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Nos aproximamos dos 14 meses da pandemia em Pernambuco e uma dúvida em relação aos 13.967 mil mortos pelo vírus ainda gera receio. O prazo para transferência dos corpos se esgota e as consequências de desenterrar tantas vítimas da infecção susta. Por outro lado, o colapso do sistema funerário obriga a desocupação das covas para novos falecidos.

Antes mesmo da crise sanitária, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) já indicava que os corpos fossem exumados e colocados em urnas dois anos após o sepultamento. A retirada dos mortos pelo vírus pode até criar certo temor pelo medo de uma nova demanda de reinfecções, mas o biomédico Pablo Gualberto ressalta que é praticamente impossível os corpos contaminarem novas pessoas.

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"O vírus obrigatoriamente para sobreviver, ele precisa de uma célula viva para poder se replicar. Se ele não tiver uma célula, ele sobrevive por muito pouco tempo", explica. O especialista acrescenta que a falta de oxigênio faz com que a célula não consiga produzir energia, logo, sua sobrevivência "é coisa de minutos ou no máximo uma hora".

---> Colapso funerário obriga homem a enterrar a tia no Recife

Pablo indica que a transmissão da Covid-19 é muito rápida, tanto que ocorre principalmente quando expelimos gotículas na fala. Já a chance de contágio por meio de contato em superfícies e objetos, como o próprio caixão, é ainda menor. "Quando você coloca isso para dentro de uma realidade em casa, em que você tá sempre limpando ou que tem incidência de luz solar, isso já cai bastante, a sobrevivência desse vírus em si", pontua.

Mesmo assim, coveiros e funcionários das funerárias devem ficar atentos ao manejo dos corpos e seus fluídos, que ainda podem transmitir a doença por apenas alguns dias. "No cadáver a gente pode ter fluidos, por exemplo, saliva, secreções e até o próprio sangue. Esses fluidos sim podem levar risco. Por isso os enterros são isolados”, complementa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) quer acabar com a malária em 25 países até 2025, entre eles Honduras, Guatemala e Panamá, graças a uma nova iniciativa lançada nesta quarta-feira (21).

"A iniciativa E-2025 fornecerá um apoio a esses países no último desafio para eliminar a malária", explicou a organização em um comunicado, às vésperas do dia mundial dedicado a combater esta doença que mata todo ano centenas de milhares de pessoas.

Oito novos países serão adicionados à lista dos 17 que já participavam desta campanha, mas que não conseguiram eliminar a doença. São eles: Guatemala, Honduras, Panamá, República Dominicana, Coreia do Norte, São Tomé e Príncipe, Tailândia e Vanuatu.

Entre as outras nações que já estavam no programa destacam-se África do Sul, Arábia Saudita, México, Costa Rica, Equador e Coreia do Sul.

Algumas delas não registraram nenhum caso local de malária, mas não pediram a certificação oficial da OMS como país isento da doença.

Em 2019, o número de novos casos chegava às 229 milhões de pessoas, um número relativamente estável nos últimos quatro anos. Desde 2018, as mortes se mantêm em cerca de 400.000 por ano. Dessas, 90% ocorrem na África, onde mais de 265.000 crianças morreram devido a esta doença em 2019.

Conseguir erradicar a malária "se deve principalmente à vontade política de acabar com a doença em um país onde é endêmica", afirmou o médico Pedro Alonso, responsável pelo combate à malária na OMS.

Segundo as estatísticas da instituição, no mundo há 87 países afetados pela malária, 46 deles declararam menos de 10.000 casos em 2019, contra os 26 em 2000.

O deputado Schiavinato (PP-PR) morreu na noite desta terça-feira (13), aos 66 anos, vítima de Covid-19. Ele estava internado em um hospital em Brasília. É o primeiro deputado federal em exercício a falecer em decorrência da doença.

Jose Carlos Schiavinato estava seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados. Ele era membro titular da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, tendo integrado também as comissões especiais de Política de Mobilidade Urbana e da PEC 391/17, que aumenta repasses para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Foi ainda integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, que funcionou entre março e outubro de 2019.

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Engenheiro civil formado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi deputado estadual no Paraná (2015-2018) e prefeito de Toledo (PR) por dois mandatos (2005-2012). Era natural de Iguaraçu (PR).

*Da Agência Câmara de Notícias

A satisfação de vencer a Covid-19 muitas vezes precede um quadro de sequelas que acompanha o paciente por toda a vida. Em entrevista ao LeiaJá, a infectologista Fabiana Gonzaga, do Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP), conta que já atendeu pessoas que desenvolveram problemas renais e até mesmo cardíacos, e comentou sofre o tratamento dos recuperados.

“Um paciente que supera uma infecção grave e, muitas vezes aguda, a gente acreditava que aquilo era suficiente. Hoje a gente percebe que o ‘pós-Covid’ também traz sequelas, limitações e pode até ter uma evolução grave”, alerta a médica do HCP.

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Em sua rotina de atendimento na pandemia, ela diz que já recebeu pacientes que venceram o vírus - tanto em casos leves, quanto nos mais complicados - e hoje se queixam de fadiga, falta de disposição, muitas dores musculares e articulares, e uma dor de cabeça persistente.

Pacientes tornaram-se diabéticos ou dialíticos após a contaminação

Contudo, sequelas mais graves, e até mesmo crônicas, foram identificadas pela classe, que ainda convive com a incerteza sobre as consequências do vírus.

