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Quem nunca dirigiu e se sentiu desconfortável com o ambiente estressante do trânsito? Até aí, tudo bem. Mas quando esse desconforto se torna uma fobia, fica difícil pegar o carro e concluir os compromissos do dia a dia. Coração acelerado, suor nas mãos, vertigens, tensão muscular vêm só de pensar em estar no comando do volante, e abala quem sofre de amaxofobia. O LeiaJá vai explanar sobre o medo da direção e compreender as causas desse temor. Ao fim da matéria, confira o vídeo e conheça algumas formas de enfrentamento.

A professora de psicologia do tráfego Karla Cabral, explica que tal fobia pode estar relacionada a algum trauma ou a personalidade de cada condutor, que muitas vezes tem receio de congestionar o trânsito ou prejudicar alguém, e por isso, acaba se apegando ao imediatismo, encarado como um hábito nas relações sociais contemporâneas. "Geralmente quem procura serviços de suporte para habilitados são pessoas com perfil perfeccionista e autocrítico. Elas têm receio de errar publicamente, mas esquecem que o erro faz parte do processo de aprendizagem". Ela reitera que o medo é um processo natural de sobrevivência e autodefesa, e acredita que o próprio cenário caótico representa a panorama social. "O trânsito é o espelho da realidade que somos, e como esse espaço de convivência é caracterizado pelo anonimato, nos permitimos agir de modo diferente de outros ambientes, nos quais as condutas sociais são regulamentadas". 

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Dentre as diversas causas da amaxofobia, ou o medo da direção, Karla apontou a herança cultural do machismo como fator que dificulta o desenvolvimento das técnicas de direção, principalmente para as 593.111 mulheres, que representam 27,1% dos motoristas de Pernambuco, de acordo com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O infundado ditado que "mulher no volante, perigo constante", acaba reprimindo as condutoras, que equivalem a maioria dos alunos das escolas para pós-habilitados. Outra perspectiva do ponto de vista social é a "Síndrome da Carlota Joaquina", que a psicóloga esclareceu ao relembrar o período das carruagens no Brasil, quando todos paravam para que o veículo real passasse. "Essa raiz histórica se faz presente na nossa construção social, ter um automóvel melhor simboliza um status mais elevado e, consequentemente, poder desfrutar de privilégios", explicou.

Mesmo habilitada há cinco anos, a jornalista Isabela Carvalho tinha pavor só de pensar em dirigir. "Eu usava como documento de identidade, não como carteira de motorista", brincou ao comentar sobre a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Entretanto, mora com a mãe e a avó, e revelou que a coragem para enfrentar o medo veio dos momentos de "necessidade de pegar o carro e não saber. Apesar da carteira".

Ela até admitiu a falta de prática, mas não atribui o receio de dirigir ao temor, e sim ao processo mecanizado das autoescolas e do Detran para retirada da CNH. "Quando fiz as aulas, só foram dez práticas e a pessoa fica muito presa ao circuito. Você tá ali num ambiente controlado e não em uma situação real de trânsito. Por exemplo, não dá pra ver o motoqueiro em um ponto cego ou se alguém vai lhe cortar sem dar nenhum sinal. São coisas que você só vai saber na prática", afirmou. Por conta da "síndrome do carro na garagem”, Isabela decidiu procurar uma autoescola para pós-habilitados, foi quando conheceu o instrutor Paulo Davi.

Há 11 anos reforçando as técnicas de direção e ambientação no tráfego, o instrutor contou que "os clientes chegam com a autoestima baixa. A maioria me procura para realmente recomeçar do zero. Pessoas que não sabem nem onde fica a chave para ligar o carro, acredita?", assegurou. Paulo afirmou que geralmente o medo está associado a falta de prática, e acredita que 90% dos seus clientes não sofrem de fobia. "A pessoa não domina o carro, não sabe o que fazer, tem dificuldades técnicas e isso remete à insegurança", pontua.

Comumente ele fala que não trabalha para fazer "a pessoa dirigir". Na verdade, trabalha focado na qualidade de vida conquistada pelos alunos ao atingir o objetivo. "A partir do momento que proporciono essa liberdade para um cliente ingressar no trânsito, eu tô facilitando o dia a dia dele. Ele vai chegar em casa mais cedo, poder aproveitar a família e dormir mais". Gratificado por fazer parte de cada conquista, Paulo garantiu que muitos ex-alunos o encontram nas ruas e buzinam. "Quando reconheço que foi meu aluno, não tem preço que pague. É 'super gratificante' saber que marquei a vida daquela pessoa".

Com atendimento personalizado, inicialmente é feita uma avaliação para identificar se a retração no trânsito provém de um "caso técnico ou emocional". A partir daí, inicia a "fase técnica", onde os habilitados retomam o processo de troca de marcha, adquirem coordenação e controle dos pedais, e noções de espaço. Já com o domínio do veículo, começam as práticas no trânsito, que Paulo adapta com os trajetos percorridos pelo aluno, como os caminhos para casa, trabalho e escola dos filhos. Como último estágio do processo, são realizadas as temidas manobras, momento em que são feitas balizas, garagem e movimentos de ré. Ao fim das aulas, o instrutor garante que o cliente saí apto para trafegar normalmente.

Paulo explica os procedimentos para a perda do medo

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Para quem antes afirmava sofrer da "síndrome do carro na garagem", após 15 aulas de 50 minutos aproximadamente, Isabela evoluiu com os procedimentos e adquiriu a tão almejada confiança; que ela reafirmou ao comentar sobre uma carona que deu a uma amiga recentemente, após uma festa. Porém, revelou que ainda ouve brincadeiras das pessoas que conhecem sua antiga fama ao volante. "As vezes minha mãe me liga querendo saber como foi a aula, e já pergunta: 'matou quem? Atropelou um cachorro ou um gato?", contou em tom de riso.

Quem já ultrapassou o obstáculo e hoje transita tranquilamente nas vias, sabe da importância e da praticidade adquirida com o uso do veículo. "Foi uma das melhores coisas que fiz na vida. Posso ir para qualquer lugar, hoje não me vejo sem dirigir de jeito nenhum", declarou a aposentada Cacilda Santos.

