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O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta quarta-feira (25), estar na expectativa pelo encontro dos governadores do Nordeste com a presidente Dilma Rousseff (PT), onde pretendem discutir sobre a celeridade de pautas importantes para a região, como a estiagem e as obras de infraestrutura. Segundo Câmara, apenas após este encontro é que deve requisitar uma audiência exclusiva dele com a petista. 

“A gente está aguardando. Eu já fiz as conversas com os ministérios. O governador (da Paraíba) Ricardo Coutinho (PSB) ainda não teve o retorno da reunião com governadores do Nordeste, e só depois dela é que eu vou pedir uma audiência. Apesar de que todos os nossos pleitos já estão tramitando no âmbito dos ministérios e só se houver uma dificuldade”, ressaltou Câmara.

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O socialista, apesar de toda a expectativa gerada em torno dos encontros com a presidente, afirmou que tem visto Dilma muito envolvida "na preparação do ano de 2015, dentro das políticas econômicas e sociais que ela está lançando", no entanto, reconhece que a petista ainda não está recebendo as demandas dos governadores. O que segundo ele é compreensível.  

“O Estado tem um governo, eu estou iniciando agora a receber prefeitos e com mais intensidade essas questões. Então, eu acho que faz parte do trâmite, a nossa expectativa é que tenha audiência logo com os governadores do Nordeste porque tem pautas que são muitas importantes ter uma celeridade, principalmente a questão da estiagem, a questão das obras de infraestrutura que estão em andamento e, particularmente, preciso conversar sobre essa questão do sistema prisional”, concluiu.

Ao longo de 2014, mais de 172 mil cisternas foram instaladas nos estados da Bahia, Alagoas, Ceará, Maranhão, Piauí e Sergipe pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). As instalações fazem parte do programa Água para Todos, que tem o objetivo de integrar as estratégias do Governo Federal de convivência com a seca. 

Segundo o coordenador geral do programa na Codevasf, Elton Silva Cruz, cerca de 860 mil pessoas foram beneficiadas com a instalação de cisternas. “O balanço das ações executadas pela Codevasf neste ano, no âmbito do Água para Todos, é altamente positivo. Nós atingimos a nossa meta e muitas famílias estão convivendo com a seca e  tendo acesso a água graças às cisternas”, garante. 

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“A cisterna trouxe saúde, qualidade de água e de vida. Aqui, antes de ter a cisterna, a gente consumia uma água sem tratamento, sem qualidade para o consumo humano. As casas que receberam a cisterna, com certeza, vão ter uma qualidade de vida melhor, água saudável. É quase uma água mineral, e a custo zero para as famílias beneficiadas”, afirma o agricultor familiar João Augusto Gonçalves de Miranda, que mora no povoado de Olhos D´água, na cidade de Miguel Calmon, no semiárido baiano.

Devido à estiagem, o município foi classificado em situação de emergência pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec/MI) nos anos de 2012 e 2013. Mesmo com as dificuldades, João Augusto afirma que é possível ter uma vida digna. “Temos grandes dificuldades, mas com apoio e conhecimento temos como sobreviver. Não é muito fácil porque essa região de semiárido é precária de chuva, mas buscando e recebendo o apoio do governo, como esse da cisterna, tem como continuar vivendo nessa região”, pontua o agricultor. 

CISTERNAS – Cada reservatório é capaz de acumular até 16 mil litros d’água, quantidade considerada suficiente para suprir as necessidades básicas de uma família de cinco pessoas por até seis meses. O abastecimento é feito nos períodos de chuva: depois de ser aparada no telhado, a água é conduzida através de um sistema de calhas e canos para o reservatório. 

Com informações da assessoria

Depois de quase secar por causa da longa estiagem, o Rio Piracicaba atingiu nesta quarta-feira (24) vazão de 356,8 metros cúbicos por segundo, a maior do ano. As águas cobriram totalmente as pedras que estavam à mostra na passagem pela área urbana e despencavam com estrondo no salto de Piracicaba, a principal atração da cidade, voltando a formar o famoso "véu da noiva" com as gotículas em suspensão. "Ter o rio de volta é o melhor presente de Natal que nossa cidade poderia querer", disse Olásio Cardoso Filho, funcionário do aquário municipal.

