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Foi confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), o primeiro caso do vírus chikungunya em Pernambuco. De acordo com o órgão, o paciente infectado não teve a doença transmitida no Estado e outros cinco casos estão sendo apurados pela SES. Os infectados pegaram o vírus - que é transmitido pelo mesmo mosquito da dengue (Aedes aegypti) - na República Dominicana, África e na Bahia.

Representantes de vários municípios pernambucanos participaram da reunião na sede da Secretaria, no bairro do Bongi, zona oeste do Recife nesta terça-feira (15). A ação foi realizada para discutir ações preventivas contra a manifestação do chikungunya.

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"Atualmente, temos seis casos notificados no Estado, sendo um confirmado e cinco em investigação. Apesar de nenhum dos pacientes ter contraído o vírus em Pernambuco, já há registro de casos autóctones - infectados oriundos de outros países - em municípios baianos, como Feira de Santana. É essencial que as ações sejam antecipadas nos municípios para prevenção", informou Roselene Hans, diretora-geral de Controle de Doenças e Agravos da SES.

Doença

A população pode pegar a doença através da picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti albopictus infectadas pelo chikv. Segundo a Secretaria de Saúde, os casos de transmissão vertical podem ocorrer quase que exclusivamente, no intraparto de gestantes virêmicas e pode provocar, na maioria das vezes, infecção neonatal grave. 

“Assim como a dengue, o chikungunya não possui vacina, logo, o meio mais eficaz de controle da doença é controlando o vetor. Por isso, os municípios precisam estar preparados. Durante o encontro, capacitamos os profissionais em relação à doença e discutimos a elaboração dos planos de contingência”, afirma Rosilene Hans.

Sintomas

Quem for contaminado com a picada do inseto pode ter sintomas parecidos com o da dengue cerca de quatro a oito dias depois. São eles a febre de início agudo, dores articulares e musculares, náusea, fadiga e fortes dores de cabeça. O que diferencia o vírus da dengue são as dores fortíssimas nas articulações e, dependendo do avanço, o paciente passará para fase subaguda e crônica.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, dificilmente um paciente morre em decorrência da doença, mas a chikungunya tem elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente, que pode levar à incapacidade e redução da produtividade e da qualidade de vida.

O número de pacientes que foram infectados no Brasil por vírus Chikungunya já é maior do que o número de casos importados. Dados do Ministério da Saúde mostram que 41 pessoas foram infectadas pela doença no País, ante 38 casos que foram contaminadas quando estavam em viagem no exterior. Dos pacientes, 33 moram no município de Feira de Santana (BA) e oito no Oiapoque (AP).

Em nota desta quarta-feira (1°), o Ministério da Saúde informou ter destacado funcionários para auxiliar o combate e prevenção da doença nos locais onde a transmissão foi confirmada. O vírus Chikungunya é transmitido pela picada do mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus contaminados. Os dois mosquitos são também vetores da dengue.

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Chikungunya tem sintomas semelhantes ao da dengue. A diferença é que a doença pode provocar, passada a forma aguda, dores nas articulações que podem perdurar por meses e exigir o tratamento de fisioterapia. Chikungunya, no entanto, não tem a forma hemorrágica. Por essa razão, mortes provocadas pela doença são mais raras.

Foram confirmados os dois primeiros casos de transmissão de chikungunya dentro do Brasil. Um homem de 53 anos e a filha, de 31 anos, que moram em Oiapoque, no Amapá, perceberam os sintomas da doença nos dias 27 e 28 de agosto e passam bem.

A confirmação dos dois casos, primeiros contraídos no Brasil, foi divulgada nesta terça-feira (16) pelo Ministério da Saúde. Antes disso, 37 pessoas tiveram a confirmação da febre chikungunya no Brasil, mas todos tinham contraídos a doença em outros países.

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Assim como a dengue, a febre chikungunya é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictos, mas só tem um sorotipo, ou seja, cada pessoa só pega a doença uma vez. Os sintomas também são os mesmos da dengue: dor de cabeça, febre, dores musculares e nas articulações e podem durar de três a dez dias.

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, a doença é menos grave que a dengue e o paciente costuma ser tratado em casa. O tratamento consiste no alívio dos sintomas com Paracetamol, hidratação e repouso.

Desde dezembro de 2013 surgiram mais de 650 mil casos suspeitos de chikungunya nas três Américas, dos quais pouco mais de 9 mil foram confirmados. Antes disso, a doença era comum apenas na África e na Ásia.

Segundo o Ministério da Saúde, o município do Oiapoque intensificou as medidas de controle da doença buscando novos casos suspeitos com alerta nas unidades de saúde e na comunidade, com a aplicação de inseticida.

Este ano o Levantamento Rápido de Infestação do Aedes Aegypti (Liraa), feito anualmente para identificar as áreas de risco para a dengue, além de identificar áreas com o Aedes aegypti vai buscar também áreas com Aedes albopictus, maior transmissor da chikungunya.

