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Durante o primeiro semestre de 2014, o jornalista Carlos Eduardo Amaral terá a missão de cuidar da pesquisa e preparação do catálogo de obras do maestro Clóvis Pereira, trabalho que será editada pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Este será o primeiro catálogo musical a ser produzido no Estado.

“Esse projeto foi apresentado à diretoria da Cepe em 2012 e apreciado este ano por ela e pelo Conselho Editorial. Eu vou fazer sozinho a reunião e análise das partituras, entrevistas com o compositor e outros profissionais que conhecem sua obra e separarei algumas fotos e documentos para a iconografia e fortuna crítica”, revela Carlos Eduardo ao LeiaJá.

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Até o dia 1° de julho de 2014, Carlos Eduardo deve concluir a produção. Depois o catálogo ficará a cargo da Cepe, que marcará a data de lançamento.

Com o intuito de promover a interseção entre as artes da música e literatura e valorizar os artistas através de espetáculos, o Conservatório Pernambucano de Música (CPM) acaba de lançar o edital do projeto Música e Letras, concurso que integrará, em um mesmo recital, apresentações musicais e de literatura. O concurso será realizado de 11 de agosto a 10 de novembro, no auditório da Academia Pernambucana de Letras. 

Para os interessados, as inscrições são gratuitas e devem ser realizadas até o dia 24 de julho através do site da instituição ou no próprio Conservatório Pernambucano de Música, das 9h às 15h.

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Cello, Violino e Viola. Os sons desses instrumentos eruditos se misturam à musica popular regional e compõem a formação do grupo ‘Flôr de Muçambê’, que tem como apoio do Fundo Pernambucano de Incentivo a Cultura (Funcultura). Formado por jovens mulheres, a banda realiza show de lançamento do primeiro disco, neste domingo (7), às 18h30, no palco principal da Feira Nacional de Negócios de Artesanato (Fenearte).

"O Flôr de Muçambê nasceu com a intenção de promover a diversidade musical. Queremos aproximar o popular e o erudito e torná-los acessíveis à população. Nossa missão é propagar a música e a cultura pernambucanas através de mãos femininas”, declarou Gizelle, violinista do Flôr de Muçambê. 

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Na apresentação, o público pode apreciar com releituras de clássicos da música nordestina e composições da nova geração. O disco oferece um repertório com vários clássicos, como Pagode Russo, Eu só quero um xodó e Ai que saudade d’ocê, além da música Muçambê, composta especialmente para o grupo por J. Michiles, compositor de inúmeros frevos de sucesso e autor de consagradas letras de maracatu, coco e forró. Com direção musical assinada pelo Maestro Spok, “Flôr de Muçambê” ainda possui arranjos do maestro Duda, avô de Gizelle, além de participação especial de Elba Ramalho. O disco pode ser adquirido no local ao valor de R$15. 

Formação - O grupo, que é integrado por quatro mulheres, Gizelle Dias, no violino e voz; Manoela Dias, no violino; Roberta Vieira, na viola e Valquíria Janie, no cello; se formou quando todas tocaram juntas na Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música. A formação amadureceu no período em que as garotas cursavam música na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a paixão pelas canções regionais fez com que elas optassem por um repertório genuinamente nordestino.

Serviço

Flôr de Muçambê

Domingo (07) | 18h30

Fenearte – Centro de Convenções de Pernambuco

Gratuito

A nona edição do Virtuosi Brasil realiza concertos de música erudita na capital pernambucana entre os dias 14 e 16 de junho, no Teatro de Santa Isabel. O evento, que homenageia os pianistas Almeida Prado e Ernesto Nazareth, traz como destaques o grupo Cantilena Ensemble, a violinista Constança de Almeida Prado - filha do compositor homenageado -, as pianistas Ingrid Barancoski, Ana Lúcia Altino e Maria Teresa Madeira, e a Orquestra Jovem de Pernambuco, sob a regência do Maestro Rafael Garcia, diretor artístico do festival. Os concertos são gratuitos e começam às 20h, com exceção do domingo (16), quando haverá duas apresentações, às 15h e às 16h.

Entrevista: Constança de Almeida Prado

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A abertura do Virtuosi fica por conta do duo de piano e violino formado por Ingrid Barancoski e Constança de Almeida Prado Moreno, que apresentam um programa dedicado ao compositor Almeida Prado. Já no sábado (15), às 20h, o grupo Cantilena Ensemble apresenta o concerto A história do Brasil através da música, que pretende resgatar, preservar e divulgar a música erudita do Brasil, e relacionar as obras musicais aos fatos mais marcantes em 500 anos de história. O concerto ainda conta com a projeção de imagens no telão, que ajudarão o público a situar o repertório em seu contexto histórico e narração e comentários do jornalista Irineu Franco Perpétuo.

O terceiro e último dia, no domingo (16), o festival apresenta dois espetáculos. O primeiro ocorre às 15h e é intitulado Sarau Carioca, contendo obras de Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth, sendo executada pela pianista Maria Teresa Madeira. E às 16h o IX Virtuosi Brasil encerra sua programação com a Orquestra Jovem de Pernambuco e a presença de três solistas. Confira a programação completa no site do festival.