Turistas e moradores locais se aglomeravam no mirante e na margem do rio, na Rua do Porto, para apreciar o espetáculo. Muitos usavam a ponte estaiada para tirar fotos da cachoeira. "Os turistas voltaram, mas agora para ver um rio bonito, não mais aquela tragédia do rio seco e de peixes mortos", observou Cardoso Filho. A vazão recorde foi registrada às 12 horas pela rede de telemetria do Consórcio das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Antes, o maior volume de água nesse trecho do rio havia sido registrado no último dia 20, de 214 m3/s, após a volta das chuvas. No dia 11, ainda sob os efeitos da estiagem, a vazão era de 11,6 m3/s.

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Um dos mais conhecidos rios do interior, o Piracicaba amargou perdas no volume de água desde janeiro deste ano por causa da estiagem histórica no Estado de São Paulo. Em fevereiro, a baixa vazão combinada com o excesso de poluição causou a morte de 20 toneladas de peixes. De junho a novembro, o rio praticamente secou e o salto de Piracicaba virou uma montanha de pedras. Em outubro, a vazão chegou a 7,6 m3/s - a mais baixa em 50 anos - e o nível da água nos canais mais profundos não passava de 0,60 m. Nesta terça, o nível chegou a 3,64 metros e o rio estava próximo do transbordamento.

 

 

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JOÃO PESSOA (PB) - Dos 223 municípios da Paraíba, 170 estão em Situação de Emergência. O decreto foi editado pelo Governo do Estado e publicado na edição desta quarta-feira (22) do Dário Oficial Estadual (DOE).

O objetivo é garantir a continuação da assistência dada à população, já que substitui o decreto publicado no mês de abril, mas que venceria nesta semana. A Situação de Emergência foi motivada pela falta de chuva e autoriza a abrir crédito extraordinário.

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A capacidade máxima dos 122 açudes paraibanos monitorados é de 3,7 bilhões de metros cúbicos d'água e o volume hoje é de 984,7 milhões de metros cúbicos. A Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) informou que 29 reservatórios estão em situação crítica (menor que 5% do seu volume total), 34 estão em observação (menor que 20% do seu volume total) e 58 com capacidade armazenada superior a 20%.

Há uma regra elementar que se aplica em períodos de secas severas: se a água escassear, a prioridade é o consumo humano. Isso significa que, antes de as torneiras de casa secarem, a água falta na agropecuária, nas indústrias e nos serviços. É o que ocorre hoje em várias partes do Brasil.

A estiagem que compromete importantes bacias hidrográficas pode prejudicar a já combalida economia nacional, simplesmente porque o País não está preparado para lidar com ela. "Diferentemente de outros países, o Brasil não tem mecanismos para aliviar perdas econômicas com a falta de água", diz Jerson Kelman, especialista no tema, que dirigiu as agências nacionais de Água e de Energia.

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Prejuízos - A seca começou espalhando prejuízos no Nordeste. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), entidade que monitora eventos climáticos extremos, a região sofreu perdas de R$ 20 bilhões entre 2010 e 2013. No setor de energia, a conta é maior. Só para manter as térmicas ligadas e compensar a falta de água nas hidrelétricas, de 1.º de janeiro de 2011 até 14 de outubro deste ano foram gastos R$ 49,4 bilhões. O cálculo é da consultoria PSR, com dados do Operador Nacional do Sistema.

Neste ano, a estiagem se espalha pelo Sudeste. Segundo levantamento da consultoria MB Agro, os produtores de cana-de-açúcar, carro chefe da agricultura paulista, amargam uma perda de 18% na receita. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio à seca em boa parte do País, os casos de furto de água vão se multiplicando, principalmente, nas regiões mais castigadas, caso do interior de São Paulo e Minas Gerais. Mas mesmo no Nordeste e Norte isso já vem se tornando crime comum. Na semana passada, foi criada em Manaus (AM) uma delegacia especializada em combater essas fraudes.

Em outros locais ainda não foram tomadas medidas desse porte, mas os prejuízos vão se acumulando. Em Brodowski, no interior paulista, duas pessoas foram presas nesta semana após uma fiscalização ser iniciada. No município o prejuízo com esse tipo de ação chega a R$ 100 mil por mês, já tendo sido detectadas pela prefeitura mais de 50 ligações clandestinas.

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Nas delegacias, as ocorrências dispararam porque antes o departamento de água não comunicava o fato, apenas orientava o infrator. Porém, com a crise hídrica, todo caso está terminando em registro policial e, segundo o delegado José Augusto Franzini, o infrator responde por furto.

