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O número de casos suspeitos de microcefalia passou de 739 para 1.248, em menos de uma semana, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (30). As notificações foram feitas em 311 municípios distribuídos em 13 Estados e no Distrito Federal. Os casos foram registrados no Nordeste, Centro-Oeste e atingem também o Sudeste, com 13 ocorrências em investigação no Rio. Foram ainda notificadas 7 mortes, das quais uma foi confirmada até o momento. Todos os casos são de bebês que já nasceram. Ainda não há estimativas sobre quantos bebês em gestação apresentam a má-formação que, em 90% dos casos, pode levar à deficiência mental.

No último sábado, 28, conforme adiantou o jornal O Estado de S.Paulo, o Ministério da Saúde confirmou a relação entre a má-formação e a infecção pelo zika vírus, durante o período de gestação. O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Mairevovitch, afirmou que a comprovação não muda no primeiro momento as orientações. Gestantes devem reforçar o uso de repelentes, proteger-se contra mosquitos e evitar o contato de pessoas que apresentem sintomas da doença (febre baixa, coceiras e manchas vermelhas pelo corpo).

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, afirmou que todos os produtos com registro no País são considerados seguros para uso. Ao mesmo tempo, é preciso ampliar os esforços para prevenir e combater os criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Mairevotich afirmou que os recursos previstos para o combate ao vetor estão mantidos. "Estamos elaborando um plano em conjunto do governo para reforçar as ações de combate", disse.

O governo está estabelecendo um consenso sobre como definir os casos de microcefalia. Mairerovitch observou que nem todos os casos relatados podem estar relacionados ao vírus. A doença, até agora considerada rara, também pode ser provocada por infecções da gestante por herpes, toxoplasmose, citomegalovírus e também por doenças genéticas. A ideia é fazer um protocolo para classificação de casos que possam ser usados pelo conjunto de serviços públicos de saúde, que não necessitem de exames muito elaborados, como testes genéticos.

O controle da doença, de acordo com o diretor, está intimamente ligado ao controle do vetor. O vírus zika entrou no Brasil neste ano. Até agora, não há um tratamento específico para a doença. Daí a necessidade de se acabar com o Aedes aegypti, disse Maierovitch. "Provavelmente conviveremos com esse problema durante um tempo. Não há maneira abrupta de se combater as doenças transmitidas pelo mosquito vetor", alertou. De acordo com ele, o detalhamento de planos estaduais devem intensificar esse combate, com envolvimento de vários segmentos do governo para o combate. Uma nova campanha para combate ao mosquito começou agora.

O Ministério da Saúde iniciou um conjunto de ações para dar garantias assistenciais para crianças e famílias de microcefalia. Em Pernambuco, ambulatórios especializados foram estruturados em hospitais de referência. "Há um contato próximo com secretarias porque as necessidades de cada local são diferenciadas", disse.

O Brasil registrou até agora 520 casos suspeitos de microcefalia. Os nascimentos ocorreram em 160 municípios, distribuídos em nove Estados do Brasil. Os casos ultrapassaram a barreira do Nordeste e chegam agora ao Centro-Oeste. O maior número de notificações foi feito em Pernambuco: 268 registros. Em seguida está a Paraíba (com 96), Sergipe (54), Rio Grande do Norte (47), Piauí (27), Alagoas (10), Ceará (9), Bahia (8) e Goiás (1).

"Além da dengue, que mata, e da chikungunya, que aleija, temos agora o problema da zika, que causa microcefalia. É um problema de dimensões muito grande para a gente enfrentar", disse o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

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O ministro observou que medidas estão sendo adotadas e citou como exemplo a reativação de um grupo especial, criado pela primeira vez no enfrentamento da pandemia de gripe A. Formado por 17 ministérios, o grupo pretende traçar estratégias para combater o mosquito vetor das três doenças, o Aedes aegypit. "Como estamos vivendo um caso inédito, temos de criar nossas alternativas. Não há absolutamente nada na literatura internacional, daí a necessidade de se experimentar tecnologias novas."

Entre as alternativas estudadas está a adoção de mosquito transgênico e o uso de mosquito infectado por uma bactéria, a Wolbachia. Embora promissoras, o ministro observa que tais iniciativas não estão disponíveis imediatamente. "Será que haveria mosquitos transgênicos suficientes para usar no País? Será que seria possível usá-lo? Não temos essas respostas agora", completou. Ele lembrou ainda das pesquisas para desenvolvimento de uma vacina contra dengue. "Estamos com um problemão para resolver.

Terá de ser resolvido por todos juntos, governo federal, estaduais, municipais e toda população", disse o ministro. "Temos de ter a compreensão do drama humano que estamos enfrentando."

