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O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) chegaram a um acordo ontem(14), no segundo dia de negociações, em São Paulo, sobre reivindicações da categoria que está em greve há 18 dias.

Segundo Lourenço Ferreira do Prado, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec), a Fenaban propôs um reajuste de 9% nos salários e na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), além de aumento de 12% no piso da categoria.

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Os bancários, que reivindicavam 12,8% de reajuste, aceitaram a proposta feita em reunião no hotel Maksoud Plaza, e, com isso, obtiveram 1,2% de aumento real nos salários.

Prado declarou que o Comando Nacional recomendará aos sindicatos de todo o país o retorno ao trabalho. A proposta pelo fim da greve será votada, segundo ele, em assembleias que ocorrerão entre segunda e quarta-feira. “A maioria dos sindicatos deve fazer as assembleias na segunda-feira e a volta ao trabalho deve ocorrer na terça-feira”, declarou Prado.

As bolsas europeias operam em alta na manhã de hoje, superando um início de sessão frágil. Às 9h16 (horário de Brasília), a Bolsa de Londres subia 1,04%, Frankfurt avançava 0,97% e Paris tinha alta de 1,12%.

Muitos investidores esperam que a reunião do G-20 dos ministros das Finanças, em Paris, dará mais detalhes sobre os planos das autoridades para lidar com a crise da dívida soberana da zona do euro. Os investidores aguardam, principalmente, por detalhes sobre os esforços para recapitalizar os bancos da região e aumentar a capacidade de empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Ao mesmo tempo os investidores parecem ter ignorado o voto de confiança que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, está enfrentando nesta sexta-feira, apesar de ser o oitavo voto desse tipo a ser realizado em 2011, e o nono nos últimos 12 meses para o líder italiano.

No entanto, apesar dos ganhos saudáveis registrados pela maioria dos setores, os bancos continuam a ser pressionados pelos desacordos sobre as propostas para recapitalização dessas instituições. Ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou o rating da dívida soberana da Espanha em uma nota, para AA-.

Além disso, a agência Fitch colocou em observação para potencial rebaixamento as notas de uma série de bancos, entre eles dez instituições europeias - a maioria delas da França - e os norte-americanos Morgan Stanley, Goldman Sachs e Bank of America. As informações são da Dow Jones.

Tóquio, 12 - A maioria dos índices das bolsas da Ásia fechou em alta hoje, com os ganhos nos bancos da China ajudando a compensar as perdas com resultados fracos da gigante do setor de alumínio dos EUA Alcoa e com a expectativa pela expansão da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, em inglês).

Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,04%, fechando em 18.329,46 pontos. Na China, o Shanghai Composite subiu 3%, para 2.420,00 pontos, e o índice Kospi avançou 0,8% na Coreia do Sul, para 1.809,50 pontos, e o Sensex, da Índia, subiu 2,6%, para 16.958,39 pontos. Na Austrália, o S&P/ASX 200 perdeu 0,6%, fechando em 4.204,30 pontos, enquanto o índice Nikkei, no Japão, teve perda de 0,4%, chegando aos 8.738,90 pontos.

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No setor bancário, Nomura caiu 1,4% no Japão e Westpac Banking recuou 1,3% na Austrália. Porém os bancos chineses tiveram ganhos em Hong Kong, com Agricultural Bank of China avançando 2,3%, e Bank of China fechando em alta de 1,5%. Os ganhos ocorreram um dia após o Central Huijin Investment, braço de investimento doméstico do fundo soberano chinês, comprar ações desses bancos e de outras instituições do próprio país.

As companhias aéreas da China também tiveram alta, com Air China avançando 2,8% e China Eastern Airlines disparando 5,7% em Hong Kong, após o Morgan Stanley melhorar sua avaliação para o setor. No setor de energia, a mineradora Sumitomo perdeu 1,4% em Tóquio. A queda ocorreu após a Alcoa informar sobre uma melhora em seu lucro no terceiro trimestre bem abaixo da esperada em Wall Street. As informações são da Dow Jones. (Gabriel Bueno)

Líderes dos governos da França e Alemanha se aproximam de um acordo para permitir uma reestruturação da dívida da Grécia que permitiria que bancos franceses acessem o fundo de resgate da zona do euro, informou a edição do jornal alemão Welt am Sonntag de hoje, citando fontes próximas do assunto.