Habilitada há 15 anos, logo quando conseguiu a permissão para pilotar, decidiu comprar um carro, porém, a atmosfera do trânsito assusta quem ainda está em fase de adaptação. Ela relembra que no início da vida de habilitada, congestionou uma avenida quando 'paralisou' e não conseguiu deslocar o carro, até receber ajuda de outro condutor. "Passei um ano com o meu carro novo parado na garagem. Na medida que fui dirigindo, fui criando autoconfiança", contou.

Para isso, ela participou de quatro dias de instruções práticas, o que possibilitou a tranquilidade ao volante. "Depois que comecei com o acompanhamento, fui quebrando o medo aos poucos e passei a sair sozinha". Para a aposentada, o ato de dirigir vai além da locomoção propriamente dita, na verdade, o processo de autoconfiança modificou toda sua percepção sobre limites. Ela acredita que a conquista adquirida vai além da questão da pilotagem propriamente dita, e que os aprendizados alcançados com a conquista da confiança interferem em todos os âmbitos do cotidiano.

Confira algumas técnicas para reverter esse medo

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou 164 motoristas dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas durante o feriado prolongado de Natal no Paraná.

O número equivale a um flagrante de embriaguez a cada 44 minutos de operação, aproximadamente.

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Iniciada na sexta-feira (21), a Operação Natal da PRF terminou no final da noite de ontem (25). Nove pessoas morreram durante os cinco dias de operação. Outras 157 saíram feridas. A PRF atendeu 127 acidentes no estado.

Outros 13.833 motoristas tiveram as placas de seus veículos captadas por radares portáteis da PRF por transitar acima da velocidade máxima permitida. Um deles, por exemplo, foi flagrado a 170 km/h em um trecho da BR-376 onde o limite é de 80 km/h, em São José dos Pinhais (PR).

Os policiais rodoviários federais também constataram 573 manobras de ultrapassagens proibidas e 113 crianças transportadas sem cadeirinha.

Entre as causas dos acidentes fatais estão excesso de velocidade, ultrapassagens indevidas e desatenção.

As equipes da PRF apreenderam ainda 3.223 quilos de maconha e mais de 1,6 mil munições de uso restrito –um terço delas para fuzil– durante a Operação Natal no Paraná.

Da Agência PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou 23 motoristas dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas durante uma ação de fiscalização realizada na madrugada deste domingo (9) em Araucária, na região metropolitana de Curitiba.

O número de autuações equivale a 40,3% do total de 57 motoristas fiscalizados durante cerca de quatro horas de operação, realizada na BR-476, em frente ao posto da PRF.

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A fiscalização deste domingo coincidiu com o encerramento de uma festa em Araucária.

Denominada “Operação Madrugada Segura” e realizada sempre aos finais de semana, a iniciativa da PRF pretende coibir a embriaguez ao volante na Grande Curitiba.

A operação tem o apoio de policiais rodoviários federais que atuam na sede administrativa do órgão.

Perigo - Dirigir sob a influência de álcool está entre as cinco principais causas de mortes nas rodovias federais do Paraná, atrás apenas da falta de atenção do condutor, falta de atenção do pedestre, excesso de velocidade e desobediência às normas de trânsito.

Multa pesada A multa por embriaguez ao volante custa R$ 2.934,70 ao motorista, que tem a carteira de habilitação suspensa por um ano. Conforme o nível de álcool, além da infração administrativa, o motorista ainda é preso em flagrante por crime de trânsito.

Quem se recusa a fazer o teste do bafômetro também é autuado e está sujeito ao mesmo período de suspensão.

Se apresentar sintomas visíveis de embriaguez, o motorista que não se submete ao exame também é preso, a partir do preenchimento de um termo de constatação, conforme modelo definido pelo Conselho Nacional de Trânsito.

Da Agência PRF

A marca de lingerie Victoria's Secret será assumida por um diretor da loja de moda nova-iorquina Tory Burch, na esperança de recuperá-la e de terminar com uma polêmica sobre sua visão da mulher, alvo de fortes críticas.

No começo de 2019, John Mehas, atual presidente de Tory Burch, sucederá a Jan Singer, cuja renúncia foi anunciada na semana passada, informou nesta segunda-feira o grupo L Brands, proprietário da Victoria's Secret.

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"Nossa prioridade número um é melhorar os resultados da Victoria's Secret", declarou Leslie Wexner, CEO da L Brands, em um comunicado.

"Nossos novos dirigentes chegam com um novo olhar e vão observar tudo - nosso marketing, a localização da marca, os talentos, a carteira imobiliária e a estrutura de custo, e o mais importante,(...) nosso sortimento", acrescentou.

Essa mudança de direção coincide com a publicação de maus resultados para o grupo L Brands: o terceiro trimestre de 2018 apresentou uma perda líquida de 42,8 milhões de dólares contra um lucro líquido de 86 milhões no mesmo período de 2017, enquanto a Victoria's Secret teve um novo declínio de vendas de 2%.

Também ocorre em um momento em que a marca foi abalada por uma polêmica sobre a escolha de modelos para seu emblemático desfile anual recentemente organizado em Nova York e que será lançado em 2 de dezembro em todo mundo.

A controvérsia é parte de uma entrevista realizada na semana passada pela Vogue com o diretor de marketing da Victoria's Secret, Ed Razek, que descartou completamente a possibilidade de integrar transgêneros, ou mulheres plus size, ao desfile.

Razek também criticou novas companhias de moda como Savage X Fenty de Rihanna, e a ThirdLove, por sua posição de destacar mulheres de todos os tipos. Suas declarações provocaram uma onda de críticas nas redes sociais, e o empresário teve de se retratar.

A Disney acaba de dar mais um passo rumo a atender os pedidos de seus fãs que desejam que as princesas de seus filmes tenham um perfil mais diversificado ao anunciar o filme “Sadé”, que será um live action protagonizado por uma princesa africana, adaptando o enredo de um conto de fadas. 

A protagonista da história, que também dá nome ao filme, é uma princesa que parte em defesa de seu reino quando ele é ameaçado por uma força maligna ao descobrir seus poderes mágicos de guerreira, que podem ser usados em defesa de seu povo.

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No enredo do conto, que é escrito por Ola Shokunbi e Lindsey Reed Palmer, Sadé também contará com a ajuda de um príncipe em sua jornada de descoberta e liderança. A Disney ainda não anunciou quem será responsável pela direção do filme e nem artistas do elenco. Também não foi anunciado se o longa-metragem será exibido nos cinemas ou somente nas plataformas de streaming dos estúdios Disney.