“O que a gente tem visto em literatura e com alguns especialistas é que já existem outras complicações até mais graves. Por exemplo, pacientes que permaneceram com distúrbio renal e que precisaram ficar dialíticos. Pessoas que não eram diabéticas e ficaram por conta da infecção, alguns pacientes desenvolveram problemas cardíacos, e pulmonares, com falta de ar persistente”, relata.

Além da boa alimentação e do exercício físico

Para o tratamento, a infectologista lembra que cada caso deve ser individualizado por um especialista, que atenda à condição clínica do paciente e prescreva exames específicos. “A gente não pode colocar isso apenas numa reposição de suplemento vitamínico porque talvez não seja necessariamente apenas isso. É uma coisa muito mais complexa do que apenas recomendar uma boa alimentação e atividade física, porque as vezes o paciente não tem nem condição disso”, indicou.

No caso das sequelas pulmonares, Fabiana sugere exames de imagem e sopro para que uma medicação específica possa ser indicada -como bombinhas bronco dilatadoras, por exemplo-, junto com fisioterapia respiratória ao longo do processo de recuperação.

Desse modo, dores musculares devem ser aliviadas com terapia motora, acompanhada por um profissional clínico e de Educação Física. Já dores articulares devem ser avaliadas por um reumatologista ou ortopedista.

A pandemia do coronavírus provocou ao menos 2.929.563 mortes no mundo desde que o escritório da OMS na China notificou a aparição da doença em dezembro de 2019, segundo um balanço estabelecido pela AFP neste domingo (11) às 7h no horário de Brasília, com base em fontes oficiais.

Desde o início da epidemia, mais de 135.360.240 pessoas contraíram a doença. A grande maioria dos infectados se recupera, mas uma parte ainda mal avaliada conserva os sintomas durante semanas ou inclusive meses.

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Os números se baseiam nos relatórios comunicados diariamente pelas autoridades de saúde de cada país e excluem as correções realizadas posteriormente pelos diferentes organismos, como na Rússia, Espanha e no Reino Unido.

Neste sábado, o mundo registrou 12.860 novas mortes e 703.283 casos. Os países que registraram mais óbitos segundo os últimos balanços oficiais são Brasil com 2.616, México (2.192) e Índia (839).

A quantidade de mortos nos Estados Unidos totaliza 561.783 por 31.151.493 contágios.

Depois dos Estados Unidos, os países com mais vítimas mortais são Brasil, com 351.334 mortos por 13.445.006 casos, México com 209.212 mortos (2.278.420 casos), Índia com 169.275 mortos (13.358.805 casos) e o Reino Unido com 127.080 mortos (4.368.045 casos).

Entre os países mais afetados, a República Tcheca registra a maior taxa de mortalidade, com 260 mortes a cada 100.000 habitantes, seguida pela Hungria (240), Bósnia (222), Montenegro (217) e Bulgária (206).

Neste domingo às 07h00 (Brasília) e desde o início da epidemia, a Europa somava 995.904 mortes (46.239.235 casos), América Latina e Caribe 829.491 (26.155.031), Estados Unidos e Canadá 585.064 (32.202.350), Ásia 284.283 (19.440.404), Oriente Médio 118.368 (6.940.672), África 115.448 (4.342.503) e Oceania 1.005 (40.053).

Desde o começo da pandemia, a quantidade de testes realizados aumentou consideravelmente e as técnicas de rastreamento melhoraram, provocando um aumento dos casos declarados.

No entanto, a quantidade de casos diagnosticados reflete apenas uma parte do total de contágios, já que os casos menos graves e assintomáticos continuam sem serem detectados.

Este balanço foi realizado com dados das autoridades nacionais coletados pelos escritórios da AFP e com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Devido às correções das autoridades ou à publicação tardia dos dados, o aumento dos números publicados em 24 horas pode não corresponder exatamente com os números do dia anterior.

Fernando de Noronha confirmou mais dois casos da Covid-19 e se aproxima das 600 notificações, destaca o boletim dessa quarta-feira (31). Com apenas duas mortes desde o início da pandemia, a ilha acomoda seis pacientes em quarentena.

Sem entrar no novo decreto restritivo de Pernambuco que se flexibiliza nesta quinta (1º), Noronha totaliza 594 casos da infecção, divididos entre 512 contaminações locais e 82 consideradas importadas. A Administração também calcula que 586 pessoas já tenham se recuperado do vírus.

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Um homem de 46 anos com Covid-19 fugiu de hospital e invadiu um supermercado por medo de ser intubado. O caso ocorreu em Catanduva-SP na última quinta-feira (25). As informações são do G1.

O paciente fugiu pela janela do quarto do hospital e pulou a grade de proteção. Segundo o delegado do 1º Distrito Policial, Amauri César Pelarin, o homem estava bastante assustado com o procedimento que receberia.

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Nas redes sociais, circulou a informação de que o paciente teria cuspido e contaminado produtos no supermercado. O delegado negou essa versão. "O homem ficou acuado e tentou se esconder no supermercado. Realmente só estava muito resistente para voltar ao hospital", disse.

O paciente foi contido pela Polícia Militar e levado de volta ao hospital. Em nota, o supermercado confirmou o ocorrido e disse ter adotado todos os procedimentos de segurança conforme protocolos dos principais órgãos de saúde. O Hospital Unimed São Domingos, de onde ele fugiu, declarou que os profissionais deram todo suporte à ocorrência e que o homem já se encontra novamente internado.

No mês de março é realizada a campanha Março Azul-Marinho, que busca alertar as pessoas sobre a importância da prevenção e do diagnóstico do câncer colorretal, um dos problemas mais diagnosticados no Brasil. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam para o surgimento de 41 mil novos casos da doença por ano, entre 2020 a 2022.  

