 de setembro| sessões às 15h, 16h20 e 17h40
dial H-I-S-T-O-R-Y
2003, 68’
Direção: Johan Grimonprez

Original em inglês com legendas em português
 
Um dial H-I-S-T-O-R-Y, o diretor Johan Grimonpez investiga a política por trás dos sequestros de aviões, discutindo nossa própria cumplicidade. Para isso, combina arquivos de sequestros com temas surreais e banais como fast food, estatísticas sobre animais de estimação, discotecas e filmes caseiros. David Shea compôs a trilha sonora para essa “montanha-russa” através da História, melhor descrita nas palavras de um executivo da Pepsi sequestrado como: “é executada uma gama de emoções: da surpresa ao choque, ao medo, à alegria, ao riso e, mais uma vez, ao medo”.

13 de setembro| sessões às 15h, 15h30, 16h, 16h30, 17h, 17h30, 18h e 18h30

Memória do Corpo – Lygia Clark

1984, 29’

Roteiro e direção: Mário Carneiro

Fotografia: Tuca Moraes

Trilha sonora: Lillian Zaremba

 
Memória do corpo articula três momentos distintos da relação entre o universo da arte e o da terapia. Lygia Clark apresenta seus objetos relacionais, como cada um surgiu e a carga de memória acumulada na experiência clínica. Em um segundo momento, é apresentada uma sessão terapêutica com a participação do crítico de arte Paulo Sérgio Duarte: há aí uma real entrega e um diálogo a partir das sensações. O terceiro e último momento se constitui em uma conversa crítica não distanciada, que pressupõe a vivência anterior e a disponibilidade da artista em falar de seu processo e suas descobertas.

 
14 de setembro| sessões às 15h, 16h, 17h e 18h

Fire Child | Fresh Kill | Day’s End: três filmes de Gordon Matta-Clark

1971-1975, 45’45”

 
Fire Child

1971, 10’, cor, mudo, Super-8
Em 1971, Matta-Clark produziu um trabalho para a exposição Brooklyn Bridge Event. Esse filme registra seu processo de construir a escultura – uma pequena parede feita de lixo, papel usado e latas de metal coletadas na área.

 
Fresh Kill

1972, 13‘, cor, som, 16mm
Esse filme registra o processo complete da destruição do caminão de Matta-Clark (que ele chamada de "Herman Meydag") por uma escavadeira num depósito de lixo.

 
Day’s End

1975, 23’, cor, mudo, Super-8

Em 1975 Gordon Matta-Clark criou um monumento – ou um anti-monumento – para a história industrial de Nova York com Day’s End, sua transformação do dilapidado Píer 52, que ficava no fim da Gansevoort Street. Ele cortou um canal no piso da estrutura e outro no teto acima, de tal forma que quando o sol atingia seu mais alto ponto, ao meio-dia, ele iluminava a água embaixo. Ele também fez cortes no formato do olho de um gato em suas paredes de metal, um ao lado do canal e outro ao fim da fachada leste, de tal forma que o sol o invadia à medida que se punha sobre Nova Jersey. Ele chamava seu trabalho de “parque aquático de interiores”, e desejava que o “confinamento pacífico” que ele proporcionava pudesse “criar uma situação prazerosa”. Seu filme feito com Besty Susler é um dos poucos registros que existem tanto desse grande trabalho quanto dessa região abandonada do Rio Hudson antes que essas construções fossem destruídas.

 
15 de setembro| sessões às 15h, 16h, 17h e 18h

Chelpa Ferro

2009, 52’

Produção: Associação Cultural Vdeobrasil

Direção: Carlos Nader

Criado em 1995 pelos artistas plásticos Barrão e Luiz Zerbini, e pelo editor de cinema Sergio Mekler, o Chelpa Ferro explora a plasticidade do som em esculturas, objetos, instalações e performances que desafiam os sentidos do espectador. No sexto documentário da série Videobrasil Coleção de Autores, o diretor Carlos Nader compartilha com o grupo a montagem do objeto sonoro Totoro, na Pinacoteca de São Paulo, e da instalação Jungle Jam, no Museu de Arte Moderna da Bahia, além da apresentação da ópera desconstruída A autópsia da cigarra gigante, no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro, todas em 2008. Reflexões dos artistas e excertos de trabalhos anteriores, como Acqua Falsa (2005), apresentada na Bienal de Veneza, e a instalação Estabilidade Provisória (2005), na Fundação Eva Klabin, deixam entrever as inquietações e o sentido de humor por trás de sua produção particular.