Representatividade negra e africana

Sadé será pioneiro em juntar, no mesmo filme, uma história passada na África e uma personagem feminina negra. No entanto, não é a primeira vez que a Disney traz esse cenário e esse protagonismo em seus filmes. 

O Rei Leão se passa nas savanas africanas mostrando a história do jovem Simba para assumir o seu lugar após o assassinato de Mufasa, rei e seu pai. Também tivemos Tiana, princesa protagonista do filme A Princesa e o Sapo, que se passa na mística cidade de Nova Orleans, nos Estados Unidos.

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Uma decisão judicial desse fim de semana devolveu o comando do PPS em Pernambuco ao deputado federal Daniel Coelho. De acordo com o parlamentar, a revogação da liminar que cancelava a comissão provisória, instituída pelo presidente nacional Roberto Freire, e devolvia ao grupo o status de diretório estadual foi concedida pelo desembargador Djalma Nogueira Júnior, da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital. 

“O desembargador Djalma Nogueira Júnior revogou a liminar que suspendia a decisão tomada pela direção nacional do PPS e determinou que o diretório regional do partido em Pernambuco volte a ser administrado pela comissão provisória presidida pelo deputado federal Daniel Coelho”, diz a nota encaminhada por Daniel à imprensa, na manhã desta segunda-feira (9).

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Na última semana, o juiz Sebastião de Siqueira Souza, da 6ª Vara Cível da Capital, manteve como válida a direção do PPS eleita durante um Congresso Estadual realizado no último dia 2. A ação foi impetrada pelo então presidente do diretório estadual, Manoel Carlos, e pelo presidente da municipal, Felipe Ferreira Lima. Com a devolução, o PPS em Pernambuco passa a integrar o bloco de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB). 

 

O imbróglio gerado pela disputa do comando do MDB em Pernambuco pode ser solucionado no próximo dia 20, quando o relator do caso, João Henrique de Almeida Sousa, pretende apresentar sua avaliação sobre o pedido de dissolução da atual direção e o assunto será votado pelo Conselho Nacional da legenda. 

Nessa quinta (8), o senador Fernando Bezerra Coelho, que lidera o grupo que pretende assumir a direção substituindo o atual presidente, o vice-governador de Pernambuco Raul Henry, conseguiu derrubar uma liminar expedida no início desta semana suspendendo o processo. O juiz da 27ª Vara Cível, Ailton Alfredo de Souza, entendeu que a questão era "interna corporis e tem reflexo direto no processo eleitoral". 

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“A atividade do Diretório Nacional, por meio de sua Executiva, em ações que lhe são estatutariamente delegadas, por se tratar de matéria interna corporis, não pode ser impedida de exercer suas atividades”, declara o magistrado na decisão. Raul Henry afirmou que vai recorrer.

A postura favorece Fernando Bezerra, que tem o apoio do presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá, na disputa. Jucá deu aval a participação do partido na majoritária da chapa que será montada pelo grupo Pernambuco Quer Mudar, contra a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), atual aliado de Raul Henry e do deputado Jarbas Vasconcelos (MDB). 

O embate tem ocasionado perdas ao MDB diante da proximidade do processo eleitoral. Com o início da janela e esta indefinição, por exemplo, os deputados federais como Marinaldo Rosendo (PSB) e Fernando Monteiro (PP) que ingressariam na legenda descartaram a possibilidade.    

O bullying, o ato de cometer abusos psicológicos e/ou físicos de forma sistemática, é comum no ambiente escolar e não raro dificulta o bom convívio de crianças e adolescentes na escola, seus estudos e a visão que elas têm de si mesmas, podendo causar danos persistentes na vida das vítimas.

Conseguir quebrar o ciclo de violência e superar os traumas que ficaram depois de uma experiência dolorosa é tão importante quanto complicado e, muitas vezes, a mudança de escola é uma opção encontrada por estudantes e suas famílias para resolver o problema. No entanto, a simples mudança de ambiente e de companhias nem sempre basta para que a criança ou adolescente volte a se sentir bem na escola e consigo mesmo, sendo necessário continuar acompanhando de perto o processo de adaptação do estudante que sofreu bullying para ajudar a vítima a se fortalecer novamente.

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O LeiaJá ouviu uma psicóloga estudantil, uma aluna que já foi vítima de bullying e uma mãe que já precisou auxiliar o filho que sofreu violência em sua primeira creche, para entender como se dá esse processo de superação e adaptação a um novo ambiente, além de compreender como é possível ajudar estudantes que passaram por problemas semelhantes. 

“Minha mãe foi me ajudando a trabalhar a situação”

A estudante Maria Vitória Bernardo vive em Espírito Santo do Pinhal, município localizado no interior do Estado de São Paulo e sofreu bullying quando era criança, em sua primeira escola. A situação já fazia com que a mãe de Maria Vitória fosse frequentemente à escola pedir que fossem tomadas providências sem que, no entanto, nada mudasse. O ponto máximo de tensão ocorreu quando as provocações e abusos psicológicos se transformaram em agressão física. 

“Eu estava sentada na hora do intervalo com meus dois amigos e eu estava comendo um salgado e na época  eu não gostava muito de tomate, era um salgado de pizza, tirei o tomate e coloquei ele em cima de um guardanapo, só  que acabou voando e caiu na perna de uma menina. Na hora eu pedi desculpas e, na hora que eu abaixei para pegar o tomate no chão, senti um tapa nas minhas costas, começou a arder na mesma hora, a menina era mais velha, eu sempre fui pequena e ela era bem maior. Sentei e comecei a chorar, fui atrás de uma inspetora mas ela disse que se a menina me bateu foi porque eu dei motivo. Minha perna tremia, minhas costas ardiam, eu estava até branca porque eu não tinha feito nada, apanhei de uma menina e quando fui pedir ajuda colocaram a culpa em mim, eu não conseguia compreender”, contou ela. 