Segundo a médica Amanda Gomes, oncologista clínica do Centro de Tratamento Oncológico (CTO), em Belém, a doença costuma afetar pessoas acima dos 50 anos, porém a situação tem mudado nos últimos anos, com o aumento do surgimento da doença em pessoas jovens. “Estudos recentes apontam um aumento desse tipo de câncer em adultos jovens, entre os 20 e os 39 anos", afirmou.

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Pesquisas revelam que, em comparação com a década de 1950, por exemplo, adultos jovens nascidos nos anos de 1990 têm um risco duas vezes maior de câncer de colo e quatro vezes maior de câncer de reto, informa a ocologista.

Na região Norte, a doença é uma das que mais atingem seus habitantes. Para 2021, a previsão é de surgimento de mais de 1.100 casos novos. No Pará, estima-se o surgimento de cerca de 470 novos casos.

A médica explica também que a doença não apresenta sintomas em seu estágio inicial, mas com o aumento do tumor, ao longo do tempo, pode provocar o surgimento de sangue nas fezes.

“Pode ocorrer também alteração no hábito intestinal, diarreia, intercalada com prisão de ventre. Geralmente acompanhado também de uma alteração na forma das fezes, que passam a ficar finas e compridas ou então no formato de bolinhas. Associam-se a isso dor e desconforto abdominal. E o sangramento leva também à fraqueza. Como outros tipos de câncer, o câncer do colo e do reto também pode causar uma perda de peso sem causa aparente”, disse a oncologista.

Amanda Gomes ressalta ainda que mudanças no estilo de vida são fundamentais para evitar o surgimento da doença. “Com relação à dieta em geral, uma alimentação rica em vegetais, frutas e grãos integrais e também pouca carne vermelha e de preferência sem carnes processadas estão associados a um menor risco de câncer colorretal. Embora não esteja claro quais são os fatores mais importantes, alguns estudos mostram a ligação entre carnes vermelhas e carnes processadas com o aumento do risco de câncer colorretal”, finalizou a médica.

Por Erick Baia.

 

 

No Dia Mundial de Combate à Tuberculose, lembrado hoje (23), o epidemiologista Paulo Victor Viana, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), disse à Agência Brasil que a situação da doença tem gerado bastante preocupação desde o ano passado, devido à pandemia do novo coronavírus. O combate à tuberculose apresentou avanços na última década no país, com redução do número de casos e da incidência, além da diminuição da proporção de abandono ao tratamento.

O dia 24 de março foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para celebrar o combate à tuberculose, em alusão à data em que Robert Koch anunciou a descoberta do Mycobacterium tuberculosis, agente causador da doença, em 1882. Neste dia de mobilização global, são intensificadas as ações contra a doença, de informação e conscientização da população sobre os efeitos negativos para a saúde e também na área socioeconômica.

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Lotado no Centro de Referência Professor Hélio Fraga, da Fiocruz, considerado referência para pesquisas, tratamento e diagnóstico da tuberculose, Paulo Victor Viana avaliou que todas as medidas restritivas, de lockdown, isolamento social, de certa forma podem ter desencorajado alguns pacientes a seguir o tratamento, com medo de contágio pela covid-19. Os dados sobre o comportamento da tuberculose na pandemia devem ser divulgados pelo Ministério da Saúde, adiantou.

Ele afirmou que em outros países já existem sinais evidentes de que houve diminuição grande de pacientes que iniciaram tratamento para tuberculose e não continuaram, por causa das medidas de distanciamento. “Isso é muito preocupante, porque são pessoas que estão com a tuberculose ativa e podem transmitir na comunidade. Se não receberem o tratamento adequado no tempo oportuno, podem até vir a falecer, por complicações da doença”. Uma questão que está sendo investigada, segundo o pesquisador, é como a covid afetou os pacientes de tuberculose.

De acordo com a OMS, houve redução de 25% de testes diagnósticos para tuberculose. Como os exames de escarro e broncofibroscopia (BFC) foram suspensos em função do risco de infecção, a estimativa de aumento da mortalidade é de 13%. A campanha de combate à tuberculose deste ano, promovida pela OMS, tem como tema “O tempo está passando”. A campanha pede mais comprometimento dos líderes governamentais e da iniciativa privada por meio de ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e incentivo à pesquisa para erradicar a doença até 2030, informou a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

No cenário atual, essa meta foi considerada pouco provável de ser atingida pelo pesquisador da Fiocruz. Como profissionais de saúde que atendiam pacientes com tuberculose foram deslocados para atendimento à covid-19, Viana comentou que a tuberculose ficou descoberta. “É um desafio muito grande. No atual cenário, é muito improvável conseguir atingir essa meta de acabar com a doença até 2030”. Segundo ele, isso se deve aos avanços que foram perdidos, à falta de investimentos em medicamentos e vacinas eficazes. “A vacina que temos hoje, a BCG, é uma vacina de 100 anos atrás, que só protege contra formas graves de tuberculose. Nada de novo foi criado para tuberculose”, afirmou. Também a questão econômica que afeta vários países, entre eles o Brasil, terá efeitos no controle da tuberculose.

Dados de 2019 revelam que a infecção atinge em torno de 10,4 milhões de pessoas por ano no mundo e quase 490 mil têm tuberculose multirresistente aos medicamentos. No Brasil, a doença é considerada muito prevalente, em especial nos estados do Amazonas e Rio de Janeiro. O pesquisador explicou que isso se deve ao fato de esses dois estados apresentarem características semelhantes de população, com desigualdades socioeconômicas grandes. “E a tuberculose está intimamente ligada a isso, à pobreza, às péssimas condições de moradia. É um ambiente propício para o desenvolvimento da tuberculose. Nesses dois estados, isso é muito marcante”.

