Tópicos | coronavac

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com dados colhidos entre 17 de janeiro e 19 de julho reforçou que as vacinas CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer contra covid-19 preveniram casos graves e óbitos causados pela doença no Brasil. Confirmando conclusões de outros pesquisadores, a análise indicou que a proteção é maior quando o esquema vacinal é completo, mas diminui conforme aumenta a idade dos vacinados.

A pesquisa ainda precisa ser revisada por outros cientistas e foi publicada em formato preprint na plataforma medRxiv.

##RECOMENDA##

Foram usadas as bases de dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), com mais de 66 milhões de registros no total, abrangendo doses aplicadas e casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Os pesquisadores incluíram no estudo os vacinados com primeira e segunda doses das três vacinas para medir a taxa de efetividade. Diferentemente da eficácia, calculada nos testes clínicos de desenvolvimento da vacina a partir da comparação de voluntários vacinados e não vacinados, a efetividade mede a proteção que o imunizante confere quando passa a ser usado em larga escala na população, já com a aprovação das autoridades sanitárias.

Efetividade contra óbitos

A análise dos adultos com esquema vacinal completo da AstraZeneca apontou que a efetividade contra óbitos varia de 97,9%, entre as pessoas com 20 a 39 anos, a 84,6%, entre quem tem mais de 80 anos. Para os casos graves, a efetividade mais alta foi na população de 40 a 59 anos (90,4%), e a mais baixa também ocorreu entre os maiores de 80 anos: 66,7%. 

No caso do esquema completo da CoronaVac, a efetividade contra óbitos foi de 82,7% na população de 40 a 59 anos, e de 45% na população com mais de 80 anos. Contra casos graves, a efetividade do esquema completo dessa vacina chega a 60,8% entre os idosos de 60 a 79 anos, mas cai para 29,6% com mais de 80 anos.

Com uma base de dados encerrada em julho, a pesquisa analisou também a efetividade dos vacinados com a primeira dose da Pfizer, que começou a ser aplicada em maio, quando o calendário de vacinação já tinha contemplado idosos e parte dos grupos com comorbidades. Essa vacina é administrada no país com intervalo de 12 semanas entre as duas doses, e com o baixo número de segundas doses aplicadas no período estudado, a efetividade do esquema vacinal completo da Pfizer não foi avaliada separadamente.

Plano de imunização

Segundo a pesquisa, a efetividade da primeira dose desse imunizante contra mortes chegou a 89% nas faixas etárias de 40 a 59 anos e, de 60 a 79 anos foi de cerca de 81%. Entre os mais jovens, a efetividade atingiu 86,1% contra mortes e 64,7% contra casos graves.

O estudo também produziu uma análise de efetividade do plano de imunização como um todo, incluindo as três vacinas. Nesse caso, a efetividade dos esquemas vacinais completos contra mortes é de 51,4% nos idosos com mais de 80 anos, de 71,8% na faixa etária de 60 a 79 anos, e de 84,5% para a população de 40 a 59 anos. Esses percentuais caem para 35,9%, 61% e 73,6% na efetividade contra casos graves.

 

O município do Rio de Janeiro decidiu suspender a aplicação da segunda dose da vacina CoronaVac, contra a Covid-19, por falta do imunizante. A Secretaria Municipal de Saúde informou que aguarda a liberação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de um lote de 166 mil vacinas que está incluido em uma remessa suspensa de forma cautelar.

No início de setembro, a Anvisa decidiu interditar 25 lotes, com um total de 12,1 milhões de imunizantes, que foram enviados ao Brasil pela fabricante chinesa Sinovac, parceira do Instituto Butantan na produção da CoronaVac.

##RECOMENDA##

Segundo a agência, a fábrica de onde vieram os imunizantes não recebeu autorização de uso emergencial emitida para a vacina. 

Vacinação

A vacinação com outros imunizantes continua ocorrendo conforme o calendário, tanto para a primeira quanto para a segunda dose e a dose de reforço.

A primeira dose no município está sendo aplicada hoje a adolescentes de 14 anos do sexo masculino e a grávidas, lactantes, puérperas e pessoas com deficiência de 12 anos ou mais. A dose de reforço está sendo aplicada em idosos com 91 anos ou mais e a pessoas com alto grau de imunossupressão, com 60 anos ou mais.

Após seis meses de acompanhamento, pesquisadores divulgaram resultados de um estudo sobre a CoronaVac que está em andamento em Manaus. Conforme dados divulgados nesta terça-feira (14), entre 5 mil pessoas com comorbidades vacinadas com a CoronaVac em Manaus, 0,1% precisaram ser hospitalizadas devido à Covid-19.

A pesquisa, chamada CovacManaus, conta com voluntários de 18 a 49 anos que trabalham na educação e segurança pública.

O estudo aplicou cerca de 10 mil doses doadas pelo Instituto Butantan. Ao todo, 5.087 pessoas receberam a primeira dose, e 5.071, a segunda. Entre os participantes da pesquisa, 72% tinham obesidade, 54% sofriam de diabetes, 36%, de hipertensão arterial e 27% eram imunossuprimidos.

Dados divulgados pela Agência Fiocruz de Notícias mostram que, entre os participantes, 2,6% tiveram infecções sintomáticas por Covid-19 depois da imunização. Em 0,1%, o caso evoluiu para hospitalização e, em 0,04%, houve necessidade de leito de terapia intensiva (UTI). No universo de cerca de 5 mil vacinados, 0,02% morreram de Covid-19.

A pesquisa indica que 91% dos vacinados apresentaram anticorpos detectáveis após a primeira dose, e 99,8%, após a segunda.