Nos dias que se seguiram, Maria Vitória e sua mãe tiveram vários problemas com a escola, com a inspetora, a diretora e com a aluna que praticou a agressão, pois mesmo decidida a mudar a filha de escola, a mãe de Maria não conseguiu vaga para ela em nenhuma outra instituição pois o ano letivo estava perto do final. Assim, mesmo em meio a muitos conflitos entre a direção da escola e sua mãe, Maria Vitória precisou continuar onde estava até o ano acabar. Ela conta que depois de uma conversa entre as duas meninas, suas respectivas mães, a inspetora e a diretora da escola, não houve mais nenhum episódio violento até que o ano terminasse. 

A mudança de instituição, no entanto, foi algo que afetou muito a saúde emocional de Maria Vitória, que na época tinha, entre oito e nove anos de idade e nunca tinha estudado em outra escola antes. Para ela, foi “um turbilhão de sentimentos” pois seus amigos continuavam na antiga escola e apesar de ser acolhida e bem tratada por professores e alunos na nova instituição de ensino, de acordo com ela, “todos já tinham suas panelinhas, rodinhas, então foi difícil”, explicou a estudante. 

“No começo foi horrível, fiquei umas duas semanas chorando sempre que chegava em casa, me sentia insegura com medo de acontecer a mesma coisa. Minha mãe sempre conversou comigo, sempre foi muito clara e sincera em relação à situação, me incentivou a estudar e fazer novas amizades, sempre me ouvia desabafar e me aconselhava”, contou Maria Vitória, que também destaca que o apoio de sua mãe, da equipe da escola e dos alunos foi essencial. 

Hoje, olhando para o que passou, a estudante que atualmente está cursando o segundo ano do Ensino Médio avalia que a mudança foi positiva e ajudou sua vida a ser melhor, trazendo aprendizado. O problema que enfrentou na primeira escola, de acordo com Maria Vitória, “deixou marcas, foi ruim na época, mas hoje eu levo numa boa”. 

“Passamos a confiar mais no que ele comunica”

Letícia Magalhães* é pesquisadora e professora, vivendo atualmente em Bilbao, na Espanha, onde faz doutorado. Antes de se mudar, ela decidiu tirar seu filho, então com três anos de idade, da creche em que ele estudava ao perceber mudanças em seu comportamento ao mesmo tempo em que a equipe da escola nunca explicava o que estava acontecendo de errado. 

O filho de Letícia tem Síndrome de Down e ainda não consegue falar, comunicando-se por meio de gestos e sons. Somente depois de tirá-lo da creche ela soube o motivo de o menino “gritar, espernear, se agarrar à gente e se comportar como se estivesse sendo levado para uma tortura” sempre que ia para a creche: o garoto estava sofrendo bullying por parte dos colegas e também de alguns professores.

“Soubemos de algumas coisas que aconteciam, de baterem nele ou o deixarem sozinho chorando do lado de fora, e ‘brincadeiras’ violentas como os alunos grandes sentarem na cabeça dele”, contou a mãe. O problema fez com que o menino tivesse medo de outras crianças e, para Letícia, o maior desafio ao buscar outro lugar para que seu filho estudasse era achar um lugar “onde ele fosse visto como uma pessoa normal e onde os princípios pedagógicos não incluam entender a violência como uma coisa natural nas crianças”, explicou ela. 

Já depois da mudança para a Espanha, Letícia encontrou uma instituição que atendia a seus critérios e conta que desde então seu filho deixou de sentir medo dos colegas. Apesar do apoio encontrado na nova escola, a mãe explica que a readaptação ainda está acontecendo mesmo depois de dois anos que a criança sofreu violência. “A escola, colegas e as famílias dos colegas têm sido importantes nesse processo. Ele vai superando, mas creio que algumas coisas ficarão gravadas”, explicou Letícia. 

Em casa, a forma encontrada de ajudar o filho a se readaptar ao ambiente escolar após o bullying foi, de acordo com ela, foi prestar mais atenção aos sinais que ele dava e confiar no que o menino expressa. “Ele fala pouco mas se faz entender e passamos a confiar mais no que ele comunica, se ele está desconfortável, triste, é porque algo aconteceu. Tem dias que ele não quer ir para a escola, e fomos percebendo quando é um motivo pelo qual realmente não deve ir como sentir alguma dor, ou quando é só vontade de ficar em casa, então é preciso realmente conhecer o filho”, contou a mãe.

Ela também explica que quando percebe que o menino não quer ir para a escola, relembra as coisas boas que tem lá e, diante de uma nova negativa, busca entender o que houve. “Estamos bastante presentes na escola e juntamos os pais e mães com alguma frequência, esse contato ajuda a construir amizade entre as crianças e superar comportamentos danosos”, explica Letícia, que também conta que, para ela, é muito importante entender que ter muito medo da escola é um sinal de alerta e que “se alguma vez ele fizer como fazia na escola antiga, de gritar, espernear, se agarrar à gente, se comportar como se estivesse sendo levado para a tortura, não é normal. Me diziam que todas as crianças fazem isso. Não é verdade, meu filho fazia isso quando ia a um lugar onde era maltratado”, reforçou ela.

Ajuda profissional

Raquel Lacerda é psicóloga educacional e explica que é muito importante acompanhar e verificar sempre como a criança ou adolescente se comporta, caso não relate o que está havendo, para poder detectar a ocorrência do bullying. Ela explica que mesmo quando a vítima não conta, em geral se mostra tensa, preocupada com aspectos que podem ser alvos do bullying, tentar mudar esses aspectos, apresentar isolamento ou um comportamento mais deprimido são indícios de que alguma coisa está errada.

“Às vezes, por exemplo, uma adolescente se tranca no quarto dizendo que vai dormir e na verdade usa a auto flagelação como uma tentativa de escape. Qualquer mudança de comportamento significativa como estar mais calado, mais triste, chorar escondido e responder que não é nada, todos são sinais de que é necessário buscar ajuda profissional”, explica Raquel.

O papel da escola, nesse caso, é acompanhar tudo para estar atenta aos limites entre brincadeira e violência. Raquel explica que a equipe de psicologia precisa estar em contato frequente com os professores e, em caso de algo passar do limite, a intervenção deve ser feita com a vítima, com o agressor e também com o restante da turma. “É preciso chamar as famílias, analisar se a vítima se coloca nessa posição e se o estudante sofre bullying na família, são muitas questões. O trabalho preventivo e a intervenção têm que ser constantes e a família tem que procurar um psicólogo”, pontuou ela.

