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Cientistas propuseram uma nova classificação da diabetes, estimando que existem cinco formas diferentes, e não duas, como se pensava, o que pode ajudar a melhorar os tratamentos.

Atualmente, este trastorno de assimilação do açúcar pelo corpo está classificado em duas categorias.

A diabetes tipo 1 (cerca de 10% dos casos), que aparece geralmente em crianças ou jovens adultos, é caracterizada por uma produção insuficiente de insulina. Este hormônio secretado pelo pâncreas permite manter o equilíbrio da taxa de glicose no sangue.

A diabetes tipo 2 (quase 90% dos casos) corresponde a um aumento prolongado da taxa de açúcar no sangue, associado com frequência com a obesidade e o estilo de vida (sedentarismo, alimentação desequilibrada).

Os autores de um estudo sueco publicado pela revista especializada Lancet Diabetes & Endocrinology propõem ajustar esta classificação, estabelecendo cinco categorias, três graves e duas mais benignas.

"É um primeiro passo em direção ao tratamento personalizado da diabetes (...). A classificação atual não é suficiente para prever as complicações que podem se apresentar", estimou um dos autores do estudo, Leif Groop, da Universidade de Lund.

Para chegar a estas cinco categorias, os pesquisadores analisaram os dados de 13.720 pacientes desde 2008, avaliando sua produção de insulina, seu nível de açúcar no sangue e a idade em que apareceu a doença.

A primeira destas cinco novas categorias corresponde à diabetes tipo 1. As outras quatro são subdivisões da diabetes tipo 2, cada uma com suas características particulares.

Uma delas se caracteriza por um risco maior de retinopatia (doença da retina que afeta quase 50% dos diabéticos tipo 2). Outra diz respeito aos pacientes obesos e se caracteriza por uma grande resistência à insulina, com um risco elevado de afecção renal.

As duas últimas categorias, menos graves, reúnem pacientes obesos que desenvolvem a doença em uma idade jovem, na primeira, e pacientes mais velhos, na segunda (o maior grupo, cerca de 40% dos pacientes).

Um adulto em cada 11 no mundo (425 milhões) sofre de diabetes, o que representa um aumento de 10 milhões em relação a 2015, segundo dados publicados em meados de novembro pela Federação Internacional de Diabetes (FID).

Um em cada 11 adultos no mundo - ou seja, 425 milhões de pessoas - sofria de diabetes em 2016, segundo dados publicados nesta terça-feira (14) por ocasião do Dia Mundial consagrado a esta doença. A Federação Internacional de Diabetes (FID) destacou que a cifra supera a de 2015 em 10 milhões.

"A diabetes é uma das maiores urgências sanitárias mundiais. Serão necessárias mais ações (...) para reduzir a carga econômica e social" que ela representa, avaliou em um comunicado a FID, cujas cifras se referem a adultos com idades de 20 a 79 anos. A federação estima que a doença represente 12% dos gastos globais com saúde, ou seja, 727 bilhões de dólares.

A Federação calcula que em 2045 haverá 629 milhões de pessoas afetadas pela diabetes. Existem dois tipos de diabetes, uma disfunção que impede ao organismo assimilar corretamente os açúcares.

A de tipo 2, que responde por quase 90% dos casos, ocorre devido a uma alta prolongada do nível de açúcar no sangue, frequentemente associada à obesidade e a determinados estilos de vida que incluem sedentarismo e má alimentação.

A de tipo 1, que quase sempre se manifesta de forma brutal em crianças e jovens, caracteriza-se por uma produção insuficiente de insulina, hormônio secretado pelo pâncreas.

Segundo a FID, "mais de 350 milhões de adultos correm atualmente um risco elevado de desenvolver diabetes tipo 2", ou seja, 34 milhões a mais do que em 2015.

No Dia Mundial do Diabetes, lembrado nesta terça-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que cerca de 8% das mulheres - ou 205 milhões - vivem com diabetes em todo o mundo. O tema da campanha deste ano é “Mulheres e Diabetes: nosso direito a um futuro saudável”, que tem como foco promover o acesso a medicamentos e tecnologias essenciais para todas as mulheres com diabetes e com risco da doença, além de levar informações qualificadas para que elas fortaleçam sua capacidade de prevenir o diabetes tipo 2.

Para o diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes, Márcio Krakauer, o diabetes afeta a mulher em vários aspectos, o principal deles é o gestacional. Além disso, as mulheres passam pela menopausa, que é um momento em que a doença precisa ter um controle diferenciado. Elas também estimulam os homens a cuidar da própria saúde.

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Segundo Krakauer, 1 em cada 7 nascimentos no mundo é afetado por diabetes na gestação. “É uma doença muito frequente e que aumenta o risco de aborto e má formação do bebê e morte das mães. Com o tratamento, essas complicações são completamente evitáveis”, disse.

O diabetes gestacional é um problema que surge durante a gravidez e que quase sempre se normaliza sozinho depois que o bebê nasce. A mulher fica com uma quantidade maior que o normal de açúcar no sangue, por causa dos hormônios e da incapacidade do corpo de produzir insulina extra para atender às necessidades do bebê.

