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Durante sessão virtual realizada nesta segunda-feira (17), a vereadora Aline Mariano (PP) afirma que vai instaurar uma comissão para descobrir de onde vazaram as informações sobre a menina capixaba de 10 anos que estava no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) para realizar o aborto da gravidez de 22 semanas. A criança estaria sendo estuprada pelo tio desde os seus seis anos de vida, segundo apura a Polícia do Espírito Santo.

"É um absurdo a exposição ao qual essa criança está sendo submetida. Além de ter sido estuprada pelo próprio tio e ter uma gravidez de risco, uma multidão vai para a frente do Cisam para fazer manifestações que não ajudam em nada. Não estão pensando na criança. Querem fazer política com uma questão delicada para essa menina, para a família dela e tentaram desestabilizar a administração do Cisam. Vamos formalizar a criação de uma comissão para apurar e punir os responsáveis pelo vazamento das informações acerca desse caso", aponta Aline.

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A vereadora se colocou favorável ao cumprimento da legislação brasileira, que autorizou o abortamento da gravidez. "A gravidez foi interrompida com todo o profissionalismo reconhecido nacionalmente pelo Cisam e a garota está bem. A lei brasileira permite que um aborto seja realizado por meio do serviço público de saúde no caso de a gravidez ser resultado de um estupro, assim como em situação de risco para mãe ou de anencefalia. O hospital cumpriu a lei e não há o que discutir. Agora é cuidar dos danos psicológicos e físicos sofridos por essa criança e cobrar punição severa para o estuprador", salienta.

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Mesmo em prisão domiciliar, a representante da extrema direita, Sara Winter, cometeu mais uma infração ao expor o nome e a cidade da criança de 10 anos que retirou um feto de 22 semanas e 4 dias, neste domingo (16), no Recife. Religiosos se aglomeraram em frente ao Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), na Zona Norte da capital, para impedir que o procedimento fosse realizado, mesmo com autorização da Justiça.

Além de ferir o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ao deixar de preservar informações pessoais da menina, Sara repassou o endereço do hospital para que grupos antiaborto impedissem o procedimento. Mesmo com a conta do Twitter bloqueada, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a coordenadora do grupo 300 pelo Brasil continuou com a militância virtual em um perfil alternativo.

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A criança morava com a família em uma cidade no norte do Espírito Santo e teria engravidado do próprio tio, de 33 anos, que a estuprava desde os seis. Uma decisão da Vara da Infância e da Juventude do município garantiu que a gravidez fosse interrompida, porém a equipe médica alegou questões técnicas para recusar o procedimento. Por isso, ela precisou ser transferida para o Recife, onde realizou a intervenção.

Pernambuco foi o primeiro estado do Brasil a instituir uma política de saúde LGBT dentro da secretaria de saúde estadual. Desde então, alguns avanços nessa área já podem ser observados. Para a população LGBT falta muito a ser alcançado, ainda mais se tratando de um grupo que muitas vezes foge das unidades de saúde por conta do preconceito - as melhorias, entretanto, também são reconhecidas.

Atualmente, apenas duas cidades possuem ambulatórios especializados para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexo: Recife e Camaragibe, na Região Metropolitana. A capital pernambucana possui atendimento no ambulatório LGBT Patrícia Gomes da Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, Zona Oeste do Recife, e no ambulatório LBT do Hospital da Mulher do Recife, que atende lésbicas, bissexuais e transexuais. Em Camaragibe, foi inaugurado em 2018 o Ambulatório LGBT – Espaço Darlen Gasparelle.

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Segundo o coordenador estadual de Saúde LGBT, Luiz Valério, novos ambulatórios especializados devem surgir também no interior do estado. “Provavelmente até o final do ano teremos um ambulatório municipal de Caruaru. E em Serra Talhada a discussão está bem avançada”, comenta. Além desses, Valério destaca que também está sendo discutida a criação de ambulatórios LGBT em Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca e Petrolina. Nesta última, já há um médico desenvolvendo trabalho de hormonoterapia em um ambulatório da cidade sertanense.