A França tem se mostrado contra uma reestruturação da dívida grega, defendida pela Alemanha, porque seu setor bancário está altamente exposto à dívida soberana e ao setor bancário do país. O possível acordo permitiria que bancos franceses usem a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF) para aliviar o impacto de uma reestruturação grega, de acordo com o jornal.

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Os cinco maiores bancos da França estão preparados para aceitar entre 10 bilhões e 15 bilhões de euros em capital do governo como parte de novos esforços para forçar bancos da zona do euro a ampliar sua posição em capital, noticiou o Frankfurter Allgemeine Zeitung ontem, citando fontes financeiras.

Mas em entrevista ao mesmo jornal hoje, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, reiterou a opinião da Alemanha de que a EFSF deve ser usada por bancos apenas como último recurso.

"A EFSF só pode ajudar países quando eles não podem estabilizar seus bancos através dos mercados ou de outras maneiras", disse Schaeuble na entrevista. As informações são da Dow Jones.

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota de 12 instituições financeiras britânicas e de seis bancos portugueses. No caso britânico, a agência justificou a medida apontando a redução da probabilidade de um apoio governamental aos bancos em dificuldades. Em relação aos bancos portugueses, a agência citou a deterioração da qualidade dos ativos, o risco ampliado de suas aplicações na dívida soberana portuguesa e as restrições de financiamento.

No Reino Unido, a Moody's cortou em duas notas o rating do Royal Bank of Scotland (RBS) e do Nationwide Building Society, de Aa3 para A2. O Lloyds TSB Bank e a unidade local do Santander tiveram seu rating cortado em uma nota, de Aa3 para A1. O Co-Operative Bank também foi rebaixado em uma nota, de A2 para A3. Sete sociedades de crédito imobiliário menores foram rebaixadas com com corte de uma a cinco notas.

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Os seis bancos portugueses afetados foram: Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português (BCP), Banco Espírito Santo (BES), Banco BPI, Banco Santander Totta e Caixa Econômica Montepio Geral. BCP, BES e BPI foram rebaixados em duas notas, respectivamente para B1, Ba3 e Ba2. Os demais foram rebaixados em uma nota. A Moody's afirmou que a perspectiva dos ratings permanece negativa.

Quanto às instituições financeiras britânicas, a Moody's disse em um comunicado que sua reavaliação segue a "atual diretriz das autoridades tripartite do Reino Unido (Banco da Inglaterra, Autoridade de Serviços Financeiros e o Tesouro) de que o governo mais provavelmente fará maior uso no futuro de seus instrumentos de decisão para possibilitar o compartilhamento do encargo com os principais detentores de bônus".

No caso de Portugal, a Moody's afirmou que os planos de recapitalização e desalavancagem impostos pelo órgão regulador em conjunção com a União Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) devem ajudar a restabelecer a confiança no sistema bancário. "Entretanto, esses planos enfrentam significativos riscos de implementação", disse a agência. "Por exemplo: os planos de desalavancagem serão ameaçados se as condições de mercado continuarem frágeis e um crescimento material no depósitos no varejo vai depender em parte de uma recuperação no ambiente econômico." As informações são da Dow Jones.

A Bovespa finalmente decidiu acompanhar a alta do mercado externo. A expectativa de que a Europa possa anunciar uma capitalização aos bancos deu fôlego aos negócios pelo globo e conduziu a Bolsa doméstica acima dos 3% de ganhos no melhor momento do dia. Fechou abaixo disso, mas retomou os 52 mil pontos.

O Ibovespa terminou o dia com elevação de 2,50%, aos 52.290,37 pontos. Na mínima, registrou 51.016 pontos (estabilidade) e, na máxima, os 52.729 pontos (+3,36%). Com esse resultado, reduziu as perdas de outubro a 0,06%. No ano até agora, a Bolsa cai 24,55%.

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Os investidores se concentraram na informação de que a Europa pode anunciar ajuda na recapitalização dos bancos da região, o que poderia fazer a crise se dissipar mais rápido. Hoje, um porta-voz de José Manuel Barroso, presidente da Comissão Europeia, afirmou que a entidade vai propor uma "ação coordenada" sobre a recapitalização dos bancos na União Europeia.