Krakauer explicou que já é uma prática dos ginecologistas pedir os exames de diabetes a partir das 24ª semana. Mas ressalta que é importante que as próprias mulheres também fiquem atentas para obter um diagnóstico precoce e evitar as complicações.

O histórico de diabetes gestacional também é um importante fator de risco para desenvolvimento de tipo 2 da doença. Segundo a OMS, quase metade das mulheres que morrem em países de baixa renda devido à glicemia alta, morrem prematuramente, antes dos 70 anos.

Prevenção e tratamento

No mundo, 422 milhões de adultos têm diabetes, que é responsável por 1,6 milhão de mortes a cada ano. São dois os tipos de diabetes. O tipo 1 é uma doença autoimune, quando pouca insulina é liberada para o corpo e a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse tipo se concentra entre 5% e 10% do total de pessoas com a doença.

Já o tipo 2 é quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de açúcar no sangue. Esse tipo é causado principalmente pela obesidade. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o tipo 2.

Segundo Márcio Krakauer, cerca de 70% das pessoas podem prevenir o tipo 2 da doença. “A prevenção é por mudança de estilo de vida, foco na perda de peso, na atividade física e na boa alimentação para que se possa reduzir o risco”, explicou.

O especialista alertou ainda que metade das pessoas que têm diabetes não sabe que tem. “É uma doença totalmente silenciosa por muitos, não dá sintoma algum. Então, a pessoa precisa fazer exames para ter certeza se tem risco ou se tem diabetes”, disse, acrescentando que o diagnóstico precoce minimiza as complicações da doença. “Quando a glicose está alta por muitos anos, podem aparecer alguns poucos sintomas, como excesso de sede, aumento do apetite, perda de peso, infecções urinárias. São sintomas mais tardios”.

O diabetes é uma das principais causas de cegueira, insuficiência renal, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e amputação de membros inferiores. Adotar uma dieta saudável, praticar atividade física e não fumar são atitudes que podem prevenir ou retardar a doença do tipo 2.

Segundo o diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes, o país tem disponível o que há de mais moderno no mundo para o tratamento. “Mas estamos muito aquém nos medicamentos e insumos incorporados pelo SUS [Sistema Único de Saúde], estamos quase 20 anos atrasados”, disse, lamentando a dificuldade para a incorporação de medicamentos na rede pública. “Nos consultórios privados, fazemos uma medicina completamente diferente do que o SUS oferece. A incorporação é muito mais complicada do que a presença da medicação no Brasil”.

Dia mundial

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Sociedade Brasileira de Diabetes prepararam uma série de atividades em alusão à data, como shows e atividades educativas em diversas cidades. A programação completa está disponível no site www.diamundialdodiabetes.org.br.

O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela Federação Internacional do Diabetes em conjunto com a OMS, em resposta às preocupações sobre os crescentes números de diagnóstico no mundo. A data tornou-se oficial pelas Nações Unidas a partir de 2006. O dia 14 de novembro foi escolhido por marcar o aniversário de Frederick Banting que, junto com Charles Best, concebeu a ideia que levou à descoberta da insulina em 1921.

A Sociedade Brasileira de Diabetes realiza nesta terça-feira (14) uma série de atividades para promover a conscientização da população em torno da doença. Considerado uma doença silenciosa, o diabetes atinge mais de 14 milhões de pessoas no país, segundo dados do último levantamento do órgão. As ações educativas começam às 10h na Marquise do Ibirapuera, além de orientações e encaminhamentos para os serviços públicos de saúde.

Os profissionais também explicarão os diferentes tipos da doença em palestras gratuitas e as implicações delas. Serão feitos testes gratuitos de glicemia, colesterol e pressão arterial na população. Também haverá atrações musicais e apresentações artísticas, com destaque para um balé elaborado para deficientes visuais.

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 “Queremos mobilizar todos para uma grande causa e mostrar que diabetes demanda uma maior atenção, já que milhões de pessoas convivem com o problema e muitas vezes não sabem que têm. Nessa ação ofereceremos serviços gratuitos com especialistas de várias áreas e nesse grande formato será inédito em São Paulo”, disse Márcio Krakauer, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Dia Mundial do Diabetes

Local: Marquise do Ibirapuera (ao lado do Museu de Arte Moderna)

Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n -Portão 2 (para pedestres) e Portão 3 (entrada da Bienal/estacionamento com Zona Azul)

Entrada gratuita

Cientistas da Universidade de Harvard, nos EUA, desenvolveram um sistema artificial de pâncreas que usa um algoritmo em um smartphone para monitorar continuamente os níveis de glicose dos diabéticos e entregar automaticamente as doses necessárias de insulina.

O pâncreas artificial é projetado para imitar a função de regulação do açúcar no sangue de uma pessoa saudável. O sistema consiste em uma bomba de insulina e um monitor de glicose contínuo colocado sob a pele do usuário.