Em Iracemópolis (SP) uma empresa especializada será contratada para tentar apurar o número exato de ligações clandestinas. Vereadores dizem que uma lei proibindo lavar carros e calçadas fez aumentar muito o desvio de água. Na cidade a tática dos infratores é instalar dois registros, um legal e outro irregular - o mais usado.

Em Bauru (SP), que nesta semana oficializou o racionamento, um restaurante foi flagrado usando água desviada de uma praça pública. Já em Americana (SP) o problema não é o furto de água, mas sim de hidrômetro. De acordo com o DAE (Departamento de Água e Esgoto), foram mais de 60 nos últimos três meses, sendo que quando isso ocorre o vazamento de água no local chega a 3 mil litros por dia.

Na Região Metropolitana de São Paulo, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), já foram registrados desde o início do ano mais de 10 mil casos de fraudes. A perda foi de 1,3 bilhão de litros de água, que acabou consumida sem que houvesse a cobrança.

A empresa informou que esta quantidade seria suficiente para abastecer 270 mil pessoas. Equipes intensificaram o combate às fraudes que também podem ser denunciadas por telefone através do Disque-Denúncia (número 181). A Sabesp opera em 364 municípios paulistas.

Em Poços de Caldas (MG) foram descobertas cerca de 50 ligações clandestinas feitas diretamente em uma nascente. Já em Manaus, onde foi inaugurada a delegacia especializada, somente em 2013 foram expedidas pela companhia responsável mais de 22 mil notificações por uso ilegal de água.

A pior seca em mais de um século transforma os grandes rios paulistas em caminhos de pedra e areia. Cinco dos principais rios que cortam ou banham o Estado de São Paulo estão com menos de 30% da água que deveriam ter nesta época do ano, de acordo com dados dos comitês de bacias hidrográficas e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). São eles os Rios Tietê, Grande, Piracicaba, Mogi-Guaçu e Paraíba do Sul.

Outros grandes mananciais, como os Rios Paraná e Paranapanema, também sofrem com a longa falta de chuvas. De acordo com o Instituto Agronômico, em Campinas (IAC), o período hidrológico de outubro de 2013 a março deste ano foi o mais seco em 123 anos.

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O Rio Tietê, um dos mais importantes do Estado, já pode ser atravessado a pé na região de Itu. O manancial se resume a pequenos fios de água escorrendo entre rochas escurecidas pela poluição. Em Salto, na mesma região, as águas desapareceram. O rio corta o Estado de leste a oeste e deságua no Paraná.

Perto da foz, em Araçatuba, o nível baixou 8 metros, interrompendo o tráfego de barcaças na Hidrovia Tietê-Paraná. A navegação está parada há dois meses e o prejuízo é de R$ 200 milhões, segundo o Departamento Hidroviário do Estado.

As represas do Rio Paraíba do Sul, que abastece o leste paulista e a população do Rio, estão com o nível mais baixo da história. Com pouca água no Sistema Cantareira, o governo paulista quer captar a água do Paraíba para a Grande São Paulo - proposta ainda em discussão.

Cartão-postal da cidade que leva seu nome, o salto no Rio Piracicaba virou um amontoado de pedras. Já é possível atravessar o rio à pé. Formado pelos Rios Grande e Parnaíba, o Paraná é o segundo maior rio da América do Sul e também sofre com a estiagem. A redução no volume de água trouxe à tona as ruínas da antiga cidade de Rubineia, inundada em 1973, após a construção da Hidrelétrica de Ilha Solteira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A grande seca que o estado enfrentou nos anos de 2012 e 2013 pode voltar a assolar os pernambucanos em breve, segundos dados da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgados esta semana. O levantamento também mostra que 68 municípios de Pernambuco decretaram situação de emergência no ano passado. Para driblar a situação, o estado deve receber, nos próximos meses, mais de 39 mil cisternas de polietileno para que o homem do campo tenha um reservatório de grande porte para armazenar água de qualidade.

Os reservatórios de água são suficientes para uma família de quatro a cinco pessoas, pois têm capacidade de armazenar 16 mil litros de água. Ainda segundo os dados da ONU, o Governo Federal tem como meta distribuir as cisternas em todos os municípios afetados pela estiagem. Em Pernambuco, uma das cidades contempladas foi Gravatá, distante 87 km de Recife. 