Antes disso, o próprio Barroso havia repetido seu pedido por uma ação coordenada para recapitalizar os bancos sob ameaça da crise de dívida soberana da zona do euro. E a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, reforçou que, se houver necessidade, não se deve hesitar em recapitalizar os bancos.

As bolsas europeias subiram, também estimuladas pela decisão do BCE de retomar as compras de bônus cobertos e de fazer duas operações de refinanciamento de longo prazo neste ano. Os papéis tiveram o contrapeso dos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA, que aumentaram apenas 6 mil até 1 de outubro, ante previsão de +19 mil.

Os ganhos na Europa se concentraram, na maioria, entre 2% e 4%. Nos EUA, o Dow Jones subiu 1,68%, aos 11.123,33 pontos, o S&P avançou 1,83%, aos 1.164,97 pontos, e o Nasdaq ganhou 1,88%, aos 2.506,82 pontos.

No Brasil, Petrobras deu impulso ao Ibovespa, ao registrar ganhos de 3,99% na ON e 3,51% na PN. Também se destacaram BM&F Bovespa e siderúrgicas, embora tenham sobrado compras para todos os lados - 12 ações fecharam em baixa. Na Nymex, o contrato do petróleo para novembro avançou 3,65%, a US$ 82,59 o barril.

BM&FBovespa ON subiu 5,34%, Gerdau PN, +3,22%, Metalúrgica Gerdau PN, +2,78%, Usiminas PNA, +2,03%, CSN ON, +2,20%. Vale ON, +1,43%, Vale PNA, +1,55%.

Veja detalhes do mercado de ações logo mais no Cenário-2. (Claudia Violante)

A paralisação dos bancários chega ao sexto dia nesta segunda-feira (03) e ainda continua o impasse nas negociações. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Pernambuco, 85% dos funcionários de bancos privados aderiram à greve, mas a estimativa é de intensificar para 100%, como acontece nas agencias públicas do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste (BNB), caso não haja acordo entre as partes.

Se isso acontecer, as operações que ainda podem ser feitas nos caixas eletrônicos vão ser afetadas como depósitos e o autoatendimento, já que os caixas são abastecidos pelos bancários. Hoje, primeiro dia útil deste mês, os clientes que foram à agência do ITAÚ, localizada na Avenida Rui Barbosa, bairro das Graças, no Recife, encontraram um funcionário do banco auxiliando nas operações. A turismóloga, Isadora Ferreira, grávida de seis meses, só conseguiu pagar a fatura do plano de saúde no segundo banco que visitou. “Eu vim da minha agência por que lá, a leitura do caixa não conseguiu ler minha fatura que baixei da internet e não tinha ninguém que pudesse me ajudar. A única informação que tive foi que aqui tinha alguém ajudando nos caixas”, completa ela.

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Já advogada Keila Nogueira foi à agência da Caixa Econômica, na Avenida Agamenon Magalhães, e não teve dificuldade em solicitar a segunda via da uma conta e realizar o pagamento. “A minha fatura não é disponibilizada através da internet, daí solicitei a uma funcionária da agência que emitisse para que eu pudesse pagar no caixa eletrônico. Mesmo com a greve consegui sem problemas”, explica ela.

Mas para quem não conseguiu realizar o pagamento ou emitir boleto, a diretora do Procon-Recife, Cleide Torres, orienta aos consumidores sobre a maneira correta de proceder para a quitação de contas durante o período da greve dos bancários e a dos correios, que segue paralelamente ao movimento dos bancos, atrasando a chegada das faturas nas residências. Segundo ela, os consumidores devem entrar em contato com as empresas - Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) - para que seja emitida a segunda via da fatura, ou solicitar diretamente no site da empresa, via fax, e-mail, ou até mesmo a viabilização do depósito em conta.

Os trabalhadores bancários reivindicam um reajuste de salarial 12,8% e o aumento do piso que hoje é de R$ 1.250 para R$ 2.290. Porém, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não sinalizou estar disposta a reunir-se com o comando de greve para negociar. Jaqueline Mello que é Presidente do sindicato em Pernambuco disse que a categoria está aberta para a negociação.

