Tópicos | Eliziane Gama

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro começa sua série de oitivas na terça-feira (20), às 9h, com o depoimento do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. O ex-policial será inquirido como testemunha, a partir de requerimento apresentado pela relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). 

Ela quer ouvir explicações acerca das blitz ocorridas em rodovias federais em 30 de outubro de 2022 — dia do segundo turno das eleições majoritárias — principalmente na região Nordeste, que concentra a maior parte dos eleitores do então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva. 

##RECOMENDA##

À época, foi noticiado que a PRF estaria interceptando o transporte público. Ainda no dia 30 de outubro, Vasques foi intimado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, a interromper "imediatamente" as operações da corporação relacionadas ao transporte público de eleitores. 

Além disso, Eliziane também quer informações sobre atos ocorridos em dezembro de 2022. Investigado por improbidade administrativa em razão da acusação de pedir votos por meio de rede social para o então presidente Jair Bolsonaro, Vasques se aposentou no final do ano passado. Ele estava à frente da PRF desde abril de 2021.  “Tal como proposto no plano de trabalho apresentado a esta comissão, pretende-se que as nossas atividades se iniciem com a dissecação dos fatos que norteiam importantes datas, consubstanciadas em oitivas e requerimentos de informações, a partir das quais se espera, como natural desdobramento, a investigação dos demais fatos elencados no requerimento que embasou a instauração desta CPMI”, afirmou a relatora em justificativa.

Requerimentos

Ainda na terça-feira, a CPMI deve analisar 21 requerimentos. Entre eles, a convocação do ex-ministro chefe do GSI, general Marco Edson Gonçalves Dias; do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha; e de Renato Martins Carrijo, perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), responsável pela elaboração do laudo sobre o exame do local onde foi encontrado artefato explosivo próximo ao aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro.

Também estão na pauta requerimentos para a requisição ao STF de todos os documentos, processos e inquéritos decorrentes das investigações dos atos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023. Outro requerimento pede que o Ministério Público Federal compartilhe informações referentes aos processos, inquéritos e investigações que tramitam no STF e nas instâncias inferiores, seja para apurar responsabilidades civis, seja criminais. 

Convocados

No dia 13 de junho, a CPMI aprovou a convocação de 36 pessoas, muitas das quais integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, o tenente-coronel Mauro Cid (ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro), o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e o ex-ministro da Defesa Braga Netto. 

Também foram aprovados centenas de requerimentos com pedidos de informações e acesso a imagens, como das câmeras de segurança dos palácios do Congresso Nacional, do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), edifícios sedes brutalmente atacados em 8 de janeiro.

*Da Agência Senado

​A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) deverá apresentar, nesta quinta-feira (1º), o plano de trabalho da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que vai investigar as invasões ocorridas às sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de Janeiro. Ela defende a investigação dos autores intelectuais e dos financiadores desses atos.

Os integrantes da comissão já apresentaram mais de 460 requerimentos de troca de informações, convocações e quebras de sigilos. Izalci Lucas (PSDB-DF), por exemplo, quer acesso aos dados do celular do ministro da Justiça, Flávio Dino.

##RECOMENDA##

Também há pedidos de convocação de ex-ministros do governo anterior, como Anderson Torres e General Heleno.

*Da Agência Senado

A CPMI do 8 de janeiro mal foi instalada e o acirramento entre lideranças e retóricas já se fez presente na comissão. Bolsonaristas de um lado, aliados do presidente Lula do outro. O clima é de acirramento e exaltação pela defesa de suas narrativas. Defensores da democracia e parlamentares envolvidos com pessoas que participaram dos atos golpistas do 8 de janeiro já protagonizaram embates durante a instalação da CPMI. Esse é um primeiro panorama da CPMI do 8 de janeiro que foi instalada nesta quinta-feira (25), no Congresso Nacional.

Composta por 16 deputados e 16 senadores titulares, tendo também 16 suplentes. A própria composição dos integrantes da comissão já indica que os trabalhos devem contar com dias de turbulência. Isso porque, o escolhido para presidente foi o deputado Arthur Maia (União-BA), o o primeiro vice-presidente é Cid Gomes (PDT-CE) e o o segundo vice-presidente é senador bolsonarista Magno Malta (PL-ES). A relatora é a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). 