Dengue e chikunguya

O ministério apresentou também os números de dengue e chikungunya. Até a 45ª semana do ano, foram contabilizados 1.534.932 casos de dengue, 7% a mais do que havia sido registrado em 2013.O número de casos graves também subiu no período, alcançando 1.488 pacientes. Ao todo, foram 811 mortes. A chikungunya também aumentou de forma expressiva. Foram confirmados até agora 6.724 casos, com outros 8.926 em investigação.

"Estamos diante do desconhecido", disse o secretário de Vigilância em Saúde, Antonio Carlos Nardi. O secretário apresentou os resultados do Levantamento de Infestação Rápida de Aedes aegypti, uma ferramenta usada pelas autoridades sanitárias para nortear as ações de controle do vetor, concentrando esforços em regiões onde há maior número de criadouros do mosquito. Este ano, o trabalho foi feito em 1.792 municípios.

O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, disse hoje (17) em entrevista à imprensa que atualmente existe uma forte relação entre a circulação do zika vírus e a ocorrência de casos de microcefalia em algumas regiões do país. De acordo com ele, resultados de exames feitos em dois fetos com microcefalia mostraram que as gestantes foram infectadas pelo zika.

“São duas gestantes com vírus zika no líquido amniótico cujas crianças têm microcefalia. Isso nos aponta fortemente para a correlação entre as duas coisas. Mas não permite ainda descartar completamente outras possíveis causas. Não vamos afirmar ainda, com certeza absoluta, que a causa é o vírus zika”, afirmou Cláudio Maierovitch.

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Segundo ele, os testes foram feitos por anminiocentese, quando o líquido amniótico é retirado do abdome da mãe. Cláudio Maierovitch informou ainda que esses testes não são feitos rotineiramente por apresentarem riscos. Outras possíveis causas, de acordo com o diretor, seguirão sendo pesquisadas. O zika vírus é transmitido pelo mosquito da dengue, o Aedes aegypti.

O especialista disse também que o vírus tem uma particularidade, que é a de que 80% dos infectados não apresentarem sintomas. Dessa forma, de acordo com Maierovitch, é impossível estimar a magnitude do problema. “Não temos a dimensão de quantas mulheres tiveram zika vírus durante a gestação”, disse.

Foram registrados no primeiro semestre deste ano casos de zoka em 14 estados: Rondônia, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Paraná.

Sobre as gestantes e suas famílias, Cláudio Maierovitch reiterou as orientações do Ministério da Sapude para que façam exames pré-natal, evitem álcool e drogas, não usem medicamentos sem orientação médica e se protejam de mosquitos, usando calça e camisa de manga comprida e repelentes. Além disso, que adotem medidas que evitem a proliferação de mosquitos transmissores de doenças, retirando recipientes que tenham água parada e cobrindo adequadamente locais de armazenamento como cisternas e caixas d'água.

O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis afirmou que não há tratamentos específicos para os casos detectados de zika. Assim como ocorre com a dengue, são aplicadas medidas de suporte, mas que não encurtam a duração da doença.

O número de casos confirmados de cólera no Iraque aumentou para 1.201 - anunciou nesta quarta-feira (7) o ministério da Saúde, em referência a uma epidemia que começou há um mês nos arredores do rio Eufrates. "Em 7 de outubro de 2015, temos 1.201 casos confirmados", indicou em comunicado o ministério da Saúde, explicando que a maioria das pessoas afetadas foram curadas.

Segundo o ministério, apenas uma morte foi registrada na província da Babilônia, no sul de Bagdá. Agentes sanitários contabilizaram quatro mortos no oeste da capital em setembro, provavelmente em razão da cólera.

A ministra da Saúde iraquiana, Adila Hammoud Hussein, está em contato com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para reforçar a cooperação face à epidemia, explicou o comunicado. Segundo a Vigilância Sanitária, a epidemia se alastrou especialmente por causa das águas poluídas do rio Eufrates, que atingiram um nível muito baixo.

A última epidemia de cólera confirmada no Iraque remonta a 2012 e causou a morte de quatro pessoas na região autônoma do Curdistão (norte). Após um curto período de incubação de dois a cinco dias, a cólera provoca uma severa diarreia e a desidratação do corpo.

Dobrou neste ano o porcentual de famílias que não conseguiram manter em dia o pagamento das mensalidades de colégios e faculdades. De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 19% das pessoas que ficaram inadimplentes neste ano citaram o atraso nas mensalidades escolares como o responsável pelo nome sujo. No ano passado, a taxa era de 8%.

A inadimplência com essas parcelas supera, inclusive, o porcentual de famílias que disseram estar com o nome sujo por atrasos com contas de água e luz - 9% dos inadimplentes. Na lista do SPC, pendências com o financiamento da casa própria correspondem a 8% e parcelas de condomínio a 7% do total de atrasados.

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Houve aumento de inadimplência em todas as áreas. O que preocupa é que todo mundo está com dificuldade de pagar as contas, até aquelas prioritárias, como educação", avalia Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil. "As famílias costumam ver a escola como investimento, a chance de escalar nos próximos anos."