A greve começou depois que não houve acerto nas negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, em São Paulo. Os bancos ofereceram reajuste de 8% sobre os salários, o que significaria 0,56% de aumento real. A proposta foi rejeitada pelos bancários, que reivindicam 5% de aumento real mais a inflação do período, chegando aos 12,8%. 

Os bancos estão preocupados com a sua conta do cartão de crédito. Nas principais instituições do Brasil, os olhos estão voltados para a nova regra que aumentará o pagamento mínimo de 15% para 20% da fatura a partir de dezembro. A novidade vai apertar o orçamento dos clientes que ignoram a recomendação dos economistas e empurram a maior parte da dívida para o mês seguinte. O temor maior é com janeiro de 2012, quando o cartão trará todas as compras do fim do ano e, sem o 13.º salário, clientes também terão gastos como matrícula e material escolar e impostos.

Há muitos meses, o tema cartão de crédito tem ocupado a agenda das diretorias de crédito de grandes bancos. Alguns anos atrás, o plano era ganhar mercado no boom causado pela entrada de clientes da "nova classe média". O processo ganhou força na crise de 2008, quando bancos colocaram verdadeiros exércitos na rua para atrair clientes.

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A apreensão agora é que, com a economia mais devagar, a inadimplência aumente.

No ano passado, porém, a luz amarela acendeu. Nos bancos e também no Banco Central, o medo era de que a exuberância da indústria, que crescia a taxas chinesas, poderia se transformar rapidamente em inadimplência.

Nesse período, alguns executivos ficaram assustados: pesquisas pedidas pelos bancos mostravam que muitos clientes, em especial os de menor renda, acreditavam que o pagamento mínimo quitava a dívida. O governo ficou preocupado e chamou o setor para reorganizar as coisas.

Nessa reorganização da casa, está chegando a fase que pode ser a mais difícil. "Estamos nos preparando. Será um momento delicado porque o cliente terá de pagar mais numa fatura grande pelas compras de dezembro. Além disso, o orçamento já é normalmente apertado com os gastos do início do ano. Alguns terão problema", diz um diretor de um grande banco de varejo.

Uma das preocupações é que os clientes organizem as contas com base na memória do ano passado e se programem para o pagamento mínimo do Natal de 2010, que ainda era de 10%. A expectativa cresce ainda mais com os sinais de que a economia está desacelerando e indicadores de emprego e renda devem se acomodar nos próximos meses.

O Banco Central reconhece que a novidade reduz o espaço no orçamento das famílias. Em maio, quando entrou em vigor o primeiro aumento do pagamento mínimo - de 10% para 15% -, o comprometimento da renda familiar com dívidas aumentou rapidamente de 19,9% em maio para 21% em junho, o maior nível da história, conforme a nova metodologia de cálculo adotada pelo BC. Antes disso, o indicador permaneceu estacionado na casa dos 19% por mais de dois anos.

Esse aumento do comprometimento da renda, reconhece a instituição, foi praticamente causado pelos 5% a mais no pagamento do cartão. Em dezembro, deve acontecer salto semelhante.

"Quem é usuário frequente do pagamento mínimo costuma ter um orçamento bem perto do limite. Ao mudar a regra, ele precisará ser avisado para tentar desacelerar o padrão de consumo. Se não fizer, vai ter de pedir resgate com algum outro crédito emergencial para fechar as contas", alerta o professor de finanças do Insper, Ricardo José de Almeida.

Bancos sabem disso e muitos já se preparam para oferecer verdadeiras "boias de resgate" para esses clientes. Após observar a migração dos 10% para os 15% no meio do ano, o mercado observou que a maioria dos clientes usou o cheque especial para pagar a conta do cartão. A partir de dezembro, deve ocorrer o mesmo. Algumas instituições, no entanto, estão se preparando para oferecer boias mais baratas que o cheque, como crédito pessoal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um colapso do sistema bancário europeu terá um impacto muito maior para os países emergentes do que os efeitos com a quebra do Lehman Brothers em 2008, segundo análise do RBC Capital Markets. A exposição dos bancos europeus a países emergentes, em termos de empréstimos e outros ativos, equivale a mais de três vezes o valor da exposição combinada dos bancos japoneses e americanos. O contágio da crise da dívida soberana da zona do euro pela via de crédito bancário será sentido com mais força pelo Leste Europeu, seguido pela América Latina.