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Com informações da assessoria 

 

A falta de chuvas prejudicou a produção de soja e de leite nesse início de ano, o que impulsionou os preços da atividade de alimentos em fevereiro dentro do Índice de Preços ao Produtor (IPP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A atividade registrou alta de 0,44% em fevereiro, após uma queda de 1,52% em janeiro. Como resultado, o segmento passou de uma contribuição negativa de 0,31 ponto porcentual no IPP de janeiro para impacto positivo de 0,09 ponto porcentual no IPP de fevereiro.

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"Eu chamaria atenção principalmente para a soja e para o leite, que vieram em sentido inverso do que geralmente acontece em fevereiro", ressaltou Alexandre Brandão, gerente do IPP na Coordenação de Indústria do IBGE. O pesquisador explicou que a estiagem prejudicou a pastagem e a expectativa para a produção de soja, mesmo em época de safra.

"Houve um aumento estranho de preços tanto de soja quanto de leite, mesmo uma época de safra, que não foi tão positiva quanto se esperou. Em fevereiro do ano passado, todos esses produtos caíram", lembrou Brandão.

O aumento nos alimentos só não foi maior na porta de fábrica porque houve redução de preços de açúcar cristal, devido à demanda menor do mercado externo, e de farinha de trigo, por causa da queda no preço do trigo.

Cidades localizadas no semiárido pernambucano receberão 62 caminhões-pipas, para minimizar o impacto sofrido pelas famílias devido à falta de chuvas nos municípios da Zona da Mata, Agreste e Sertão. De acordo com a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco, a ação que custará R$ 15 milhões e beneficiará cerca de 600 mil pessoas da região. 

Segundo o presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) Genil Gomes, é necessário solicitar os caminhões-pipa. “Esses carros-pipas estarão sendo administrados pelas prefeituras. As pessoas devem ir até as prefeituras e solicitar pelo caminhão e informar o local para abastecimento que será realizado pelo programa Água Para Todos”.

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Apac - Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) alertou, nesta última quarta-feira (22), que as chuvas do semiárido pernambucano deverão ser abaixo da média. A precipitação prevista para os próximos três meses será menor do que dezembro de 2013. Os municípios que registraram as chuvas mais intensas foram Serra Talhada (164,4mm) e Floresta (148,2mm). Na Zona da Mata e litoral, a previsão é de que seja de 400mm.

Essa previsão é referente aos meses de fevereiro, março e abril, período em que a chuva aparece com mais frequência na região. Segundo a Apac, fevereiro costuma ser o mês com mais acúmulo de precipitações, enquanto março é o período mais chuvoso do semiárido.

Até o final de fevereiro, 122 municípios do semiárido de Pernambuco devem receber o “Programa Cisterna”, que tem o objetivo de diminuir a escassez de água nas cidades que foram vítimas da seca. A ação é fruto de uma parceria entre os governos Federal e Estadual, por meio da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco.

As regiões afetadas pela estiagem receberão 52 reservatórios de água. Do total, 40 serão destinados aos moradores para consumo e os outros 12 serão usados na produção agrícola. O Governo do Estado de Pernambuco investiu mais de R$ 265 milhões de reais no projeto. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, cada cisterna terá capacidade para abastecer uma casa com cinco pessoas, durante o período de oito meses.

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A seca que afeta o Semiárido nordestino desde 2011 deixou metade dos 504 reservatórios monitorados pela Agência Nacional de Águas (ANA) com menos de 30% da capacidade de armazenamento de água. “Esta é a pior seca nos últimos 30 anos. Se não tivermos um período de chuvas de janeiro a maio em 2014, para recuperar os reservatórios, a situação ficará gravíssima”, disse o superintendente de Regulação da ANA, Rodrigo Flecha Ferreira Alves.

Para garantir o abastecimento para as pessoas, a ANA restringe o uso da água para atividades produtivas como a irrigação e a piscicultura. A agência acompanha a situação 45 açudes e seis rios de domínio federal no Semiárido. Do total, em 16 açudes e três rios são obedecidas as regras da ANA, abrangendo 91 municípios e cerca de 1,9 milhão de pessoas.

A restrição de uso mais recente foi determinada na segunda-feira (7) para o Rio Piranhas-Açu, que corta a Paraíba e o Rio Grande do Norte, e para os açudes de Coremas e Mãe D’Água, ambos na Paraíba, que estão com 34% e 33% da capacidade de armazenamento de água, respectivamente.