Dos inadimplentes com educação, 15% são em mensalidades de estabelecimentos de educação infantil, ensino fundamental e médio atrasadas. Geralmente, dívidas com mensalidades são acertadas até o fim do ano para que o aluno não seja impedido de fazer a matrícula.

"Normalmente, as famílias usam o 13º salário para pagar as contas atrasadas, o que é considerado essencial. Como neste ano a inflação está alta e muitas pessoas perderam o emprego, não sabemos se a educação vai continuar sendo a prioridade dessas famílias", diz Marcela.

O pior cenário, mostra a pesquisa do SPC Brasil, é no ensino superior. Entre os inadimplentes da educação, 43,5% atrasaram o pagamento de faculdades. O restante (41,5%) é referente a débitos em cursos técnicos ou livres.

Reajuste

O desaquecimento econômico e a inflação alta devem se traduzir em mensalidades mais caras no ano que vem. Os colégios, porém, ainda estão fazendo seus cálculos do reajuste. A reportagem consultou 11 escolas privadas da capital, mas nenhuma informou qual preço será cobrado em 2016.

A Federação Nacional de Escolas Particulares (Fenep) estima que o reajuste médio das escolas do País supere 11%. José Antonio Antiório, diretor financeiro do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp), prevê acréscimo entre 10% e 13%.

"O aumento das contas de água e energia pesaram muito", reclama Antiório. Outra pressão sobre as mensalidades é o reajuste salarial dos professores. Com as famílias em atraso, a recomendação é evitar conflitos. "É melhor negociar descontos ou pagamentos em atraso sem correções", afirma.

Assessora técnica da Fundação Procon São Paulo, Fátima Lemos diz que, apesar da crise, os colégios devem ter sensibilidade ao fixar o reajuste. "A escola precisa viabilizar seu negócio, mas também deve manter seu grupo de estudantes", pondera.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Pernambuco divulgou nesta quarta-feira (2) um boletim dos registros de casos da dengue. Nesta semana, foram anotadas 33 ocorrências. Até Agosto, haviam sido notificados 94.070 casos da doença (32.580 confirmados), distribuídos em 185 municípios. 

Conforme o levantamento da SES, esses números representam um aumento de 528,10%% em relação às notificações do mesmo período de 2014, quando foram registrados 14.977 casos suspeitos (5.987 confirmados).

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Os municípios com o maior número de casos notificados são: Recife (21.523), Camaragibe (5.192), Jaboatão dos Guararapes (5.005) e Caruaru (3.226), totalizando 34.946 casos (37,14% do total).

Foram notificadas 55 mortes por suspeita de dengue. Do total, 15 foram confirmadas, nove descartadas e as demais estão em investigação. No mesmo período de 2014 houve a notificação de 46 óbitos suspeitos, sendo 38 confirmados.

Cuidados importantes para eliminar os focos dos mosquitos:

- Mantenha bem tampados caixas d’água, jarras, cisternas, poços ou qualquer outro reservatório de água.

- Mantenha as lixeiras tampadas e secas. Nunca jogue lixo em terrenos baldios.

- Coloque no lixo todo objeto que possa acumular água. O lixo deve ser colocado em sacos plásticos bem fechados.

- Lave os bebedouros de animais com uma bucha pelo menos uma vez por semana e troque a água todos os dias.

- Cubra e guarde os pneus em locais secos, protegidos das chuvas.

- Guarde as garrafas secas de cabeça para baixo e não deixe no quintal objetos que acumulem água.

- Encha os pratinhos de plantas com areia.

- Retire a água acumulada sobre a laje.

- Mantenha as calhas d’água limpas.

Com informações da assessoria

Pernambuco registrou quatro novos casos de febre chikungunya. Desses, dois contraíram a doença no município de Iati, localizado no Agreste; são as primeiras ocorrências de circulação da doença em território Pernambucano.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), os outros casos foram notificados em Itaíba e no Recife e estão sendo investigados para confirmar se a doença foi contraída ou não no Estado. Com esses novos registros, Pernambuco soma – em 2015 – seis ocorrências confirmadas (os dois primeiros foram importados da Bahia). 

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Ao todo, 180 casos foram notificados como suspeitos, sendo 169 descartados. Entre os descartados, 65 deram positivo para dengue. “O Estado não está em situação epidêmica. Contudo, temos que agir mais enfaticamente, neste momento, para evitar que os números cresçam”, explica a coordenadora do Programa de Controle da Dengue da SES, Claudenice Pontes.

O vírus do chikungunya é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Ainda conforme a coordenadora, a população precisa ficar vigilante, já que cerca de 90% dos focos do mosquito transmissor da doença estão nas residências.

Quando de trata dos sintomas, os doentes podem apresentar febre acima de 38,5 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. 

