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O homenageado do Carnaval de Recife neste ano, o cantor Alceu Valença, agradeceu a homenagem com um grande show nesta madrugada de terça para quarta-feira. A apresentação de Alceu foi no palco do Marco Zero do Recife, por onde também passaram o Maestro Spok e a cantora Elba Ramalho. Com um espetáculo repleto de músicas pernambucanas, suas e de autorias de outros compositores, o artista fez o público delirar de alegria em meio às músicas e às letras carregadas de regionalismo.

Em relação à homenagem, o cantor disse, de forma descontraída, por estar caracterizado como um “toreiro” espanhol chamado Pablo Valença, que o tributo é para “Alceu Valença”, que seria um cover do toreiro. Mas, após assumir novamente no palco o “Alceu Valença”, o cantor agradeceu a homenagem. “Agradeço a Prefeitura do Recife por essa homenagem. Também é uma honra para mim cantar no Marco Zero”, agradeceu o cantor.

O que marcaram o show, além da musicalidade de qualidade tradicional de Alceu, foram as críticas que ele fez a alguns artistas. “Eu não sou tradicionalista, mas, respeito a tradição. Sou um artista que canto o que eu quero, não sou um artista que canta o que a mídia quer”, criticou Alceu. Ele também falou que o Carnaval é período de músicas apenas carnavalescas. “No São João eu canto músicas que têm as características da festa. No Carnaval eu tenho que cantar músicas de Carnaval, e é isso que eu sempre vou fazer”, disse o artista.

Entre os intervalos das canções, ele voltou a criticar os artistas que não têm autonomia para se apresentar da forma que eles querem. Ele disse porque isso não acontece com ele. “Isso não ocorre comigo porque eu já atingi um patamar que ninguém me derruba. Viva ao artista livre”, exaltou Alceu.

Houve um momento na apresentação que ele elogiou a estrutura do Carnaval pernambucano. “A estrutura do Carnaval está um absurdo de muita qualidade, tanto nos palcos principais, quanto nos polos periféricos. Afinal de contas, a periferia também tem que receber show de qualidade como o meu”, destacou o cantor.

A todo o instante, o público cantava e dançava as músicas do show. O interessante foi a mistura de gerações que estiveram presentes entre os foliões, que iam desde jovens, até pessoas idosas, que enfrentaram a multidão para ver o show de Alceu e as outras apresentações. Foi o caso da senhora Silvana Xavier (foto à esquerda), de 77 anos. Ela contou que valeu a pena enfrentar a grande quantidade de pessoas e prestigiar os shows. “Vale muito a pena e achei ótimo. Todos os anos eu venho para o Carnaval, desde criança”, disse Silvana.

Quem também elogiou as apresentações, principalmente o show de Alceu, foi Elisabeth Sousa. “Foi tudo excelente e espetacular. Uma verdadeira festa glamorosa e espetacuar”, descreceu Elisabeth.

Quatro dias de farra não são o bastante para quem espera o ano inteiro pelo Carnaval, como os foliões recifenses. Foi assim que surgiu o bloco "Os Irresponsáveis", a partir de um grupo de amigos do bairro de Águia Fria que timidamente recomeçaram a folia em plena Quarta-Feira de Cinzas, lá em 1982.

A concentração da festa de 30 anos do bloco acontece a partir das 12h, na rua do Machado, no bairro do Arruda, de onde o bloco deve arrastar cerca de 300 mil foliões pelas ruas da Zona Norte, ao som de muito frevo, maracatu, samba e outros ritmos.

Além do Irresponsáveis, outros pontos do Recife estendem o Carnaval. No polo Casa Amarela – Pátio da Feira de Casa Amarela, também na Zona Norte, a banda pernambucana de hardcore Devotos, comanda pelo músico Cannibal, fecha a noite com muito Rock.

No polo Ibura, na Zona Sul, o "começo" do fim da folia acontece às 19h, com uma apresentação de Drag Queens, e só termina com o show de Michele Monteiro e Banda Metade.