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Desde a semana passada, nas cidades de Coremas, Pombal, Cajazeirinhas, Paulista e São Bento, na Paraíba, e Jardim Piranhas e Jucurutu, no Rio Grande do Norte, a água só pode ser retirada do rio e dos açudes para qualquer atividade produtiva três vezes por semana das 2h às 11h. A recomendação da ANA é que não seja feita irrigação entre as 11h e as 17h, pois, nesse período, muita água é perdida por evaporação. A agência também alerta para que nenhum novo tipo de cultura seja iniciado neste momento devido à possibilidade de não haver água suficiente.

“A prioridade de uso dos açudes é para abastecimento humano e consumo animal. É muito importante que os agricultores implementem tecnologias de uso eficiente da água. Não se pode ter no semiárido irrigação por inundação”, disse o superintendente. Segundo ele, a ANA monitora constantemente o nível da água para acompanhar o cumprimento das medidas.

A Secretaria Nacional de Defesa Civil reconhece que 1.484 municípios nordestinos e do norte de Minas Gerais estão em situação de emergência por causa da estiagem, afetando 10,67 milhões de pessoas. De acordo com o Ministério da Integração Nacional, o governo federal investe mais de R$ 16 bilhões para reduzir os efeitos da seca e amenizar as perdas econômicas, por meio de ações emergenciais, obras estruturantes e linhas especiais de crédito.

Segundo o ministério, desde janeiro de 2012, o governo destinou R$ 916 milhões para a Operação Carro-Pipa. Sob a coordenação do Exército, foram contratados 5.809 carros-pipa para levar água a mais de 3,8 milhões de pessoas em 815 municípios. Ainda de acordo com a pasta, o Programa Água para Todos entregou 370 mil cisternas e a meta é construir mais 750 mil até 2014. Além disso, o programa prevê a implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água para comunidades rurais de baixa renda.

O ministério informou que o Bolsa Estiagem é pago a mais de 1,1 mil pessoas em 1.378 municípios, com a transferência de mais de R$ 1 bilhão. O pagamento de R$ 80 é destinado a agricultores de baixa renda que vivem em cidades atingidas pela seca.

O meteorologista Mozar de Araújo Salvador, do Instituto Nacional de Meteorologia, explicou que a seca iniciada em 2011 ocorre por causa do Dipolo Positivo do Atlântico, fenômeno oceânico que interfere no clima do semiárido ao deslocar a formação de nuvens para o norte da Linha do Equador, aumentando a precipitação no Oceano Atlântico. Assim, as chuvas têm sido bem abaixo da média no Nordeste há três anos. Segundo ele, ainda é cedo para dizer se a região nordestina terá mais chuvas em 2014.

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BAHIA - A Secretária de Comunicação do Estado da Bahia informou, no final da tarde desta segunda-feira (29), por meio de nota à imprensa, que a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Pecuária, contabilizou a morte de 572.859 cabeças de gado devido à forte seca que afetou o Estado. Isso representa cerca de 5% do rebanho existente na Bahia. Os maiores números de mortes ocorreram nas regiões de Miguel Calmon (75.190), Ribeira do Pombal (74.433), Juazeiro (70.700), Itaberaba (69.730) e Feira de Santana (62. 399), municípios que ainda estão com baixa precipitação pluviométrica.

Nesta sexta-feira (28), o governador Eduardo Campos e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, participam da cerimônia de entrega de máquinas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) aos municípios do Semiárido pernambucano.

A solenidade marcada para às 10h, na sede do  Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Ao todo, 65 municípios receberão motoniveladoras e 33 receberão retroescavadeiras, que serão destinadas à realização de obras de manutenção e construção de estradas vicinais na zona rural do Estado.  

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A ação faz parte das medidas do Governo Federal em parceria com os estados e municípios para melhorar as condições de convivência da população com a estiagem prolongada. As obras realizadas com o maquinário irão ajudar ainda no escoamento da produção e na mobilidade de comunidades rurais.

As máquinas também vão possibilitar a construção de pequenas barragens para armazenamento d'água. Até o final de 2013, serão 623 máquinas destinadas a municípios do Estado, totalizando R$ 214 milhões em investimentos.