Em Iati, segundo a SES, o município, juntamente com a Regional de Saúde (Geres), está realizando um levantamento de todos os casos suspeitos e reforçando as ações de controle. “Sobre o caso confirmado de Itaíba, sabe-se que o paciente retornou para o seu município de residência localizado no estado da Bahia. Mesmo assim, estamos investigando a situação”, explica a coordenadora.

Com informações da assessoria

A publicação pela imprensa francesa de documentos do WikiLeaks revelando que os três últimos presidentes franceses foram espionados pelos Estados Unidos ocorre após várias revelações neste sentido desde 2013.

17 de junho de 2013 - ESPIONAGEM NO G20 -

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O jornal britânico The Guardian revelou que a inteligência britânica espionou os delegados do G20 durante duas reuniões, em abril e setembro de 2009. O jornal se apoiou em documentos confidenciais vazados por um ex-consultor da Agência de Segurança Nacional americana (NSA) Edward Snowden, autor em junho de 2013 de revelações explosivas sobre um programa americano de vigilância mundial das comunicações.

De acordo com estes documentos, o serviço britânico GCHQ (Government Communications Headquarters) foi responsável pela execução do programa de monitoramento do G20. Em uma nota secreta ao GCHQ, o seu homólogo e parceiro americano NSA informou sobre tentativas de grampear chamadas por satélite em Moscou do presidente russo Dmitry Medvedev na súpula de setembro de 2009.

30 de junho de 2013 - EDIFÍCIOS DA UE GRAMPEADOS -

O semanário alemão Der Spiegel revelou que a NSA espionava edifícios oficiais da União Europeia em Washington e Bruxelas. A revista baseia as suas acusações em documentos confidenciais igualmente fornecidos por Edward Snowden. Na sequência, The Guardian escreveu que a França, Itália e Grécia estavam entre os 38 alvos monitorados pela agência americana.

A UE, a França e a Alemanha exigiram explicações, enquanto o presidente francês, François Hollande, exigiu o fim imediato desta prática.

24 de outubro de 2013 - CELULAR DE MERKEL GRAMPEADO -

A chancelaria alemã revelou a possibilidade de o celular de Angela Merkel ter sido grampeado pelos serviços americanos, o que provocou um clamor na Alemanha.

"A espionagem entre amigos não é nada bom", esbravejou Angela Merkel. Em 28 de outubro, o Wall Street Journal escreveu que os Estados Unidos acabaram com as escutas da chanceler alemã e de outros líderes mundiais depois que o presidente americano, Barack Obama, tomou conhecimento deste programa. Aberta no final de outubro de 2013 pela justiça alemã, uma investigação sobre as escutas foi concluída em 12 de junho de 2015.

No final de março de 2014, um outro caso de espionagem envolveu a chanceler Merkel. Der Spiegel afirmou que a NSA recolheu mais de 300 relatórios sobre Merkel, com base em informações fornecidas por Edward Snowden. O nome da dirigente alemã estava entre os de 122 chefes de Estado e de Governo que a NSA coletou informações em maio de 2009.

Outubro de 2013 - ESPIONAGEM CONTRA DILMA ROUSSEF

Revelações de Edward Snowden indicaram que os Estados Unidos espionaram as comunicações de milhões de brasileiros, assim como empresas, entre elas a Petrobras, além da própria presidente Dilma Roussef e de vários de seus assessores.

Na época, o Brasil exigiu uma investigação, explicações e o compromisso americano de parar com a espionagem para possibilitar uma visita de Dilma.

24 de junho de 2015 - TRÊS PRESIDENTES FRANCESES ESPIONADOS -

Os três últimos presidentes franceses, Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy e François Hollande, foram espionados pelos Estados Unidos, ao menos de 2006 a 2012, segundo documentos do WikiLeaks publicados terça-feira à noite pelo site francês Mediapart e o jornal Libération.

O Instituto Evandro Chagas confirmou na manhã desta quinta-feira, 14, 16 casos de Zika Vírus no País - oito no Rio Grande Norte e oito casos na Bahia. O resultado dos exames foi divulgado pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro.

O ministro afirmou que a Pasta já esperava a confirmação e que outros casos devem ocorrer no País. "É preciso deixar claro que essa não é nossa preocupação. Estamos preocupados com a dengue", afirmou.

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Chioro acrescentou que, embora possa provocar muito incômodo, a Zika não traz risco de morte. A doença provoca febre baixa, vermelhidão nos olhos, dores nas articulações, no corpo e de cabeça.

O ministro contou que a chegada no Brasil da doença já era esperada desde a Copa do Mundo. A Zika é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti contaminado com o vírus. Depois da contaminação, o paciente leva em média quatro dias para apresentar os primeiros sintomas.