Em 2019, foram detectados 77 mil casos novos no Brasil, com registro de 4,5 mil mortes por tuberculose, segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.

As pessoas têm de ficar atentas aos sintomas da tuberculose que podem ser confundidos com os da covid-19. “São duas doenças respiratórias transmitidas pelo ar, uma por bactéria e outra por vírus”. Quando uma pessoa é contaminada por uma dessas duas doenças, acaba tendo sintomas semelhantes: febre, dor no peito, tosse persistente por mais de três semanas, desconforto respiratório, cansaço.

Paulo Victor Viana lembrou que a doença tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “É uma doença evitável, tem medicamento. Se o paciente seguir à risca os seis meses de tratamento, é uma doença que tem cura em 95% a 97% dos casos”.

A recomendação é que as pessoas que suspeitam estar com a tuberculose e aquelas que têm a doença procurem o diagnóstico e conversem com os profissionais de saúde, tomando todas as precauções, como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento.

Viana considerou que há risco de a tuberculose permanecer atuando no mundo ainda por algumas décadas se não houver investimento em pesquisas. Para ele, se forem descobertos novos medicamentos para o tratamento e uma vacina que evite o adoecimento, isso pode ser evitado. “Há a questão social que está ligada. É preciso diminuir as desigualdades sociais. Isso vai ajudar bastante no combate à tuberculose”. Sem essas premissas, ele considera difícil erradicar a doença do mundo até 2030.

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) apoia a estratégia da OMS para acabar com a tuberculose até 2030. Essa estratégia inclui diagnosticar e tratar 40 milhões de pessoas com tuberculose em 2022, abrangendo 3,5 milhões de crianças e 1,5 milhão de pacientes com a doença multirresistente; oferecer programas de prevenção para as 24 milhões de famílias de pessoas que contraíram a infecção; e investir cerca de US$ 13 bilhões por ano nos esforços para conter a tuberculose, incluindo US$ 2 bilhões para a pesquisa. 

Ativo em seus 115 anos de idade, o homem mais velho de Paulista, município da Região Metropolitana do Recife (RMR), foi vacinado contra a Covid-19 por volta das 10h desta terça-feira (23). Pai de 25 filhos e em seu segundo casamento, seu Antônio conta que estava ansioso pela dose e não vê a hora de voltar à rotina agitada de passeios.

Natural de São Joaquim do Monte, no Agreste de Pernambuco, Antônio Manoel da Silva ganhou a vida com a força do trabalho na roça, o que lhe garantiu uma saúde de ferro e a lucidez que ultrapassou seu centenário. "Tô bem. Tô só esperando chegar a vacina, já que a gente não pode ir para o posto", afirmou o idoso.

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 Atualmente no bairro de Maranguape II, o idoso divide a casa apenas com a esposa, de 60, mas diariamente recebe a visita de um dos 25 filhos. Ele completou 115 anos no último dia 10 de janeiro e celebrou ao lado de alguns familiares. "Ele só falava nessa vacina [...] é uma maravilha, eu tenho fé em Deus", destacou a nora Lucicleide do Nascimento.

"Pensa que meu sogro fica preso dentro de casa é? Meu sogro tá preso dentro de casa por causa desse maldito vírus", afirmou a nora, que descreveu o dia a dia movimentado de seu Antônio antes da pandemia. "Ele tava agoniado porque gosta de sair. Ele gosta de tá preso não. Ele passeia muito, vai na praia, vai para posto. Ele resolve tudo para minha sogra, resolve coisa de médico para ela. Ele vai para mercado, gosta de ir para a cidade".

Detentor de uma memória saudável, ele conta que jamais teve uma carteira de trabalho assinada e começou a trabalhar ainda jovem, como agricultor. Em seguida, foi para o município de Caruaru, onde prestou serviço como jardineiro para Prefeitura. "Nunca trabalhei fichado não. Naquele tempo não existia documento e eu trabalhava lá na Prefeitura de Caruaru, eu era jardineiro e eles pagavam a diária ou por semana", recorda.

Lucicleide conta que a própria Prefeitura de Paulista entrou em contato com a família para evitar que o sogro se deslocasse até um posto de saúde e ficasse vulnerável à infecção. A gestão disponibilizou o site www.agendamentovacinapaulista.com.br. para cadastro da aplicação em um dos sete pontos de vacinação da cidade.

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) divulgou, neste domingo (21), que foram registrados no Estado, nas últimas horas, 1.016 casos de Covid-19. Desse total, cerca de 10% são Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), e os demais, leves.

Pernambuco também registrou, neste domingo, 23 novas mortes em decorrência do novo coronavírus. As vítimas tinham idades de 46 a 90 anos. O Estado soma, agora, 330.649 casos confirmados da Covid-19 e o número de óbitos passa de 11 mil.

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Vacinação

De acordo com a SES-PE, foram aplicadas 694.543 doses da vacina contra o novo coronavírus, sendo 508.799 primeira dose. “Ao todo, foram feitas a primeira dose em 188.018 trabalhadores de saúde; 24.466 povos indígenas aldeados; 6.097 idosos em Instituições de Longa Permanência; 41.256 idosos de 70 a 74 anos; 78.764 idosos de 75 a 79 anos; 85.789 idosos de 80 a 84 anos; 83.542 idosos a partir de 85 anos; além de 867 pessoas com deficiência institucionalizadas”, detalhou a pasta.