##RECOMENDA##

Após a votação, Arthur Maia fez questão de demostrar serenidade na condução dos trabalhos. "Quero agradecer a confiança de todos os meus pares, deputados e senadores, que através desse acordo promovido pela inteligência política da oposição, do governo e dos partidos independentes conseguiu construir uma chapa que venha a dar credibilidade aos trabalhos que nós temos pela frente", asseverou o presidente. A relatora também discursou no sentido de tranquilizar os parlamentares em relação a seriedade na atuação, lembrando que integrou sua experiência por ter atuado em outras comissões.

"Já participei de várias CPIs ao longo da minha caminhada pública, fui relatora de CPI, fui presidente de CPI e integrei as principais CPIs do Congresso Nacional dos últimos oito anos", rememorou a parlamentar. 

No entanto, não só foi de discursos leves e serenos que a sessão se deu. Parlamentares da esquerda e da direita protagonizaram embates. A própria escolha de Eliziane como relatora foi criticada pelo senador Marcos Do Val (Podemos-ES), que levantou questão de ordem contra a ela por ter segundo o parlamentar, a senadora uma relação de "intimidade com o ministro da Justiça, Flávio Dino", o que ele indica que comprometeria a parcialidade das investigações. 

E a escolha de Eliziane para a relatoria não parou de ser questionada pelos parlamentares da direita. O depuatado André Fernandes (PL-CE), usou todo o seu tempo para atacar a relatora. "Essa CPMI terá parlamentares lutando pela verdade, por transparência e para relaxar o coração do povo brasileiro, quando a relatora que diz que houve uma tentativa de golpe, parece que já se concluiu a CPMI. Já tem relatório, nem precisa mais da presença. Porque a gente está para investigar, ela parece que já investigou. Mas relaxar o coração do povo brasileiro, relator é um voto, existem outros votos. Existe relatoria paralela e nós não desistiremos do nosso povo brasileiro e dos patriotas presos, inocentes", disse André. 

Saindo em defesa da relatora, o deputado Rogério Corrêa (PT-MG) disse que ela não se deixasse constranger pelas intimidações que deve sofrer na CPMI por parte dos bolsonaristas. "Senadora, não se deixe constranger por falas ameaçadoras e machistas. Não se deixe constranger, porque as falas são exatamente para ver se vossa excelência não coloca suas convicções, mas vossa excelência é uma mulher de convicção, como as mulheres brasileiras são", disse o deputado a Eliziane, que emendou: "Fique tranquilo, fique tranquilo".

Mas o clima voltou a esquentar quando o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) apresentou uma cronologia de atos realizados pelos e teve sua fala interrompida no início pelo Abílio Brununi (PL-MT), que tentou a todo momento tumultuar a sessão. "Para nós essa é a CPMI dos atos golpistas que se expressou no dia 8 de janeiro. Mas no dia 31 de outubro de 2022, o presidente Bolsonaro não reconheceu o resultado das urnas e se iniciou um bloqueio de estradas no país inteiro. No dia 1 de novembro há um vídeo de um deputado da extrema-direita, inflamando o povo para ir à rua e chamando o presidente eleito, Lula, de narcoditador. No dia 12 de dezembro, na diplomação de Lula houve pânico nas ruas. No dia 24 de dezembro teve uma tentativa de atentado à bomba contra o Aeroporto de Brasília. Um empresário bolsonarista acampado no QG do Exército é indicado como um dos autores. No dia 8 de janeiro, ônibus pagos por bolsonaristas chegam a Brasília para provocar a depredação dos três poderes. E no dia 10 de janeiro uma minuta de golpe é encontrada na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro. Dia 8 de janeiro, no nosso entendimento, é sintoma final da lógica extrema-direita. Um atentado contra a democracia. E na verdade, esse grupo político fala disso há muito tempo. Inclusive, exaltando ditadores, torturadores e o golpe civil-militar de 64", disse o deputado.