Com base em dados do último relatório do Bank for International Settlementes (BIS), o banco central dos bancos centrais, o total de crédito e empréstimos de bancos europeus aos países emergentes somou US$ 3,4 trilhões em março de 2011, enquanto que a exposição dos bancos americanos a países emergentes estava em US$ 727 bilhões e a dos bancos japoneses, em US$ 299 bilhões. Na América Latina, a exposição dos bancos europeus é de US$ 792 bilhões, comparada com uma exposição de US$ 250 bilhões de bancos americanos e US$ 62 bilhões de bancos japoneses.

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"Se a crise da dívida soberana da zona do euro deflagrar um estresse do sistema bancário europeu mais profundo, poderá haver um impacto bem mais negativo sobre os mercados emergentes do que o choque do Lehman Brothers teve", afirmou um estudo do RBC Capital Markets assinado pelo chefe de estratégia para mercados emergentes do banco em Toronto (Canadá), Nick Chamie. Se os bancos europeus passarem por um estresse financeiro semelhante ao registrado pelos bancos americanos em 2008 e 2009, "as consequências negativas para os mercados emergentes, particularmente um choque no crescimento econômico, poderão ser muito mais significativas, em especial se houver uma escassez de crédito mais prolongada".

Os países emergentes representam cerca de 18% da carteira de crédito total no exterior dos bancos europeus. A participação dos emergentes na carteira de crédito no exterior dos bancos americanos é de 22% do total. Os emergentes do Leste Europeu são os que representam a maior parcela na carteira total de crédito no exterior dos bancos europeus, com 51%. Os latino-americanos detêm 23% da carteira de crédito total no exterior dos bancos europeus. A parcela dos países asiáticos é de 26%.

Segundo o estudo do RBC Capital Markets, para medir qual região dos mercados emergentes poderá sofrer um maior aperto de crédito se houver uma retração dos bancos europeus na concessão de empréstimos, é preciso levar em conta qual região depende mais dos bancos europeus versus bancos de outros países e em qual região o peso do crédito de bancos estrangeiros é maior em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

Conforme o estudo, os países do Leste Europeu dependem em 93% dos bancos europeus para atender suas demandas por crédito, comparado com 2% do Japão e 6% dos Estados Unidos. Já os países da América Latina têm 68% do crédito estrangeiro provenientes de bancos europeus, enquanto que os bancos americanos são responsáveis por 21% por esse crédito e apenas 5% vêm dos bancos japoneses.

O valor dos empréstimos de bancos europeus corresponde a 25% do PIB dos países emergentes do Leste Europeu e a 16% do PIB dos emergentes na América Latina, enquanto que o valor dos empréstimos dos bancos americanos equivale a 2% do PIB no Leste Europeu e a 5% do PIB de países latino-americanos.

"Do ponto de vista de contágio pelo canal de crédito, a região dos emergentes do Leste Europeu parece naturalmente mais vulnerável, embora a América Latina e a Ásia emergente também tenham uma elevada exposição à qualquer retração dos empréstimos bancários europeus", afirma o estudo do RBC Capital Markets.

A Polícia Federal prendeu hoje oito pessoas suspeitas de envolvimento com uma quadrilha de ataques a bancos na Paraíba. A ação foi deflagrada na cidade de Solânea, no Agreste. Entre os presos estão duas mulheres e dois homens que alegam ser menores de idade. A informação ainda será checada pela PF.

No momento da abordagem, alguns dos suspeitos resistiram a prisão e houve tiroteio. Ainda não há informação sobre feridos. Os policiais apreenderam celulares e armas.

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O governo examina propostas para taxar lucros de bancos e remessas de dinheiro para o exterior. As duas sugestões foram apresentadas nesta quarta-feira (31), em reunião no Palácio do Planalto, como alternativas para obter mais recursos para o sistema público de saúde na regulamentação da Emenda 29. A lista de opções inclui, ainda, uma nova taxação de cigarros e bebidas, o aumento da alíquota do seguro de danos pessoais causados por veículos (DPVAT) e a utilização do dinheiro dos royalties do pré-sal.