Além dessas unidades municipais, o Hospital das Clínicas (HC), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), possui o Espaço de Cuidado e Acolhimento Trans e realiza a cirurgia de redesignação sexual ou mudança de sexo, como é popularmente conhecida. O HC é o único hospital que oferece este serviço em Pernambuco e apenas outros quatro hospitais fazem o mesmo procedimento no país. Segundo informações, a fila de espera é tanta que os últimos estão com agendamento para daqui a 15 anos.  De acordo com o HC, atualmente são atendidas 308 pessoas, sendo 202 mulheres trans, 89 homens trans, 13 travestis e quatro intersexo. Até o momento, foram realizadas 38 cirurgias de redesignação.

O Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), da Universidade de Pernambuco (UPE), possui também um ambulatório direcionado para a população trans. Inicialmente, o espaço foi criado com o foco no atendimento a homens trans, mas já atende a mulheres transexuais. O Hospital Oswaldo Cruz (Huoc), também da UPE, realizou a primeira mastectomia, cirurgia para retirada da mama, em 2017. Desde então não houve novos procedimentos e a assessoria da UPE informou que não há outros agendados, se devendo ao fato de o interessado precisar de acompanhamento de dois anos. Informações colhidas são de que a ausência de um cirurgião plástico na equipe fez com que o projeto, ainda piloto, necessitasse ser repensado.

O coordenador estadual de saúde LGBT, Luiz Valério, pontua que apesar do número reduzido de serviços especializados, os principais hospitais de Pernambuco já receberam orientações e a conscientização continua ocorrendo. Ele cita entre as unidades já ‘sensibilizadas’: Hospital da Restauração, Hospital Barão de Lucena, Hospital Getúlio Vargas, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e instituições de Serra Talhada, Arcoverde, Petrolina e Caruaru.

Valério está na função há um ano e seis meses e percebe municípios mais hesitantes em implementar a polícia de saúde LGBT desde a mudança no governo federal. “A gente está vivendo um novo momento político. Há uma crescente do ódio e do retrocesso político. A gente tem visitado muitos municípios, através das gerências regionais de saúde, que convocam os secretários. Em alguns momentos, temos percebido um aumento na descrença da importância por parte de alguns profissionais. Muitos prefeitos se negam porque essa seria uma mancha na gestão. Mas nós dialogamos e mostramos comprovação de dados”, afirma.

O assistente social Henrique Costa, do Instituto Boa Vista, Ong voltada para a luta LGBT, afirma que Pernambuco é uma das capitais mais avançadas em termos de equipamentos de saúde para trans e homossexuais. Ele, porém, elenca questões consideradas preocupantes. O primeiro quesito seria a insuficiência de profissionais. Costa destaca, por exemplo, que Luiz Valério é quem faz o trabalho de conscientização em todo o estado. “Também tem a questão orçamentária. Não está claro quanto do recurso total de um ambulatório como o Lessa de Andrade tem sido direcionado para garantir a operacionalização do serviço para a população LGBT. Há também um desconhecimento de muitos usuários da existência desse serviço, principalmente entre os mais pobres, negros e de periferia. Não tem sido incomum encontrarmos pessoas que desconhecem completamente. E são do Recife, ou seja, potenciais usuários. Por fim, é necessário que a política de saúde caminhe com outras políticas, que haja integralidade, universalidade. A gente percebe que há esforço dos profissionais mas fica muito no âmbito individual. Quantas campanhas públicas com grande publicidade a gente vê desses serviços?” questiona.

Atendimento no Ambulatório Patrícia Gomes

Costa acrescenta ouvir que muitas pessoas não comparecem ao agendamento por falta de dinheiro para a passagem de ônibus. O LeiaJá visitou o ambulatório Patrícia Gomes, do Lessa de Andrade, e apenas uma pessoa que estava agendada havia comparecido. Duas delas faltaram por não ter como pagar a passagem. “A questão financeira é um divisor de águas para essas pessoas. Muitas vezes eu escuto dizer que elas vêm andando de um lugar muito distante porque não têm o dinheiro da passagem, como também deixam de vir. A gente fica muito triste quando não consegue dar conta dessa situação”, lamenta Ricardo Rodrigues, coordenador do ambulatório. Conforme Ricardo, as mulheres trans são as que vivem em situação financeira mais crítica.

O baixo comparecimento de pacientes naquele dia foi considerado atípico, apesar de tudo, segundo a diretora do Lessa de Andrade, Priscila Ferraz. “Nós oferecemos somente dois dias de ambulatório com cota de oito paciente, mas existe uma demanda reprimida. Tenho certeza que se a gente tivesse médico todos os dias, todos os dias teria paciente”, ela resume. O acolhimento no Patrícia Gomes ocorre de segunda a sexta no período da tarde, mas as consultas médicas são realizadas apenas nas terças e quartas.