O coordenador do estudo, Marcus Lacerda, pesquisador do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), destaca que o monitoramento é continua e que os participantes  devem comparecer para fazer a coleta de exames em data agendada, o que permitirá, entre outras pontos, avaliar a necessidade de dose de reforço.

Na tarde deste sábado (11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou os documentos apresentados pelo órgão sanitário chinês para liberação dos lotes da vacina Coronavac retidos desde o dia 4 de setembro. Por meio de nota, o Instituto Butantan lamentou a decisão e informou que solicitou nova reunião com a Agência para apresentar o resultado da inspeção remota, realizada no sítio fabril da biofarmacêutica chinesa Sinovac durante a última semana.

“Vale ressaltar que todos os lotes da vacina CoronaVac passaram por rigoroso controle de qualidade do Instituto Butantan e foram certificadas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade (INCQS), órgão da Fiocruz do Governo Federal, responsável pela avaliação da qualidade de todos os imunizantes distribuídos no Brasil, e pelo próprio departamento de qualidade da biofarmacêutica chinesa Sinovac. As vacinas foram validadas e, portanto, tiveram a qualidade garantida e atestada para a utilização na população. Só no Estado de São Paulo, por exemplo, quatro milhões de doses foram aplicadas sem qualquer registro de intercorrência”, diz o posicionamento do Butantan.

##RECOMENDA##

A Anvisa suspendeu o uso de pelo menos 25 lotes da Coronavac envasados em local de fabricação não aprovado pelo órgão. Pelo menos 13 estados brasileiros, além do Distrito Federal, confirmaram o recebimento das remessas e distribuição para os municípios.

De acordo com o Butantan, o imunizante, que já foi aplicado 1,2 bilhão de vezes no mundo, foi produzido no mesmo parque fabril da Sinovac que atende a China e a Indonésia. “O corpo técnico do instituto, reconhecido internacionalmente por sua seriedade, não atuaria, em hipótese alguma, para burlar qualquer rito sanitário. Por tudo isso, o time de profissionais do Butantan tem convicção da qualidade e da eficácia do produto, interditado por medida cautelar da Anvisa”, ressalta outro trecho da nota.

Pernambuco recebeu, nesta quinta-feira (09), mais 146.420 doses de vacinas contra Covid-19. Os imunizantes foram trazidos em dois voos distintos. O primeiro, com 53.820 doses da Pfizer, aterrissou no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, às 15h15.

O segundo, com 92.600 unidades da Coronavac, chegou às 16h45. De lá, as caixas térmicas foram levadas para a sede do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE). Com os novos lotes, o Estado ultrapassa a marca de 11 milhões de vacinas recebidas.

##RECOMENDA##

Os imunizantes da Pfizer/BioNTech serão utilizados para aplicação das primeiras doses, possibilitando o avanço por faixa etária, e também para população de adolescentes com comorbidades. Já a remessa da Coronavac será para dar seguimento à imunização da população em geral, com as primeiras e segundas doses.

Do aeroporto, as vacinas foram levadas para a sede do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE) para checagem, armazenamento  e separação por município. A logística de distribuição das doses às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) será realizada nesta sexta-feira (10).

Após análise dos documentos apresentados pelo Instituto Butantan sobre a interdição de 12,1 milhões de doses de Coronavac, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou na quarta-feira, 8, ter concluído que as informações recebidas "não respondem satisfatoriamente todas as incertezas". Com isso, a agência reguladora solicitou apoio ao Itamaraty para obter acesso a relatórios de inspeção completos da fábrica chinesa onde as doses foram envasadas e pretende enviar uma equipe técnica à China.

A Anvisa suspendeu 25 lotes da Coronavac, vacina fabricada pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Butantan, no último sábado, 4. Válida por 90 dias, a determinação foi tomada após o órgão constatar que o envasamento das doses ocorreu em uma linha de produção inaugurada na China durante a pandemia. O governo de São Paulo informou em coletiva que, a fim de resolver a interdição, o Instituto Butantan encaminhou informações adicionais à agência na manhã desta quarta. "Não há mais nenhuma pendência", afirmou o governador João Doria (PSDB).

##RECOMENDA##

Em nota, a agência reguladora apontou que, após a reunião ocorrida na última segunda-feira, 6, recebeu as seguintes documentações do Instituto Butantan:

Formulário de não conformidades de inspeção ocorrida entre 24 e 26 de fevereiro de 2021.

Formulário de não conformidades de inspeção ocorrida entre 16 e 18 de fevereiro de 2021.

Planos de ação elaborados pela Sinovac para ambas as inspeções.

Declaração da Sinovac informando que a Beijing Municipal Medical Products Administration é reconhecida pela NMPA (autoridade regulatória da China para medicamentos).

Análise de risco do Butantan sobre os lotes impactados.

A agência destacou que o Instituto Butantan não apresentou, contudo, o relatório de inspeção emitido pela autoridade sanitária da China, que seria "essencial para avaliação das condições de aprovação da planta, que podem incluir compromissos e condicionantes para permitir a operação no local". Segundo a agência, os formulários de não conformidades apresentados inclusive "reforçam as preocupações da Anvisa relacionadas às práticas assépticas e rastreabilidade dos lotes".

São Paulo foi o Estado que concentrou a maior aplicação de doses da Coronavac dos lotes suspensos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governo paulista disse ter aplicado cerca de 4 milhões de unidades - nos outros Estados, registros apontam para uso em quantidades bem menores. O órgão sanitário diz que a suspensão ocorreu apenas por cautela, uma vez que a fábrica chinesa onde foram envasados os frascos não teve inspeção brasileira. Já o Instituto Butantan reforça que a vacina é segura.