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Um algoritmo avançado incorporado em um smartphone conectado ao sistema por Bluetooth indica a quantidade de insulina que a bomba deve fornecer ao paciente com base em diversas variáveis, incluindo refeições, atividade física, sono, estresse e metabolismo.

Durante o estudo, 30 pacientes com diabetes tipo 1 continuaram com suas rotinas diárias normais, enquanto o sistema de pâncreas artificial acompanhou continuamente seus níveis de glicose e adaptou automaticamente as configurações de entrega de insulina.

Após mais de 60 mil horas de uso combinado do novo sistema de pâncreas artificial, os participantes mostraram melhorias significativas no controle do diabetes tipo 1 em um ensaio clínico de 12 semanas. Segundo os cientistas, os pacientes apresentaram níveis reduzidos de hemoglobina glicada e menos tempo gasto em um estado hipoglicêmico.

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Quase um terço da população dos Estados Unidos - 100 milhões de pessoas - tem diabetes ou sua condição precursora, conhecida como pré-diabetes, adverte um relatório do governo nesta terça-feira.

O diabetes é uma doença grave que duplica o risco de morte precoce. As complicações podem incluir cegueira, doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, insuficiência renal e amputação de dedos e membros.

No Relatório Nacional de Estatísticas do Diabetes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), divulgado a cada dois anos, a agência descreveu a diabetes como um "problema crescente de saúde" que foi a sétima principal causa de morte no país em 2015.

Naquele ano, cerca de 1,5 milhão de novos casos de diabetes foram diagnosticados em pessoas de 18 anos ou mais, afirmou.

"De acordo com tendências anteriores, nossa pesquisa mostra que os casos de diabetes ainda estão aumentando, embora não tão rapidamente quanto em anos anteriores", disse Ann Albright, diretora da divisão de diabetes do CDC.

Um total de 30,3 milhões de pessoas nos Estados Unidos têm diabetes, representando 9,4% da população.

Outros 84,1 milhões - cerca de uma em cada três pessoas - têm pré-diabetes, uma condição que, se não tratada, com frequência leva ao desenvolvimento do diabetes tipo 2 em cinco anos.

Segundo outra estatística preocupante revelada pelo relatório, muitas pessoas desconhecem sua condição.

"Quase um em cada quatro adultos que vivem com diabetes - 7,2 milhões de americanos - não sabia que tinham a condição", afirmou, assim como 88% dos adultos com pré-diabetes.

A forma mais comum de diabetes, conhecida como Tipo 2, em muitos casos pode ser controlada através de exercícios, dieta e do uso adequado de insulina e outros medicamentos para controlar o açúcar no sangue.

A diabetes tipo 1 surge quando o corpo não produz insulina suficiente, e não há como preveni-la.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (17), o registro de dois novos remédios: Strensiq (alfa-asfotase) e Soliqua (insulina glargina + lixisenatida).

O produto biológico Strensiq (alfa-asfotase) é composto pela enzima de reposição alfa-asfotase e é utilizado no tratamento de pacientes com hipofosfatasia (HPP) de início perinatal/infantil e juvenil.

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O Soliqua (insulina glargina + lixisenatida) é para o tratamento de diabetes mellitus tipo 2 (DMTV) e também serve para o controle glicêmico de diabéticos, fornecido em uma caneta aplicadora.

Hipofosfatasia

A hipofosfatasia é uma doença rara genética que afeta especialmente crianças, provocando deformações, fraturas e perda prematura dos dentes de leite. Essa doença é passada para os filhos na forma de herança genética e não tem cura.

A reposição da enzima TNSALP após tratamento com Strensiq (alfa-asfotase) reduz os níveis de substrato da enzima que ocasiona a inibição da mineralização dos ossos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, nesta sexta-feira (9), a distribuição, comercialização e o uso do lote nº 1614707 do medicamento genérico em comprimidos Gilmepirida, 4 mg. 

O remédio da empresa Cimed Indústria de Medicamentos Ltda., com fabricação em dezembro de 2016 e validade até dezembro de 2018, é utilizado no tratamento oral de diabetes mellitus. A suspensão acontece porque foi avaliado que a embalagem do produto foi feita com material diferente da registrada na agência reguladora.

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A Anvisa determinou, também, que a empresa fabricante retire todo o estoque existente no mercado.

Anti-hipertensivo

A Anvisa também interditou, nesta quarta-feira (7), o lote nº 6562015 do medicamento Hidroclorotiazida, fabricado pela empresa Laboratório Teuto Brasileiro S/A. O lote do remédio, que é destinado ao tratamento de pressão alta, foi suspenso por conta de resultados laboratoriais insatisfatórios.

O resultado do laudo da análise fiscal foi não suficiente para o ensaio de dissolução. As unidades do lote do medicamento, com validade para 11/2018, 50mg, foram interditados pela Agência.