Para decidir se é melhor ou não trocar de escola, não há uma resposta única. “Depende da relação e das providências tomadas. Os pais têm que estar junto, acompanhando, buscar um processo psicoterapêutico para que a vítima possa de fortalecer, mas se houver negligência da escola, não adianta insistir em permanecer”, explica a psicóloga. 

Após a mudança de escola, muitas vezes mudar de ambiente, se afastar dos agressores e conhecer pessoas novas parece algo positivo e, segundo Raquel, de fato é, mas muitas vezes não é suficiente pois é comum que a vítima sinta muito medo de que, mesmo na escola nova, o antigo problema se repita. Segundo Raquel, a formação da identidade da criança é prejudicada por assimilar as “causas” do bullying como características de fato suas, comprometendo a auto-estima em outras relações, causando medo de sair de casa, fechamento para outras relações devido à falta de aceitação, passando a assumir o lugar de vítima, o que é um processo sofrido e doloroso. 

No que diz respeito ao agressor, a psicóloga explica que é possível que seja uma criança ou jovem que também sofre com insegurança, inveja e outras questões que precisam de cuidados. Raquel frisa a importância de não banalizar tudo como bullying, mas também não desconsiderar o sofrimento, apurar o olhar para o que acontece com os estudantes e garantir que o suporte necessário esteja presente tanto por parte da escola quanto com a família, além de garantir o apoio de um profissional.

*Nome fictício

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O recesso parlamentar da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) terminou na semana passada e a pergunta que fica agora é como irão se movimentar os deputados estaduais na busca da reeleição ou outras pretensões maiores na disputa eleitoral deste ano. A maioria ainda busca a discrição e não comenta sobre o assunto, mas uma coisa é certa: a corrida em busca de sair vitorioso na eleição que acontece em outubro já começou.

Em entrevista ao LeiaJá, concedida nesta segunda-feira (5), o deputado estadual Cleiton Collins (PP), que também é pastor, afirmou que está orando e que aguarda a “direção” de Deus antes de dar qualquer passo. 

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“Estou pedindo bastante direção a Deus para saber qual vai ser. Eu faço muito disso. As pessoas querem saber e, às vezes, até o meu próprio partido, e eu falo que estou orando, estou buscando a direção de Deus para ver o que ele quer para mim, mas na verdade quero continuar melhorando o que a gente já está fazendo e seguindo o caminho. Estamos aí para ver se vai ser de deputado [reeleição], enfim tem muita água para rolar debaixo da ponte”, contou. 

O deputado também falou que o seu partido está se estruturando a cada dia com o objetivo de consolidar “uma grande chapa”. “Uma chapinha boa e competitiva. Por isso, estamos aí com os parlamentares tentando ajudar”. Collins ainda ressaltou que o momento agora é de continuar a trabalhar para ajudar Pernambuco. “A gente está na liderança da bancada e esse é o foco: ajudar o governo no que for preciso, pensar no estado porque atravessamos muitas dificuldades, mas eu acho que está melhorando, que está começando a clarear. Essa é a nossa missão aqui”. 

O deputado finalizou afirmando que a sua luta contra as drogas vai ser cada vez mais intensificada, principalmente no que se refere às comunidades terapêuticas. “Para tentarmos ajudar a combater a violência. Estamos criando algumas ideias para reunir jovens em uma política de prevenção nas escolas e também queremos reunir uma grande quantidade de escolas na Arena de Pernambuco para a gente desenvolver uma atividade com os adolescentes nesse sentido. Na semana passada, quatro jovens que estavam desesperados querendo sair do mundo do crack me procuraram, então estou focado em ajudar”. 

A população brasileira tem 51% de mulheres e 54% de negros, mas os homens brancos dirigiram 75,4% dos longas-metragens nacionais lançados comercialmente em 2016, um total de 142 filmes. Na outra ponta da tabela, as mulheres negras não assinaram a direção, o roteiro ou a produção executiva de nenhum filme nacional naquele ano.

Os dados foram apresentados hoje (25) pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) e fazem parte do estudo Diversidade de Gênero e Raça nos lançamentos brasileiros de 2016.

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A pesquisa levantou 1.326 profissionais – atuando na direção, produção e como atores - envolvidos nos 142 longas lançados comercialmente em 2016. No recorte de gênero, 62% eram homens e 38%, mulheres. Já em relação à raça, 71% foram identificados como brancos, 5% como pretos e 3% como pardos, segundo a terminologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nenhum indígena foi contabilizado essas produções, e não foi possível determinar a raça de 21% dos profissionais.

A definição da cor da pele dos profissionais foi feita por dois analistas, que, quando entravam em divergência, submetiam a classificação a uma comissão de sete pessoas.

O estudo concluiu que 75,4% dos diretores desses longas são homens brancos e 19,7%, mulheres brancas. Os homens negros, por outro lado, dirigiram 2,1%, e as mulheres  negras não assinaram a direção de nenhum dos 142 filmes. 

O roteiro desses filmes também foi escrito principalmente por homens brancos (59,9%), mulheres brancas (16,2%) e parcerias entre homens brancos e mulheres brancas (16,9%).  Os homens negros foram roteiristas em 2,1% dos filmes e estiveram em parcerias com homens brancos em 3,5%. Os longas-metragens brasileiros lançados em 2016 também não tiveram nenhuma mulher negra como roteirista, segundo a pesquisa. 

Na produção executiva dos filmes, as mulheres brancas (36,9%) ficaram à frente dos homens brancos (26,2%). Parcerias entre mulheres e homens brancos realizaram mais 26,2% dos filmes. Os homens negros permaneceram no percentual de 2,1% nesta função, e as mulheres negras, mais uma vez, foram totalmente excluídas.

Defensora das mulheres negras no Brasil pela ONU Mulheres, a atriz, roteirista e diretora negra Kenia Maria destaca que é preciso abrir espaço para que novas narrativas transformem o imaginário da população sobre o negro no Brasil. "Têm milhares de histórias que não estão sendo contadas. E o mais graves é que, na maioria das vezes, quando elas são contadas, elas são contadas por brancos", diz ela. “Se a gente respeita a diversidade do Brasil, são mais de 110 milhões de habitantes [negros], e a gente precisa ser ouvido, a gente tem história bonita pra contar”.