 
Ações paralelas: 

 
De Segunda-feira (12) a Sexta-feira (16) | 15h às 20h
Local: Galeria Vicente do Rego Monteiro | Fundaj Derby

Continuação da exposição Insert / Memograma, da artista portuguesa Filipa César. Composta por dois filmes, a mostra toma como pretexto a história do uso de Castro Marim, cidade situada na fronteira com a Espanha, como local de degredo para os cidadãos punidos pela prática de homossexualidade durante o Estado Novo português (1933-1974). A investigação de Filipa César reage ao apagamento e à invisibilidade de mecanismos de ostracismo e de censura no Portugal da época. Memograma, um plano fixo, contemplativo, monumental e realista de um monte de sal, acompanhado por testemunhos orais das memórias de investigadores, historiadores e jornalistas sobre a história esquecida de Castro Marim, é complementado por Insert, uma construção ficcional de um encontro amoroso proibido que tem lugar na própria salina. A exposição segue até o dia 17 de outubro.

 

13 de setembro | 19h
Local: Sala Aloísio Magalhães | Fundaj Derby
 
Debate com Suely Rolnik e Moacir dos Anjos: Permanências e impermanências na produção artística contemporânea.
Em parceria com o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – MAMAM, a Fundaj promove debate com Suely Rolnik e Moacir dos Anjos sobre noções caras ao entendimento da produção artística contemporânea, tais como as de experiência, memória, registro e duração de uma obra.

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Não se assiste ao filme “Serge Gainsbourg – O homem que amava as mulheres” sem conhecer, minimamente, a atmosfera boêmia que envolveu sua carreira. Nem que isso signifique, apenas, saber de seus romances e excessos com cantoras e atrizes famosas, como as francesas Juliette Greco e Brigitte Bardot.

O filme do diretor Joann Sfar, que chega à sua segunda semana em cartaz no Cinema da Fundação, no Derby, apresenta fragmentos do que foi a vida de Serge Gainsbourg. E que pese a palavra fragmentos: o excesso deste elemento empobrece um pouco a narrativa, mas talvez evidencie exatamente o que Serge foi durante sua vida – nem 100% filho, nem 100% pai, pintor ou compositor.

Talvez a única coisa que ele realmente tenha sido, sem titubear, foi um amante (daí, a escolha do subtítulo não poderia ter sido melhor). Apesar de sua aparência, digamos, pouco “favorável”, o mistério e a criatividade de Serge seduziam as mulheres (e, novamente, não apenas “mortais”, como já citado...) como um estalar de dedos. Fui ali e me casei com Jane Birkin.

Um dos pontos altos do filme é o uso de animações que dão um tom de realismo fantástico à trama (o diretor Sfar é também quadrinista), criaturas fantásticas frutos da mente geniosa de Gainsbourg, que o acompanham desde sua infância conturbada (quando ainda era Lucien Gizbourg, seu nome de batismo) até os dias internado no hospital com câncer no pulmão.

Destaque para o Serge garoto, em cenas fantásticas que tentam passar o conflito e a audácia de um menino precoce, paquerando a torta e à direita uma modelo-viva da escola de artes, na qual fora matriculado pelo seu pai, que sonhava que ele fosse um pianista.

Aliás, o que em um primeiro momento pode parecer uma “obrigação” para o garoto, como o fato de ter que aprender piano, mostra-se, a posteriori, como o fio condutor da vida de Serge – a partir da música ele foi capaz de superar a estranha aparência de ser narigudo e orelhudo, conquistar mulheres (as mais belas da praça) e deslanchar em composições que, se o espectador não conhecia, vai ficar com muita vontade de conhecer (Je t’aime...Moi non Plus, e La Javanaise, por exemplo).

As atuações, de maneira geral, estão bastante convincentes. A semelhança do ator Eric Elmosnino (que ganhou o César, considerado o Oscar francês de melhor ator) com o compositor judeu, a incrível Laetitia Casta e suas “caras e bocas”, como Brigitte Bardot, e a espantosa semelhança da atriz britânica Lucy Gordon (foto) como Jane Birkin, a “americana” andrógena e meio moleca que conquistou o coração de Serge, mãe da atriz Charlotte Gainsbourg (que está em cartaz com o filme “Melancolia”, de Lars Von Trier, pela 5ª semana, também na Fundaj).

Inclusive, este foi o último papel da jovem atriz Lucy Gordon em vida, pois ela foi encontrada enforcada em seu apartamento, em Paris, após as filmagens do filme. Sfar dedica a película à ela.

A impressão que dá no desfecho do filme, com a ida de Gainsbourg à Jamaica para gravar um reggae (?), é que o filme tenta, desesperadamente, dar conta dos fatos cronológicos ocorridos ao longo de uma vida turbulenta (como toda e qualquer vida), o que soa um pouco cansativo. O filme termina com o recado do diretor/roteirista: “Eu amo demais Gainsbourg para tentar trazê-lo à realidade. Não são as verdades em torno dele que me interessam, mas suas mentiras”. Fica a dica.