A saúde LGBT trava uma batalha contra a automedicação de hormônio, que pode gerar sérios problemas de saúde. Grande parte dos pacientes atendidos no Patrícia Gomes vivem essa realidade. “A última pessoa que acabei de atender, Lorena, começou aos 13 anos a se hormonizar. Existem os riscos que ela correu o tempo todo, mas também é uma reflexão que a gente vai precisar fazer. Lorena tem uma boa passabilidade [termo usado para se referir a quanto uma pessoa trans consegue ‘se passar’ por um homem ou mulher cisgênero] porque começou a mexer nos hormônios na adolescência, que seria o ideal, principalmente para as meninas. Mas ela tinha pouco estudo”, destaca Rodrigo de Oliveira, responsável pelo serviço ambulatorial e especializado na medicina da família e comunidade.

O coordenador Ricardo Rodrigues complementa: “Antes mesmo dessas pessoas conhecerem um local com especialidade, elas já buscaram profissionais para enxergar como funcionam esses processos, mas muitas vezes eram locais de violações de direitos. Muitas vezes os profissionais não sabem como dar esse acesso, como abordar através das especificidades. Existe também muito preconceito, que faz com essas pessoas cheguem nesses espaços e nunca mais retornem. Acabam buscando informações de outras pessoas que já fizeram, conseguem retorno de imediato, a mama cresce rápido, mas de forma errônea. Muitas pessoas quando chegam aqui já estão fazendo o tratamento e com certo tipo de sequela ou patologia inicial”.

De maneira geral, todos defendem que os avanços na área são oriundos da luta de ativistas. “Essa política LGBT não se daria se não fossem os movimentos que resistem e resguardam essa população. As lutas existem porque a população LGBT está morrendo, sendo maltratada e machucada. Nós pagamos nossas contas, investimos nosso dinheiro, compramos pipoca no sinal, compramos carro, ar condicionado, pagamos imposto, também geramos dinheiro para essa nação e precisamos receber de volta cuidado e respeito. Vamos continuar resistindo a todo esse processo”, argumenta Luiz Valério.

Os nomes dos ambulatórios

Patrícia Gomes era uma travesti que residiu por mais de 20 anos no bairro da Guabiraba, no Recife. Com 28 anos conheceu o Grupo Gay Leões do Norte, iniciando a trajetória no movimento social LGBT de Pernambuco. Ela morreu no dia 23 de maio de 2011 aos 33 anos no Hospital da Restauração (HR) dias depois de ter participado de uma sensibilização com profissionais de saúde sobre respeito ao nome social e identidade de gênero no mesmo local. Foi enterrada como homem.

Darlen Gasparelle é fundadora do movimento trans de Pernambuco, conforme a Prefeitura de Camaragibe. Ela abandonou os estudos por conta do preconceito que sofria. Na época em que estudava, ela tinha que usar o banheiro dos professores, pois os estudantes não permitiam que ela usasse nem o de menino nem o de meninas. Ela queria cursar enfermagem, mas não conseguiu terminar o ensino médio.

Serviço

Espaço de Acolhimento e Cuidado Trans do HC

Avenida Professor Moraes Rego, 1235. Segundo andar do bloco E do HC, na sala 236, de segunda a sexta, das 8h às 17h.

(81) 2126.3587

 

Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE)

(81) 3182-7708 e 0800-081-1108

Endereço: Rua Visconde de Mamanguape, S/N, Encruzilhada

 

Ambulatório LGBT Patrícia Gomes, da Políclínica Lessa de Andrade

Estr. dos Remédios, 2416, Madalena

Acolhimento de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h. Atendimento médico na terça e quarta-feira.



Ambulatório LGBT Darlen Gasparelli

Rua Joaquim Cavalcante de Santana, no Bairro Novo do Carmelo, Camaragibe. Segunda à sexta-feira, das 8h às 17h

 

Servidores do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM-UPE) farão uma paralisação na UTI Neonatal por 24 horas, a partir desta quarta-feira (21). O Sindicato dos Servidores da Universidade de Pernambuco (Sindupe) informa que essa mobilização é para tentar chamar a atenção da sociedade e do poder público para os problemas enfrentados por quem trabalha na unidade e para quem precisa dos serviços. "Tem criança morrendo por conta das dificuldades da unidade. Tem mães dando à luz em cadeiras e até no chão, por conta da superlotação", afirma Érico Alves, presidente do Sindupe.