No que diz respeito à segunda dose da vacinação, “já foram beneficiados 139.042 trabalhadores de saúde; 23.230 povos indígenas aldeados; 4.335 idosos institucionalizados; 94 idosos de 70 a 74 anos; 63 idosos de 75 a 79 anos; 17.425 idosos de 80 a 84 anos; 932 idosos a partir de 85 anos e 623 pessoas com deficiência institucionalizadas; totalizando 185.744 pessoas que já finalizaram o esquema”.

Mãe e filha morreram de Covid-19 no intervalo de um dia em Itabira-MG. A primeira a falecer foi a professora Gisele Andrade Félix, de 53 anos. No dia seguinte morreu a mãe dela, Gemima Andrade Félix, 72. As informações são do G1.

A família acredita que Gemima se infectou ao ir à festa de aniversário das bisnetas. Ela se mantinha em isolamento social, mas decidiu abrir uma exceção. 

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Dias depois da festa, mãe e filha começaram a apresentar sintomas. Gemina se recuperava em casa, enquanto Gisele precisou ser internada com falta de ar. 

A professora foi intubada em 1º de março e morreu no dia 3. Gemima foi internada na mesma UTI e no mesmo dia da filha. No dia 4, ela não resistiu e morreu.

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), lançou na quinta-feira (11) as ações do Março Lilás. Com o tema "Autocuidado: todos juntos na prevenção do câncer", a campanha tem o objetivo de alertar as mulheres sobre a prevenção e controle do câncer de colo do útero.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de colo uterino, também chamado de cervical, é o único prevenível e a prevenção está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus humano (HPV).

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Segundo a médica Bianca Lastra, assistente em oncologia no Centro de Tratamento Oncológico (CTO), o câncer não tem sintomas no início. Os sinais aparecem quando a doença já está instalada e com certo grau de desenvolvimento.

“O diagnóstico é feito de forma muito simples pelo exame Papanicolau. O exame nada mais é do que a análise da secreção vaginal. Mulheres com vida sexual ativa devem fazer anualmente este exame. Ele é responsável por detectar o vírus e pode ser feito nas redes pública e privada por profissionais habilitados”, informou a médica.

A melhor forma de se prevenir do vírus é com a vacinação contra o HPV. Segundo a Coordenação Estadual de Imunizações, em 2020, a meta era atingir 80% da cobertura total, porém esse número não chegou a ultrapassar os 50%. A vacina está disponível nas Unidades Básicas de Saúde para as meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos de idade.

Em 2020, 201 novos casos foram diagnosticados no Pará. A estimativa para este ano é que ocorram cerca de 720 novos casos de câncer de colo de útero no Estado, previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Por Ana Vitória Melo e Matheus Oliveira.

 

 

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Há um ano do primeiro diagnóstico, Pernambuco viu a pandemia da Covid-19 abreviar 11.357 histórias, destruir a saúde mental e financeira de parte da população, obrigar medidas restritivas, fechar escolas e fragilizar a condição de comerciantes. Apesar de não ser mais novidade, o Governo do Estado esbarra na falta de empatia dos que ainda desrespeitam as normas de proteção, e traça uma corrida por vacinas e leitos de UTI diante do iminente colapso na rede de Saúde.

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Nesta sexta-feira (12), Pernambuco completou um ano desde o primeiro contato com o vírus e acumula 316.424 notificações em todo seu território. Com mais de 1.000 confirmações diárias, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) observa uma aceleração acentuada da doença, que ocupa 95% dos leitos de UTI distribuídos na região.

"O vírus está com uma aceleração recorde, que pode tornar-se, a qualquer momento, superior à nossa capacidade de abrir leitos. Por isso meu recado é que, ou todos cooperam, ou vai faltar leito para quem precisa, o que vai provocar a perda de vidas", ressaltou o secretário de Saúde André Longo ao pedir mais uma vez para que todos usem máscara de proteção corretamente, higienizem as mãos com frequência e mantenham o distanciamento social.

Mesmo sem medicação eficaz, 268.696 se recuperaram da infecção em Pernambuco, mas o índice otimista não deve iludir para a gravidade da situação. "A pandemia, infelizmente, ainda não acabou e os próximos dias tendem a ser muito graves. Por isso, neste momento, cada atitude vai contar para conseguirmos salvar mais vidas”, acrescentou em coletiva de imprensa virtual.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) monitora a ampliação de leitos e entende a dificuldade do Governo na questão. "A gente não vai conseguir colocar a mesma quantidade de leitos de UTI, a quantidade de pessoas contaminadas. Isso é impossível", indicou o procurador-geral do MPPE Paulo Augusto de Freitas Oliveira. Na sua opinião, a melhor estratégia é conscientizar a sociedade, sobretudo os jovens "que têm mais procurado o serviço", para evitar um eventual lockdown.

Em contato com o governador Paulo Câmara (PSB) e com o comitê estadual de enfrentamento ao novo coronavírus, o gestor do MPPE revelou que "tem uma programação para ampliar a questão de leitos. O governador sinalizou que tem uma previsão de, no mínimo, 50 por semana até o final de março". Atualmente, a Central de Regulação de leitos possui 2.192 postos na rede pública, sendo 1.151 de UTI.

Ele aponta que ainda não há expectativa para oficializar uma medida mais rígida de controle da doença. Contudo, apoia o lockdown caso as taxas do vírus avancem. "Se houver necessidade de mais prazo para diminuir essa pressão no sistema de saúde, nós vamos apoiar", garantiu.