Com informações da assessoria

 

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Em meio às reuniões, discussões e até protestos, os políticos se articulam no combate a seca do Nordeste e de Pernambuco que é considerada uma das piores nos últimos anos.  Mas, só quem convive com a situação - a falta de alimentos e da água e visualiza o gado morrendo os reservatórios de água vazios e até a fome, pode constatar a real situação. Na última segunda-feira (13), enquanto prefeitos e parlamentares discursavam na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em prol de mais ações no combate a estiagem, a equipe de reportagem do LeiaJá conversou com aqueles que são os personagens reais desta história.

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O ato público ocorrido na Alepe foi realizado pela Associação Municipalista de Pernambuco e (Amupe) e pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A manifestação nomeada de ‘Grito pelo Nordeste’ reuniu cerca de 100 prefeitos e muitos deles trouxeram para a mobilização caravanas com os moradores de cada região.

Segundo o agricultor Joselino Mariano da Cruz, 57 anos, da cidade de São José do Belmonte, Sertão de Pernambuco a seca enfrentada no município é uma das mais agressivas. “A situação está muito difícil. Eu tinha 15 cabeças de gafo, mas já perdi cinco e agora só tenho 10”, lamentou.

Outra agricultora do Sertão do Estado, do município de Cumarú, Regina Severina da Silva, 69, o problema que assola roça, onde ela planta milho e feijão tem tirado seu alimento do dia-a-dia. “O que a gente tem não dá para a gente viver. Tenho passado fome”, conta Silva com expectativa de que as coisas melhorem. “Que Deus abra o coração deles (dos governos) e que tenham dó de nós (sic)”, desejou.

Para o agente comunitário da cidade de Terra Nova, Sertão do Estado, Orlando Florêncio, 35, o município onde reside foi um dos mais atingidos, tanto pela redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) como pela seca. “Terra Nova seja talvez, um dos menores municípios de Pernambuco com apenas nove mil habitantes. Com a queda do FPM e a estiagem enfrentamos um estado de calamidade e escassez como a do leite, por exemplo”, comentou.

Florêncio disse ter vindo ao Recife participar da manifestação com a esperança de sensibilizar o governo em prol de soluções. “A cidade está passando por situações precárias. A renda que já era mínima agora está reduzida a zero. Eu convivo com pessoas que perderam o rebanho inteiro e muitas famílias  recebem apenas R$ 70 do Bolsa Família. Esperamos então, sensibilizar as pessoas que regem este País e este Estado”,  desabafou.

Na última terça-feira (14), um dia após a mobilização dos prefeitos na Alepe, os gestores se reuniram em Brasília com o presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros (PMDB). Entre as demandas solicitadas no encontro estavam à renegociação ou anistia das dívidas dos agricultores e medidas de compensação das receitas dos municípios. Na reunião, Calheiros reafirmou o compromisso os moradores do Nordeste com medidas importantes para região e lembrou as ações que já foram tomadas pelo Governo Federal.



 

Prefeitos e presidentes de associações municipalistas do Nordeste se reuniram nesta terça-feira (14) com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) e trataram, principalmente, sobre a situação da seca na região.

Entre as demandas apresentadas pelos prefeitos estão: a renegociação ou anistia das dívidas dos agricultores e medidas de compensação das receitas dos municípios. O presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota, falou da importância dos recursos e ações do governo federal, mas ressalvou que seria mais interessante que os recursos fossem diretamente para as prefeituras, pois a burocracia nos estados para levar esses recursos até ponta é ainda maior. “Os estados não têm a mesma capilaridade das prefeituras”, considerou Patriota.

Após o encontro com o presidente do Senado, o senador de Pernambuco Humberto Costa (PT), que acompanhou a reunião com os representantes dos prefeitos, subiu à Tribuna para falar da questão. “Reforçamos ainda a necessidade de fortalecermos alianças e mantermos a unidade em torno do enfrentamento da seca. Este é o momento de darmos as mãos, de unirmos forças, para que possamos fazer um melhor acompanhamento dos efeitos da estiagem e das medidas adotadas até o momento e para que os recursos liberados pelo governo federal cheguem de forma mais rápida na ponta, para o agricultor”, defendeu o petista.

Na ocasião, o senador reafirmou o compromisso de ajudar num entendimento em torno de medidas importantes para região e lembrou as ações que já foram tomadas pelo Governo Federal. “É preciso reconhecer os investimentos em medidas atenuantes e em obras estruturadora, como a transposição do Rio São Francisco. Mas sabemos que existem outras medidas que precisam ser tomadas e o Congresso tem um papel na intermediação com o Governo Federal”, destacou o senador.