O déficit de servidores também é um outro ponto que vem assolando o Cisam. Conforme o Sindicato, por falta da quantidade ideal de funcionários, alguns médicos estão se revezando para poder dar conta da quantidade de grávidas em trabalho de parto e pós-parto. "A quantidade de profissionais, segundo a legislação, deve ser de acordo com a quantidade de pacientes; o que não vem acontecendo na unidade", explica Érico. Mas não são apenas os médicos que sofrem esse déficit, de acordo com o Sindupe, enfermeiros, técnicos de enfermagem e assistentes administrativos, também estão em um quadro deficitário. 

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O presidente do Sindicato, responsável pela paralisação que ocorrerá nesta quarta (21), revelou que os bebês e as mães que estão no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros convivem com uma estrutura precária. "Fiações à mostra, problemas hidráulicos, paredes mofadas, além da falta de espaço adequado entre os leitos" é o ambiente proposto para quem procura por atendimento de saúde na unidade. "Todas essas irregularidades trazem riscos de contaminação e incidentes às crianças e suas genitoras", alerta o presidente

Em protesto, Érico Alves afirma que muitas maternidades do interior, e de cidades da própria Região Metropolitana do Recife, ou não estão funcionando ou existe apenas uma única unidade para dar conta de todos os partos do município. "Por conta desse problema, o Cisam está atendendo cinco vezes mais mães do que o limite. Muitas estão vindo do interior de Pernambuco para poder parir o seu bebê na capital. Há uma falta de investimento do Governo para conseguir dar suporte a tudo isso", pondera Érico.

 

Por conta de todas essas questões, nesta quarta-feira (21) o Cisam só irá funcionar com 30% dos profissionais.

 

Foi apresentado, na tarde desta terça-feira (17), na sede da Secretaria Estadual de Saúde, o boletim epidemiológico dos casos de microcefalia em Pernambuco. Na próxima sexta-feira (20) será divulgado o protocolo destinado às gestantes. Até o momento, quase 300 casos foram notificados pelo Governo. 

Por enquanto, o protocolo utilizado é destinado aos bebês cujo perímetro cefálico é de, no máximo, 33 centímetros e que apresente algum tipo de calcificação. Ao todo, são 102 casos confirmados, que atendem aos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e que caracterizam a possibilidade da doença, em Pernambuco.

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De acordo com a secretária-executiva de vigilância em saúde, Luciana Albuquerque, estão sendo analisados os casos minuciosamente, pois é precipitado alegar a causa da doença. “Temos evidências de Zika, Dengue e Chikungunya, mas não foi estabelecida a relação, já que esses vírus circulam no estado”, esclarece.

A coordenadora de infectologia pediátrica do Hospital Oswaldo Cruz, Ângela Rocha, as alterações são características de um processo infeccioso, mas não se pode deixar de investigar todas as possibilidades. ”Não podemos deixar de avaliar todas as possibilidades, inclusive drogas, fumo, álcool, para que possamos chegar ao agente causador”, explica.

Na próxima sexta-feira (20), será informado o protocolo destinado às gestantes. Essas mulheres serão encaminhadas aos hospitais de referência – HUOC, Imip, Cisam e AACD - mais próximos delas.

Segundo a gerente de atenção à saúde da mulher, Letícia Katz, o pré-natal é fundamental para toda gestante, no entanto, nada deve mudar nesse processo. No entanto, as ultrassonografias precisam de atenção. “O que muda é a atenção aos desvios padrão, como o tamanho do crânio”, comenta. Ela ainda acrescenta que as mulheres que apresentarem manchas na pele merecem maior atenção no momento do exame para observar possíveis alterações no feto. Apesar disso, a gerente alerta que as manchas pelo corpo não são fatores precisos para declarar que a criança terá a doença. “A mulher pode apresentar esse problema, mas não necessariamente a criança terá microcefalia”, esclarece.