Questionado sobre a possibilidade de abertura dos leitos de UTI reservados às Forças Armadas, Paulo Augusto de Freitas Oliveira disse que não percebeu nenhuma mobilização dos demais MPs pelo uso dos leitos do Ministério da Defesa. No entanto, esclarece que a responsabilidade de pleitear a medida com o Governo Federal é do procurador-geral da República Augusto Aras. Procurada pelo LeiaJá, até o momento desta publicação, a pasta não se posicionou sobre a oferta de postos, nem se estuda disponibilizá-los à população.

Relembre o avanço da Covid-19 em Pernambuco

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A orientação aos procuradores do MPPE é acionar a Polícia Militar, a Vigilância Sanitária e as guardas municipais para coibir episódios de desobediência de parte da população. "Um ponto que tem chamado atenção são as festas clandestinas, principalmente na periferia e na Zona Rural. Tem gente fazendo até festa de casamento de chácara", relatou o líder do MPPE. "O mais importante é intensificarmos a fiscalização quanto às medidas restritivas. A questão de cumprimento de horários das atividades não essenciais estarem fechadas", frisou.

O Governo de Pernambuco calcula que já aplicou 575.173 doses de imunizantes nos grupos prioritários. Desses, apenas 155.741 finalizaram o ciclo com a segunda dose. Enquanto o processo é retido pela descoordenação federal, na última semana o estado registrou uma disparada de 19% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em apenas 15 dias. Nas duas últimas semanas, o pedido por leitos de UTI aumentou em 17%, já de enfermaria em 32%.

Apesar de não ser um problema jurídico e sim sanitário, o procurador-geral do MPPE lembra que o direito à Saúde é constitucional e cabe ao Estado garantir "esse direito a todo cidadão, independente de qualquer ideologia".

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"Nos últimos dias, temos uma tendência de ainda mais agravamento, com solicitações de vagas chegando ao mesmo patamar de maio do ano passado. A diferença é que temos agora uma rede de UTI muito mais robusta, que está conseguindo, até o momento, suportar a pressão. Mas estamos próximos ao limite", avaliou o secretário de Saúde.

Ainda de acordo com André Longo, há a expectativa de abrir mais 100 leitos de UTI na capital, no Agreste e no Sertão até o fim desta semana. As vagas do Recife seriam divididas entre 20 destinadas ao hospital de referência de Boa Viagem, 10 para o Evangélico, 10 para o Eduardo Campos da Pessoa Idosa, 10 para o Otávio de Freitas, 20 para o Cesac Prado, 2 para o Real Hospital Português. Em Caruaru, o Mestre Vitalino receberia 10 leitos e em Petrolina, o hospital universitário receberia oito.

José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, vem sofrendo a anos por uma doença bem comum de boxeadores, encefalopatia traumática crônica. E recentemente descobriu uma nova forma para tratar a doença: medicina canábica.

Com pequenas doses diárias da popular planta conhecida como maconha o tratamento vem dando resultado e o ex-boxeador vem voltando a ter qualidade de vida. A doença é crônica, degenerativa, progressiva e irreversível, causada geralmente por repetidos golpes na cabeça e também é conhecida como Síndrome Boxer, tendo como sintomas perda de memória, mudanças de personalidade e alterações motoras semelhantes a doença de Parkinson, onde há um tremor das mãos por exemplo.

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A doença começou a se manifestar em Maguila a partir da agressividade, fora dos ringues, o boxeador sempre foi muito risonho e estava deixando de ser e com o passar dos anos, se tornou ausente, lento, esquecido e preguiçoso. Mas por ter momentos de pico, hora estava bem, hora estava o inverso. Por conta desses fatores, seu médico, o neurologista Renato Anghinah, sugeriu optar pelo canabidiol, para tentar trazer benefícios no sentido da qualidade de vida, pois deixa uma sensação de bem-estar maior. Desde então, Maguila diariamente consome algumas gotas do óleo de canabidiol isolado, excluindo as moléculas de THC (tetrahidrocanabinol) que é o que faz a pessoa “viajar” com o uso da canabis.

A maconha já é utilizada no tratamento de outras doenças, epilepsia, autismo e até ansiedade, por exemplo.

 

O Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana realizaram um ato, na manhã desta terça-feira (9), no Terminal da Macaxeira, na Zona Norte da capital. A categoria cobra que os rodoviários sejam considerados grupo prioritário para a vacina contra a Covid-19.

"A categoria rodoviária está exposta ao contágio da Covid-19 por se tratar de profissionais que estão na linha de frente", disse o presidente do sindicato, Aldo Lima. O sindicato contabiliza 20 rodoviários mortos em decorrência da Covid-19, entre eles profissionais recém-demitidos.

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Além da vacinação imediata da categoria, o grupo pede o retorno dos cobradores desligados, 100% da frota nas ruas e distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). 

Durante o ato nesta manhã, os rodoviários discursaram para os usuários de ônibus. Eles carregavam cartazes com o rosto de profissionais que morreram de Covid-19. 

O Governo de Pernambuco alertou a população pelo agravamento da condição epidemiológica no estado. Nesta sexta-feira (5), a Administração revelou o aumento dos casos graves da Covid-19 e o disparo de pedidos por leitos. Ao todo, o estado totaliza 11.09 mortes em razão da infecção.

Entre os dias 21 e 27 de fevereiro, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em 14%. Com o avanço do vírus no estado, pela primeira vez no ano, a Central de Regulação de Leitos recebeu mais de 1.000 solicitações por vagas em uma semana. Os dados atualizados apontam a taxa de ocupação de 94% nas UTIs e 79% em enfermarias.