O tratamento é feito com medicamentos para reduzir a dor, como paracetamol. Não é indicado o uso de anti-inflamatórios ou de medicamentos com ácido acetilsalicílico. A recuperação ocorre em até sete dias depois do aparecimento dos primeiros sinais da doença.

Chioro classificou como explosiva a epidemia de dengue registrada nos Estados do Acre, Goiás e São Paulo. O ministro avaliou que o número de casos de novos casos da doença entrará em declínio somente com a redução das chuvas e do calor.

"Essa é nossa maior preocupação. Precisamos ficar atentos a sinais de agravamento da doença, que são dor de abdominal, vômito, associado a sintomas clássicos", disse o ministro.

A Organização Mundial da Saúde publicou nesta terça-feira (28) um plano para lutar contra o Ebola, visando especialmente identificar as cadeias de transmissão do vírus para atingir um nível zero de contágio. "Ainda há um esforço considerável a ser feito para quebrar todas as cadeias de transmissão nos países afetados e impedir a propagação da doença em países vizinhos e reativar de maneira eficaz os serviços básicos de saúde", destaca o plano estratégico de 28 páginas da OMS.

Segundo os últimos dados da OMS, 26.300 pessoas foram infectadas na epidemia da febre hemorrágica, que já matou 10.900 pessoas, principalmente em três países: Guiné, Libéria e Serra Leoa. O relatório enfatiza que o esforço "sem precedentes" lançado no verão passado reduziu significativamente a escala da epidemia, com apenas algumas dezenas de casos por semana desde o início do ano - contra até 800 por semana em outubro de 2014.

A Libéria, o país mais afetado pelo vírus, não relatou nenhum caso novo desde o final de março e está se preparando para declarar o fim da epidemia no final de maio. Mas a OMS disse que a luta só vai acabar de vez quando o vírus for completamente derrotado: "um elevado nível de contágio persiste nas regiões ocidentais da Guiné e de Serra Leoa", garante a organização.

"É essencial limitar a propagação do vírus nas áreas costeiras de ambos os países antes do início da estação das chuvas", que começa dentro de poucas semanas, alertou a OMS. A organização está particularmente preocupada com o aparecimento de novos casos de pessoas que, aparentemente, não tiveram contato com outros doentes ou que não podem ser ligados a uma cadeia de transmissão identificada. "A prioridade é identificar e isolar todos os novos casos até o final de maio e confirmar que eles vieram de canais de transmissão conhecidos", afirma o plano da OMS.

O mais recente levantamento do Ministério da Saúde mostra que o Brasil registrou, até 28 de março, 460,5 mil casos de dengue (220 notificações por hora), mais da metade em São Paulo (257.809, ou 55%). O Estado ainda responde por três de cada quatro mortes ocorridas no País (99 de 132). A secretaria estadual afirma que trabalha com números menores, de casos confirmados, enquanto a Prefeitura prometeu reforçar ações.

Pelo ministério, São Paulo também registra o maior número de ocorrências da doença no recorte regional, considerando os 304.251 casos do Sudeste. E lidera rankings por cidades (mais informações nesta página). Considerando o valor de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para epidemia, que é de 300 casos por 100 mil habitantes, o Estado já superou esse indicador: está em 585,5 casos por 100 mil.

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No Brasil, no mesmo período de 2014, foram registrados 135,3 mil casos (aumento de 240,1% em 2015). No Estado de São Paulo, o registro era de 35.141 (633,6% de acréscimo em 2015). Entre os municípios com mais de 1 milhão de habitantes, Campinas (SP) é a que tem mais casos e maior incidência. A capital paulista aparece em quarto.

O prefeito Fernando Haddad (PT) comentou os casos de dengue no Estado e prometeu reforçar as ações de combate ao mosquito. "Se os dados do Ministério se confirmarem, nós estamos falando de uma epidemia no Estado de São Paulo. A capital continua em uma situação melhor, mas não confortável, porque os casos são muito mais numerosos do que no ano passado. (Vamos) colocar a Vigilância (Sanitária) em alerta total, porque é o pior mês do ano", disse, referindo-se ao mês de abril.

A Secretaria Municipal da Saúde informou que uma tenda de atendimento para dengue, igual a que já existe na Brasilândia, começará a funcionar hoje na Freguesia do Ó (zona norte). Outras quatro começarão a funcionar até a próxima semana em Lapa e Rio Pequeno (oeste), Vila Manchester (sul) e Itaquera (leste).

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) também abordou o assunto. "O secretário (de Saúde) David Uip está em permanente contato com a Prefeitura. Nós oferecemos, além do que a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) já tem, mais 500 agentes para o combate, 50 veículos, toda a equipe, além do Instituto Adolfo Lutz e 30 médicos."

O Ministério da Saúde informou que fez um repasse adicional de R$ 150 milhões para todos os Estados e municípios para a adoção de medidas de "vigilância, prevenção e controle da dengue". Sobre São Paulo, o órgão informou que repassou mais de 28,6 mil litros de inseticida, além de kits de diagnóstico e manuais de manejo clínico.