Para os próximos dias, a secretária-executiva de vigilância em saúde afirmou que o estado receberá reforços de profissionais do ministério da saúde nos próximos dias, mas não há data específica e nem a quantidade de pessoas se apresentará.

Dados

Ao todo, foram notificados 268 casos, no entanto, 102 foram confirmados. Os demais passarão por exames criteriosos para avaliar a presença da doença. Dos casos notificados, 21,6% estão no Recife. Já em Jaboatão dos Guararapes são somados 7,1%, seguindo por 3,7% nos municípios de Olinda, Cabo de Santo Agostinho e Vitória de Santo Antão. De acordo com Luciana Albuquerque, o conhecimento dos números de ocorrências em outros estados pode não ser tão alarmante quanto o de Pernambuco porque não são realizadas as notificações obrigatórias como no estado.

A estimativa é de que em até dois meses já haja um panorama mais estável sobre os motivos do surto.

Os usuários do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), mais conhecido como a Maternidade da Encruzilhada, continuam a sofrer com o comprometido atendimento do local. Depois de passar muito tempo fechada devido à várias reformas, a unidade começou a semana com déficit: na manhã desta segunda-feira (26), dezenas de funcionários terceirizados cruzaram os braços para cobrar pagamento de salários atrasados. 

Auxiliares de serviços gerais, maqueiros, trabalhadores do estoque; cerca de 50 profissionais da empresa Forte Engenharia exigem o pagamento dos salários referentes aos meses de novembro e dezembro de 2014. Deste montante, 30 pararam os serviços e outros apenas realizaram os serviços essenciais, considerados de urgência. 

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Diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação (Stealmoiac), que representa os funcionários, André Silva afirmou que uma nova assembleia está marcada para a manhã desta terça (27). “Por enquanto, continuamos com a paralisação. Amanhã tem a nova assembleia para decidir novos rumos do movimento", explicou o sindicalista. Os funcionários só retomaram as atividades normais depois de um pronunciamento das empresas.

Segundo André, a gestão do Cisam e da Forte Engenharia se resumem a dizer que a questão é de falta de verba. Cada funcionário recebe um pouco mais de um salário mínimo; somando os 50 funcionários sem os últimos dois salários de 2014, as empresas precisam debitar uma quantia de cerca de R$ 8 mil.    

Após passar por uma reforma estrutural e voltar a funcionar nesta segunda-feira (30), o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), da Universidade de Pernambuco (UPE), recebeu o nascimento de um bebê em sua maternidade. A menina que se chamará Bianca veio ao mundo às 9h15, com 2,475 quilos e medindo 45,5 centímetros. De acordo com a UPE, mãe e filha estão bem.

A unidade foi reaberta no dia 3 deste mês, após mais de um ano fechada. Porém, o CISAM precisou se fechado novamente para a resolução de problemas em instalações. O Centro fica no bairro da Encruzilhada, na Zona Norte do Recife.

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O Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) só deve ser reaberto no próximo dia 30 de dezembro. A informação foi divulgada pela assessoria de comunicação da unidade de saúde nesta sexta-feira (13).

Conforme a nota enviada à imprensa, todas as medidas necessárias para a solução do problema identificado no local, que gerou a interrupção no atendimento, foram tomadas.

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Histórico - Após passar por reforma, o Cisam foi reaberto no dia 2 de dezembro e um dia depois precisou ser fechado. A interrupção do atendimento foi necessária por conta de um problema técnico com o vazamento nas tubulações que distribuem o oxigênio para todas as instalações.

O sistema de distribuição foi testado e estava em condições de uso. Porém, com a ativação completa da rede, foram detectados os problemas. A previsão inicial era de que o procedimento de reparo durasse dez dias, prazo que precisou ser ampliado.

O Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), reaberto nessa segunda-feira (2), terá setor de internamento suspenso por, pelo menos, 10 dias. A interrupção do atendimento será necessária por conta de um problema técnico com o vazamento nas tubulações que distribuem o oxigênio para todas as instalações.

 Segundo a unidade de saúde, o sistema de distribuição foi testado e estava em condições de uso. Porém, com a ativação completa da rede, foram detectados os problemas.

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Com informações da assessoria

Após mais de um ano fechado para a primeira grande reforma, o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), conhecido como “Maternidade da Encruzilhada”, reabre para dar continuidade aos serviços de atenção à saúde da mulher. A obra envolveu a substituição da rede elétrica interna e externa, com nova subestação, hidráulica, incêndio e climatização da unidade, além da ampliação de alguns serviços, como o bloco cirúrgico, sala de parto e a emergência obstétrica, além de sete novos leitos.