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Segundo a gestão, 1.074 pacientes com quadro respiratório grave precisaram de internamento. 619 em UTIs e 455 em leitos de enfermaria. A taxa equivale a um acréscimo de 17% nos pedidos por UTI em relação à semana anterior, que registrou 916 solicitações.

O crescimento entre as duas semanas foi de 24,7% e de 8,3% nos pedidos por vagas em enfermaria. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), até essa quinta (4), Pernambuco já confirmou 304.732 contaminações da doença, sendo 32.722 graves e 272.010 leves.

"O Governo de Pernambuco reconhece como grave a atual situação da pandemia em todo o país e afirma que é fundamental a colaboração da população no respeito às ações restritivas. Isso, aliado ao avanço da vacinação, será capaz de minimizar a aceleração da doença", publicou o Governo em sua página oficial do Instagram.

Dois casos da doença de Haff foram identificados em fevereiro em Pernambuco. A síndrome é chamada popularmente de “doença da urina preta”. Na terça-feira (2), a veterinária Priscyla Andrade, de 31 anos, morreu em um hospital do Recife.

A irmã da profissional, Flávia Andrade, também foi internada no hospital da capital pernambucana, mas se recuperou e já está em casa. As duas comeram um peixe da espécie arabaiana, conhecido como “olho de boi”.

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A doença que acometeu as duas mulheres é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes e crustáceos. A substância gera danos no sistema muscular e em órgãos como rins.

Ela se constitui em um tipo de rabdomiólise, nome dado para designar uma síndrome que gera a destruição de fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro das fibras (como eletrólitos, mioglobinas e proteínas) no sangue.

O nome foi dado em razão da descoberta da doença em um lago chamado Frisches Haff, na região de Koningsberg em 1924. O território, à beira do Mar Báltico, pertencia à Alemanha, mas foi incorporado à Rússia posteriormente, constituindo um enclave entre a Polônia e a Lituânia.

A doença de Haff gera uma rigidez muscular. Além disso, frequentemente ocorre como consequência o aparecimento de uma urina escura em função da insuficiência renal, razão pela qual essa expressão é utilizada para se referir à enfermidade.

Em artigo sobre a doença, médicos do Hospital São Lucas Copacabana explicam que ainda não houve confirmação sobre a natureza da toxina constante nos peixes cuja ingestão provocou a doença. Em alguns livros, ela está associada ao envenenamento por arsênico.

A dificuldade está no fato de que a toxina não tem nem gosto nem cheiro específicos, o que torna mais complexa a sua percepção. Ela também não é eliminada pelo processo de cocção do peixe.

Nos relatos registrados ao longo dos anos, pessoas acometidas da doença ingeriram diferentes tipos de peixe, como salmão, pacu-manteiga, pirapitinga, tambaqui, e de diversas famílias, como Cambaridae e Parastacidae. 

Assim como no caso das irmãs do Recife, outros casos da doença registrados por estudos se manifestaram por meio de dores abdominais poucas horas após a ingestão de peixes que estavam com a toxina.

Em um ano de contágio completo nesta sexta-feira (26), a pandemia da Covid-19 persiste no Brasil em um legado de angústia que modificou toda a realidade mundial. Com impactos contundentes em todos os âmbitos sociais, seus reflexos discorrem na crise econômica e na crise psicológica, provocada pelo sentimento de incapacidade. Entes queridos se foram, só no Brasil 251.661 histórias foram abreviadas. À frente da incerteza quanto ao fim da pandemia, o chefe de Infectologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Demétrius Montenegro, avaliou os fatores em torno do vírus no país.

Nas últimas 24h, o Brasil bateu o recorde de mortes diárias com 1.582 ocorrências. Mais 67.878 casos foram confirmados e 10.393.886 infecções no total, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa. “Talvez o pior momento esteja por vir. Pode acontecer uma mutação que modifique o comportamento do vírus e essa é a grande preocupação [...] é muito incerto dizer que em 2022 a gente vai tá em uma situação tranquila”, projetou ao comentar sobre a ameaça da variante P1 identificada em Manaus, e outras duas cepas do Reino Unido e da África do Sul.

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Ele revela que teve as expectativas superadas pelo alto potencial de contágio que fez a doença sair rapidamente da China. “Primeiramente é uma questão emocional, devido a gente tá diante de um desconhecido até então, em que não sabíamos a real proporção do seu comprometimento”, pontuou Demétrius.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que já foram notificados 111.999.954 casos e 2.486.679 vítimas fatais da infecção. Mesmo após um ano de convívio, o Brasil ainda bate mais de 1.000 mortes diárias e acumula 10.393.886 casos. “É um estresse contínuo desde o início, mas a gente ainda tá em um momento muito difícil, que é a questão da obscuridade. Muita gente fazendo propagandas milagrosas e jogando, de certa forma, alguns pacientes contra os médicos que querem fazer medicina baseada em evidência”, critica.

João de Lima/LeiaJáImagens

Envolta por um clima de tensão, os contrastes da Covid-19 no Brasil fizeram os profissionais da saúde serem aplaudidos e em seguida de ataques. Fez o lançamento de hospitais de campanha serem comemorados e depois condenados por casos de superfaturamento e corrupção. O desrespeito à vida por parte dos gestores interferiu desde a compra de materiais hospitalares à aquisição de respiradores de uso veterinário.

O infectologista descreveu a rotina desgastante, que vai além da própria luta pela recuperação dos pacientes. “Às vezes os pacientes se internam já querendo fazer esse tratamento precoce. Para mim, uma situação bem mais confortável é quando eles se internam depois de ter feito o tratamento precoce. Até porque ele já fez, viu que não adiantou nada e não vai ter mais nenhum tipo de pressão para fazer algo sem evidência científica”, comentou.