Diferenças

Nesta segunda-feira, 13, também foram divulgados novos dados da Secretaria de Estado da Saúde. Eles apontam que foram registrados, até o fim de março, 158.300 casos autóctones confirmados. O número até 10 de abril sobe para 159.328. Os indicadores diferem dos divulgados pelo ministério, pois levam em consideração os casos confirmados, e não as notificações.

Nos dados do Estado, Campinas também aparece como a cidade com o maior número de casos confirmados: 20.380. A capital vem em terceiro: 9.809. O dado é mais próximo do que foi divulgado na semana passada pela Prefeitura, que apresentou um registro de 8.063 casos nas 12 primeiras semanas e constatou epidemia no Pari (centro).

A Secretaria de Estado ainda negou que exista uma epidemia generalizada. "Dos 645 municípios paulistas, 410 não apresentaram quadro de epidemia", informou, em nota. A pasta disse ainda que dois terços dos casos foram registrados em 30 municípios. (Colaborou Luiz Fernando Toledo)

A epidemia de Ebola nos três países mais atingidos do oeste africano ameaça aumentar os casos de sarampo e a mortalidade infantil devido à diminuição de vacinação, alertaram especialistas nesta quinta-feira (12).

Cerca de 100.000 crianças mais poderiam sofrer de sarampo, as quais se somariam aos 127 mil casos já contabilizados entre as crianças que não foram vacinadas em Guiné, Serra Leoa e Libéria, epicentro da epidemia de Ebola, indica um estudo publicado na revista Science.

Isto poderia se traduzir em mais de 5.000 mortes por sarampo, mas este número poderia potencialmente atingir 16.000, acima da letalidade do Ebola, que já ultrapassou os 10 mil mortos.

"Os efeitos colaterais do Ebola, tanto sobre a taxa de infecção de sarampo e outras doenças infantis também podem ser devastadores em termos de perda de vidas humanas", adverte Justin Lessler, professor da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins e principal autor do estudo. O especialista ressalta que é "muito simples e barato salvar vidas reiniciando as campanhas de vacinação".

Esta previsão de crescimento de casos de sarampo seria resultado da interrupção dos programas de imunização infantil nestes três países, onde os sistemas de saúde estão sobrecarregados com a atenção ao surto de Ebola, apontam os pesquisadores.

Antes do início da epidemia de Ebola, cerca de 778.000 crianças com entre nove meses e cinco anos nesses países não tinham sido vacinadas, mas dez meses depois esse número subiu para 1,12 milhão, de acordo com especialistas. Entre 1994 e 2003, nesses três países foram notificados mais de 93.000 casos de sarampo, mas o número caiu abaixo de 7.000 desde 2004.

O Brasil já registra nas oito primeiras semanas deste ano mais do que o dobro de casos de dengue notificados no mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde. O País soma 174.676 registros suspeitos da doença, contra 73.135 em 2014, alta de 139%. O aumento no Brasil é puxado pela alta de casos observada no Estado de São Paulo, onde o crescimento foi de 697%.

No período analisado, os municípios paulistas somaram 94.623 registros da doença, ante 11.876 registros nos dois primeiros meses do ano passado. Até agora, São Paulo concentra 54% do total de casos do País. É a terceira maior taxa de incidência do Brasil, atrás de Acre e Goiás. Ainda segundo dados do ministério, São Paulo lidera no número de mortes. Dos 39 óbitos registrados até agora no Brasil, 24 deles ocorreram em território paulista. Em relação ao ano passado, o Estado teve crescimento de 380% nas mortes - foram cinco no mesmo período de 2014.

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"Nem na epidemia de dengue que tivemos no Rio de Janeiro anos atrás tivemos um porcentual de mortes tão alto. Isso significa que as unidades de saúde de alguns municípios, principalmente do interior paulista, não estão seguindo os protocolos de atendimento corretos na chegada de um caso suspeito", disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante a apresentação dos dados. Ele afirmou que a alta de casos no Brasil e em São Paulo se deve a três principais motivos: as altas temperaturas que favorecem a proliferação do mosquito da dengue, o armazenamento de água sem proteção por causa da crise hídrica e falhas de algumas prefeituras na ação de combate à doença. "Teve município que não fez a lição de casa, não começou o trabalho de prevenção em outubro do ano passado, como orientado pelo ministério", afirmou ele.

Chioro se reúne na tarde desta sexta com o secretário estadual da Saúde, David Uip, para definir estratégias conjuntas de combate à doença, entre elas a distribuição em todas as unidades de saúde paulistas de folhetos informativos com o protocolo que deve ser seguido em caso de atendimento de um caso suspeito. Também serão feitas capacitações com funcionários do sistema de saúde.