No total, os 25 lotes suspensos têm 12,1 milhões de doses. O Ministério da Saúde não informou quantos desses imunizantes foram usados nem qual será a orientação para quem tomou essas vacinas.

##RECOMENDA##

Estados e municípios foram orientados a não usar mais esses produtos - a interdição é válida por 90 dias, até que os técnicos da Anvisa analisem as condições da fábrica da Sinovac, parceira do Butantan, onde foi realizado o envase.

A Secretaria da Saúde paulista disse que não foram registrados eventos adversos no grupo que tomou as injeções. Disse também aguardar orientação federal sobre a distribuição de uma remessa de 1,5 milhão de doses entregues na sexta-feira.

O Paraná informou ter recebido apenas 3,2 mil doses de um dos lotes suspensos, mas não disse quantas foram usadas. Segundo o governo estadual, essa remessa foi distribuída para as regionais nos dias 28 de julho e 13 de agosto.

Outro lote de 338,2 mil doses, parte da remessa interditada, tinha previsão de chegar anteontem a Curitiba, mas foi redirecionado de volta a São Paulo.

O Estado Rio disse ter recebido só um dos lotes, com 547,8 mil doses, cuja distribuição ainda estava em curso. A capital fluminense informou que 1.206 pessoas foram imunizadas com doses suspensas. O Ceará distribuiu 3 mil doses dos lotes suspensos para Fortaleza, mas não detalhou a aplicação. Amazonas, Roraima e Distrito Federal disseram ter recebido remessas sob interdição, mas ainda não haviam distribuído.

Dados do Ministério da Saúde compilados pelo Estadão por meio da plataforma Base dos Dados mostram que quase todas as doses dos lotes suspensos foram aplicadas em São Paulo. Até 31 de agosto, São Paulo tinha aplicado 3.314.292 doses desses lotes, enquanto outros 19 Estados juntos foram responsáveis por usar 14 mil doses.

Conforme esses dados, de bases oficiais, não há registros do uso desses lotes em seis Estados e no Distrito Federal. Há atrasos entre a aplicação da vacina e a inserção da informação no sistema federal, portanto este número pode estar defasado. A notificação dos dados é feita manualmente por funcionários das unidades de saúde, o que pode levar a erros de digitação.

Em nota, o Butantan rechaçou "alarmismo" e afirmou que o imunizante é seguro. Disse também que todas as doses foram atestadas pelo "rigoroso controle de qualidade" do instituto. A Sinovac disse também que essas linhas de envase foram inspecionadas e aprovadas pelas autoridades da China em março.

Rigor sanitário

Diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri diz que processos legais, como o adotado na interdição pela Anvisa, precisam ser respeitados, o que garante a segurança das pessoas. "Esperamos que seja o menor tempo possível de liberação."

Ele também não vê a necessidade de medidas muito diferentes para monitorar os vacinados com doses dos lotes interditados, já que a medida foi tomada por causa do envasamento. "A vacina é a mesma", afirma. (Colaboraram Fernanda Nunes, Bruno Villas Bôas e Ítalo Lo Re)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informou ter recebido na sexta-feira (3) 547.800 doses da vacina Coronavac do lote 202108113H, interditado pela Anvisa por ter sido envasado em uma fábrica chinesa que não passou pelo processo de inspeção da agência.

O lote estava sendo distribuído aos municípios do Estado do Rio neste fim de semana. Cidades que estavam recebendo o lote, nas regiões metropolitanas, Centro-Sul, Serrana, Médio Paraíba e Baixada Litorânea, foram orientadas pela secretaria a armazenar as doses e não utilizá-las.

##RECOMENDA##

Até o momento, somente o município do Rio de Janeiro divulgou que houve uso de doses do lote suspenso pela Anvisa. A Secretaria de Estado de Saúde solicitou orientação do Ministério da Saúde sobre como proceder nesse caso.

O governo estadual informou ainda que orientou os municípios que receberam o imunizante para que o lote fique armazenado até uma nova orientação da Anvisa. A secretaria também informa ter comunicado o ocorrido ao Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) para que "reforcem junto aos municípios a importância do armazenamento desse lote até que seja liberado o uso".

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou neste sábado, 4, a interdição de 25 lotes da vacina Coronavac, que protege contra a covid-19. Ao todo, cerca de 12,1 milhões de doses tiveram o uso suspenso pela agência. A medida vale por até 90 dias.

Em São Paulo, o governo do Estado informou que já aplicou quatro milhões de doses pertencentes aos lotes suspensos. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, nenhum efeito adverso grave relacionado a essas doses foi relatado até o momento.

##RECOMENDA##

Dados do Ministério da Saúde compilados pelo Estadão por meio da plataforma Base dos Dados mostram que quase todas as doses dos lotes suspensos foram aplicadas em São Paulo. Até o dia 31 de agosto, São Paulo tinha aplicado 3.314.292 doses desses lotes, enquanto outros 19 Estados juntos foram responsáveis pela aplicação de 14 mil doses.

Conforme esses dados, que são oficiais e divulgados pelo Ministério da Saúde, não há registros do uso desses lotes em seis Estados e no Distrito Federal. Há atrasos entre a aplicação da vacina e a inserção da informação no sistema do governo federal, portanto este número pode estar defasado. O processo de notificação dos dados é feito manualmente por funcionários das unidades de saúde, o que pode levar a erros de digitação.

 

A pasta ainda não emitiu nenhuma nota com orientações para as pessoas que tomaram essas vacinas. Nenhum caso de reação adversa grave ligado aos lotes interditados foi identificado até o momento.