Boas pedidas neste fim de semana para os cinéfilos de plantão. O cinema da Fundação, além de permanecer pela terceira semana com o filme “Melancolia”, de Lars Von Trier, estreia nesta sexta-feira (19) o recifense “Pacific”, de Marcelo Pedroso, e neste sábado (20), a pré-estreia de “Gainsbourg: O Homem que Amava as Mulheres”, de Joann Sfar.

Em “Pacific”, temos uma câmera curiosa por registrar momentos corriqueiros de uma viagem de navio ao arquipélago de Fernando de Noronha. O registro é interessante por ter sido feito inteiramente por passageiros, numa espécie de desconstrução das narrativas ficcionais e documentais do cinema brasileiro. A reflexão gira em torno dos recursos midiáticos disponíveis nos dias de hoje, e no processo do “faça você mesmo”.

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Já de “Gainsbourg: O Homem que Amava as Mulheres” traz um retrato do músico, ator, cineasta e compositor francês Serge Gainsbourg em plenos anos 1960, com todo o pano de fundo de uma Paris incendiada pela efervescência cultural do período e dos seus diversos casos de amor, entre eles, o com a famosa atriz Brigitte Bardot, símbolo sexual da época.

Serviço

“Melancolia”, de Lars Von Trier | Sexta, domingo, quarta, quinta – 15h40, 18h15, Sábado – 17h30 e Terça – 17h, 20h

“Pacific”, de Marcelo Pedroso | Sexta, domingo, quarta, quinta – 20h55 e Sábado, terça – 15h40

“Gainsbourg: O Homem que Amava as Mulheres”, de Joann Sfar | 20 de agosto, às 20h

“Que começo!”. Essa é a exclamação sentida assim que o prólogo de “Melancolia” (2011), do cineasta dinamarquês Lars von Trier, acaba. E que pese a exclamação, seguida de um profundo respiro, pois o filme estava apenas começando. O impacto vem sendo sentido pelo público pernambucano nas concorridas sessões do Cinema da Fundação. O filme entra agora na sua terceira semana de exibição.

Ao som de “Tristão e Isolda”, de Wagner, o espectador é convidado a mergulhar na complexa trama sob a temática do universo – tanto o universo familiar quanto o universo-universo, aquele com planetas, estrelas e... melancolia. A sensação, na composição de imagens do prólogo, é que esta seria uma narrativa permeada pela interrupção, com a protagonista Justine (Kirsten Dunst, que ganhou o prêmio de melhor atriz em Cannes 2011 pelo papel) está revisitando recortes de sua vida, momentos que estão o tempo todo sendo interrompidos. O que pode parecer até simples, como o uso simbólico do nome “Melancolia” ser um planeta que se aproxima da Terra, von Trier traduz com maestria, delicadeza e muita feminilidade em seus personagens.

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O duo de irmãs, interpretados por Kirsten Dunst (Justine) e Charlotte Gainsbourg (Claire), são as duas pontas que conduzem a narrativa do filme. O início é romântico e até bobo, com Justine e seu recém-marido Michael (Alexander Skarsgård) tentando sair de uma emboscada com o carro, rumo ao cerimonial de seu casório. Destaque para a figura de Claire, que em um primeiro momento aparece como a fortaleza da família, e em um segundo, chega às vezes de uma pessoa desesperada, como talvez você e eu nos sentíssemos ao saber que o fim se aproxima. E se aproximou.

O tempo todo, o marido de Justine (como todos os outros da trama) parece não acompanhá-la, em termos de alcançar a complexidade sentida e expirada por ela – uma transformação na natureza que chegaria para o fim da vida terrestre, traduzida por Justine na dificuldade de cumprir um ritual banal, como o casamento, uma instituição tida como “falida” pela antipática mãe da noiva no discurso da festa. E, depois, passamos a concordar com ela. Assim como todo o esforço da irmã Claire de que a festa saísse bem, em vão.
 
A narrativa é dividida em dois momentos (1 – Justine; 2 – Claire). No primeiro, somos convidados pela câmera atípica a entrar em um constante “esforço de ser” para todos os envolvidos, remetendo à complexidade do universo familiar. Em paralelo, só vamos entender um pouco mais (não inteiramente) da agonia da primeira parte, na segunda.

Outro ponto forte é a naturalidade das interpretações dos atores conseguida pelo cineasta. O marido de Claire, John (Kiefer Sutherland), está “inacreditável” como um fissurado na ideia de aproximação do planeta. O uso da câmera livre, que dá a impressão de uma filmagem caseira, sem enquadramentos lineares, nos aproxima das tensões vividas.