A Casa do Diabético participará neste sábado (27) da 24ª Ação Global Nacional, que promoverá um mutirão de serviços para a população. O tema deste ano é “Somos Todos Olímpicos”. Os serviços oferecidos envolvem emissão de documentos, oficinas esportivas e dicas de alimentação e saúde, entre outros. A ação ocorrerá no Sesi (Serviço Social da Indústria), localizado na rodovia BR-316, no bairro Cristo Redentor, em Castanhal, das 8 às 17 horas.

Haverá ações de bem-estar, qualidade de vida e incentivo às práticas esportivas. Também serão realizados exames de glicose, pressão arterial, cálculo do índice de massa corporal, avaliação podológica e nutricional, exame de urina e orientação sobre a insulinoterapia.

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A Casa do Diabético é uma entidade beneficente que atua com o objetivo de cuidar principalmente dos pacientes diabéticos de baixa renda, que dependem inteiramente do Sistema Único de Saúde (SUS) e não têm um plano privado ou convênio. Foi fundada há 14 anos pelo médico endocrinologista Francisco Pedroza. A ONG tem como finalidade passar informações e orientações sobre o diabetes àqueles que procuram conhecimentos necessários sobre a gravidade da doença. Ela garante aos cadastrados consultas semanais com nutricionistas e clínico geral, por exemplo. “A nossa participação na Ação Global tem tudo a ver com o trabalho que nós fazemos. Vamos falar sobre o plano alimentar, o que o diabético pode ou não comer, distribuir fôlderes a respeito das complicações pertinentes ao diabetes mal controlado, entre outros serviços”, explica Rubilar Amorim, diretor da Casa do Diabético.

Não possuindo nenhum apoio governamental nem patrocínio, a Casa é mantida com a ajuda dos próprios pacientes. A instituição foi fundada em 6 de fevereiro de 2003 e atende à Região Metropolitana de Belém, havendo também pacientes do interior e de fora do Estado. A Casa está localizada próximo ao hospital infantil Mamaray, na travessa Mauriti, em Belém. Mais informações: (91) 3228-2590, casadodiabetico2003@gmail.com.

 

 

 

 

 

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou a primeira insulina biossimilar, regulamentado pela resolução RDC 55/2010, do Brasil. Denominado Basaglar, o produto é uma insulina analógica de longa durabilidade administrada por injeção subcutânea, que oferecerá controle duradouro do açúcar no sangue entre as refeições e durante a noite.

O novo tratamento é uma alternativa voltada para as pessoas com diabetes do tipo 1 e 2, além de crianças com 2 anos de idade ou mais. De acordo com a Anvisa, o biossimilar é a cópia de um medicamento biológico de referência.

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Durante a avaliação da insulina biossimilar Basaglar, foram analisadas todas as etapas de registro, análise da tecnologia farmacêutica do produto, a eficácia e segurança. O medicamento também passou por um teste para comprovar que é um biossimilar do medicamento de comparação, o Lantus, insulina glargina. 

Pessoas geneticamente predispostas a armazenar gordura na barriga, ou a ter um tipo de corpo em formato de maçã, podem enfrentar um maior risco de diabetes tipo 2 e de doença cardíaca, disseram pesquisadores nesta terça-feira.

Um estudo publicado na revista Journal of the American Medical Association (JAMA) sugere que a composição genética de uma pessoa pode causar problemas de saúde ao longo do tempo.

"As pessoas variam na sua distribuição de gordura corporal - algumas têm mais gordura na barriga, o que chamamos de adiposidade abdominal, e algumas nos quadris e nas coxas", disse o autor sênior Sekar Kathiresan, professor associado de Medicina na Harvard Medical School.

"Nós testamos se a predisposição genética para a adiposidade abdominal estava associada com o risco de diabetes tipo 2 e de doença cardíaca coronária, e descobrimos que a resposta era uma firme 'sim'", acrescenta. Estudos observacionais anteriores descobriram uma ligação entre a gordura da barriga, diabetes tipo 2 e doença cardíaca, mas não demonstraram uma relação de causa e efeito.

Para investigar mais a fundo, os pesquisadores examinaram seis estudos realizados de 2007 a 2015, incluindo cerca de 400.000 participantes cujos genomas foram analisados. Pesquisas anteriores identificaram 48 variantes genéticas associadas à relação cintura-quadril, resultando em uma pontuação de risco genético.

Eles descobriram que as pessoas com certos genes que os predispõem a uma maior razão cintura-quadril também apresentavam níveis mais altos de lipídios, insulina, glicose e maior pressão arterial sistólica, assim como um maior risco de diabetes tipo 2 e de doenças cardíacas.

"Esses resultados ilustram o poder de usar a genética como um método para determinar os efeitos de uma característica como a adiposidade abdominal sobre os resultados cardiometabólicos", disse o autor principal do estudo, Connor Emdin, pesquisador do Hospital Geral de Massachusetts.

Uma vez que os pesquisadores não encontraram nenhuma ligação entre o tipo de corpo, a pontuação de risco genético e fatores de confusão, como dieta e tabagismo, isso "fornece forte evidência de que a adiposidade abdominal em si contribui para causar diabetes tipo 2 e doença cardíaca", acrescentou.