Após o pastor discursar, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) emendou com seus ataques a esquerda. "A gente fala que tem uma contagem regressiva para esse canhão de voltar contra a esquerda", disparou sobre os atos do 8 de janeiro. "Mas como diz Lennin: 'se for necessário mudar tudo aquilo que a gente diz para alcançar o nosso objetivo, assim nós faremos. Até se dizer antifascista, anticomunistas ou seja lá o que for conveniente para a narrativa deles", esbravejou o filho do ex-presidente. No entanto, ao final de seu discurso, ele se dirigiu a relatora dizendo esperar continuar a ter um bom diálogo com ela, como sempre teve.

"A gente tem uma boa relação desde que a senhora era deputada, a gente consegue manter um diálogo aberto. Faço muito gosto que vossa excelência tenha sido escolhida a relatora dessa comissão para que a gente possa seguir tendo essa boa conversa e não mergulhar no espectro ideológico e que vai impedir a gente de fazer um bom trabalho na comissão. Qual o bom trabalho dessa comissão? É separar o joio do trigo". Ao final, o deputado relativizou a participação de pessoas que foram presas por participação nos atos, dizendo que houveram pessoas presas inocentemente e que muitas pessoas que participaram dos atos não podem ser tratadas como golpistas.

[@#video#@]

Ampliar as conquistas dentro e fora do Parlamento. Foi com essa mensagem que a Bancada Feminina no Senado deu as boas-vindas às senadoras eleitas e se despediu daquelas que encerram seu mandato no início do ano que vem. O encontro, promovido pela liderança da bancada, aconteceu na manhã desta quarta-feira (7), no Senado Federal.

A líder do grupo, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), descreveu como positivo o balanço dos trabalhos de 2022. Para ela, os últimos dois anos foram marcados por maior representação feminina na Casa, quando a bancada chegou a contar com 15 senadoras. Essa atuação, segundo ela, trouxe avanços significativos na legislação brasileira em relação à defesa da mulher e para a equidade de gêneros.

##RECOMENDA##

"Nós tivemos, entre as questões voltadas, por exemplo, para a mudança da legislação brasileira, o melhoramento de medidas que foram importantes para o empoderamento da mulher, para o combate à violência contra a mulher. Tivemos também momentos de conscientização, tivemos seminários importantes reunindo aqui, além das parlamentares, a representação de mulheres de todo o Brasil. Discutimos o Orçamento Mulher, que é uma inovação no mundo, e o Brasil tem evoluído nesse quesito. Então foi um ano realmente muito importante e tenho plena convicção que 2023 também será um ano importante, que a gente vai ampliar", afirmou.

Eliziane informou que a bancada pretende encerrar o ano com a aprovação de projetos que venham a fortalecer os mecanismos de aplicação das medidas protetivas para mulheres em situação de violência doméstica e familiar. É o caso do PL 1.604/2022, da senadora Simone Tebet (MDB-MS), e do PL 781/2020, do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL).

Na avaliação da senadora Zenaide Maia (Pros-RN), a criação da figura da liderança da Bancada Feminina no Senado foi essencial para o avanço dessa pauta dentro do Congresso Nacional. No entanto, ela defendeu maior participação das mulheres em pautas que possam ir além das questões sociais.   

"A gente teve ganhos, inclusive, em várias matérias que a gente aprovou, mas eu digo o seguinte: a gente tem que estar em todos os lugares porque mesmo aqui no Parlamento, normalmente, são nos oferecidos só cargos do social que tem uma importância fundamental, mas nós precisamos sim estar no orçamento, na tributação", defendeu.

Para a senadora Simone Tebet, que deixa o Senado a partir do início de 2023, a sensação que permeia a bancada é a de dever cumprido. Primeira mulher a presidir a Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher (CMCVM) e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a senadora disse que a atuação feminina no Congresso permitiu que novos caminhos fossem abertos, inspirando outras mulheres a fazerem parte da política e a mudar o cenário de desigualdade entre homens e mulheres.