Barbosa disse que a nova doença também será citada na próxima campanha contra a dengue, já que o modo de prevenir as duas e o mesmo. “O período de transmissão maior no Brasil vai sempre de janeiro a maio, mas é importante que desde já as pessoas verifiquem suas caixas d'água, [onde é comum] depósitos do mosquito, para evitar as duas doenças”, aconselhou Barbosa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou nesta terça-feira (15) que a situação epidemiológica da febre Chikungunya nas Américas é "grave", no momento em que o número de doentes já supera os 5.000. "A situação na região é realmente grave. Muitos dos países da região estão registrando casos", disse em Havana a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

Chan, que encerrou com uma coletiva de imprensa os dois dias de visita oficial a Cuba, explicou que "sempre que há movimentação de pessoas, bens e serviços, é possível que na bagagem, por exemplo, seja transportado o vetor, o mosquito" Aedes Aegypti.

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Dados da Organização Pan-americana da Saúde (OPS), citados na coletiva, apontam que até 11 de julho tinham sido reportados 350.580 casos suspeitos, 5.037 confirmados e 21 mortos. Os sintomas da doença aparecem bruscamente depois de um período de incubação de três a sete dias e incluem febre alta, dores de cabeça, erupções na pele, dores musculares e nas articulações, que podem ser acompanhados de inflamação, segundo autoridades sanitárias.

A maioria dos casos confirmados foi registrada no Caribe latino (4.518), sobretudo em Guadalupe (1.328), Martinica (1.515) e na parte francófona de San Martin (793). Cuba reportou 11 casos, todos importados do Haiti e da República Dominicana, informaram as autoridades locais em 1º de julho.

Durante sua estada na ilha, Chan se reuniu com o presidente Raúl Castro e assistiu à inauguração de uma nova sede do Centro nacional para o Controle Estatal de Medicamentos e Dispositivos e do Centro Nacional Coordenador de Testes Clínicos.

Parecida com a dengue e com o mesmo vetor da doença que virou problema de saúde pública no Brasil, a febre chikungunya chegou ao país principalmente por militares e missionários brasileiros que voltaram de missão no Haiti.  A especialista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Jois Ortega, diz que as pessoas não devem ficar alarmadas com a doença, mas sim atentas.

Febre, dores nas articulações, mal-estar, sintomas já conhecidos por muitos brasileiros, também fazem parte da infecção pelo vírus causador da febre. Segundo Jois, as dores nas articulações costumam ser mais intensas na febre chikugunya, mas normalmente a doença é mais branda do que a dengue. Desde o começo do ano foram confirmados 20 casos de chikungunya, todos com origem fora do país.

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Segundo a infectologista, o Brasil tem condições de fazer o diagnóstico laboratorial da doença e está atento à sua entrada. “É importante que as pessoas procurem o médico se sentirem os sintomas depois de uma viagem. É importante também que o médico pergunte se o paciente saiu do país. A circulação da chikungunya no Brasil ainda pode ser barrada, mas é preciso muita atenção”.

A doença é causada por um vírus do gênero Alphavirus e transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti, transmissor da dengue, e o Aedes albopictus os principais vetores. Passados os sintomas, o paciente deixa de transmitir a doença para os vetores.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, é raro um paciente morrer em decorrência da doença. A mortalidade é menos frequente que nos casos de dengue. O tratamento é feito para combater os sintomas.

Desde 2004, o vírus foi identificado em 19 países. Porém, só no fim de 2013 foi registrada a transmissão dentro de países mais próximos do Brasil, como os do Caribe, e em março de 2014, na República Dominicana. Até então, só a África e a Ásia tinham a circulação do vírus.

Em 2010, o Brasil registrou três casos importados da doença, e o Ministério da Saúde passou a acompanhar a situação do vírus causador da febre chikungunya, orientando as secretarias de Saúde sobre o diagnóstico.

O vírus chikungunya provocou indiretamente a morte de 33 pessoas nas Antilhas e na Guiana Francesa desde dezembro, indicou nesta quinta-feira a ministra francesa da Saúde, Marisol Touraine, classificando-o de "grande epidemia".

"Até hoje, a doença provocou indiretamente 33 falecimentos de pessoas idosas frágeis, afetou 100.000 pessoas e provocou mil hospitalizações nos departamentos franceses da América", anunciou o ministério da Saúde.

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"Trata-se de uma grande epidemia, com 5.000 novos casos por semana", declarou Marisol Touraine em declarações a meios de comunicação franceses. "A epidemia que afeta as Antilhas e a Guiana é um problema importante de saúde pública", acrescentou, ressaltando que "o início do período de verão e a estação de chuvas propiciam a reprodução do mosquito que o transmite, o que aumenta os temores de um crescimento do número de casos".

A ministra insistiu na importância das medidas de precaução para evitar a proliferação dos mosquitos. O vírus chikungunya que, assim como a dengue, é transmitido através dos mosquitos aedes, causa febre, dores articulares, musculares e de cabeça.

O tratamento se limita a tratar os sintomas, já que não existe cura ou vacina contra esta doença, que raras vezes é mortal, mas que pode ser fatal para as pessoas frágeis.

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