Emdin disse que as descobertas poderiam um dia levar ao desenvolvimento de medicamentos destinados a combater a gordura na barriga, e talvez diminuir o risco de diabetes e doenças cardíacas.

O objetivo era criar um sensor para detectar gases tóxicos, mas um grupo de pesquisadores brasileiros, franceses e espanhóis acabou desenvolvendo um modelo de "bafômetro" para livrar os pacientes com diabete das incômodas picadas no dedo para verificar o índice de glicemia no sangue. O projeto teve início em 2014 e, com os aprimoramentos previstos e testes clínicos, pode se tornar uma realidade em quatro anos.

O dispositivo consegue detectar o nível de glicemia no paciente por meio da acetona presente no hálito dele. Segundo Luis Fernando da Silva, professor do Departamento de Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a acetona é exalada no hálito de todas as pessoas, mas aparece em maior quantidade nas pessoas com diabete. "O paciente com diabete tem um nível de acetona maior do que o de uma pessoa saudável. É quase o dobro."

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A ideia é que o dispositivo seja confeccionado como uma espécie de "bafômetro". "Ele forneceria o nível de diabete sem a necessidade de um exame invasivo", ressalta. Segundo o professor, o dispositivo utiliza o composto tungstato de prata, que é sensível à acetona.

Aprimoramento. O pesquisador, que integra o Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais - núcleo ligado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) -, diz que, embora o protótipo tenha se mostrado eficiente para detectar a substância mesmo em pequenas quantidades, ainda precisa de aprimoramentos. "Estamos estudando a vida média (do aparelho) e, até chegar à população, pode demorar em torno de quatro anos. Estamos pesquisando também materiais para ter uma ação melhor no caso de diabete."

O grupo é formado por pesquisadores da UFSCar, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual do Piauí (UEP), Universitat Jaume I (Castellón, Espanha) e da Aix-Marseille Université (Marseille, França). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No Dia Mundial do Diabetes, lembrado nesta segunda-feira (14), a Federação Internacional do Diabetes faz um alerta: um em cada dois adultos com a doença não está diagnosticado e, portanto, não tem ciência de sua condição e não toma os devidos cuidados.

O tema da campanha este ano é De olho no diabetes, com foco em promover a importância do rastreamento e garantir o diagnóstico precoce, o tratamento e a redução do risco de complicações mais sérias – sobretudo em casos de diabetes tipo 2.

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Dados da entidade mostram que a doença segue crescendo em todo o mundo: ao todo, 415 milhões de adultos viviam com diabetes em 2015. A previsão é de que esse número chegue a 642 milhões em 2040 – uma proporção de um adulto diabético para cada dez adultos no planeta.

“Muitas pessoas vivem com diabetes tipo 2 por muito tempo sem que tenham ciência de sua condição. Quando recebem o diagnóstico, as complicações provocadas pela doença podem já estar presentes”, destaca a federação.

Os números mostram ainda que até 70% dos casos de diabetes tipo 2 podem ser prevenidos por meio da adoção de hábitos mais saudáveis. A quantia deve representar cerca de 160 milhões de pacientes até 2040.

“Diante de índices crescentes de subnutrição e de baixa atividade física entre crianças de diversos países, o diabetes tipo 2 na infância tem potencial para se tornar um problema de saúde pública global, provocando sérias consequências”, acrescenta a entidade.

Em diversas localidades do mundo, o diabetes figura como a principal causa de cegueira, doenças cardiovasculares, falência renal e amputação de membros inferiores.

Sinais e sintomas

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o desencadeamento do diabetes tipo 1 é geralmente repentino e dramático e pode incluir sintomas como:

- sede excessiva;

- rápida perda de peso;

- fome exagerada;

- cansaço inexplicável;

- muita vontade de urinar;

- má cicatrização;

- visão embaçada;

- falta de interesse e de concentração;

- vômitos e dores estomacais, frequentemente diagnosticados como gripe.

Ainda segundo a entidade, os mesmos sinais podem ser observados em pessoas com diabetes tipo 2, mas, geralmente, eles se apresentam de forma menos evidente. Em crianças com diabetes tipo 2, os sintomas podem ser moderados ou até mesmo ausentes.

Programação no Brasil

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia preparou uma série de atividades em alusão à data. Estão previstos shows e atividades educativas em diversas cidades do país para chamar a atenção da população para a detecção precoce do diabetes.

A programação completa pode ser acessada por meio do site http://diamundialdodiabetes.org.br/.

A data

O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela Federação Internacional do Diabetes em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em resposta às preocupações sobre os crescentes números de diagnóstico no mundo.

A data tornou-se oficial pela Organização das Nações Unidas (ONU) a partir de 2007, com a aprovação da Resolução das Nações Unidas 61/225. O dia 14 de novembro foi escolhido por marcar o aniversário de Frederick Banting que, junto com Charles Best, concebeu a ideia que levou à descoberta da insulina em 1921.