Confira a programação da Quarta-Feira de Cinzas no Recife

Pólo Casa Amarela – Pátio da Feira de Casa Amarela
17h - Duque de Araque
18h - Araque Suicida
19h - Firetomb
20h - Cadillac 87
21h - Diablo Motor
22h - Psique
23h - Devotos

Polo Ibura
19h - Drag's Performance
20h - Robson Raed, Rita Pavone, Intervalos, DJ Pedro, DJ Baloo
22h - Pablo Shayffelle, Michele Monteiro e Banda Metade

Polo das Tradições (Pátio de Santa Cruz, na Boa Vista)
12h - Mendes e sua Orquestra de Frevo
14h - Orquestra Hemetéricos da Bomba - Participação especial: Maestro Forró
16h - Orquestra de Frevo Primavera e passistas campeões de 2012

Depois de Spok Frevo Orquestra e Elba Ramalho, foi a vez de Alceu Valença agitar o público que compareceu ao Marco Zero nesta terça-feira (21). Confira imagens do show do grande homenageado do Carnaval da cidade, juntamente com o artista plástico José Cláudio.

Confira a matéria completa.

A noite desta Terça-Feira Gorda foi recheada de atrações pela cidade do Recife, provando que o carnaval de Pernambuco é multicultural ao ponto de misturar ritmos, acordes e melodias junto com o tradicional frevo.

Depois de inúmeras prévias e quatro dias intensos de folia, há quem ainda tenha forças para estender o Carnaval por mais um dia. É assim que, há 50 anos, o Bacalhau do Batata arrasta uma multidão incansável pelas ladeiras de Olinda.

O bloco, que  foi criado pelo garçom Isaías Pereira da Silva, o Batata, inconformado por não poder aproveitar dos verdadeiros dias de Carnaval, parte do Alto da Sé, às 10h. No entanto, o último dia de folia começa com o Munguzá de Zuza Miranda e Thaís (Alto da Sé), às 5h, que distribuirá 100 kg da comida típica pernambucana aos foliões que virarem a noite na farra.

Às 9h, no Largo do Amparo, é a vez da criançada se despedir do Rei Momo no Patusquinho, derivado de um projeto que ensina percussão a crianças.

Confira a programação da Quarta-Feira de Cinzas em Olinda

5h - Munguzá de Zuza Miranda e Thaís Alto da Sé (Alto da Sé)
9h - Patusquinho (Largo do Amparo)
9h - Grupo Carnavalesco 1900 e Antigamente (R. 11 de Agosto Umuarama)
10h - Bacalhau do Batata (Alto da Sé)
10h - Garota da Ilha do Maruim (2ª Travessa de Santa Tereza Santa Tereza)
10h - TCM Sol de Verão (Praça do Amaro Branco Amaro Branco)
10h - Dr. Quero-Quero (R. Frei Afonso Maria Amaro Branco)
10h - Bacalhau de Dona Chica (R. 21, 5ª Etapa Rio Doce)
10h - Bacalhau do Rosa (Alto da Conquista)
15h - Bacalhau dos Retardatários (Terminal de Ouro Preto)

Fresno levou o rock para o Carnaval do Recife.

Mamelungos, atração do polo Casa Amarela nesta terça-feira (21), falam da diversidade do Carnaval de Pernambuco.

A noite desta Terça-Feira Gorda foi recheada de atrações pela cidade do Recife, provando que o carnaval de Pernambuco é multicultural ao ponto de misturar ritmos, acordes e melodias junto com o tradicional frevo.

O polo de Casa Amarela foi palco para três atrações com estilos totalmente diferentes. A banda que abriu a noite, Os Mamelungos, é formada por cinco jovens músicos, que não são adeptos dos rótulos e sim da pluralidade, diversidade, e da mistura de ritmos, tornando as suas músicas singulares. “O carnaval de Recife é muito mais do que só frevo”, conta o Thiago Hoover guitarrista e vocalista da banda, que em sua apresentação misturou as canções líricas dos blocos de ruas com a pegada forte do rock.  

Em seguida, foi a vez do rabequeiro Siba, subir ao palco e dar continuidade ao show, que mesmo com a chuva não fez a animação do público cair. Otto foi umas das atrações mais esperadas do polo. O sambista pernambucano trouxe uma música singular e cheia de atitude, fazendo com que a madrugada de Casa Amarela fosse palco para as letras únicas.