Desigualdade nos elencos

A desigualdade racial apontada nas funções de realização no cinema brasileiro continua quando observado o elenco principal dos filmes. Segundo a Ancine, apenas 13,3% do elenco dos 142 filmes eram formados por pretos e pardos.

De acordo com a pesquisa, 42% dos filmes lançados no Brasil em 2016 não tiveram ator ou atriz negro ou negra no elenco principal, e 33% dos longas foram filmados com apenas 1% a 20% de negros. Somente 9% dos filmes têm ao menos 41% dos papéis principais ocupados por negros, que representam 54% da população do país.

Financiamento público

A cineasta Sabrina Fidalgo acompanhou a apresentação dos dados e pediu a palavra para lembrar que muitos desses filmes recebem recursos públicos, pagos também pela população negra que fica de fora deles.

"Esses filmes são, em sua maioria, financiados pela Ancine com dinheiro público, e, sendo a população negra a maioria no país, a conclusão que se chega é que pessoas negras patrocinam filmes em que elas não são representadas. A população negra é mecenas de filmes de realizadores brancos, filmes excludentes racialmente ou por questões de gênero".

Segundo a pesquisa, 61,3% dos filmes analisados tiveram recursos de incentivo, sejam eles diretos ou indiretos. Apesar de a presença de mulheres ser maior entre esses filmes, a de negros fica ainda menor.

Os dados mostram que 100% dos filmes incentivados foram dirigidos por brancos e 98% também foram roteirizados por brancos. Entre os filmes não incentivados, 94% dos diretores são brancos, e 93% dos roteiristas também.

A presença de negros na direção dos filmes, segundo a Ancine, aumenta as chances de haver mais atores e atrizes negras em 65,8%. Quando o roteirista é um homem ou uma mulher negra, as chances aumentam em 52,5%.

Corrigindo diferenças

Para o cineasta mineiro Joel Zito, é preciso adotar uma medida semelhante a que foi tomada para reduzir as desigualdades entre os incentivos à produção audiovisual do Sudeste e das outras regiões do país. A agência já trabalha com indutores regionais que determinam a participação de projetos do Norte, Nordeste e Centro-Oeste em editais, respeitando exigências técnicas.

“A Ancine já tem experiência em corrigir desigualdades, e o que estou pleiteando é que essa experiência seja aplicada pra corrigir essa desigualdade de gênero e raça”, argumentou o cineasta, que considera inadmissível o nível de desigualdade entre negros e brancos no cinema brasileiro. "Não se trata de criar políticas para minorias. Se trata de criar políticas para a maioria. A maioria está excluída".

O secretário do audiovisual do Ministério da Cultura, João Batista Silva, também assistiu à apresentação e reconheceu que “há uma dívida histórica com a população negra, e uma dívida cultural com a questão de gênero”. Ele afirmou que o assunto será discutido na próxima reunião do Conselho Superior de Cinema, em 6 de fevereiro, e que o próximo edital da Secretaria de Audiovisual trará ações nesse sentido já em 7 de fevereiro.

"Estamos finalizando um grande programa de fomento da Secretaria de Audiovisual que será lançado nos próximos dias. Esse programa terá, sim, resposta para essas questões. Terá ali um tratamento bastante significativo e realista para essa questão", prometeu.

O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) não deixou por menos a declaração do presidente nacional do partido, o senador Romero Jucá, de que vai dissolver a atual direção do PMDB em Pernambuco. Jucá, nesta terça-feira (19), garantiu que vai dar espaço para o senador Fernando Bezerra Coelho tirando a presidência do vice-governador do estado, Raul Henry, e a liderança política-eleitoral de Jarbas. 

Na Câmara dos Deputados, o discurso de Jarbas pode ainda piorar o clima já instaurado. O deputado não apenas chamou Romero Jucá de “crápula” como disse que espera, em breve, ver o senador sair do Congresso Nacional algemado. “Sou um homem que tem esperança no futuro. E confio na Justiça. Por isso tenho esperança de ver, em breve, esse senador sair daqui algemado por uma decisão soberana da Justiça do nosso país”, disparou. 

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Jarbas também falou que foi um dos fundadores da sigla em Pernambuco e afirmou que tem decência e honradez. “Não é a figura medíocre, desqualificada, mesquinha e desonrada desse senador Romero Jucá que vai nos amedrontar nesse momento. Essa figura torpe, oportunista, que se serviu de todos os governos que passaram pelo Palácio do Planalto, não tem autoridade política, muito menos moral, para nos ameaçar”. 

“Quem é Romero Jucá para ameaçar o PMDB de Pernambuco? O PMDB de Pernambuco é um partido forte e atuante. Foi a secção estadual que mais cresceu nas últimas eleições municipais. Tem um Diretório Estadual democraticamente eleito, do qual fazem parte seus deputados federais, estaduais, prefeitos, vereadores e lideranças regionais”, ressaltou. 

Críticas a FBC

As críticas se estenderam a Fernando Bezerra Coelho chamando-o de desleal. “O PMDB de Pernambuco também é um partido de portas abertas. Tem recebido a filiação de novas lideranças e de lideranças já consolidadas na política estadual. Abriu as portas, inclusive, para esse senador Fernando Bezerra Coelho, que respondeu ao nosso gesto de boa vontade com deslealdade e traição”. 

O peemedebista avisou que vai ter luta. “E mais, lutarei em todas as frentes para manter a integridade, a verdade e a história do PMDB de Pernambuco, que, repito mais uma vez, se confunde com minha própria história. Sempre zelamos pela nossa coerência política. Tenho votado, aqui, na Câmara dos Deputados, a favor das reformas propostas pelo Presidente Temer, por entender que elas são necessárias ao país. Votado por uma questão de absoluta responsabilidade, sem nenhum tipo de barganha”. 

 

 

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Alunos e recém-formados da Escola de Teatro e Dança da UFPA (ETDUFPA) têm a oportunidade de experimentar a direção e a produção teatral através do Grupo de Teatro Universitário (GTU). Todos os anos, por meio do projeto “Novos Encenadores”, o GTU monta dois espetáculos abertos para todos os tipos de participantes, principalmente pessoas da comunidade em volta da escola. 