"A gente queria abrir caminhos. E fico feliz porque a gente está colhendo  o resultado. Eu vejo nas minhas redes sociais meninas, são jovens de 20, 22 anos se sentindo empedradas, uma coisa absurda. Ontem meu gabinete estava cheio de presentes e cartinhas contando a história de vida delas, contando quanto que a nossa campanha, a nossa história de vida de nós políticas inspiram a vida delas", contou a senadora.

Professora Dorinha (União-TO) — deputada federal por três mandatos e senadora eleita — disse que vai se somar às iniciativas já desenvolvidas pela bancada, mas defendeu novos avanços. Ela citou principalmente iniciativas que busquem ampliar a participação da mulher na política e nos espaços de poder.

"Queremos mais senadoras, queremos uma maior representação e, mais do que isso, a possibilidade de, através de momentos como esse, nos fortalecermos enquanto conjunto ligado ao gênero. Muitas mulheres até argumentam que a gente não precisa de cota, e aqui nós não estamos falando de cota, mas a presença das mulheres nas câmaras municipais, nas assembleias e na própria Câmara Federal ela passa pela nossa representação", avaliou.

Práticas afirmativas A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, detalhou algumas práticas afirmativas adotadas pela Casa, como o plano de equidade entre gêneros e a cota de contratação de mulheres vítimas de violência. Ilana disse que esses avanços dentro do Senado foram inspirados e contaram com a participação direta da Bancada Feminina.

"Parte desse grupo agora vai deixar o mandato e, ao deixar o mandato, deixa também as colaborações para a construção desse trabalho de representatividade da mulher no Senado, que cresceu muito nos últimos anos".

Ao mesmo tempo, é o momento de integrar aquelas novas senadoras que chegam e apresentar um pouco da estrutura que o Senado já tem em relação a equidade de gênero e aos trabalhos em prol da mulher. E esses trabalhos, é claro, que a Diretoria-Geral apoia e faz coro, são um instrumento de auxílio para a Bancada Feminina — ressaltou.

Também participaram do encontro as senadoras Ivete da Silveira (MDB-SC), Nilda Gondin (MDB-PB), Eliane Nogueira (PP-PI), Daniella Ribeiro (PSB-PB) e Maria do Carmo Alves (PP-SE).

Nova composição A partir de fevereiro de 2023, a Bancada Feminina contará com 11 representantes. Permanecem nos cargos de senadoras até 2027 Daniella Ribeiro, Eliziane Gama, Zenaide Maia, Mara Gabrilli (PSDB-SP), Soraya Thronicke (União-MS) e Leila Barros (PDT-DF), que é procuradora especial da Mulher no Senado.

Outras quatro senadoras foram eleitas neste ano: além de Professora Dorinha, assumem o mandato em fevereiro as eleitas Damares Alves (Republicanos-DF), Teresa Leitão (PT-PE) e Tereza Cristina (PP-MS). Já a senadora Ivete da Silveira assume o cargo como primeira suplente do senador Jorginho Mello (PL), que elegeu-se governador de Santa Catarina.

*Da Agência Senado

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) irá solicitar ao Senado a criação de uma comissão para acompanhar as investigações sobre denúncia de estupro e morte de uma menina yanomâmi em Roraima. Além disso, ela vai pedir uma audiência com a diretoria da Polícia Federal para conferir as providências tomadas em relação ao caso.

O ocorrido veio à tona na última segunda (29). Segundo a denúncia, a vítima é uma menina de 12 anos que foi estuprada e morta por garimpeiros em uma comunidade na região de Waikás, na Terra Indígena Yanomâmi.

##RECOMENDA##

Sobre o caso, a senadora responsabiliza a omissão do governo federal sobre a frequência dessas ações. “Essas denúncias apontam que o estupro teria sido por parte de garimpeiros. O que traz sobre nós a grande responsabilidade do aprofundamento desta investigação. Não é errado dizer que a omissão que nós temos acompanhado pelo governo federal tem contribuído para que ações dessa natureza possam acontecer. Dentre elas a defesa, inclusive, da exploração mineral dentro das comunidades indígenas”, afirmou.

A instalação da Frente Parlamentar pelo Desarmamento foi adiada para a próxima terça-feira (29), a partir das 19h. A informação é do gabinete da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), responsável pelo projeto de resolução que deu origem a essa frente (PRS 12/2021). 