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Após manifestação realizada nessa segunda-feira (13) pelos dos prefeitos das cidades atingidas pela seca, o governador Eduardo Campos (PSB) recebeu os gestores e os diretores da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), para uma conversa no prédio da Secretaria de Planejamento de Gestão (Seplag), no bairro de Santo Amaro. Na ocasião, os administradores municipais entregaram ao governador um documento batizado de “O Grito do Nordeste”.

No texto, a instituição cobra mais rapidez na aplicação das políticas públicas que visam minimizar os efeitos da estiagem nos municípios do semiárido pernambucano. Na reunião, participaram mais de 100 prefeitos de todo o Estado.

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“Nós entendemos que essa pauta expressa a legitimidade dos mandatos”, disse o governador. Durante a reunião, Eduardo explicou que o Governo de Pernambuco está sempre em busca de mecanismos para colaborar com a administração municipal. Na ocasião, ele pediu para que esse debate seja feito "com responsabilidade e com rapidez", pois "é necessário recompor urgentemente a base econômica dos municípios mais prejudicados nesses últimos anos".

“Nós reconhecemos que muitas ações estão sendo executadas, mas os municípios precisam de mais autonomia para agir com rapidez”, afirmou o presidente da Amupe e prefeito de Afogados de Ingazeira, José Patriota. “Além de liberar recursos imediatos, é importante injetar dinheiro público nos municípios para animar outros setores da economia”, completou Eduardo Campos, sugerindo ações mais enfáticas em determinadas regiões.

Eduardo também considera que as prefeituras estão com cada vez mais responsabilidades e menos dinheiro para trabalhar. “Temos que agir, pois esse é um processo que pode levar à descrença da população na política brasileira”, ponderou o governador, reforçando que a crise na economia tirou autonomia dos prefeitos.

 

O número de cidades que foram reconhecidas pelo governo pela situação de emergência devido aos efeitos da seca no Sertão do estado de Pernambuco passou de 134 para 136. Foram incluídos os municípios de Camocim de São Félix, no Agreste e Jaqueira na Zona da Mata. 

Até agora foram reconhecidas 56 cidades no Sertão, 66 no Agreste e 14 na Zona da Mata. A atualização também aconteceu por conta do reconhecimento Federal do decreto estadual de situação emergência nos municípios

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Uma série de ações, que deve ajudar as famílias do Sertão pernambucano por conta da seca, foi anunciada nesta quinta-feira (9), pelo governador Eduardo Campos, em passagem pela cidade de Ibimirim. Entre as intervenções, ordens de serviço para a construção de 35 pequenas barragens que vão beneficiar sete municípios do Sertão do Moxotó, incluindo a população indígena da região.

O investimento é de R$ 1,6 milhão. Outras três medidas contemplam a perfuração e instalação de três poços, além da implantação de um sistema de abastecimento, ações que tiveram investimento de mais de R$ 460 mil.  

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Também foram assinadas ordens de serviço para construção de 200 cisternas do tipo calçadão e de 40 banheiros com fossas sépticas, que vão beneficiar 40 famílias da Associação Beneficente do Alto Moxotó. O valor investido é de R$ 136.800. 

Ainda em Ibimirim, o governador assinou o Termo de Trabalho Técnico e Difusão de Tecnologia, que prevê a implantação de ecotecnologias como: biodigestores, forno solar, sistema de irrigação, tanque de compostagem, entre outros. Com orçamento de R$ 254 mil, o acordo de cooperação será desenvolvido por 30 jovens da agricultura familiar. 

As vítimas da seca recebem uma nova doação nesta quinta-feira (9). O Shopping Tacaruna entregou ao Comitê de Ação da Cidadania Pernambuco Solidário uma tonelada de alimentos arrecadados durante as inscrições de um Passeio Ciclístico promovido pelo centro de compras. 

Todos os anos o shopping realiza uma promoção na semana do aniversário e destina os donativos às comunidades carentes localizadas no entorno do estabelecimento. "Mas desta vez  a própria população fez questão que os alimentos fossem enviados aos flagelados da seca", revelou Yolanda Celeste, gerente de Marketing do mall.

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Com informações da assessoria

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