Nesta sexta-feira (11) as pessoas que passarem pela estação Barra Funda poderão realizar gratuitamente um teste de glicemia. A ação faz parte do Dia Mundial do Diabetes e tem como objetivo conscientizar o maior número de pessoas, além de apresentar os números e estatísticas da doença. 

Após a realização do teste, as pessoas que apresentarem resultados alterados, isto é, acima de 99mg/dL e de 140/dL (2 horas após refeição ou aleatório, respectivamente) serão encaminhadas para o balcão de orientação do próprio evento. Além de informações básicas sobre o diabetes, também será oferecido apoio educacional gratuito da associação ADJ Diabetes Brasil. 

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O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla provocada pela falta ou incapacidade do organismo de produzir a insulina, o que resulta em um aumento da glicose (açúcar) no sangue. Segundo o último relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a doença, no mundo cerca de 422 milhões de adultos viviam com diabetes em 2014 e cerca de 16 milhões de brasileiros tinham a doença. Em número absolutos, a doença levou à morte 106.600 brasileiros no ano de 2014. 

Serviço 

Ação de conscientização sobre diabetes. 

Estação Palmeiras-Barra Funda (Linha 7-Rubi e 8-Diamante da CPTM e linha 3-Vermelha do metrô). 

Sexta-feira 11/11, das 8h30 às 16h. O evento é gratuito. 

 

No próximo dia 8 de outubro, será realizado um mutirão a fim de detectar a retinopatia diabética, doença que pode levar à cegueira em pacientes. O serviço será oferecido no Hospital das Clínicas da UFPE, das 7h às 14h. A ação é destinada especificamente a pessoas diabéticas, independente da faixa etária.

Serão realizados exames de glicemia, pressão arterial, avaliação nutricional e ao exame de fundo de olho, um dos principais testes para a detecção de doenças oftalmológicas. De acordo com o hospital, os pacientes atendidos e que forem detectados com a doença serão encaminhados para tratamento no Ambulatório de Oftalmologia do HC.

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Ao todo, haverá a atuação de cerca de 60 pessoas entre profissionais de Oftalmologia do HC, staff e residentes, profissionais do Serviço de Endocrinologia da unidade, nutricionistas, estudantes de Medicina e voluntários do Lions Clube do Recife. 

A doença

A diabetes é uma doença sistêmica, ou seja, que afeta o corpo em diversas regiões, causando alterações em vários órgãos e acarretando doenças secundárias como a retinopatia diabética. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a retinopatia diabética atinge 75% das pessoas que possuem diabetes. 

Serviço

Mutirão para detectar retinopatia diabética 

Dia: 08/10/2016 

Horário: 7h às 14h

Local: Hospital das Clínicas (Os pacientes serão recebidos na portaria 1. Os exames serão realizados no sexto andar do HC)

Um grupo de pesquisadores das faculdades de Ciências Médicas (FCM) e de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um colírio para a prevenção e combate da degeneração gradativa que ocorre com frequência nos olhos das pessoas com diabetes, a chamada retinopatia diabética.

“A grande vantagem desse achado é o fato de não ser invasivo. Por ser tópico não implica em riscos e cria uma barreira contra as alterações neurodegenerativas que afeta os diabéticos”, explicou a pesquisadora da FCM Jacqueline Mendonça Lopes de Faria.

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A cientista disse que a descoberta foi feita a partir de uma pesquisa que já dura cerca de duas décadas. “É consequência de um estudo de 20 anos para entender o mecanismo de ataque das células nervosas e de irrigação sanguínea no tecido ocular.”

De acordo com a pesquisadora, por causa da hiperglicemia – excesso de açúcar no sangue no organismo dos diabéticos – vários órgãos podem ser comprometidos. Em cerca de 40% dos casos, a doença leva a complicações na retina provocadas pelo efeito tóxico da glicose. O sistema nervoso e vascular da retina passam a ter alterações progressivas que podem levar a cegueira. “Isso ocorre, muitas vezes, justamente no momento em que a pessoa está em idade ativa.”

Atualmente, o tratamento da retinopatia diabética é feito com opções invasivas, como a fotocoagulação com laser, injeções intravítrea ou mesmo cirurgia. A expectativa dos pesquisadores da Unicamp é que, além de servir para a cura da retinopatia diabética, a descoberta dessa tecnologia possa ser benéfica também no tratamento de outras anomalias da visão, como o glaucoma.

Eficácia

Testes em laboratórios da Unicamp comprovaram a eficácia da fórmula. No entanto, antes de ser transformado em medicamento para a distribuição e comercialização, o colírio tem de ser submetido à fase clínica de tetes, com os ensaios em seres humanos. Ainda não há previsão de quando isso vai ocorrer porque os testes dependem do interesse de empresas em fazer o licenciamento da tecnologia junto com a agência de inovação da universidade, a Inova Unicamp.

No teste com os roedores, não foram observados efeitos adversos e o colírio mostrou-se eficaz na proteção do sistema nervoso da retina.