Mas de todas as apresentações, a mais aguardada foi a da Banda Fresno, no polo de Jardim São Paulo. O público que estava esperando o grupo de meninos sulista não se aguentava de tanta emoção. Os fãs estavam em cima de muros e fizeram de tudo para tentar pegar uma simples foto dos garotos. 

Quando Lucas deu a partida para a primeira música do show, os fãs o acompanharam em um único coro, tornando a cidade do frevo o maior palco de rock do mundo. “Legal trazer rock pra cá, porque o carnaval de Recife não é só frevo”, conta Lucas, vocalista e guitarrista da banda. O futuro projeto dos garotos é a junção dos três EPs para o próximo disco. “A Fresno é um grupo forte, e a gente já está tomando as rédeas da banda”, completa o vocalista.

A noite da cidade do Recife mostrou que tem espaço para todo tipo de música, do tradicional frevo, ao som forte das guitarras elétricas. Mostrando o porquê da cidade ser titulada a mais Multicultural do Brasil.

Os foliões que estão no Marco Zero do Recife se renderam ao show da cantora Elba Ramalho, segunda atração que subiu ao palco na madrugada de terça para quarta-feira. Apesar de ser paraibana, a cantora tem em sua carreira um laço muito forte com o público pernambucano, e isso foi nítido no entrosamento da artista com os expectadores.
 
Numa apresentação que fez jus a qualidade musical de Elba, a cantora deu maior destaque a músicas pernambucanas, principalmente a frevos tradicionais, e junto com a sua banda, alegrou os foliões do começo ao fim da apresentação.
 
Elba falou sobre a participação no Carnaval de Pernambuco, algo que já é de praxe. “Aqui em Pernambuco, o Brasil inteiro está ligado e isso é muito importante. Cantar para esse povo é lindo demais”, falou a artista. A cantora afirmou que este ano é muito especial para ela. “Neste Carnaval, estou ainda mais feliz porque, afinal de contas, é a homenagem a Gonzagão, e é uma prazer para mim cantar nesta festa linda”, disse a cantora.
 
Em relação às várias participações no Carnaval do Estado, Elba descreveu o motivo dessa proximidade com o povo pernambucano. “Meu sentimento é de afeto e carinho. A recíproca é verdadeira. Dou o meu amor para eles”, revelou Elba.

Os foliões que estavam no Marco Zero do Recife se renderam ao show da cantora Elba Ramalho, segunda atração que subiu ao palco na madrugada de terça para quarta-feira. Apesar de ser paraibana, a cantora tem em sua carreira um laço muito forte com o público pernambucano, e isso foi nítido no entrosamento da artista com os expectadores na apresentação.

A ministra da Cultura, Ana Buarque de Holanda, já passou carnaval em outros estados brasileiros, mas conta que não deixa mesmo o carnaval de Pernambuco. A ministra, que tem uma irmã que mora no território do frevo, diz que há trinta anos frequenta a Cidade Alta durante a “Festa do Momo”. Já como ministra, essa é a segunda vez.

Com esplendores na cabeça e fuxicos no vestuário, as troças carnavalescas Pitombeira e Elefante se encontraram na noite do último dia de carnaval. O encontro sela o acordo de paz entre as duas antigas rivais, que vem acontecendo desde o ano passado. Aos que estavam próximos a Prefeitura de Olinda, a visão era das mais belas: dois estandartes juntinhos anunciavam a união e a paz no carnaval da Cidade Alta.

Apesar da proximidade da “quarta-feira de cinzas”, dia oficial do fim do Carnaval, muitos foliões continuaram festejando e brincando. Na noite da terça-feira carnavalesca, o Marco Zero do Recife foi um exemplo disso. A noite começou com a apresentação do Maestro Spok, e a sua orquestra de frevo. Spok também recebeu dois músicos, Mr. Bob Mintzer e Russel. O público deleitou-se ao som de muito frevo, de todos os tipos e gostos.
 