A presidente Dilma Rousseff ainda não bateu o martelo sobre nenhuma das alternativas. Está convencida, porém, que não é possível votar na Câmara a Emenda 29 - que define os gastos da União, Estados e municípios com saúde - sem uma fonte de receita. O Planalto não quer arcar com o ônus de criar um novo imposto e transferiu essa tarefa para a base aliada.

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Até mesmo os partidos que sustentam o governo, no entanto, são contra ressuscitar um tributo nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Diante do impasse, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresentou ontem um pacote de alternativas para financiar o setor durante reunião da qual participaram a titular de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o vice-presidente, Michel Temer, e líderes do governo e das bancadas do PT e do PMDB no Congresso.

A proposta sob análise prevê a votação da Emenda 29 do jeito que está, no dia 28 de setembro, na Câmara. As modificações do texto, com a respectiva fonte de custeio, ficariam para o Senado. Na avaliação de líderes de partidos aliados, seria a única forma de levar o assunto adiante e empurrar a polêmica mais para a frente. Até agora não há consenso sobre como conseguir mais recursos para a saúde.

Cigarros

Pelos cálculos apresentados ontem, na reunião com Ideli e Temer, a nova taxação de cigarros renderia R$ 4 bilhões; a de bebidas, outros R$ 4 bilhões; e a do DPVAT, mais 4 bilhões. O imposto sobre remessa de dinheiro para o exterior representaria um adicional de R$ 8 bilhões e um total de R$ 12,5 bilhões poderia vir da taxação sobre os lucros dos bancos e dos royalties do pré-sal. Com isso o governo obteria os R$ 32,5 bilhões necessários para a saúde, conforme prevê a Emenda 29.

Divergências

A presidente Dilma Rousseff pode contar com parte dos governadores de Estado para tentar recriar uma contribuição para financiar a saúde. Apesar de os aliados e a oposição na Câmara e no Senado serem majoritariamente contrários à criação de um novo imposto, há um grupo de governadores simpáticos à volta de um tributo, nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Um dos mais entusiasmados é o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do PMDB. "Acho que devíamos aprovar a criação de alguma coisa que ajude a financiar a saúde. Sou totalmente favorável à CPMF", disse ontem o governador. A CPMF existiu até dezembro de 2007, quando foi derrubada no Senado.

Ao argumentar que a "questão do financiamento da saúde é urgente", o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), preferiu não ser categórico ao rechaçar a volta do imposto para a saúde. "Acho que se deve evitar criar tributo novo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A gigante de tecnologia americana Apple vale atualmente tanto quanto os 32 maiores bancos da zona do euro. Esse é o resultado da recente queda dos preços das ações de bancos como o espanhol Santander, o francês BNP Paribas, o alemão Deutsche Bank e o italiano Unicredit, além do crescimento vertiginoso do valor da empresa dirigida por Steve Jobs.

Ontem, o índice de bancos da zona do euro DJ Stoxx caía cerca de 4%, o que dava a seus 32 integrantes o valor de US$ 340 bilhões. A cifra se baseia na capitalização das ações em circulação no mercado.

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O índice perdeu um terço de seu valor desde o início de julho, afetado pelos temores de que os bancos teriam perdido bilhões de dólares por seus investimentos em bônus de países da zona do euro e pelo fracasso dos políticos em tentar frear a crise da dívida na Europa.

Golpeados pela crise das hipotecas subprimes e pela exposição à dívida soberana de países com dificuldades de solvência, os bancos da zona do euro já perderam 75% de seu valor desde maio de 2007. Por outro lado, o valor de mercado da Apple cresceu até US$ 340 bilhões com o sucesso de produtos inovadores como o iPod, o iPhone e o iPad. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Órgãos reguladores do sistema financeiro dos Estados Unidos fecharam três bancos ontem: um na Flórida, um na Geórgia e um em Illinois. Com isso, o total de falências de bancos no país sobe para 68 desde o começo deste ano. Na mesma altura do ano passado, já haviam sido anunciadas 110 falências de bancos.