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Desde de 2008, os espetáculos do GTU têm características das mais diversas áreas artísticas. Este ano, misturam música, dança e experimentações com abordagens críticas referentes a diversas causas atuais.

Estudante do quarto semestre de licenciatura em teatro, André Launé comanda o GTU da tarde e estreia como diretor da peça “Boêmios – Musical”, adaptação do famoso musical da Broadway “Rent” para a cidade de Belém. “'Boêmios' é uma adaptação de 'Rent', porém ele é contextualizado para o nosso ambiente, para onde a gente vive, para o tempo que a gente vive. E a gente resolve trabalhar em cima disso as nossas causas, como questões raciais e LGBTs”, conta o diretor.

Uma das características do GTU é a diversidade de atores. Muitos já possuem experiência teatral, como alunos e profissionais da Escola de Teatro e Dança, mas contam sempre com a presença de iniciantes no fazer teatral. Vanessa Lisboa conta que "Boêmios" é seu primeiro grande espetáculo. “Eu nunca tive experiência com canto, e pouca experiência com teatro, então eu venho me sentindo muito desafiada nesse processo”, contou a atriz.

O GTU da noite apresenta o espetáculo “Um Grande Dia Qualquer”, direção conjunta dos atores recém-formados Paulo Jaime e Rhero Lopes. O espetáculo conta a história de um grupo de teatro que se prepara para o grande dia de sua estreia e convida o público a participar desse processo. “Esse espetáculo surgiu no GTU, e ele parte do tema trabalho, e vai se metamorfoseando durante o processo, ganhando outras conotações como as relações humanas, como a sociedade se organiza e como ela vem se mecanizando”, explica Paulo Jaime.

Adriane Henderson é terapeuta ocupacional e atriz. Ela conta que a experiência do GTU é sempre um processo renovador e que teve grandes desafios durante a montagem da peça. “Acho que o maior desafio desse processo é encontrar esse personagem do cotidiano, que ele não é um estereótipo ou uma caricatura. Foi encontrar esses restos do cotidiano”, explica Adriane.

O fazer teatral interfere em diversas áreas da vida, ajudando na saúde mental, física e no relacionamento pessoal. O técnico em informática Ibsen Caio revela que a experiência lhe proporciona bem-estar e aprendizado sobre si mesmo. “Eu fiquei sabendo do GTU através de uma amiga da minha namorada, porque ela já tinha essa relação com o teatro, então ela me convidou para vir com ela. Eu me surpreendi muito, eu acho que é realmente uma experiência muito boa e me abre portas em todas as áreas da minha vida”, diz Ibsen.

O GTU é um projeto da Escola de Teatro e Dança da UFPA (ETDUFPA), e abre inscrições todos os anos para qualquer pessoa, a partir de março, nos períodos da tarde e noite. Veja vídeo abaixo.

Serviço

"Boêmios - O Musical"

Local: Teatro universitário Cláudio Barradas (avenida Jerônimo Pimentel, entre Dom Romualdo coelho e Dom Romualdo de Seixas)

Datas e Horários: 

07 e 08/12 às 19:00

09/12 às 17:30 e 20:00

No dia - R$ 40,00 (com meia para estudantes.) 

"Um Grande Dia Qualquer" 

Local: Teatro universitário Cláudio Barradas (avenida Jerônimo Pimentel, entre Dom Romualdo coelho e Dom Romualdo de Seixas)

Dias: 15 16 e 17 de dezembro.

Horário: Sempre às 18h e 20h.

Ingresso: R$ 20,00 (Com meia entrada para estudante). 

Por Ariela Motizuki.

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A Arábia Saudita vai permitir que pela primeira vez mulheres possam dirigir. A decisão é do próprio rei Salman bin Abdulaziz. que emitiu um decreto real nesta terça-feira (26).

A medida vai permitir que as mulheres tirem carteira de motorista a partir de junho do próximo ano, entre os dias 23 e 24. De acordo com a agência de notícias oficiais da Arábia Saudita, o rei ordenou a criação de um comitê para estudar a implementação das novas regulações. Participarão do comitê os ministérios de assuntos internos, finanças, trabalho e desenvolvimento social.

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A proibição de mulheres motoristas prejudica a imagem do país há anos, diz o Financial Times. Grupos de Direitos Humanos realizam campanhas contra a proibição há muito tempo.

Segundo o Financial Times, a decisão tem um valor simbólico importante, porque a proibição trouxe muitos obstáculos para as mulheres aumentarem sua participação na sociedade. Em 1990, um grande protesto sobre o tema foi realizado no país. 

O decreto diz que as mulheres poderão dirigir de acrodo com o código de leis islâmico. 

A atriz Fernanda Lima não poderá mais dirigir durante um tempo. O motivo? A apresentadora da Globo teve sua carteira de habilitação suspensa por excesso de multas. De acordo com o jornal Extra, a loira foi parada em uma blitz na Gávea, Zona Sul do Rio, e terminou recebendo uma multa que acumulou mais pontos em sua carteira, chegando a 28.

Na ocasião, Fernanda teve o carro apreendido no local e precisou que Rodrigo Hilbert, seu marido, fosse até o local para retirar o veículo. No dia 15 foi registrado o bloqueio da sua carteira no Detran, o que significa que ela não poderá mais ser pega em nenhum blitz nem cometer nenhuma outra infração de transito, se não perderá o direito de dirigir por até dois anos.

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A demissão do técnico Ney Franco ainda é recente no Sport. No entanto, instantes após a saída, diretores do clube rubro-negro garantiram que já estavam trabalhando para anunciar o novo comandante. O presidente Arnaldo Barros, na volta ao Recife após a perda do título do Nordestão diante do Bahia em Salvador, garantiu que há pressa para a definição do treinador.

De acordo com informações divulgadas no site oficial do Sport, o diretor Rodrigo Barros, bem como o vice-presidente Gustavo Dubeux e o executivo Alexandre Faria, irão passar por São Paulo e Rio de Janeiro. Nessas viagens, pretendem entrevistar candidatos ao cargo de treinador do Leão.