Na cidade de São Paulo, o número de casos notificados é de 2.708 registros, alta de 88% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar do crescimento, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que, com as medidas de combate adotadas pela Prefeitura, a projeção do número de casos para este ano na cidade caiu de 90 mil para 57 mil. Ainda assim, é quase o dobro do registrado no ano passado.

O Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox-PE) registrou um aumento de 41% dos casos de intoxicação de crianças em 2014. Até a última segunda-feira (15) o órgão atendeu 655 meninos e meninas com algum tipo de reação. Em 2013, durante todo o ano, foram registrados 462 casos.

De acordo com o Ceatox-PE, os maiores problemas estão relacionados à ingestão de medicamentos e de produtos de uso domiciliar, como de limpeza. “Como as férias escolares estão chegando, é preciso ter um cuidado redobrado para manter esses insumos longe do alcance das crianças”, afirma a coordenadora do Centro, Lucineide Porto.

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Conforme dados divulgados pelo órgão, este ano ocorreram 304 casos de ingestão de medicamento (contra 209 em 2013 – crescimento de 45%). Para reduzir esse índice, é preciso ficar atento aos locais de armazenamento de remédios, já que alguns possuem cores e tamanhos que podem ser confundidos com confeitos pelas crianças.

A mesma regra vale para os produtos de uso domiciliar, como água sanitária, sabão em pó, detergentes. Este ano já foram 121 registros de acidentes associados a esses itens (contra 81 em 2013 – aumento de 49%). 

Em caso de acidente com medicamentos e produtos de limpeza, a orientação é conduzir a criança imediatamente para o serviço de urgência mais próximo. O Ceatox também pode ser acionado pelo 0800.722.6001, para auxiliar no encaminhamento da vítima. 

“Não se deve dar água, leite ou provocar vômito no acidentado. Também é importante que os pais levem o produto que causou o problema, para que os profissionais possam agir mais efetivamente”, ressalta a coordenadora do Ceatox.

Com informações da assessoria

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira (13) o registro de uma nova associação de fármacos para o tratamento da tuberculose no país. O novo medicamento traz a combinação de rifampicina com a isoniazida, a apirazinamida e o etambutol e é indicado para tuberculose pulmonar e extrapulmonar, na fase inicial intensiva do tratamento.

De acordo com a Anvisa, o esquema básico, com quatro substâncias, favorece a maior adesão ao tratamento. A combinação, segundo a agência, também evita o aumento da multirresistência da doença e possibilita maior conforto ao paciente devido à redução do número de comprimidos a serem ingeridos por dia. O registro do novo medicamento é resultante de uma parceria público-privada entre os laboratórios Farmanguinhos e Lupin Limited.

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A agência destacou que a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, mas que tem cura. Anualmente, são notificados ao menos 6 milhões de novos casos no mundo e mais de 1 milhão de mortes. “O surgimento da aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente a medicamentos agravam ainda mais esse cenário”, esclareceu a agência.

No Brasil, a cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil novos casos de tuberculose, além de 4,6 mil mortes em decorrência da doença. O país ocupa o 17º lugar entre as 22 nações responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.

O governo de Serra Leoa declarou nesta quinta-feira (16) que a epidemia de ebola chegou ao último distrito do país que ainda estava livre do vírus. Duas pessoas foram diagnosticadas com a doença na região, representando um retrocesso nos esforços para conter a contaminação em um dos países mais atingidos pela crise.

O Centro de Operações de Emergência, em um relatório referente à quarta-feira, informou que foram registrados dois casos de ebola no distrito de Koinadugu, no norte de Serra Leoa. Os casos surgiram apesar dos habitantes da área terem mantido precauções de segurança restritivas e limitarem o contato com o restante do país.

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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), foram identificados 425 novos casos da doença no país somente na semana passada. Em relatório, a OMS afirma que 2.458 pessoas já morreram em Serra Leoa, e outras 4.249 foram infectadas pelo vírus.

O diretor da agência norte-americana para o desenvolvimento internacional, Rajiv Shah, visitou o país na quarta-feira como parte de uma viagem aos três países mais fortemente atingidos pela epidemia. Ele anunciou mais US$ 142 milhões para projetos e doações no combate ao Ebola. Fonte: Associated Press.

O número de pacientes que foram infectados no Brasil por vírus Chikungunya já é maior do que o número de casos importados. Dados do Ministério da Saúde mostram que 41 pessoas foram infectadas pela doença no País, ante 38 casos que foram contaminadas quando estavam em viagem no exterior. Dos pacientes, 33 moram no município de Feira de Santana (BA) e oito no Oiapoque (AP).

Em nota desta quarta-feira (1°), o Ministério da Saúde informou ter destacado funcionários para auxiliar o combate e prevenção da doença nos locais onde a transmissão foi confirmada. O vírus Chikungunya é transmitido pela picada do mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus contaminados. Os dois mosquitos são também vetores da dengue.