O Escritório de Controle da Moeda fechou o Lydian Private Bank, sediado em Palm Beach; é a quinta maior falência de banco nos EUA neste ano e a décima a ocorrer na Flórida. O mesmo órgão fechou o First Southern National Bank, sediado em Statesboro; o que elevou o número de falências de bancos na Geórgia a 17 neste ano. Já o First Choice Bank, sediado em Geneva foi fechado pelo Departamento de Regulamentação Financeira e Profissional de Illinois e será assumido pelo Inland Bank & Trust, sediado em Oak Brook, no mesmo Estado; é a sétima falência de banco no Illinois neste ano.

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O Lydian Private Bank será assumido pelo Sabadell United Bank e o First Southern pelo Heritage Bank of the South, subsidiária do Heritage Financial Group. A Federal Deposit Insurance Corp. (FDIC) estima que o custo das três falências para o Fundo de Seguro de Depósitos será de US$ 363,8 milhões. As informações são da Dow Jones.

A volatilidade marca o pregão das bolsas europeias nesta quinta-feira. Os mercados acionários começaram o dia recuperando as perdas de ontem, mudaram para o campo negativo e depois passaram a subir com força.

Embora, as preocupações com a crise de dívida da zona do euro - que tem prejudicado especialmente as ações dos bancos - os papéis Société Générale e do Credit Agricole abandonaram a queda verificada mais cedo e impulsionam as bolsas.

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Por volta das 1138 (de Brasília), Paris subia 1,44%; Londres tinha ganho de 1,82%; Frankfurt avançava 2,5%; Lisboa tinha valorização de 1,49%; e Madri subia 2,49%.

Nos EUA, as bolsas também avançam: Dow Jones registrava ganhos de 2,31%; Nasdaq avançava 2,82%; e o S&P 500 subia 2,52%. Hoje o governo do país informou que o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caiu 7 mil, para 395 mil, na semana passada, enquanto economistas esperavam que os pedidos ficassem em 400 mil. Abaixo dos 400 mil, a leitura dos economistas é de que o volume de contratações supera o de demissões.

No mesmo horário citado acima, o Ibovespa tinha alta de 1,83%, aos 52.333 pontos.

Depois do tombo no mercado de ações, os maiores bancos dos Estados Unidos enfrentam uma nova ameaça de crise. No topo da lista dos mais vulneráveis está o Bank of America, a maior instituição do país, com US$ 2,265 trilhões em ativos e com uma queda 47% no valor de suas ações desde o início do ano.

Em uma tentativa de conter o pânico do mercado em torno de suas papéis, o executivo-chefe do banco, Brian Moynihan, se dispôs ontem a debater com 6.000 investidores. O esforço, porém, não trouxe resultado.

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O Bank of America sofreu uma queda de 10,92% em sua ações no pregão de ontem da Bolsa de Valores de Nova York. Seu desempenho contribuiu para o recuo de 8,21% no índice KBW, a medida do desempenho das ações de 24 instituições bancárias do país. Os outros três maiores bancos americanos também viram suas ações despencar. O JP Morgan Chase, com queda de 5,58%; o Citigroup, com 10,47%; o Wells Fargo, com 7,67%.

Os recentes prejuízos não têm sido provocados apenas pelo rebaixamento da avaliação de crédito dos EUA, no último dia 5, pela Standard & Poor’s nem pelas incertezas em torno da saúde financeira dos bancos europeus. O setor bancário americano carrega sua própria lista de dilemas, que contribuiu para a falência de 63 bancos neste ano e de outros 109, em 2010.

O passivo gerado pelos empréstimos imobiliários concedidos sem avaliação criteriosa dos tomadores - o subprime - ainda corrói os lucros das instituições. O desempenho frustrante da atividade econômica - e o risco de nova recessão - adia e dificulta a recuperação do setor. Esses dois fatores empurraram também a corrida pela venda de ações dos bancos na segunda-feira passada.

Naquela manhã, a American International Group (AIG) havia processado o Bank of America por perdas de US$ 10 bilhões resultantes da venda de seguro para hipotecas concedidas pelo banco com base em falsos requisitos. Em relatório à Comissão de Seguros e Câmbio, a agência federal reguladora do setor financeiro dos EUA, o Morgan Stanley antecipou a perda de mais de US$ 600 milhões. Ambos os casos contribuíram para uma queda de 10,7% no índice KBW do dia 8. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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