Leia abaixo perguntas e respostas sobre o assunto:

Por que a Anvisa interditou os lotes?

Segundo a agência, os 25 lotes de Coronavac interditados foram envasados em uma unidade fabril chinesa não inspecionada pela Anvisa e nem aprovada na Autorização de Uso Emergencial no Brasil. As doses foram enviadas pela Sinovac, parceira do Instituto Butantan no desenvolvimento e produção da Coronavac.

A Anvisa diz ter sido avisada pelo Butantan na noite de sexta-feira, 3, que as doses foram envasadas em local não inspecionado. Além destes lotes que já estão no Brasil, outros 17 com nove milhões de doses que também foram envasados em local não inspecionado pela Anvisa estão em tramitação de envio ao País.

A agência disse ainda que consultou bases de dados internacionais em busca de informações sobre as Boas Práticas de Fabricação da empresa responsável pelo envase dos lotes. No entanto, não encontrou nenhum relatório de inspeção emitido por outras autoridades de referência ou pela própria Anvisa.

Quais lotes foram interditados?

Ao todo, 25 lotes foram interditados: 202107101H, 202107102H, 202107103H, 202107104H, 202108108H, 202108109H, 202108110H, 202108111H, 202108112H, 202108113H, 202108114H, 202108115H, 202108116H, L202106038, J202106025, J202106029, J202106030, J202106031, J202106032, J202106033, H202106042, H202106043, H202106044, J202106039 e L202106048.

Quem recebeu alguma dose desses lotes corre riscos?

Não. Em nota, o Instituto Butantan afirmou que os imunizantes são seguros para a população e que todas as doses foram atestadas pelo "rigoroso controle de qualidade do Butantan".

O diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, disse em entrevista ao jornal O Globo que não há motivo para pânico. Barra Torres afirmou que a decisão de suspender o lote é por cautela e reforçou que a Coronavac é uma vacina segura. A segurança da vacina foi comprovada por testes clínicos, cujos resultados foram analisados pelos técnicos da Anvisa e publicados em revista científica.

Quantas pessoas receberam essas vacinas no Brasil?

O Ministério da Saúde ainda não informou quantas pessoas receberam doses dos lotes interditados. Levantamento feito pelo Estadão mostra que, até o dia 31 de agosto, pelo menos 3.328.296 pessoas tinham sido vacinadas com essas doses em 20 Estados. A maioria dessas vacinas, 3.328.296, foram aplicadas no Estado de São Paulo. Os dados são do Ministério da Saúde e foram acessados pela reportagem por meio da plataforma Base dos Dados.

Há atrasos entre a aplicação da vacina e o registro da dose no sistema, portanto os números tendem a estar desatualizados. Um exemplo disso é São Paulo, já que o governo informou, no sábado, que quatro milhões de doses tinham sido aplicadas em todo o Estado. O preenchimento é feito de forma manual pela equipe das unidades de saúde e, por isso, pode haver erro de digitação no lote, o que também compromete a precisão da informação.

Quem tomou a vacina deve fazer o quê?

Até o momento não há orientação formal por parte do Ministério da Saúde ou da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo sobre o que o cidadão deve fazer neste caso. Em nota, a pasta afirmou que solicitou a suspensão da aplicação dessas doses e que está checando os lotes. Toda reação grave aos imunizantes deve ser comunicada à autoridade de saúde local ou à Anvisa por meio do site VigiMed.

São Paulo, o Estado que mais recebeu e aplicou doses destes lotes, informou que ainda não houve intercorrências entre as pessoas que receberam essas vacinas. Já a Secretaria Municipal de Saúde do Rio disse que as reações adversas devem ser comunicadas à unidade de saúde que aplicou a vacina. Não há indicação para revacinar as pessoas que receberam doses dos lotes interditados na cidade.

Quem está com a segunda dose da Coronavac pendente ou marcada para os próximos dias deve tomá-la?

Sim. Os Estados e municípios já foram orientados a não aplicar lotes suspensos, portanto é totalmente seguro receber a segunda ou a primeira dose da Coronavac.

Essas doses serão perdidas?

As doses ficarão suspensas por 90 dias, período no qual a Anvisa irá avaliar as condições de Boas Práticas de Fabricação da planta fabril onde as doses foram envasadas. A agência disse que também vai considerar o potencial impacto dessa alteração de local nos requisitos de qualidade, a segurança e a eficácia das vacinas e o eventual impacto para as pessoas que foram vacinadas com esses lotes.

Depois dessas análises, a agência vai decidir se libera ou não os lotes para uso. A Anvisa informou ainda que vai trabalhar com o Instituto Butantan para regularizar esse novo local de envase da Coronavac.

Como saber se tomei um dos lotes que foi interditado?

No cartão de vacinação há um campo informando o lote da vacina. Caso o cartão tenha sido perdido ou a informação esteja confusa, o lote pode ser consultado na plataforma ConectSUS, do Governo Federal.

O que o Instituto Butantan diz sobre o assunto?

Em nota, o Butantan diz que a medida da Anvisa "não deve causar alarmismo". "Foi o próprio instituto que, por compromisso com a transparência e por extrema precaução, comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas. Isso garante que os imunizantes são seguros para a população", diz trecho da nota.

Segundo o instituto, houve uma mudança em uma das etapas do processo de formulação da vacina na fábrica da Sinovac. "Reafirmamos, no entanto, que todas as doses da CoronaVac estão atestadas pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan", afirma o Butantan.

Quais Estados aplicaram doses dos lotes suspensos?