Para Demétrius, a disparada dos índices poderia ter sido evitada caso os brasileiros tivessem se comprometido com as medidas comprovadas de enfrentamento, como o distanciamento social, o uso de máscara de proteção e reforço à higiene das mãos. “A gente viu muito as pessoas se lamentando porque não teve carnaval, mas o mundo tá vivendo um momento muito crítico que, infelizmente, o número de mortos não está mais causando impacto na população. Parece que houve uma acomodação. Não faz diferença se morreram 100 ou 250 mil. Isso é muito triste”, lamenta.

Em um cenário sufocante, as vítimas graves se enfileiram por uma vaga. Antes desconhecidas, elas passaram a ser pessoas próximas. A irresponsabilidade das recorrentes aglomerações, mesmo com medidas restritivas imposta pelos governadores e prefeitos, fez com que parte da rede de saúde pública entrasse em colapso. “O que a gente tinha de leito no serviço de saúde não era compatível para a assistência e você fica angustiado com essa falta de leitos e pessoas morrendo”, pontuou. Sem direito a enterrar o próprio parente, a crise sanitária estabeleceu uma sequela permanente: a saudade.

 A busca pelo benefício que garantiu a sobrevivência de muitas famílias foi caracterizada por longas filas e a lentidão no atendimento da Caixa. Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Neste momento, os estabelecimentos considerados não-essenciais já haviam suspendido as atividades e a economia praticamente foi travada. Após movimentação na Câmara dos Deputados, o benefício do auxílio emergencial foi instituído através de pagamentos mensais, inicialmente de R$ 600 e R$ 1.200, pela Caixa Econômica Federal. Para implementar a iniciativa que chegou a atender mais de 65 milhões de brasileiros, cerca de R$ 293 bilhões foram investidos.

Escolas acompanharam a recomendação de isolamento e se desdobraram para concluir o ano letivo de forma remota. As limitações também fizeram com que 2020 fosse o ano do primeiro Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital, com 101.100 inscrições. Ao todo, 6,1 milhões de estudantes se cadastraram, mas a edição contabilizou a maior abstenção da história, com a ausência de 5.523.029 inscritos na versão impressa.

Apesar do planejamento contra o vírus ser indispensável para a queda de taxas, o infectologista ressaltou a responsabilidade do Ministério da Saúde, em nome do Governo Federal, que deveria estar mais engajada no andamento do plano de imunização, já atrasado por falta de doses e demora para aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Tá cada vez mais claro que, se você não tiver vacina, a gente não vai ter tranquilidade”, afirma o infectologista.

“Hoje a gente não tem uma política de vacina clara. Não tem cronograma claro de quantas pessoas a gente vai vacinar. A vacina está chegando aos poucos e os estados e municípios não têm como fazer uma programação efetiva de vacinar uma população em pouco tempo, que venha fazer um impacto a ponto da gente ter um prazo mais assertivo”, concluiu.

O primeiro imunizante autorizado foi da farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. A dose inicial foi aplicada em uma enfermeira do estado, no dia 17 de janeiro deste ano. Até o momento, cerca de 8 milhões de doses foram aplicadas no país. Contudo, apenas 1.750.781 pessoas receberam a segunda aplicação, equivalente a 0,83% da população.

O contrassenso entre a Ciência e a gestão federal fez com que o Governo fosse acusado de genocídio. Reprodução/Wikimedia Commons

No mesmo dia em que o recorde de óbitos foi atualizado, o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, afirmou que o vírus está três vezes mais ativo no Brasil. "Estamos enfrentando uma nova etapa da pandemia. Hoje, o vírus mutado, ele nos dá três vezes mais a contaminação, e a velocidade com que isso acontece em pontos focais pode surpreender o gestor em termos de estrutura de apoio. Essa é a realidade que vivemos hoje no Brasil", disse em pronunciamento em Brasília.

O príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, está "respondendo ao tratamento" por uma "infecção" - informou o Palácio de Buckingham nesta terça-feira (23).

Até então, nenhuma informação havia sido divulgada sobre as causas de sua internação há uma semana.

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"O duque de Edimburgo permanece no hospital King Edward VII", acrescentou o Palácio em um comunicado, informando ainda que o príncipe, de 99 anos, está "respondendo ao tratamento, mas não deve sair do hospital por vários dias".

Na semana passada, uma fonte do Palácio de Buckingham garantiu que ele não tinha contraído a Covid-19.

O príncipe Philip e a rainha Elizabeth II receberam a primeira dose da vacina contra o coronavírus no início de janeiro.

Segundo seu filho mais novo, o príncipe Edward, Philip está "muito melhor" uma semana após sua internação. "Ele não vê a hora de sair", disse nesta terça-feira à emissora Sky News. "Estamos cruzando os dedos".

Devido à pandemia de coronavírus, o príncipe consorte passou grande parte do ano passado confinado com a rainha no Palácio de Windsor, exceto por uma estada de verão no castelo escocês de Balmoral.

O príncipe Philip retirou-se da atividade pública em agosto de 2017, após ter participado de mais de 22.000 compromissos oficiais desde a ascensão de sua esposa ao trono em 1952.

Em junho de 2017, ele já havia sido hospitalizado por dois dias para tratar "uma infecção relacionada a um patologia".

Ele foi submetido a uma cirurgia no quadril em 2018 e, no final de dezembro de 2019, ficou quatro dias internado no mesmo hospital onde se encontra atualmente "por problemas de saúde pré-existentes", segundo o Palácio.

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