A Frente pelo Desarmamento foi criada no ano passado, para discutir medidas de restrição à posse e ao porte de armas de fogo. A iniciativa foi uma reação dos parlamentares a decretos do presidente Jair Bolsonaro que expandiam permissões para a aquisição de armamentos. O tema encontra resistência no Congresso Nacional. 

##RECOMENDA##

Para iniciar seus trabalhos, a frente precisa ser oficialmente instalada, com a aprovação de um estatuto e a eleição de uma comissão executiva. Uma vez instalada, ela também poderá receber a adesão de mais parlamentares. Por enquanto, a Frente Parlamentar pelo Desarmamento tem 10 senadores e dois deputados federais como membros. 

A instalação estava originalmente marcada para esta terça-feira (22). 

*Da Agência Senado

O pré-candidato do PSDB à Presidência, João Doria, recebeu a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) nesta segunda-feira, 7, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Eliziane é cotada como vice na chapa tucana, movimento que faz parte da negociação entre os dois partidos para uma criar uma federação.

Esse não foi o primeiro encontro entre os políticos. Na semana passada, após o Cidadania apresentar a senadora como uma opção para a Vice-Presidência, os dois se encontraram para discutir a composição de uma eventual chapa.

##RECOMENDA##

No evento desta segunda, entretanto, a publicidade e amplitude do encontro deu o tom da aproximação entre os possíveis candidatos. Eliziane participou de uma reunião com os secretários de Estado do governo paulista. Na frente de mais de 50 autoridades presentes, a senadora elogiou a condução do governo Doria durante a pandemia de covid-19 e destacou o papel fundamental do governador no avanço da vacinação no País.

"O Doria vai ser de Brasília e do Brasil. São Paulo precisa do senhor, mas o Brasil também precisa", disse.

Eliziane ganhou destaque no cenário político nacional por causa de sua participação ativa na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, mesmo sem ser integrante formal. A parlamentar foi uma das lideranças que se movimentou na busca por mais mulheres no grupo. "Muitos parlamentares da base estão emocionalmente abalados", disse ela ao Estadão na época. "Não queriam a voz das mulheres na CPI."

Atualmente, o Cidadania negocia federações com três partidos: PSDB, Podemos e PDT. Na última terça-feira, 1º, a executiva nacional da sigla se reuniu para indicar uma das três opções, mas a reunião terminou com a sigla rachada. Os 21 integrantes do grupo votaram cada possibilidade individualmente e nenhuma delas obteve maioria. O resultado favorável mais próximo se deu em relação ao PSDB: 10 a favor, 10 contra e uma abstenção, do ex-senador Cristovam Buarque, que é contra formar uma federação com qualquer que seja o partido pretendente. No caso do Podemos, o placar ficou em 11 votos contrários e 8 favoráveis e do PDT, em 11 contra e 8 a favor.

Em paralelo às negociações de federação, o Cidadania ainda mantém a pré-candidatura à Presidência da República do senador Alessandro Vieira (SE), classificado como "terceira via" na disputa eleitoral de 2022. Assim como Eliziane, o parlamentar ganhou notoriedade na CPI da Covid e obteve o aval do partido para concorrer ao cargo em setembro de 2021. Vieira defende um acordo da legenda com o Podemos do ex-juiz Sérgio Moro.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) avalia que a CPI da Covid já obteve informações comprometedoras para o governo Jair Bolsonaro. "Tentar mudar uma bula é, no meu entendimento, algo criminoso", disse ela ao Estadão.

Embora não seja integrante da CPI, Eliziane liderou reação à tentativa de aliados do governo de romper o acordo que garantiu às mulheres o direito de se manifestar nas reuniões.

##RECOMENDA##

Qual caminho a sra. vê para a CPI da Covid?

A gente começa a constatar de forma mais real, com os depoimentos, o que vínhamos percebendo na postura do presidente, que é colocar questões ideológicas e políticas acima das questões científicas e técnicas. Vimos isso nos depoimentos do (Nelson) Teich e do (Luiz Henrique) Mandetta (ex-ministros da Saúde). E, quando conversamos com (o atual titular da pasta, Marcelo) Queiroga, nós o vemos liso, tenso, com medo de desagradar ao presidente, de falar o que realmente pensa.

