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As Forças Armadas do Egito alertaram para "efeitos desastrosos" se a crise política que atinge o país não for solucionada por meio do diálogo, em comunicado lido por um porta-voz na TV estatal neste sábado. "O caminho do diálogo é a melhor e única maneira de chegar a um acordo e atender aos interesses da nação e de seus cidadãos", destacou o porta-voz. "O oposto disso nos levará para um túnel escuro com efeitos desastrosos."

Violentos protestos e confrontos entre partidários do presidente Mohammed Morsi e seus adversários mataram civis e deixaram escritórios do partido de Morsi, Irmandade Muçulmana, em chamas desde que a crise começou, no mês passado.

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Na sexta-feira (07), o Egito adiou a votação antecipada da proposta. Assessores disseram que a medida iria aliviar alguma pressão e daria espaço para negociações com a oposição. Mas os adversários Morsi têm rejeitado negociar, dizendo que ele deve primeiro cancelar o referendo e atender a outras demandas. Na sexta-feira (07), um grupo que reúne vários membros da oposição a Morsi conclamou um protesto sem previsão de término em frente ao palácio presidencial.

Milhares de pessoas marcharam em direção ao palácio depois de empurrar cercas de arame farpado instaladas pelo exército e pedir a renúncia de Morsi. Manifestantes também seguem acampados na Praça Tahrir, berço da revolta que derrubou Hosni Mubarak, em 2011.

O ministro de Assuntos Jurídicos, Mohammed Mahsoub, disse que o governo avalia várias propostas, inclusive o cancelamento do referendo e a devolução do projeto à assembleia constituinte para mudanças. Outra possibilidade foi a dissolução da constituinte e a formação de uma nova por voto direto ou acordo entre as forças políticas. "Nós temos uma grande chance amanhã (se referindo a este sábado)", disse Mahsoub à rede de televisão Al-Jazeera na sexta-feira (07), sobre o que seria uma reunião entre Morsi e outros políticos. "No sábado ou dias depois, podemos chegar a um bom acordo."

O vice-presidente, Mahmoud Mekki, também disse que tinha contatado Mohamed ElBaradei para se juntar Morsi em um diálogo. ElBaradei lidera a recém-constituída Frente de Salvação Nacional, um grupo de liberais e jovens que se opõem aos decretos de Morsi e lideraram os protestos no Cairo. No entanto, a Frente de Salvação Nacional rejeitou, em nota, as negociações com Morsi, organizando o novo protesto em frente ao palácio e alertando para ataques contra os manifestantes.

"Nós rejeitamos o diálogo falso, que Morsi pediu. No mesmo comunicado, o grupo disse que não haverá discussões antes que os mandantes do "derramamento de sangue sejam responsabilizados". As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Às vésperas do aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas, a pressão da Argentina para abrir o diálogo com o Reino Unido sobre a soberania do arquipélago ganhou apoio de seis prêmios Nobel da Paz: Adolfo Pérez Esquivel (Argentina), Rigoberta Menchu Tum (Guatemala), Jody Williams (Estados Unidos), Desmond Tutu (África do Sul), Shirin Ebadi (Irã) e Mairead Corrigan Maguire (Irlanda do Norte). Eles lançaram uma campanha internacional para recolher assinaturas a uma mensagem endereçada ao primeiro ministro do Reino Unido, David Cameron, na qual transmitem a preocupação em relação à disputa territorial e pedem a abertura do diálogo.

A mensagem transcreve trecho da Resolução 2065 da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), de dezembro de 1965, na qual o organismo reconhece a existência da disputa sobre a soberania das Ilhas Malvinas, Georgias do Sul e Sandwich do Sul, e "convida os governos do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte e da República Argentina a prosseguir, sem demora, as negociações recomendadas pelo Comitê Especial de Descolonização (...), a fim de encontrar uma solução pacífica ao problema". A carta replica partes de várias outras decisões da ONU no mesmo sentido, algumas delas, ressaltando "os contínuos esforços realizados pelo governo argentino" para cumprir as determinações.

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"Queremos recordar que na atualidade, a região latino-americana e o Caribe constituem um território de paz e de prosperidade, enquanto que no resto do mundo, muitas regiões padecem conflitos bélicos que colocam em sério risco a paz mundial", disse a carta.

Os prêmios Nobel da Paz fizeram uma grave advertência: "o não cumprimento por parte do Reino Unido das resoluções da ONU, a falta de vontade para dialogar com um país democrático (Argentina) e com vocação de paz plenamente demonstrada, e a instalação e manutenção de uma base militar neste continente (nas Ilhas Malvinas), seu constante reforço e a realização de manobras militares aeronavais, colocam em sério risco a paz e a convivência nesta parte do mundo".

Por isso, concluiu a carta, "solicitamos que o governo britânico reveja sua posição de não dialogar este tema e reiteramos nosso pedido de cumprimento das Resoluções das Nações Unidas para dialogar com a República Argentina". A campanha liderada pelos seis prêmios Nobel da Paz foi anunciada hoje pelo argentino Adolfo Pérez Esquivel, em entrevista coletiva à imprensa estrangeira e através de seu site www.adolfoperezesquivel.org. As adesões podem ser feitas pelos endereços de email: granosdesalpormalvinas@gmail.com e grainofsaltformalvinas@gmail.com.

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