Questionado, o Ministério da Saúde ainda não informou quais Estados receberam doses dos lotes vencidos. A reportagem identificou a aplicação dessas doses em pelo menos 20 Estados, na maioria em pequenas quantidades, mas aguarda posicionamento dos governos locais para esclarecer se houve alguma discrepância entre os registros e a aplicação.

Até o momento, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Paraná e Goiás confirmaram que receberam parte destes lotes. Os Estados não souberam informar quantas doses já foram aplicadas.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que Pernambuco recebeu dois lotes que tiveram distribuição e uso suspensos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os dois lotes chegaram ao estado em julho e setembro, totalizando 264.840 doses.

A pasta declarou ter iniciado o processo de notificação dos municípios sobre a suspensão do uso das doses. O Ministério da Saúde orienta aos municípios que receberam os lotes citados que suspendam a utilização e que reservem os quantitativos, conservando em temperatura entre 2ºC e 8ºC até nova orientação do órgão federal.

##RECOMENDA##

A medida cautelar foi divulgada neste sábado (4). Segundo a Anvisa, 25 lotes foram envasados em uma planta da Sinovac não aprovada na Autorização de Uso Emergencial (AUE). Ao todo, são 12.113.934 doses. Outros 17 lotes, totalizando 9 milhões de doses, também envasados no local não inspecionado pela agência, estão em tramitação de envio e liberação ao Brasil. 

Em nota, o Instituto Butantan destacou que a decisão da Anvisa não deve causar alarmismo e que o próprio instituto fez o alerta à agência por "extrema precaução". Ainda não há informação de quantas doses desses lotes foram aplicadas em Pernambuco.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou neste sábado, 4, a interdição cautelar de 25 lotes da vacina contra a covid-19 Coronavac envasados em uma planta de produção não inspecionada. A distribuição e a aplicação das 12.113.934 doses exclusivamente destes lotes estão proibidas por até 90 dias, enquanto as demais seguem com uso liberado no País.

Em nota, a agência afirmou ter sido informada pelo Instituto Butantan sobre a situação em uma reunião na sexta-feira, às 16 horas, e, posteriormente, também por meio de um ofício.

##RECOMENDA##

A informação repassada pela instituição à Anvisa é que as doses foram envasadas (em frascos com uma e duas doses) em uma planta fabril da Sinovac (desenvolvedora da vacina) na China que não foi inspecionada e aprovada para Autorização de Uso Emergencial (AUE) no Brasil.

Além disso, outras 9 milhões de doses divididas em 17 lotes também fabricadas na mesma unidade não inspecionada estão em processo de envio e tramitação para o Brasil. "Nesses termos, a vacina envasada em local não aprovado na Autorização de Uso Emergencial configura-se em produto não regularizado junto à Anvisa", apontou em nota.

A agência afirmou que, durante a interdição cautelar, "trabalhará na avaliação das condições de boas práticas de fabricação da planta fabril não aprovada, no potencial impacto dessa alteração de local nos requisitos de qualidade, segurança e eficácia, e do eventual impacto para as pessoas que foram vacinadas".

Além disso, apontou que serão feitas tratativas junto ao Butantan para regularização do novo local na cadeia fabril da vacina.

Segundo a agência, a decisão será oficializada em edição extraordinária do Diário Oficial da União ainda neste sábado. "Torna-se essencial a atuação da Anvisa com o intuito de mitigar um possível risco sanitário", afirmou.

A Anvisa diz, ainda, ter avaliado toda a documentação apresentada e consultado as bases de dados internacionais em busca de informações sobre as condições de boas práticas de fabricação da empresa responsável pelo envase dos lotes, mas que não encontrou até o momento um relatório de inspeção emitido por outras autoridades de referência, como por exemplo PIC/S e OMS.

"Considerando a irregularidade apontada, somado às características do produto e complexidade do processo fabril (vacinas são produtos estéreis, injetáveis, devendo ser fabricadas em rigorosas condições assépticas), e o desconhecimento sobre o cumprimento das boas práticas de fabricação da empresa pela Anvisa, indicam a necessidade de adoção de medida cautelar para evitar a exposição da população a possível risco iminente", ainda aponta a nota.

A agência também destacou que a autorização de uso emergencial da Coronavac no Brasil reúne um trecho da relatoria que ressalta a necessidade de que "eventuais alterações" passem por nova análise das áreas técnicas da Anvisa. Além disso, frisou que uma medida cautelar não é uma decisão de caráter punitivo, mas uma medida sanitária "para evitar a exposição ao consumo e uso de produtos irregulares ou sob suspeita". "As medidas cautelares também são um ato de precaução, que visa proteger a saúde da população, sendo adotadas em caso de risco iminente à saúde, sem a prévia manifestação do interessado, fundamentadas nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sendo aplicáveis para a ação de fiscalização de interdição cautelar", explicou.

Ainda segundo a agência, a interdição cautelar se aplica aos casos "em que sejam flagrantes os indícios de alteração ou adulteração do produto, hipótese em que a interdição terá caráter preventivo ou de medida cautelar", o que é previsto na Lei nº?6.437, de 20 de agosto de 1977.

Os lotes das 12 milhões doses interditadas que estão no Brasil são os seguintes: 202107101H, 202107102H, 202107103H, 202107104H, 202108108H, 202108109H, 202108110H, 202108111H, 202108112H, 202108113H, 202108114H, 202108115H, 202108116H, L202106038, J202106025, J202106029, J202106030, J202106031, J202106032, J202106033, H202106042, H202106043, H202106044, J202106039 e L202106048. Já as 9 milhões de doses que estão em tramitação para chegar no País são dos lotes: 202108116H, 202108117H, 202108125H, 202108126H, 202108127H, 202108128H, 202108129H, 202108168H, 202108169H, 202108170H, 2021081701K, 202108130H, 202108131H, 202108171K, 202108132H, 202108133H e 202108134H.