Presente na cerimônia, o governador Eduardo Campos fez o descerramento da placa de reabertura do Cisam, conheceu as instalações e cumprimentou os presentes. Já em clima de campanha, ele lembrou dos projetos dedicados à saúde da mulher e falou da importância de um serviço público de qualidade para este público, lembrando a construção do Hospital da Mulher no Recife. "O Hospital da Mulher vai ajudar a suprir esse déficit na saúde", colocou. Na ocasião, ele também prestou homenagem ao governador do estado de Sergipe, Marcelo Deda, falecido nesta segunda-feira (02).

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Com a volta do funcionamento da unidade, que existe há 63 anos, a expectativa é que sejam realizados cerca de 300 partos por mês, dos quais 70 a 80% dos casos são considerados de risco. O retorno dos atendimentos vai contribuir para desafogar outras redes de alto risco. “Os atendimentos já começam amanhã a partir das 7h”, disse a diretora da unidade, Fátima Maia. “O Cisam é hoje um adolescente”, colocou ao se referir à reabertura do local.

“A diferença aqui são as mulheres. É impressionante a garra e a força que elas têm aqui”, exclamou o reitor da Universidade de Pernambuco (UPE), Carlos Calado, que enalteceu a equipe do hospital. “Sentimo-nos recompensados com um dia desses”, colocou.

Durante a reforma, os setores da unidade também foram adequeados para a Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (RDC) 50, para que pudessem favorecer assistência ao parto natural e a individualização dos leitos, visando a melhorar a privacidade das pacientes, assim como o ensino da graduação e pós-graduação no local.

O Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) confirmou que a Maternidade Monteiro de Moraes, mais conhecida como Maternidade da Encruzilhada, será transferida, devido à reforma da unidade. O processo de mudança será monitorado por representantes do Conselho de Direitos Humanos das Mulheres. 

Segundo o centro integrado, os serviços prestados na unidade de saúde provavelmente deverão funcionar no Hospital Alpha, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A medida foi decidida num encontro realizado na sede da Secretaria da Mulher e contou com a participação da o secretário de saúde, Antônio Figueira.

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Profissionais de saúde participarão, nesta quarta-feira (8), do I Seminário de Atualização em Hanseníase para Enfermeiros da Atenção Secundária da Região Metropolitana do Recife. A capacitação acontecerá no auditório do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, no Recife, das 13h30 às 17h30.

As palestras serão assistidas por cerca de 500 profissionais - aproximadamente 300 da capital pernambucana e outros 200 do Grande Recife. A primeira discussão será comandada pela dermatologista Iara Santana, que abordará os aspectos clínicos do tratamento da hanseníase, além da necessidade de encaminhar o paciente para o especialista. Em seguida, a enfermeira do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) e técnica da Coordenação Estadual do Programa de Controle da Hanseníase, Ivaneide Moraes, falará sobre o papel do enfermeiro da atenção secundária, do primeiro atendimento à alta clínica.

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De acordo com a coordenadora do Programa de Controle à Hanseníase do Recife, Milde Cavalcanti, a atualização é um pedido dos próprios profissionais que lidam com o quadro clínico da doença. “A finalidade é atualizá-los sobre as questões relativas ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes de hanseníase na atenção secundária”, afirmou.

No Brasil, são diagnosticados, anualmente, mais de 35 mil novos casos de hanseníase. A enfermidade tem cura e, dependendo da forma clínica, o tratamento pode durar de seis meses a um ano. A medicação é gratuita e só está disponível nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, não é vendida nas farmácias do comércio.

Na capital pernambucana, até dezembro de 2011, foram detectados provisoriamente 709 casos da doença. O tratamento está disponível nas 121 Unidades de Saúde da Família (USFs) da rede municipal, no Centro de Saúde Professor Sebastião Ivo Rabelo (Ibura) e nas policlínicas Gouveia de Barros (Boa Vista), Doutor Amaury Coutinho (Campina do Barreto), Clementino Fraga (Vasco da Gama), Lessa de Andrade (Madalena), Agamenon Magalhães (Afogados) e Policlínica do Pina.

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