Serviço

IX Virtuosi Brasil

Sexta (14) a sábado (16)

Teatro de Santa Isabel (Praça da República - Santo Antônio)

Gratuito

Foram mais de 20 anos de carreira sem ter um único álbum próprio. Os irmãos Paulo e Ricardo Santoro iam sempre postergando, tocando projetos paralelos - eles têm participações em 19 discos -, até que decidiram: deste ano não passa. E lançaram esta semana o disco Bem Brasileiro, pela gravadora A Casa Discos, uma coletânea totalmente dedicada a compositores brasileiros do século 20 e contemporâneos.

O título não poderia ser mais apropriado. Por dois motivos. Primeiro, a escolha das faixas: de Heitor Villa-Lobos a João Guilherme Ripper, passando por choros, serestas, modinhas e temas folclóricos, o disco traça um panorama da música de concerto inspirada em elementos nacionais. Segundo, porque revela um importante traço do duo, que tem como uma de suas principais metas divulgar a música brasileira. O álbum traz cinco peças compostas especialmente para a dupla, além de uma exclusiva para o CD.

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No disco não podia faltar O Trenzinho do Caipira, popular melodia villalobiana que se tornou carro-chefe da dupla; a Modinha, de Francisco Mignone, ídolo e tema de mestrado dos irmãos; e Nazareteando, escrita para a dupla pelo argentino naturalizado brasileiro José Alberto Kaplan e inspirada no pianista carioca Ernesto Nazareth - que neste ano recebe homenagens por ocasião de seu 150º aniversário de nascimento.

Da série de 24 faixas, a dupla traz ainda Três Duetos Modais, do alemão naturalizado brasileiro Ernst Mahle, mostrando a desenvoltura com que o compositor incorporou elementos brasileiros em sua formação musical europeia; Seis Duetos, de Ernani Aguiar, pela primeira vez reunidos integralmente em um CD; e Choro, do imigrante polonês Waldemar Szpilman - que, como o duo, transitava com desenvoltura entre a música de concerto e a popular. Na escolha das peças, o duo contou com a ajuda do produtor Sergio Roberto de Oliveira, indicado ao Grammy Latino de 2012, que ainda compôs a última faixa do álbum, Bis, composição inédita feita especialmente para o CD.

O objetivo dos irmãos é que o disco se torne uma referência na música brasileira para dois violoncelos. "A cobrança do público estava cada vez maior e pra deixar algo registrado eternamente também queríamos um pouco mais de maturidade, para que essa gravação não fosse só mais uma no mercado. Queríamos um CD que fosse um registro significativo do que nós desenvolvemos ao longo desses 23 anos", diz Paulo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Teatro de Santa Isabel abrigou, nesta quinta (14), a abertura de mais uma iniciativa do Virtuosi, o projeto Sem Fronteiras. A programação segue diariamente até o próximo domingo (17) com apresentações da harpista Cristina Braga, do pianista Eduardo Farias, do violoncelista Dimos Goudaroulis em parceria com o percussionista André Contreras e do saxofonista Leo Galdelman, que contará com a Orquestra Jovem de Pernambuco para acompanhá-lo. Todos os concertos são gratuitos, mas é necessário retirar o ingresso na bilheteria do teatro.

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Pontualmente às 20h, o maestro Rafael Garcia - diretor artístico do festival - foi ao palco dar início à programação e chamar o pianista André Mehmari para uma apresentação solo. "Este teatro é lindo", disse o músico no início da apresentação. Sem o auxílio de partituras, Mehmari abriu o concerto com a Suite Pulcinella, de Pergolesi e Stravinsky. Ao fim da primeira peça, o pianista saudou o público de forma leve. Chamando o programa de "cardápio", ele incitou os presentes a interferir na apresentação, escolhendo o que seria tocado. "A ideia é vocês terem um leque de opções e quero ouvir de vocês o que vocês querem ouvir", avisou o músico.

Em seguida, tocou uma suíte inspirada em Milton Nascimento, pois é "Sempre bom pedir a bênção a Milton". O compositor Ernesto Nazareth foi o próximo. Mehmari executou os tangos Famoso e Rebuliço, obras pouco conhecidas deste genial compositor brasileiro. Com grande apuro técnico e uma interpretação passional, Mehamri rapidamente conseguiu criar empatia com o público que, aos poucos, se soltou e começou a participar da escolha do que seria tocado.

Simpático, o pianista comunicava-se ao fim de cada música e aceitava até pedidos que não estavam previstos no programa. Os pedidos renderam, entre outras, uma suíte mesclando os clássicos Águas de Março e Fascinação. Também houve espaço para Mehmari tocar uma composição própria, Um anjo nasce, misturada com Beatriz, de Edu Lobo.

Com uma atitude por vezes próxima a de um jazzista, André Mehmari foge ao padrão do músico erudito sisudo e abre espaço para a improvisação, algo nada comum na música clássica. A escolha do pianista foi muito feliz: ele encarna exatamente o objetivo do Virtuosi e especificamente do projeto Sem Fronteiras, de difundir a música erudita e fazê-la dialogar com a popular, dando-lhe uma feição mais amigável a aberta. "A música está se abrindo e os ouvintes percebendo que não se deve demarcar gêneros porque isso empobrece a escuta", opina Mehmari.