Também participam da pesquisa a professora Maria Helena Andrade Santana; a pesquisadora Mariana Aparecida Brunini Rosales e a aluna de mestrado Aline Borelli Alonso. Os estudos receberam financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério de Educação.

Os benefícios da sesta para a saúde são regularmente destacados, mas essa prática pode aumentar o risco de desenvolver diabetes, se durar mais de uma hora - adverte um estudo japonês recebido com reservas por especialistas independentes.

As pessoas que fazem sestas diárias de mais de 60 minutos de duração apresentam "um risco significativamente mais alto de diabetes do tipo 2" do que os que não dormem a sesta, observaram quatro cientistas da Universidade de Tóquio, sem demonstrar, porém, uma relação de causa e efeito.

Calcula-se que esse risco suplementar seja de 45%, segundo o estudo, que foi apresentado nesta quinta-feira (15) em um congresso da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EASD) na Alemanha. A pesquisa ainda não foi publicada em um periódico da área revisado por seus pares.

A diabetes do tipo 2, que representa 90% dos casos da doença, corresponde à incapacidade do organismo para regular o nível de açúcar no sangue. Se não for tratada, essa hiperglicemia pode causar graves problemas de saúde, como cegueira, perda de sensibilidade dos nervos e doenças cardiovasculares.

De acordo com o estudo, as pessoas que dormem sestas inferiores a 40 minutos não são mais afetadas pela diabetes do que a média. A frequência aumenta progressivamente, então, até mostrar uma diferença significativa além dos 60 minutos.

Os cientistas, que compilaram 21 estudos relativos a mais de 300.000 pessoas no total, não encontraram um vínculo estatístico entre a duração das sestas e o risco de obesidade. "Esse estudo não demonstra com certeza que a sesta diurna provoca diabetes, apenas que existe uma associação entre ambas que deve ser estudada", disse a EASD em um comunicado de imprensa anexado ao estudo.

Esses resultados devem ser considerados com precaução, porque não se pode excluir que a frequência crescente dos casos de diabetes esteja ligada a outras causas, advertiram vários especialistas que não participaram do estudo.

"Uma possibilidade é que as pessoas pouco ativas e com sobrepeso, ou obesas, sejam mais propensas a dormir sestas durante o dia. E estas pessoas também têm maior probabilidade de desenvolver uma diabetes", observou o professor de Epidemiologia do Câncer Paul Pharoah, da Universidade de Cambridge (Reino Unido).

Também poderia haver "uma relação de causalidade invertida: uma prática da sesta durante o dia causada por uma diabetes não diagnosticada", acrescentou.

Indicada até agora para pacientes com obesidade grave, a cirurgia bariátrica passa a ser recomendada também para o tratamento de diabete tipo 2 nos casos em que a doença não for controlada com o uso de medicamentos. A nova diretriz, endossada por 45 associações médicas em todo o mundo, duas delas brasileiras, foi publicada anteontem na revista Diabetes Care, da Associação Americana de Diabetes. Para que a recomendação passe a valer no País, ainda precisa ser tema de resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que avalia o assunto.

De acordo com a nova diretriz, pacientes diabéticos com índice de massa corpórea (IMC) a partir de 30 poderiam ser submetidos a cirurgia de redução do estômago para controlar a doença. Pelas regras brasileiras, só podem passar pelo procedimento pacientes com IMC acima de 40 ou aqueles com índice superior a 35 quando apresentarem doenças relacionadas ao excesso de peso, como a própria diabete. A nova recomendação é apoiada pelas Sociedades Brasileiras de Diabete e de Cirurgia Metabólica e Bariátrica.

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Segundo Ricardo Cohen, coordenador do Centro de Obesidade e Diabete do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e um dos integrantes do grupo de especialistas que elaborou a nova diretriz, estudos apontam que pelo menos 80% dos pacientes diabéticos que passaram pela cirurgia tiveram melhora no quadro da doença. O médico explica que a cirurgia promove maior equilíbrio dos índices glicêmicos não só por meio da perda de peso.

"Há outros mecanismos, como diminuição da resistência à insulina, aumento da secreção de hormônios intestinais e mudança na flora bacteriana, entre outros fatores que propiciam essa melhora, antes mesmo da perda de peso", diz ele, um dos primeiros especialistas no mundo a estudar a cirurgia como opção no tratamento da diabete. As pesquisas no País começaram em 2006.

Cohen explica que os médicos seguiriam os critérios de uma escala de risco para definir quais pacientes se beneficiariam da técnica, chamada de Escore de Risco Metabólico. Entre os fatores avaliados estão o tempo de doença e de uso de tratamentos convencionais, idade e comorbidades. De forma geral, a operação não é indicada para quem tem menos de 20 e mais de 65 anos.

Mudança

Foi a partir da avaliação desses fatores de risco que a encarregada de finanças Ana Paula Pompeu de Toledo Mello, de 40 anos, decidiu fazer a cirurgia dentro do projeto de pesquisa que estudava a técnica em casos de diabete.