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Chikungunya tem sintomas semelhantes ao da dengue. A diferença é que a doença pode provocar, passada a forma aguda, dores nas articulações que podem perdurar por meses e exigir o tratamento de fisioterapia. Chikungunya, no entanto, não tem a forma hemorrágica. Por essa razão, mortes provocadas pela doença são mais raras.

O Ministério Público do Trabalho em Pernambuco (MPT-PE) voltou a apresentar novas denúncias de trabalho infantil no Recife. As informações foram repassadas durante uma audiência judicial, que deveria contar com a participação da Prefeitura. No entanto, a gestão municipal não enviou representantes.

De acordo com o MPT-PE, as informações, baseadas em relatório de fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, evidenciam a prática na feira livre de Afogados, na orla de Boa Viagem e no metrô. Os documentos, além da ata de audiência administrativa feita com a prefeitura no último dia 30 de julho, foram juntados ao processo. 

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“É verdade que a prefeitura apresentou, ao longo dos meses, algumas propostas de solução do problema do trabalho infantil na cidade, no que a ela compete, mas todas foram genéricas. Elaboramos, então, uma outra versão do Plano de Erradicação, dando prazo para avaliarem e buscarem a conciliação nesta audiência. Ao não estar presente, entendo que não há interesse em conciliar”, disse o procurador do Trabalho, Rogério Sitônio Wanderley.

A intenção do MPT era que o município avaliasse o conteúdo e fosse para a audiência judicial com retorno, com o objetivo de conciliar. Um última reunião de conciliação foi agendada para às 11h do dia 14 de novembro.

Com informações da assessoria

Sem tratamento específico e com uma taxa de mortalidade de 90% dos casos, o vírus Ebola tem causado comoção e medo de uma proliferação em nível internacional da doença. No Brasil, apesar de o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afimar que “não há risco” de uma transmissão generalizada, os estados têm se preparado para uma possível e indesejada chegada da enfermidade ao País. Em Pernambuco, no caso de suspeitas do vírus, os procedimentos já estão afinados pela unidade de referência do Estado, o Hospital Oswaldo Cruz.

Para a diretora de Controle de Doenças de Agravos da Secretaria Estadual de Saúde, Rosilene Hans, não há motivo para a população pernambucana temer, pois o risco é mínimo. “Só haveria a possibilidade de o vírus chegar aqui se alguém proveniente dos quatro países africanos – Serra Leoa, Nigéria, Libéria e Guiné – chegar e apresentar os sintomas. Caso isso aconteça, toda uma rede será acionada para atender e deslocar o paciente para o Oswaldo Cruz”, explicou Rosilene. 

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A fiscalização nos portos e aeroportos do Estado será mais rigorosa. Se chegarem pessoas vindas destes países, apenas um quadro de febre será o bastante para identificar um caso suspeito. “Acionamos o Samu [Sistema de Atendimento Móvel de Urgência] para que, com os equipamentos individuais necessários, a pessoa seja encaminhada ao Setor de Infectologia do Hospital Oswaldo Cruz, já que o Ebola é também considerada uma febre hemorrágica”. Segundo Rosilene Hans, as precauções internacionais precisam ser tomadas para o enfrentamento da epidemia. 

Entre os principais sintomas da doença, febre de início súbito, dores pelo corpo e sinais de hemorragia. A doença, de acordo com a diretora, pode ser transmitida pela exposição ao contato direto com o sangue ou fluidos dos contaminados. Na África, onde o Ebola tem sua trágica concentração, a informação é de que o vírus é transmitido por animais como morcegos e macacos. 

Mais de mil mortes já foram registradas pela Organização Mundial de Saúde e, nesta terça-feira (12), o padre espanhol Miguel Pajares se tornou a última vítima do vírus. Ele trabalhava em um hospital da Libéria. “A doença se agrava muito rápido, em questões de horas. Não há tratamento, apenas é possível fazer um tratamento de suporte, por isso os pacientes são direcionados aos setores de urgência”, afirmou Rosilene Hans. 

O vírus Ebola causou a morte de 337 pessoas em três países africanos - Guiné, Serra Leoa e Libéria - desde o início de janeiro, anunciou nesta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS), agência das Nações Unidas com sede em Genebra.

Esta cifra mostra um aumento de mais de 60% em 15 dias em relação ao balanço de 208 mortos divulgado pela OMS em 4 de junho.Os primeiros e únicos casos de febre Ebola na África Ocidental foram registrados em 1994 na Costa do Marfim.

Não existe vacina nem tratamento específico para esta infecção. O vírus Ebola foi isolado pela primeira vez em 1976 ao norte do antigo Zaire, agora República Democrática do Congo. Até então, os cientistas haviam identificado cinco cepas diferentes, especialmente presentes na África Central. Agora, há seis.

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