Para o pianista, que também é compositor, é necessário que a música clássica volte a permitir o improviso, prática comum no fim do século 19 extinta no século seguinte. "A construção dessas suítes feitas na hora é um desafio que eu encaro com bom humor e alegria, porque geralmente encontro plateias maravilhosas que pedem coisas que eu gosto", conta Mehmari ao LeiaJá. A noite ainda reservou uma estreia: Mehmari descobriu uma música inacabada de Ernesto Nazareth e a terminou, apresentando o resultado em primeira mão ao público presente no Teatro de Santa Isabel.

As amigas Clara Caiaffo, Adilma Alves e Mabel Albuquerque não conheciam o trabalho de André Mehmari e vieram assistir a mais um espetáculo do festival Virtuosi, que elas já acompanham. "Estamos encantadas", afirma Clara, completando que "Essa mistura é um espetáculo". Para Adilma, o momento mais especial da apresentação foi quando o pianista mesclou - de improviso e atendendo a pedidos do público - a Sonata ao Luar, de Beethoven, com a canção My way, eternizada na voz de Frank Sinatra.

O violoncelista e regente Nelson Gama lança nesta quarta-feira (6), na Livraria Cultura no Shopping Villa Lobos, em São Paulo, a terceira edição do seu livro Introdução às Orquestras e seus Instrumentos, um manual que analisa a evolução das Orquestras desde o século XVIII até hoje. O livro aborda também termos relevantes como História da Música, Regência e Orquestração.

Nesta terceira edição o diferencial é a inclusão de um DVD com a obra do compositor neoclássico inglês Benjamin Britten (1913 - 1976), chamada O Guia Orquestral para Jovens, executada por uma orquestra europeia. No Guia Orquestral, Britten disseca uma Orquestra Sinfônica, iniciando pelas 4 famílias (Cordas, Madeiras, Metais, Percussão) e desce ao nível de cada instrumento.

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Como bônus o DVD ainda traz a gravação de um Festival Vivaldi executado pela Orquestra Britten, grupo paulistano criado e dirigido pelo regente Nelson Gama: dois Concertos para Violino e Orquestra (A Primavera e o Sol menor) e o Concerto para 2 Violoncelos em Sol menor.

Jovem, pianista clássica, cantora popular e filha de um dos mestre do samba - Martinho da Vila -, Maíra Freitas aporta, nesta quinta, com um showcase, às 21h30, na Praça do Arsenal. O concerto faz parte da programação musical do Porto Musical, que iniciou sua programação nesta quarta (30) e vai até o dia 02 de fevereiro no Bairro do Recife.

Graduada em música clássica pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Maíra começou a tocar piano aos 7 anos, depois estudou no Conservatório de Música do Brasil e em seguida ingressou na universidade. Além disso, aprimorou seus acordes de piano popular com um dos grandes pianistas e arrajandor do Brasil, Cristovão Bastos.

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Em 2011, Maíra lançou seu primeiro disco pela gravadora Biscoito Fino, intitulado Maíra Freitas, com produção de sua irmã Mart’nália, que mistura samba com o erudito do piano. No repertório, ela interpreta alguns clássicos do samba, como O Show Tem Que Continuar e Disritmia – esta última de autoria de seu pai e com a participação dele – de maneira peculiar e simples, que prende o ouvinte até o último minuto.  Além dessas canções, Maíra interpreta músicas de Paulinho da Viola (Só o Tempo), Joyce (Monsieur Binot), Gonzaguinha (Recado) e Chico Buarque (Mambembe), incluindo ainda suas composições, como Corselet, Alô? e a instrumental Se Joga.

Além da cantora, apresentam-se nesta quinta (31), na Praça do Arsenal, a banda pernambucana Combo X - projeto de Gilmar Bolla 8, percussionista da Nação Zumbi -, os franceses da Dumb and Brass e o DJ Buguinha Dub.

Serviço

Showcase Porto Musical com Maíra Freitas, Combo X, Dumb and Brass e DJ Buguinha Dub

Quinta (31), às 21h30

Praça do Arsenal (Bairro do Recife)

Gratuito

A Orquestra Sinfônica do Recife (OSR) realiza mais um de seus Concertos Noturnos 2012 nesta quarta (4) no Teatro de Santa Isabel. A apresentação começa com a execução da Concerto nº 1 para violino e orquestra de Max Bruch, tendo como solista o violinista Emmanuel Carvalho.

Em seguida, a OSR toca a Sinfonia nº 5 do compositor russo Tchaikovsky, escrita em 1887 em quatro movimentos. O segundo movimento desta obra virou até canção popular e a sinfonia termina vigorosa, como toda a sonoridade do compositor.

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Serviço
Concerto Noturno da Orquestra Sinfônica do Recife
Quarta (4), às 20h
Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio)
Informações:  81 3355 3323 | 3355 332 - Gratuito

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