“A vida só existe na Terra e não por muito tempo”, diz Justine, próximo ao final da trama. Aliás, o desfecho é uma das cenas mais bonitas do filme (afora o prólogo, obviamente). E mais bonita não no sentido eufórico do efeito especial utilizado (este, já estamos acostumados a ver em filmes hollywoodianos), mas na sutileza da imagem.

 

A carreira da atriz francesa Sandrine Bonnaire foi escolhida para a retrospectiva organizada pelo Institut Français com o apoio do serviço audiovisual da Embaixada da França no Brasil. A mostra especial em homenagem à artista acontece simultaneamente em oito cidades brasileiras e, no Recife, está sendo exibida no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, no Derby, até a próxima quinta-feira (18).

Sandrine Bonnaire começou sua carreira com 16 anos, no filme “Aos nossos amores”, de Maurice Pialat. Nesta retrospectiva especial, o público recifense poderá conferir sete dos seus quase 40 longas-metragens. O preço das sessões custa R$1,00 para todos. A mostra começou na última sexta-feira (12) e já foram exibidos Xeque Mate, Aos Nossos Amores, Sem Teto,  nem Lei; Estava prevista também a exibição do filme Mulheres Diabólicas, mas foi cancelada devido ao mal estado da cópia.

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A mostra começou no Festival Varilux de Cinema Francês, que ocorreu em junho deste ano, aqui no Brasil, e acontece de junho a outubro de 2011 no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro, CineSesc, em São Paulo, Cine Santander Cultural, em Porto Alegre, a sala Alexandre Robatto, em Salvador, a Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, o Espaço Le Corbusier da Embaixada da França, em Brasília e o Cine Goiânia Ouro, em Goiânia.

Confira a programação:

Segunda-feira (15)

18h - A PURITANA (La Puritaine), de Jacques Doillon / Ficção, 1986, 90 minutos, cores. Atores : Laurent Malet, Michel Piccoli, Sabine Azema, Sandrine Bonnaire. Em 35mm.  Lá se vai um ano desde que Manon, 18 anos, fugiu de casa abandonando seu pai, Pierre, homem de teatro. Ela lhe escreveu para comunicar sua volta e pedir desculpas. Nessa noite, Pierre e sua companheira, Ariane, a esperam no teatro.

20h - 20h - AOS NOSSOS AMORES. A nos amours, de Maurice Pialat / Ficção,1983, 100 minutos, cores, 35mm legendado em português. / Atores :
Sandrine Bonnaire, Evelyne Ker, Dominique Besnehard, Pierre-Loup Rajot, Cyril Collard, Maurice Pialat. César do melhor filme 1984.
César da melhor esperança feminina para Sandrine Bonnaire 1984. Prêmio Louis Delluc 1983. Suzanne, quinze anos, acumula aventuras amorosas
sem conhecer o amor de verdade. Quando seus pais se separam, ela tem que enfrentar a hostilidade da mãe e do irmão, que condenam
veementemente seu comportamento.

Terça-feira (16)

15h45 - SENHORITA (2001) Mademoiselle de Philippe Lioret / Ficção, 86 minutos, cores, Produção : Alicéléo, Rhône-Alpes Cinéma, France 2 Cinéma / Atores : Sandrine Bonnaire, Jacques Gamblin, Isabelle Candelier, Zinedine Soualem. Em 35mm. Claire é um pouco careta. Certo dia, encontra Pierre, ator itinerante. Logo após, Claire perde o trem de volta para casa e é convidada por ele a viajar de carro. Após o breve encontro com Pierre, a tímida Claire já não será mais a mesma.

Quarta-feira (17)

15h45 - O NOME DELA E SABINE (Elle s'appelle Sabine), de Sandrine Bonnaire / Documentário, 2007, 85 minutos, cores. Em DVD. Sandrine Bonnaire narra a história da irmã Sabine, que é autista, através de imagens filmadas ao longo de 25 anos. Sandrine testemunha o momento atual de Sabine, que depois de uma estadia num hospital psiquiátrico, passa a viver numa estrutura adaptada a ela, na região de Charente, na França.

Quinta-feira (18)

15h45 - PODERÁ SER AMOR? (Je Crois Que Je l'Aime), de Pierre Jolivet / Ficção, 2007, Atores : Sandrine Bonnaire, Vincent Lindon, François Berleand. Cores. Duração 90’. Em DVD. Lucas, 43 anos, um homem de negócios divorciado, sente-se irresistivelmente atraído por Elsa, 38 anos, uma ceramista sofisticada a quem encomendou um painel para a fachada do seu edifício de escritórios. Intrigado pelo fato de esta jovem e bela mulher se encontrar descomprometida, Lucas decide pedir ao detetive da sua empresa para investigar a vida de Elsa.

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