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O presidente Arnaldo Barros garantiu que há sabe o perfil ideal para o Sport. "Esperamos anunciar o mais rápido possível. O vice-presidente Gustavo Dubeux, o diretor Rodrigo Barros e o diretor Alexandre Faria estão em São Paulo e vão também ao Rio de Janeiro, têm algumas entrevistas marcadas, vão conversar com alguns nomes para poder escolher o melhor para o Sport. Já temos definido qual o perfil, o que é que a gente pretende, mas para contratar um técnico precisa de muita responsabilidade, precisa que muitas coisas sejam detalhadas para que a gente não erre. Nós precisamos contratar algum profissional que realmente venha para resolver o nosso problema", afirmou o mandatário rubro-negro, conforme informações do site do clube.

Nome de peso - O técnico Vanderlei Luxemburgo está sendo cogitado para assumir o comando do Sport. Matéria publicada pelo SuperEsportes afirma que a direção do Leão deve se reunir com o treinador para uma possível confirmação.

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Depois da perda do título da Copa do Nordeste diante do Bahia, a diretoria do Sport anunciou a saída do técnico Ney Franco. O anúncio foi feito oficialmente pelo vice-presidente rubro-negro Gustavo Dubeux, durante coletiva de imprensa no final da noite desta quarta-feira (24).

A direção do Sport informou que já ingressará nos trabalhos para anunciar um novo treinador. No próximo domingo (28), diante do Grêmio pelo Brasileirão, Daniel Paulista deve voltar ao comando da equipe, mas de forma interina.

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Nos últimos 11 jogos, o Leão registrou apenas uma vitória. Ney Franco, que entrou há dois meses na vaga de Daniel Paulista, disputou 17 partida no comando do Sport. Ao todo, somou seis vitórias, sete derrotas e quatro empates. 

 

Um adolescente de 12 anos foi detido na Austrália depois de percorrer 1.300 km ao volante de um carro, a terceira parte de um trajeto pelo país, que ele pretendia atravessar de leste a oeste, anunciaram as autoridades neste domingo.

A aventura do jovem motorista acabou na cidade de Broken Hill. O adolescente foi traído por um para-choque, que arrastava pelo chão, de acordo com a polícia do estado de Nova Gales do Sul.

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"As verificações permitiram revelar que o motorista era um garoto de 12 anos, que desejava ir de Kendall a Perth", informou a polícia.

No total, 4.000 quilômetros separam o ponto de partida, a cidade de Kendall no leste da Austrália, de Perth, seu destino final, completamente ao oeste.

De automóvel, a difícil viagem pode durar 40 horas. A pessoa atravessa os desertos mais duros do mundo, como a grande região de Nullabor Plain, onde em meio ao intenso calor sobrevivem apenas pequenos animais e escassa vegetação.

A agência de turismo australiana aconselha os motoristas a prever seis horas de viagem apenas para atravessar Nullabor, com o transporte de "reservas adicionais de combustível, assim como muita água e alimentos".

A edição britânica da revista de moda feminina Vogue, que completou cem anos no ano passado, terá pela primeira vez um homem na direção, o ex-modelo britânico de origem ganesa Edward Enninful.

Enninful, amigo íntimo da famosa modelo Naomi Campbell, substituirá Alexandra Shulman, que deixará o posto em 1º de agosto após mais de 25 anos à frente da revista.

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Nascido em Gana, Enninful chegou a Londres ainda criança e começou a trabalhar como modelo aos 16 anos, tornando-se, apenas dois anos depois, em 1991, aos 18 anos, editor de moda da revista i-D.

Enninful, que em 2016 foi condecorado pela rainha Elizabeth II, trabalhou anteriormente nas edições italiana e americana da Vogue.

Com 33 artigos alterados em 2016, o Código Brasileiro de Trânsito (CTB), que entrou em vigor em 21 de janeiro de 1998, completa hoje (22) 19 anos. Com o intuito de regulamentar as atividades de planejamento, administração, licenciamento de veículos, formação, habilitação e educação de condutores e futuros condutores, a legislação de trânsito brasileira está cada vez mais rigorosa.

A adequação mais recente foi em 1° de novembro do ano passado, quando entrou em vigor a Lei Federal 13.281 que, dentre outras medidas que visam a diminuir o número de acidentes e de vítimas do trânsito, reajustou o valor das multas.

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A punição para infração leve subiu de R$ 53,20 para R$ 88,38 e para infração média, de R$ 85,13 para R$ 130,16. Os valores cobrados de quem comete infração grave e gravíssima também subiram. No primeiro caso de R$ 127,69 para R$ 195,23 e no segundo de R$ 191,54 para R$ 293,47.

Além disso, a classificação de algumas infrações também mudou. O uso de celular ao volante, até então considerada média com multa e perda de quatro pontos na carteira, tornou-se infração gravíssima com perda de sete pontos.

A recusa em fazer o teste do bafômetro, que não era considerada infração, passou a ser infração gravíssima, com o valor multiplicado por 10. Ou seja, quem não fizer o teste poderá ser autuado em R$ 2.930. O motorista também terá a habilitação apreendida pelo prazo de 12 meses.

No entanto, para o Coordenador-Geral de Educação do Denatran, Francisco Garonce, apesar do esforço em adaptar e modernizar a legislação, ainda há muito trabalho a ser feito para  tornar as vias do país seguras.

"O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) tem atuado em diversas frentes, que vão desde o apoio a campanhas educativas e ações para melhorar os processos de formação de condutores até ações voltadas para a segurança nas estradas, nas ruas e nos próprios veículos”, diz Garonce.

Uma imagem curiosa circula nas redes sociais durante este final de semana. Uma grande viatura da Polícia Militar, mais precisamente do Batalhão de Choque, colidiu em uma lombada eletrônica localizada na Avenida General San Martin, na Zona Oeste do Recife. Na foto, policiais removem pedaços da mureta que protege o equipamento. O registro foi feito na manhã desse sábado (15).

O LeiaJá procurou a PM, que ainda aguarda a conclusão de um inquérito técnico para saber as causas do acidente. A Polícia Militar esclareceu ainda que a viatura estava envolvida em uma operação policial, mas não há a confirmação de que o acidente ocorreu durante uma perseguição. Ninguém ficou ferido.

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Segundo a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), orgão da Prefeitura do Recife, o equipamento foi danificado e precisou ser retirado do local. A CTTU informou ainda que a empresa responsável pela instalação e manutenção das lombadas eletrônicas fará a reposição, sem custos para o município, já que acidentes estão previstos em contrato.

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