Um homem de 22 anos denunciado por furar a fila da vacinação contra a Covid-19 foi preso em Apucarana-PR na quinta-feira (2). A prisão ocorreu após ele ser acusado de novo ilícito: burlar o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização e tomar uma terceira dose.

Inicialmente, o investigado havia furado a fila da vacina desrespeitando o critério de idade. Ele foi imunizado com duas doses de Coronavac.

##RECOMENDA##

Ele responde ação penal pelos crimes de peculato e infração de medida sanitária. Apesar de ter virado réu, o Ministério Público do Paraná (MPPR) sustentou no pedido de prisão que "o denunciado não hesitou em voltar a delinquir e tomou uma terceira dose de imunizante contra a Covid-19, aproveitando-se de uma inconsistência no sistema e omitindo a informação de que já havia completado sua imunização, ainda que por vias transversas".

Segundo o MPPR, a terceira dose tomada pelo investigado foi da vacina da Pfizer. Na ordem de prisão, o Juízo da 1ª Vara Criminal de Apucarana afirma que o acusado "demonstra claramente seu descaso com o próximo e com a vida humana, bem como seu egoísmo, praticando, por mais de uma vez, condutas afrontosas à campanha de vacinação."

Nesta quarta-feira (1º), Pernambuco recebeu três novas remessas da Coronavac e ultrapassou a marca de 10 milhões de doses de vacinas recebidas para combater a Covid-19. Os lotes foram entregues em três voos distintos. A primeira carga chegou por volta das 10h, com 165.840 doses de vacinas. A segunda carga, às 12h, trouxe 240.200 unidades, e a terceira, recebida agora à tarde, contou com mais 96 mil doses.

Todo o quantitativo recebido hoje foi encaminhado à sede do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) para checagem, armazenamento e distribuição aos municípios. De acordo com a superintendente de Imunizações da SES-PE, Ana Catarina de Melo, as doses da Coronavac serão utilizadas para proteção da população com a aplicação de primeiras e segundas doses.

##RECOMENDA##

Somadas as três novas entregas do Butantan, Pernambuco totaliza o recebimento de 10.422.650 doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, foram 4.133.520 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 3.931.320 da Coronavac/Butantan, 2.185.560 da Pfizer/BioNTech e 172.250 da Janssen.

Pernambuco recebe nesta quarta-feira (1º) mais 502.040 doses de vacina contra a Covid-19 da Coronavac/Butantan. Com a atualização, o estado ultrapassa a marca de 10 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19 recebidas.

As novas remessas serão utilizadas na aplicação de primeira e segunda doses. O montante foi dividido em 76 volumes e embarcados em três voos distintos.

##RECOMENDA##

O primeiro lote chegou no Recife por volta das 10h e já seguiu para checagem, armazenamento e distribuição. Os próximos dois lotes estão previstos para chegar ainda nesta quarta-feira.

Somadas as três novas entregas do Butantan, Pernambuco totaliza o recebimento de 10.422.650 doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, foram 4.133.520 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 3.931.320 da Coronavac/Butantan, 2.185.560 da Pfizer/BioNTech e 172.250 da Janssen.

Pernambuco recebeu mais 133.380 doses da Pfizer e 214.600 da Coronavac nessa quinta-feira (26). As vacinas foram enviadas às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) na madrugada desta sexta (27) para acelerar a imunização em todas as regiões do estado.

A orientação da Secretaria Estadual de Saúde (SES) é que a remessa da Pfizer seja utilizada para primeira dose da população geral e em adolescentes a partir dos 12 anos, bem como para garantir a segunda dose de gestantes, puérperas e pessoas com comorbidades. Já a Coronavac foi liberada para complemento do esquema vacinal.

##RECOMENDA##

“O ritmo da vacinação está diretamente ligado à disponibilidade da vacina. Somente nesta sexta-feira vamos repassar aos municípios quase 348 mil doses, contemplando públicos diversos e garantindo a primeira dose e também a finalização do esquema vacinal, o que é indispensável para que o indivíduo tenha uma resposta robusta contra o novo coronavírus”, afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Doses entregues ao estado

Com a nova entrega, Pernambuco já recebeu 9.804.240 doses de vacinas contra a Covid-19. Dessas, 4.059.270 foram da Astrazeneca, 3.429.280 da Coronavac, 2.143.440 da Pfizer e 172.250 da Janssen, informa a SES.

Um estudo preliminar apresentado nesta semana pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) indica que a imunidade em vacinados com as duas doses da Coronavac é menor em homens com mais de 55 anos.

O professor Jorge Kalil detalhou os três parâmetros verificados na pesquisa. “A resposta de anticorpos contra o sars-cov-2, mais especificamente a três tipos de proteínas do coronavírus, responsáveis por sua estrutura e adesão às células; os anticorpos neutralizantes, ou seja, aqueles que de fato inativam o vírus; e a resposta celular, que acontece através de uma proliferação de células de defesa, os linfócitos, numa cultura de células do sangue, depois de estímulo com fragmentos do vírus, os chamados peptídeos das proteínas virais”.

##RECOMENDA##

Terceira dose

Após analisar amostras de 70 pessoas que já tiveram coronavírus e 100 que receberam as duas doses do imunizante, com intervalo mínimo de quatro semanas, foi percebido que um terço do público teve uma resposta de anticorpos ou de células contra a doença.