Como é de costume, o artista deu ao ritmo um toque “mágico”, usando instrumentos tradicionais dos ritmos e fazendo com que as canções empolgassem cada vez mais o público presente. Ele, além de tocar e cantar frevo, deu um toque especial a apresentação com outras músicas pernambucanas, como sucessos do cantor Chico Science.
 
Ao final da apresentação, Spok disse que o Carnaval deste ano já superou o do ano passado, em termos de qualidade. “Este ano foi muito melhor do o ano passado. Espero que o deste ano seja pior do que o do ano que vem”, falou o maestro em meio a risos. Ele também falou da emoção que é trabalhar com frevo o ano todo. “Trabalho com frevo o ano todo e isso é maravilhoso. É ótimo poder mostrar ao mundo a nossa cultura”, relatou Spok.
 
Um momento marcante foi o encontro do maestro com a cantora Elba Ramalho. Eles trocaram abraços e se parabenizaram pelo trabalho neste Carnaval. “Elba é única e agradeço a ela por tudo que ela faz por todos nós que trabalhamos com a cultura pernambucana”, elogiou Spok.

Na terça-feira (21) de Carnaval, as troças carnavalescas Pitombeira e Elefante e o bloco Ceroulas marcou presença em Olinda, que também contou com show de Claudionor Germano.

Arriscando tímidos passos leves e na companhia vocal de seu filho, Paulo da Hora, o cantor Claudionor Germano realizou show na terça-feira de carnaval (20), no Fortim do Queijo, em Olinda. A aparência de cansado não desanimou os fãs, que ovacionavam o frevo e a performance do cantor durante toda a sua apresentação.

Um público de passistas se formava abaixo do palco. Alguns usavam sombrinhas coloridas para fazer jus ao veredicto. Outros ficavam apenas na diversidade dos passos do frevo.

Vestidas com roupas de cores vivas e com lantejoulas, três mulheres faziam o backing vocal que acompanhava as vozes dos artistas e incrementavam as canções. Durante o show, por várias vezes Claudionor parou de cantar e seu filho lhe rendeu no vocal. No entanto, o carisma com o público permanecia, assim como com os companheiros da banda.

Por Mônica Braga, especial para o LeiaJá.

A ministra da Cultura, Ana Buarque de Holanda, já passou carnaval em outros estados brasileiros, mas conta que não deixa mesmo o carnaval de Pernambuco. A ministra, que tem uma irmã que mora no território do frevo, diz que há trinta anos frequenta a Cidade Alta durante a “Festa do Momo”. Já como ministra, essa é a segunda vez.

Como diferença cultural ela destaca o frevo, maracatu e caboclinhos como “puros ritmos” da região e diz também que adoraria estar dançando no meio do povão. “Hoje eu estou no camarote, mas já brinquei muito no meio da fuzaca”, conta Holanda.

Por Mônica Braga, especial para o LeiaJá.

Com esplendores na cabeça e fuxicos no vestuário, as troças carnavalescas Pitombeira e Elefante se encontraram na noite do último dia de carnaval. O encontro sela o acordo de paz entre as duas antigas rivais, que vem acontecendo desde o ano passado. Aos que estavam próximos a Prefeitura de Olinda, a visão era das mais belas: dois estandartes juntinhos anunciavam a união e a paz no carnaval da Cidade Alta.

O colorido era vencido também pela criatividade. No meio das agremiações, se destacava um integrante das pitombeiras que trazia nove mil colheres de plástico em seu esplendor que atrás, trazia a foto do Rei do Baião, Luiz Gonzaga. “Neste carnaval, nada mais do que justo nos referenciarmos ao grande Gonzagão”, conta o aposentado Severino Queiroga, 45, que estava vestido de cangaceiro e desfila há 15 anos na Pitombeira.

O som dos tambores e instrumentos musicais de corda levavam os foliões ao delírio, numa única batida que dizia: “Olinda, quero cantar a ti essa canção...”. Logo depois, quem desceu a ladeira da Prefeitura foi o bloco “Ceroulas”, seguidas de Afoxés. Já mais embaixo, em frente do Mercado Eufrásio Barbosa, os foliões dançavam um mix de maracatu e ciranda intercalados com canções de Chico Science.

Por Mônica Braga, especial para o LeiaJá.

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