Ela tinha obesidade leve, com IMC de 31, mas vivia com a diabete descompensada, já havia desenvolvido hipertensão e tinha gordura no fígado. Em agosto do ano passado, Ana passou pela cirurgia bariátrica. "Se fosse pelo sobrepeso, eu nunca teria a indicação da cirurgia, mas resolvi tentar essa alternativa porque não conseguia controlar a glicemia só com medicamento e tinha medo das complicações da doença, ainda mais por ter recebido o diagnóstico jovem, quando eu tinha 30 anos", conta.

O receio era reforçado por grandes estragos que a doença fez em sua família. "Um tio teve de amputar a perna por causa da diabete e minha avó ficou praticamente cega, perdeu 90% da visão", afirma.

Logo após a cirurgia, diz Ana, os índices glicêmicos se normalizaram e ela não teve mais de tomar nenhum tipo de remédio - alguns pacientes, no entanto, mesmo após a cirurgia, precisam complementar o tratamento com medicamentos. Além disso, desde a operação, Ana já perdeu 25 quilos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Limitações alimentares, dificuldade de cicatrização e, consequentemente, sofrimento, os diabéticos vivem essa realidade diariamente. Enxergando isso, a biotecnologia foi um caminho encontrado pela BeOne, negócio social que visa tratar com fototerapia as feridas desses portadores em risco de amputação. 

Encabeçado por Caio Guimarães, empreendedor e pesquisador da área, a ideia pretende ajudar os diabéticos, que já somam cerca de 100 milhões no mundo, de forma simples e de baixo custo através de onda de luz. Em pesquisa realizada fora do Brasil, quando se especializou em tecnologias para área médica, o resultado utilizando o método foi positivo, inclusive, curando feridas que nem antibióticos muito potentes eram capazes de cicatrizar. Inicialmente as aplicações se baseavam em esterilizar feridas de soldados do exército americano, no entanto, dentre as possibilidades existiam para este fim. “A cura das feridas dos diabéticos foi o primeiro passo para expandir as aplicações dessa tecnologia”. 

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Na equipe, além de Guimarães, estão mais três pesquisadores, Bruno Carvalho, Luciana Rezende Bandeira de Mello e Patricia Moura, todos pernambucanos que somam conhecimento às técnicas adotadas para cuidar dessas feridas. Para arrecadar dinheiro com a finalidade de investir no projeto e ampliá-lo, foi criado um crowdfunding através do site Eco do Bem

Foram desenvolvidos equipamentos capazes de entregar essa luz aos tecidos infectados, pois alguns comprimentos possuem propriedades curativas, então, para esses casos são utilizados dois comprimentos, um com propriedade bactericida e outro que é cicatrizante e anti-inflamatório. De acordo com o pesquisador este método é eficiente e de baixo custo - 30 dólares - e juntamente a isto, será usado o InsuGel, um gel criado pelos cientistas da UNICAMP que consegue acelerar o fechamento das feridas em diabéticos. “No espectro visível de 400 a 750 nanometros algumas faixas tem propriedades de cura e nos EUA usávamos no comprimento de onda de luz, ou seja, não tinha nenhum efeito colateral para o corpo humano. Esses comprimentos de onda de luz tem o poder de matar essas bactérias multi resistentes – possui resistência a quase todos os antibióticos”, detalha Guimarães. 

“Através de estudos que já existem sobre o tema, nós propusemos o primeiro tratamento para pé de diabético do mundo, mas ainda não testamos em humanos, mas já existem brasileiros utilizando a fototerapia e as feridas cicatrizaram em 15 dias, porém esses testes foram realizados de forma bem empírica. Em resumo, já é comprovado que o método funciona, só que ninguém protocolou o tratamento e realizou o teste em larga escala para que seja utilizado a fototerapia”, para que seja possível protocolar, o crowdfunding foi criado.

Desde que foi lançado, 48 pessoas doaram valores em apoio ao projeto, sendo 20 delas sem pedirem recompesa que, no neste caso, se baseia no envio de camisetas aos apoiadores. Ao todo, já se somam R$ 30.535 conquistados nessa modalidade de doção de investimentos, no entanto, a meta esperada pelos pesquisadores é de R$ 80 mil. De acordo com o sistema de arrecadação, há 42 dias restantes para o fechamento do crowdfunding. 

Espera que após seis meses da conquista da arrecadação, seja possível oferecer o tratamento para o público voluntário. É esperado que no final do primeiro semestre de 2017 a tecnologia já esteja disponível para toda a população. O Hospital Agamenon Magalhães já é parceiro, na iniciativa de testes desse método, através do especialista em diabetes, o doutor Francisco Bandeira. 

Há quem seja apaixonado por doces e que não consigue viver um dia sem comer guloseimas. Para que, já estiver neste estágio compulsivo pode manter ou agravar a dependência a níveis insuportáveis para o organismo, resultando em consequências graves para a saúde a médio e até curto prazo.

O vídeo a seguir dá dicas para quem quer se livrar da compulsão pelas guloseimas adocicadas e do risco de desenvolver patologias como a diabetes. Confira:

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