O que classifica como mais grave, nos depoimentos, até aqui?

Colocar as questões ideológicas acima da ciência. Isso significa vidas perdidas. Tentar, por exemplo, mudar uma bula, criar um protocolo à revelia das orientações da ciência é, no meu entendimento, algo criminoso.

O que espera da investigação sobre a compra de vacinas?

Se foi feita alguma ação condicionada do governo com relação a esse contrato, é muito clara a responsabilidade do governo no que estamos vivenciando hoje. Temos mais de 410 mil mortes. O governo pode ter grande parcela de culpa com relação a essas mortes.

Que pontos o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deve esclarecer no depoimento?

Foi no momento dele que tivemos quase 4 mil mortes por dia, que tivemos o pedido de oxigênio para Manaus e o envio de cloroquina. A presença dele é muito importante. Ele sabe o que pode surgir lá e está criando todas as formas de impedir.

Está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para votação após o recesso parlamentar, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 229/2019, que estabelece a licença parental compartilhada. 

De autoria da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), a proposta altera o inciso XVIII do artigo 7º da Constituição federal para determinar, ao invés da licença à gestante com a duração de 120 dias, a “licença parental compartilhada pelos genitores ou pelos que adotarem ou obtiverem guarda judicial para fins de adoção de criança, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 180 dias”.  

##RECOMENDA##

A proposta também revoga o inciso XIX do artigo 7° da Constituição federal, que estabelece a licença-paternidade, e o § 1º do artigo 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que estipula o prazo da licença-paternidade de cinco dias.

Na justificação, a autora destaca que a licença-maternidade e a licença-paternidade vigentes (com a grande diferença de tempo de licença entre mulheres e homens) expressa o conceito superado de que a responsabilidade pelo cuidado do bebê é principalmente da mulher. Além disso, para Eliziane, a atual diferença entre os períodos de licença para o pai (cinco dias) e mãe (120 dias) cria ainda uma disparidade entre os gêneros no mercado de trabalho. 

“É muito comum a mulher ser demitida após o seu retorno ao trabalho, o que interfere negativamente na sua carreira profissional, afeta significativamente sua remuneração e dificulta sua contratação”, afirma a autora da proposta.  

Ainda de acordo com a parlamentar, segundo estudo feito pela ONG Save the Children em 2015, os países considerados como os melhores para ser mãe possuem em suas legislações sistemas de licença-maternidade e paternidade mais flexíveis, onde se permite que as responsabilidades possam ser compartilhadas entre pai e mãe. Noruega, Finlândia, Islândia, Dinamarca e Suécia ocupam as primeiras cinco posições. 

“Aos poucos, vários países estão substituindo a licença-maternidade pela licença parental compartilhada, onde os pais decidem quem ficará com o filho e durante quanto tempo com cada um e, assim, permitir a igualdade na continuação das carreiras profissionais e maior convivência de ambos com o bebê. O sistema de licença parental compartilhada proporciona um desenvolvimento maior da autoestima e autocontrole nos filhos, tomando-as crianças e, futuramente, adultos menos impulsivos, com menor probabilidade de sofrer de depressão, e com comportamento social adequado” ressalta Eliziane.  

*Da Agência Senado

 

De autoria da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), a proposta de emenda à Constituição (PEC) 104/2019 proíbe a reedição, no mesmo ano, de decreto sustado pelo Congresso Nacional. Essa mesma vedação já vale para as medidas provisórias que são rejeitadas ou que perdem a validade.

Eliziane Gama avalia que a reedição de decretos, como aconteceu com a questão da posse e do porte de armas, é um desrespeito ao Congresso Nacional. "Estamos apenas tentando que o governo governe através de decretos", disse a senadora.

##RECOMENDA##

Contrário à proposta, o senador Major Olimpio (PSL-SP) alertou para o risco de cerceamento das prerrogativas do presidente da República caso a proposta seja aprovada.

*Da Agência Senado 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando