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O custo dos partidos para os cofres públicos atingiu a marca de R$ 6,8 bilhões em dez anos, entre 2003 e 2012, com valores corrigidos pela inflação. A soma leva em conta o que deixa de entrar no caixa do governo, como subsídio para a propaganda partidária e eleitoral, e os desembolsos do Orçamento Geral da União para o Fundo Partidário. O custo das legendas em uma década equivale a sete vezes o valor da reforma do estádio do Maracanã para a Copa do Mundo.

O programa de dez minutos que o PMDB exibiu na quinta-feira em rede nacional de rádio e televisão, por exemplo, custou R$ 2,1 milhões para o conjunto dos contribuintes brasileiros. Só os 43 segundos que o peemedebista Renan Calheiros (AL) utilizou para destacar sua "vontade de acertar" na Presidência do Senado, cargo para o qual foi eleito neste ano, representaram um baque de R$ 152 mil nos cofres públicos.

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Gratuito para as legendas, o tempo de propaganda partidária é pago pelo governo federal na forma de isenção de impostos para as emissoras de rádio e televisão. As 23 horas e 20 minutos que 15 partidos vão ocupar nas redes em 2013, sempre em horário nobre, significarão R$ 296 milhões em impostos que as emissoras deixarão de pagar, segundo relatório da Receita Federal. No ano passado, por causa das eleições, a conta da isenção fiscal chegou a R$ 606 milhões.

A despesa pública com os partidos é crescente. Entre as eleições presidenciais de 2002 e 2010, por exemplo, subiu 210% acima da inflação (tendo como parâmetro o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), passando de R$ 370 milhões para R$ 1,15 bilhão.

Um dos motivos desse fenômeno é a elevação dos custos da publicidade comercial - é com base neles que a Receita calcula o benefício fiscal concedido a cada emissora de rádio e TV. Ao final de 2013, a propaganda dos partidos terá invadido o rádio e a televisão em 59 noites, sempre às quintas-feiras, na forma de programas de cinco ou dez minutos.

O subsídio para que os partidos façam propaganda de si próprios é indireto - as legendas nem sequer tomam conhecimento das quantias envolvidas. Com o Fundo Partidário, é diferente: o dinheiro vai diretamente para os cofres dos beneficiados, todos os meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Para participar do bloco Enquanto Isso na Sala de Justiça, que está sendo realizado no Centro de Convenções, em Olinda, muitos foliões fazem questão de investir numa fantasia de qualidade. O repórter Carlos Simões conversa com dois deles.

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Os custos da indústria nacional subiram 8,1% no terceiro trimestre de 2012 em relação a igual período do ano anterior. Trata-se do maior aumento desde o quarto trimestre de 2008, quando a crise financeira levou o dólar para a casa de R$ 2,39. As conclusões fazem parte do novo indicador de custos industriais elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado nesta quinta-feira em Brasília.

Segundo o gerente executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, os gastos da indústria para a fabricação de seus produtos foram impactados no ano passado pela desvalorização do real e aumentos salariais. Os aumentos nessas duas variáveis compensaram a queda dos gastos financeiros gerada pela redução da taxa básica de juros, a Selic. Outro fator que pesou nos custos industriais foi o pagamento de impostos, especialmente o ICMS.

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A política cambial do governo Dilma Rousseff tornou os produtos brasileiros um pouco mais competitivos em relação aos importados no mercado brasileiro, mas ainda não foi suficiente para recuperar os níveis observados em 2006, de acordo com Fonseca.

O preço médio da passagem aérea nacional caiu mais de 40% nos últimos dez anos, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os números, que estão na 26ª edição do Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas, divulgado nesta quinta-feira, o valor da Tarifa Aérea Média Doméstica Real referente ao período de janeiro a setembro de 2012 foi de R$ 273,32. Isso representa uma queda de 0,15% em relação à tarifa média de R$ 273,74 apurada em igual período de 2011. Significa, também, um valor 41,69% inferior ao de igual período em 2002, de R$ 468,71. Os valores foram corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

De acordo com a Anac, 68,89% dos assentos comercializados de janeiro a setembro do ano passado foram vendidos com valores inferiores a R$ 300,00. Tarifas inferiores a R$ 100,00 representaram 15,63% em igual período. Passagens com valor superior a R$ 1.500,00 representaram 0,23% dos bilhetes vendidos.

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"Nos últimos anos, com o advento da liberdade tarifária e da liberdade de oferta, as empresas têm buscado cada vez mais diversificar suas tarifas e assim capturar o perfil e a preferência dos passageiros, o que tem contribuído para promover a inclusão social do transporte aéreo. Em 2002, apenas 30,45% das passagens aéreas eram comercializadas com tarifas inferiores a R$ 300,00. Na atualidade, esse valor alcança cerca de 70% das passagens comercializadas", avalia a superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado da ANAC, Danielle Crema.

A Anac destaca também que o Yield Tarifa Médio Doméstico Real (indicador utilizado que demonstra o valor médio pago por quilômetro voado) apurado entre janeiro e setembro de 2012 foi de R$ 0,34605, valor 0,80% inferior ao mesmo período em 2011 (R$ 0,34883) e menos da metade do apurado em 2002 (R$ 0,76927).

Nesses cálculos, a Anac considera dados dos bilhetes de passagem do transporte aéreo doméstico regular de passageiros, comercializados junto ao público em geral, independentemente de escalas ou conexões; e desconsiderados os bilhetes oferecidos gratuitamente, decorrentes de programas de fidelização (ou seja, do sistema de milhas), vinculados a pacotes turísticos ou a tarifas corporativas, tarifas diferenciadas oferecidas a empregados e tarifas diferenciadas de crianças.

A Anac ressalta também que a oferta mais do que duplicou nos últimos dez anos, com variação de 138% e taxa média de crescimento de 10% ao ano. Nesse cálculo da oferta, a agência considera a quantidade de assentos-quilômetro ofertados. Já a demanda, representada pela quantidade de passageiros-quilômetro pagos transportados, quase triplicou e atingiu variação de 195% e taxa de crescimento de 12,8% ao ano.

O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil do Estado de São Paulo subiu 7,29%, em 2012, chegando a R$ 1.024,77, por metro quadrado. No último mês do ano, a alta foi de 0,04% ante novembro, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), que realiza a pesquisa em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos do setor para a utilização nos reajustes dos contratos de obras.

Em 2012, a alta do CUB foi puxada pelos custos com mão de obra, que aumentaram 10,06%. Em seguida, vieram os salários dos engenheiros, com 8,09%, e os materiais de construção, que subiram 3,71%.

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No último mês do ano, os custos das construtoras com materiais de construção apresentaram avanço de 0,09%, em comparação a novembro. Já os custos com mão de obra e os salários dos engenheiros indicaram estabilidade no mesmo período.

O Ministério da Educação (MEC) vai fazer um estudo para tentar reduzir o número de candidatos que se inscrevem e faltam ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A taxa de abstenção neste ano foi de 27,9%, índice similar ao das duas últimas edições. Em um vestibular, essa taxa não costuma passar de 9%. O custo com os faltosos neste exame foi de R$ 90,4 milhões.

O estudo foi um pedido pessoal do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao professor Luiz Cláudio Costa, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão que organiza o Enem. A análise deve ficar pronta em 20 dias. "O ministro atentou para esse problema e já estamos produzindo o estudo. Tenho convicção de que é possível construir uma política para reduzir esses índices", disse Costa.

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O órgão quer entender exatamente o perfil dos faltosos, cujo número chegou a 1,6 milhão no exame do fim de semana passado. O Inep quer identificar se existe variação da abstenção por região e idade e também se há predominância dos candidatos isentos ou treineiros. Neste ano, 70% dos 5,7 milhões de inscritos não pagaram a taxa de inscrição. São alunos de escola pública ou que pediram isenção por carência.

O custo por aluno neste Enem foi de R$ 55,98, um aumento de R$ 8 em relação ao ano passado. Esse gasto tem sido crescente a cada ano e a taxa de abstenção se mantém estável. Em 2011, a média de faltas foi de 26,4% e, em 2010, de 28%.

Apesar dos altos índices registrados nos anos anteriores, o Inep nunca fez um estudo para entender os motivos da abstenção. "Vamos fazer agora o recorte, levando em conta os dados deste ano e dos anteriores, para mostrar ao ministro o que aconteceu em cada edição", disse o presidente do Inep.

Inscrição

A impressão que corre no MEC é de que a alta taxa não é culpa apenas dos que não pagam. Haveria também um porcentual representativo de faltosos entre aqueles que pagam o valor da inscrição. Mesmo quem paga a taxa, de R$ 35, é beneficiado com subsídio do governo - a taxa real seria de R$ 45.

O MEC arrecadou R$ 66 milhões com as taxas de inscrição neste ano. Com isso, o gasto do governo com a organização desta edição foi de R$ 262 milhões. O valor refere-se às questões de logística, segurança, impressão, aplicação e correção da prova. Apesar de não terem a prova corrigida, o custo por aluno dos ausentes não tem alteração, segundo o ministério.

De acordo com especialistas, o modelo híbrido da prova também pode favorecer o número de faltas. O Enem nasceu em 1998 como ferramenta nacional de avaliação do ensino médio. A partir de 2009, foi reformulado e se tornou o maior vestibular do País - já adotado pela maioria das universidade federais. Além disso, a nota é usada como critério para a concessão de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e financiamento estudantil. Ainda é usado para certificação do ensino médio para jovens e adultos.

Para o professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Cipriano Luckesi, ainda existe muita confusão em torno do exame. "A população em geral ainda não assimilou com clareza a verdadeira função do Enem", afirmou o professor, que é especialista em avaliação. "Acho que o MEC precisa se esforçar para esclarecer que o Enem é recurso de seleção. Mas ainda é importante que ele continue sendo uma ferramenta para avaliar o ensino médio."

Mercadante já disse neste ano que o MEC estuda tornar o Enem obrigatório para os concluintes do ensino médio. A medida significaria a substituição da Prova Brasil pelo exame. Hoje, a Prova avalia os concluintes dessa fase por amostragem.

Para alcançar todos os concluintes, haveria aumento de 300 mil estudantes no Enem. A medida exigiria um custo adicional de R$ 17 milhões no exame. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Mais de R$ 266 milhões. Este é o montante que o Governo Federal gastará com a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorrerá nesta sábado (3) e domingo (4). São mais de 5,7 milhões de estudantes inscritos, e o custo para cada participante por parte do governo será de R$ 46. Esses dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), divulgados nesta sexta-feira (2), pela Agência Brasil.

No ano passado, o custo por aluno chegou a R$ 45, e o valor total investido para a prova foi de R$ 238,5 milhões. De acordo com a agência, o ministro da educação, Aloizio Mercadante disse hoje que o aumento do investimento foi realizado por causa de melhorias na prova, que vão desde o reforço da segurança para evitar fraudes a mudanças na correção, uma vez que nesta edição os estudantes poderão ter acesso às redações corrigidas.

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“É um custo muito pequeno para a oportunidade que estamos dando aos brasileiros de chegar à universidade pública. A igualdade de oportunidades é muito importante”, declarou Mercadante.

*Com informações da Agência Brasil.

O pacote de medidas para reduzir o custo da energia elétrica no País será anunciado na próxima semana, em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presidente Dilma Rousseff. Segundo fonte da presidência, a expectativa é que o anúncio ocorra na quarta-feira, dia 12.

A presidente Dilma havia dito, na última quinta-feira, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que as medidas para o setor elétrico seriam anunciadas nesta semana. A divulgação, no entanto, deve ficar mesmo para a próxima semana, conforme essa mesma fonte.

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Nesta quarta-feira (11), deputados estaduais do Maranhão aprovaram, em sessão extraordinária, a redução que recebiam da Assembleia Legislativa, referente à ajuda de custo.

A partir de agora, ao invés de 18 subsídios por ano, eles passarão a receber 15. Isso significa que não irão mais receber a ajuda de custo de R$ 50.105 à qual tinham direito, nos meses de fevereiro e dezembro de cada ano da legislatura.

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Porém, mesmo com a aprovação do projeto do decreto legislativo de iniciativa da própria Mesa Diretora, os deputados maranhenses irão receber, em 2012, o equivalente a 16 subsídios - uma vez que já receberam no início do ano a ajuda de custo paga em fevereiro.

Gerentes de TI e CIOs precisam se concentrar menos na redução de custos quando da renovação de contratos e muito mais sobre a inovação, opina a analista da Ovum, Evan Kirchheimer, em debate promovido recentemente pera operadora BT, do reino Unido. Dois líderes de TI contestam. Segundo eles, embora a inovação seja importante, a redução de custos ainda é uma prioridade nestes tempos austeros. E você, o que diz?

"O que acho mais frustrante como analista especializado em empresas de TI, é como os CIOs implacavelmente se concentram na redução de custos em cada ciclo de renovação de contrato. Isso sufoca a inovação", diz Kirchheimer. "As pessoas precisam colocar de lado os custos e pensar um pouco mais sobre a forma como a rede pode permitir-lhes fazer negócios de uma maneira nova", acrescentou.

"Não sei quando isso vai mudar, mas gostaria de plantar uma semente na cabeça de todo CIO e de todo diretor financeiro pedindo-lhes para parar de bater nos fornecedores. Vocês precisam mantê-los interessados. Esse deve ser o seu principal objetivo, se você é um CIO".

Kurt Frary, gerente de TIC da arquitetura em Norfolk County Council, discordava Kirchheimer e argumenta que no setor público é impossível evitar priorizar a redução de custos.

"Seria errado dizer que esta é uma opção. A qualquer momento olhamos para qualquer um dos nossos grandes contratos com o objetivo de obter reduções de custo significativas na hora da renovação ", disse Frary. Ele reconhece, no entanto, que, por vezes, investimentos em inovação podem reduzir os custos em toda a empresa. E acredita que o impulso recente do setor público em adotar serviços de nuvem pública é um exemplo disso.

"Embora tenhamos de guardar dinheiro ano após ano, às vezes você precisa gastar dinheiro em TI para cortar custos em algum outro lugar no negócio", disse Frary.

"Por exemplo, a tendência é adotar mais e mais serviços de nuvem pública, e para isso teremos que montar uma rede muito diferente. Podemos precisar de mais largura de banda e melhor desempenho na web", acrescentou. "Portanto, teremos que investir mais em infraestrutura, para reduzir os custos em outros lugares, movendo mais serviços para a nuvem". O Norfolk County Council revelou recentemente que está envolvido em uma das maiores implantações de Google Apps em termos de números de usuários (148 mil).

Mike Mann, diretor de estratégia de tecnologia e planejamento da Standard Life, concorda com Frary que os custos são uma prioridade, mas argumenta que há espaço para introduzir a inovação também.

"Você pode fazer as duas coisas. Pode entregar as facilidades que você precisa para redes inteligentes, mas também pode ter redução de custos significativas ao mesmo tempo. Não acho que as opções sejam mutuamente exclusivas", diz Mann.

A Standard Life revelou detalhes de um acordo de outsourcing de 30 milhões de Euros com a BT, que fará a gestão da infraestrutura de comunicação da empresa nos próximos cinco anos. Segundo Mann, o acordo assegurou para a Standard Life uma "reduçãosignificativa" dos custos. "Não me interpretem mal, há uma pressão para reduzir preços, mas acho que você pode fazer isso e ainda obter serviços inovadores", disse ele.

O acordo com a BT abrange a entrega e ga estão de uma LAN e de uma WAN, bem como telefonia IP, contact centers, gestão de contratos, gestão de serviços e da transição da infraestrutura para a rede IP da BT Connect.

Brasília – O Ministério da Fazenda discute a inclusão dos smartphones na Lei do Bem (Lei nº 11.196), que dá isenções fiscais a projetos de inovação tecnológica. O objetivo é dar o mesmo benefício que já é concedido aos computadores pessoais e que passou a ser dado no ano passado aos tablets (computadores móveis em forma de prancheta e sem teclado).

Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a isenção aos smartphones poderá baixar o custo dos telefones celulares que possibilitam o acesso à internet, já que a procura por esse tipo de aparelho só vem crescendo no país. “É uma demanda enorme, as pessoas querem ter a facilidade de andar com um brinquedinho desses, que conecta em qualquer lugar”, disse o ministro à Agência Brasil.

No ano passado, o número de acessos à banda larga móvel, que inclui smartphones e modems, cresceu 99%, com 20,5 milhões de novos acessos, segundo dados da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil).

Segundo Bernardo, o Ministério da Fazenda recebeu bem a proposta.  “O problema da Fazenda é a questão fiscal. Estamos com um monte de pedidos lá, e eles têm que acomodar no tamanho do ajuste fiscal. Mas acho que não vai ter problema”, avaliou.

Outra demanda da área de comunicações no Ministério da Fazenda é a proposta do Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), que estabelece a desoneração de impostos para equipamentos e obras necessárias à implantação de redes de banda larga, que está em discussão desde setembro do ano passado. A expectativa do ministro é que a equipe econômica decida a questão até março.

“Nós vamos cobrar, as empresas vão ter que fazer investimentos por conta da banda larga popular, da nova lei de TV por assinatura, da telefonia 4G, da internet rural. Tudo isso vai demandar muitos investimentos, por isso é bom para nós se der certo esse incentivo porque ajuda e empurra”, disse Bernardo. As isenções para o PNBL devem resultar em uma renúncia fiscal por parte do governo federal de R$ 6 bilhões até 2016.

Edição: Graça Adjuto

O alto custo do Brasil, calculado em dólares, é um problema particularmente espinhoso para a indústria. O setor de serviços, cujo encarecimento é a principal causa do fenômeno no País como um todo, está muito mais isolado da competição internacional. E o setor de matérias-primas, apesar de exposto à concorrência externa, se beneficia da grande alta de preços internacionais.

A indústria, porém, tem de lidar simultaneamente com o alto custo do Brasil e com preços internacionais deprimidos pela combinação da avassaladora e barata produção chinesa com a demanda combalida dos países ricos. "Ou o Brasil fica mais barato e aumenta a produtividade ou vamos virar precocemente uma economia de serviços", diz Júlio Sérgio Gomes de Almeida, diretor executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

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Ele acredita que há um processo de desindustrialização relativa, que define como o apequenamento da parcela da indústria diante da expansão dos serviços. Para Gomes de Almeida, o Brasil corre o risco de envelhecer, ficar caro e se desindustrializar antes de ficar rico.

O alto preço das commodities exportadas pelo Brasil e os fluxos de capitais são apontados como as principais razões para a valorização do real, o fator mais importante para explicar por que o País está tão caro. Os capitais são atraídos pela boa forma econômica do Brasil e pelos juros ainda bastante elevados, na comparação com as taxas próximas a zero do mundo rico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pela primeira vez no ano, o custo médio acumulado em 12 meses da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) foi reduzido. De acordo com dados do Tesouro Nacional, o custo passou de 12,79% ao ano em setembro para 12,66% ao ano no mês passado. A informação foi dada hoje pelo coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido. Ele não soube informar, no entanto, qual foi a última vez em que houve redução desse custo.

No mês passado, o resultado foi influenciado por índices de inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por exemplo, ficou em 0,43% em outubro ante 0,75% no mês anterior. O mesmo ocorreu com o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que passou de 1,01% para 0,53% no período, e o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que desacelerou de 1,03% para 0,40%.

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Papéis

Fernando Garrido também informou hoje que a participação dos títulos atrelados à taxa de câmbio na Dívida Pública Federal (DPF) pode ficar um pouco abaixo da banda mínima do Plano Anual de Financiamento (PAF). Para os demais papéis, Garrido acredita que as metas serão cumpridas. Segundo ele, a fatia atrelada ao câmbio, que ficou em 3,95% do estoque em outubro, deve fechar o ano entre 3,9% e 4,1%. A banda mínima é de 4%.

Para os papéis prefixados, o coordenador explicou que não há mais resgates em novembro e dezembro, o que fará com que a meta do PAF seja cumprida. "Segundo nossas projeções ficaremos dentro do PAF. Só teremos emissões até o final do ano", disse. Em outubro, os títulos prefixados correspondiam a 35,03% do estoque da DPF. O PAF prevê uma banda entre 36% e 40%.

Garrido prevê que a fatia de papéis remunerados pela inflação também se ajustará até o fim do ano. "Em novembro, temos vencimentos, o que vai reduzir a participação até o final do ano. Devemos terminar dentro da banda", afirmou. Os títulos indexados a índice de preços representaram 29,02% do estoque em outubro. A banda do PAF varia entre 26% e 29%.

O coordenador informou ainda que a participação dos títulos remunerados pela Selic deve ficar "dentro da metade superior da banda do PAF". Em outubro, correspondiam a 32,01% da dívida total. A banda do PAF vai de 28% a 33% do estoque da DPF.

Dívida externa

O coordenador destacou o resgate não recorrente de R$ 5,2 bilhões na Dívida Pública Federal externa (DPFE). Desse total, de acordo com ele, R$ 4,7 bilhões se referem, basicamente, ao pagamento da dívida contratual com o Banco Mundial (Bird). "Em 31 de outubro, o Tesouro Nacional fez um pagamento antecipado de parte de sua dívida, que já foi divulgado pelo Bird", disse.

Garrido explicou que dois fatores foram de importante motivação para essa antecipação. Primeiro, segundo ele, é que financeiramente era interessante para o governo pagar parte de sua dívida mais cedo. O outro é que as instituições multilaterais têm limite de exposição de crédito para cada país. "O pré-pagamento por parte do Tesouro abriu espaço para o banco ter mais disponibilidade para Estados e municípios", declarou. Com isso, o Bird tem capacidade maior de oferta para outros investimentos no País, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), saneamento ou transporte, por exemplo.

Ele disse também que, como outubro é "cabeça de trimestre", houve uma concentração de resgates de títulos prefixados. "Esse resgate já estava planejado", disse.

A Copa do Mundo no Brasil vai tomar forma na quinta-feira, quando a Fifa divulgará o calendário com datas, locais e horários dos jogos. No dia 30, completam-se quatro anos que o País foi anunciado como sede da competição. Desde então, algumas coisas foram feitas, mas há muito por fazer. Os estádios ficarão prontos a tempo. O mesmo não se pode garantir em relação aos aeroportos e às 49 obras de mobilidade urbana ligadas à Copa. "Certeza" absoluta, só uma: ninguém sabe quanto ficará a conta da empreitada.

No último balanço divulgado pelo governo federal, em setembro, o custo da Copa, considerando-se o dinheiro a ser investido em estádios, portos e aeroportos e em mobilidade urbana, foi estimado em R$ 27,1 bilhões. Aumento de cerca de 14% em relação aos R$ 23,1 bilhões do balanço de janeiro e de 26% sobre os R$ 21,5 bilhões de previsão feita em 13 de janeiro de 2010, quando o ex-presidente Lula assinou a Matriz de Responsabilidade.

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Esses R$ 27,1 bilhões estão a anos-luz de uma estimativa feita pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), que calculou em R$ 112 bilhões o custo com a Copa. O estudo da associação, que tem parceria técnica com a CBF e o Ministério do Esporte, inclui também gastos com hotelaria, segurança, tecnologia e saúde, entre outros. Mesmo assim, a diferença é grande, pois o balanço do governo acrescenta apenas R$ 10,3 bilhões para esses itens.

Os números são mesmo conflitantes. Na sexta-feira, o governo divulgou atualização na Matriz de Responsabilidade e a conta baixou para R$ 26,1 milhões. "A Matriz é um documento que precisa ser atualizado com os ajustes que são feitos enquanto a obra está em andamento. Isso é essencial para a transparência do processo", esclareceu Alcino Reis, secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte. Mas não evita, ou diminui, a confusão. No mesmo dia, a Controladoria Geral da União (CGU)inaugurou ferramenta no portaldatransparência.gov.br que permite acompanhar os custos estimados por área de investimento. Valor da soma dos gastos com estádios, aeroportos e portos e mobilidade urbana: R$ 24,024 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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