"Nos homens com mais de 55 anos, não houve diferença no interferon-gama, mas sim na interleucina-2, o que aponta para uma possível dificuldade na produção de células T de memória, que garantem a resposta imune contra o vírus muito tempo após a vacinação”, acrescentou o professor Edécio Cunha Neto.

Retomada das etapas de vacinação

A baixa resposta ao vírus se mostrou acentuada a partir dos 80 anos. Por isso, os pesquisadores recomendam a terceira dose. "Isso demonstra bem que o regime vacinal que foi utilizado não é suficiente para dar uma razoável cobertura contra doença grave e contra morte”, adverte Kalil.

A indicação da Comissão Técnica de Assessoramento a Imunizações (Cetai) é que a terceira dose seja aplicada em quem tem mais de 80 anos e, quando possível, sejam aplicadas em pessoas com mais de 60.

Imunizante para a terceira aplicação

“Muito provavelmente será aplicada uma vacina heteróloga, ou seja, uma outra vacina que não a Coronavac, preferencialmente ou AstraZeneca ou Pfizer”, pontua o cientista.

Os resultados já eram esperados pelo grupo, que mesmo assim, ressalta que as vacinas ainda são a melhor forma de se proteger da doença.

A pesquisa segue para definir qual imunizante é o mais adequado para a terceira dose. "Esse estudo encontra-se em andamento e espera-se que em um mês já tenhamos esses resultados, o que é muito importante para a definição de qual vacina será usada na terceira dose”, concluiu o professor.

Um novo lote com 152.500 doses da vacina da AstraZeneca chegou a Pernambuco na noite dessa segunda-feira (23). No mesmo dia, o estado já havia recebido 105.300 unidades da Pfizer para acelerar a campanha de imunização contra a Covid-19.

Após desembarcar no Aeroporto dos Guararapes, na Zona Sul do Recife, as remessas foram levadas à sede do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), onde foram checadas e armazenadas antes de seguir às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), na madrugada desta terça (24), aponta a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Outras 107.300 vacinas da Coronavac recebidas no domingo (22) também foram enviadas aos municípios.

##RECOMENDA##

Recomendações para o uso dos imunizantes

A orientação da SES é que as unidades da Coronavac sejam destinadas ao complemento do esquema vacinal do público geral. As da AstraZeneca serão exclusivas para segundas doses de pacientes com comorbidades. Já o imunizante da Pfizer será aplicado tanto na população geral, quanto em adolescentes a partir dos 12 anos com deficiência permanente, comorbidades, gestantes, puérperas ou privados de liberdade em unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase).

"Nos últimos trinta dias, Pernambuco recebeu ao todo mais de três milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus. Isso representa quase um terço do total de imunizantes que chegaram ao Estado desde janeiro, quando começamos a nossa campanha de vacinação", calculou o governador Paulo Câmara (PSB).

“Todas essas vacinas nos permitiram ofertar a imunização à população adulta e iniciar a vacinação dos adolescentes previstos em lei federal publicada em julho", acrescentou o secretário de Saúde, André Longo.

Os adolescentes foram inclusos no Plano Nacional de Operacionalização e, na última semana, o Programa Estadual de Imunização divulgou nota técnica com a lista das comorbidades elencadas

Doses recebidas por Pernambuco

Com o material entregue até esta segunda (23), Pernambuco já recebeu 9.456.260 doses, sendo 4.059.270 da Astrazeneca, 3.214.680 da Coronavac, 2.010.060 da Pfizer e 172.250 da Janssen, informa a SES.

Na manhã deste domingo (22), chegaram em Pernambuco 107.300 doses da Coronavac/Butantan. Por volta das 10h, a remessa contendo as nove caixas do imunizante desembarcou no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, e levada para a sede do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE). É no PNI que os técnicos fazem a distribuição para os municípios do Estado.

De acordo com o governador Paulo Câmara, o recebimento das doses garante a complementação do esquema vacinal para os pernambucanos. "As novas vacinas que recebemos hoje vão permitir um grande avanço na proteção da população em geral, garantindo a complementação do esquema vacinal de adultos", disse.

##RECOMENDA##

"Estamos nos empenhando para que todos os pernambucanos, em todas as regiões do Estado, tenham acesso às duas doses de imunizantes. Isso é essencial para continuarmos com o cenário queda nos casos da Covid-19 em Pernambuco", completou. Para o secretário estadual de saúde, André Longo, é importante que as pessoas se vacinem: "É preciso que todos tomem suas vacinas assim que chegar sua vez, e voltem para receber a segunda dose no tempo preconizado".

Pernambuco já recebeu até agora 9.198.460 doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 3.906.770 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 1.904.760 da Pfizer/BioNTech e 172.250 da Janssen. Só da Coronavac/Butantan foram entregues para o Estado 3.214.680 doses.

Pernambuco ultrapassou a marca de nove milhões de doses recebidas nesta última sexta-feira (20), com a chegada de mais 186.030 doses da Pfizer. Essas doses serão destinadas exclusivamente ao início de novos esquemas vacinais na população em geral.

Os adolescentes entre 12 e 17 anos com deficiência permanente, comorbidades, gestantes, puérperas (no puerpério remoto até um ano) ou privados de liberdade também serão prioridades na imunização com a Pfizer - única vacina autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação neste público.

##RECOMENDA##

Pela manhã da sexta-feira (20), a Secretaria de Saúde de Pernambuco já havia recebido outras 215.300 vacinas da Coronavac/Butantan para reforçar o esquema completo da população em geral. Todas essas 401.330 novas doses estão sendo encaminhadas às Gerências Regionais de Saúde (Geres), onde ficarão à disposição para retirada pelos gestores municipais.

Mais uma vez, estamos orientando os municípios a terem atenção com as pautas de cada distribuição, e convocamos a população para garantir o seu direito à imunização assim que chegar a sua vez. As vacinas são seguras, salvam vidas e são indispensáveis para reduzirmos os casos graves e óbitos pela Covid-19”, afirmou a superintendente de Imunizações da SES-PE, Ana Catarina de Melo. 

Até agora, exatas 9.091.160 doses chegaram ao Estado, sendo 3.906.770 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 3.107.380 da Coronavac/Butantan, 1.904.760 da Pfizer/BioNTech e 172.250 da Janssen.

O mundo científico está discutindo a necessidade da dose de reforço das vacinas contra a Covid-19. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu dois pedidos de autorização para pesquisa clínica a fim de investigar os efeitos de uma dose de reforço contra o novo coronavírus. 

O primeiro estudo é da Pfizer/BioNTech, que avalia a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina Comirnaty. O segundo caso é do laboratório AstraZeneca, que desenvolveu uma segunda versão do imunizante que está em uso no Brasil, buscando a proteção contra a variante B.1.351 do Sars-CoV-2, identificado primeiro na África do Sul.

##RECOMENDA##

Um dos braços do estudo prevê que uma dose da nova versão da vacina seja aplicada em pessoas que foram vacinadas com duas doses da versão original da AstraZeneca. 

Diante do atual cenário pandêmico do país, que enfrenta o avanço da variante Delta, A Anvisa está recomendando que o Programa Nacional de Imunização (PNI) considere a possibilidade de indicar a dose de reforço da CoronaVac em caráter experimental para grupos que receberam duas doses da mesma vacina, priorizando públicos-alvo como pacientes imunocomprometidos ou idosos. 

A diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, alerta que antes do avanço das doses adicionais, é preciso atentar para a necessidade de ampliação e integralidade da cobertura vacinal para todos os cidadãos aptos. "É prioritário que essa cobertura seja integral, com a aplicação de duas doses ou dose única, conforme a vacina", avalia.

O que mostra os estudos

Dois estudos feitos pela farmacêutica Sinovac, que produz a CoronaVac em parceria com o Instituto Butantan, verificou que a dose de reforço da vacina aumenta a imunidade das pessoas, seja 28 dias, seis ou oito meses após a aplicação das duas primeiras doses. 

Para esses primeiros resultados, a Sinovac testou adultos chineses de 18 a 59 anos e idosos acima dos 60 anos. Nenhum dos estudos verificou efeitos adversos graves nos pacientes, sendo comum apenas a dor no local da aplicação do imunizante.

Ministro confirma 3ª dose

Na última quarta-feira (18), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que a pasta irá aplicar a dose de reforço, começando pelos profissionais da saúde e idosos. Queiroga diz que o objetivo é reforçar a proteção contra a Covid-19 diante do avanço de variantes no Brasil, em especial a Delta - considerada mais letal.

Ao LeiaJá, o Ministério da Saúde "informou que ainda não tem uma data de quando esse reforço deve começar no país e que espera por dados científicos que embasem a necessidade da terceira dose. A pasta não disse se dispõe de doses suficientes para iniciar este reforço, se haverá a necessidade da compra de mais imunizantes e qual vacina será necessária para essa maior cobertura da imunização”.

Reforço começa no Rio

O secretário municipal do Rio de Janeiro disse na última segunda-feira (16), que idosos da Ilha de Paquetá irão receber, ainda neste mês, a dose de reforço contra o novo coronavírus. As doses serão aplicadas como parte do estudo realizado na ilha, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz. 

Esta terceira dose fará parte do estudo de observação dos efeitos da vacinação heteróloga, quando são aplicadas doses de vacinas diferentes em uma mesma doença.

Avanço da variante Delta no Brasil

Recente levantamento do Ministério da Saúde mostra que o Brasil já confirmou 1.051 casos da variante Delta, que deixou 41 vítimas fatais. Esta cepa da Covid-19 é considerada mais transmissível que as outras e mais letal. A variante já circula em 13 estados e no Distrito Federal. 

Na quarta-feira (20), o Governo de Pernambuco confirmou que as investigações epidemiológicas realizadas pelos municípios indicam que a variante Delta já circula no território. No dia 12 de agosto, a Secretaria de Saúde divulgou que dois homens, de 24 e 59 anos, tiveram as suas amostras positivas para a variante. Eles são moradores de Olinda e Abreu e Lima.

Ainda não foi possível rastrear a origem da infecção em Pernambuco, o que - segundo a Secretaria de Saúde - comprova que o vírus circula entre as pessoas, independente de terem viajado ou não para locais onde há registros de casos. 

“Com os resultados encontrados até o momento, não conseguimos identificar os casos que positivaram para a doença antes desses pacientes. Seguiremos reforçando o sequenciamento genético das amostras, principalmente dos contactantes relacionados aos dois pacientes, para rastrear a possível presença da Delta no Estado”, reforçou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

O secretário destacou ainda que a circulação da variante Delta em Pernambuco reforça a importância dos cuidados e, principalmente, da vacinação contra a Covid-19. 

“É fundamental que a população entenda a necessidade do uso correto de máscaras, do distanciamento social e da higienização adequada das mãos. É necessário compromisso e responsabilidade. A pandemia não acabou. O vírus continua circulando, com a introdução de variantes preocupantes, como é o caso da Delta. Completar o esquema vacinal, com as duas doses, é essencial para a eficácia da imunização", ressaltou Longo. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando