Tópicos | ambulantes

[@#galeria#@]

Um grupo de ambulantes bloqueou a Rua Direita, no bairro de São José, no Centro do Recife, no fim da manhã desta terça-feira (3). Por conta da manifestação, as lojas da rua estão fechadas. Os vendedores informais protestam contra as constantes ações dos fiscais da Diretoria Executiva de Controle Urbano do Recife (Dircon). 

##RECOMENDA##

Segundo os ambulantes, que não são cadastrados na Prefeitura do Recife, os agentes apreendem as mercadorias de forma truculenta e cobram R$ 500 para soltar os produtos. Os manifestantes queimaram entulhos na via e o Corpo de Bombeiros precisou ser chamado. Duas viaturas da corporação estão no local. 

Durante a ação, a Polícia Militar usou spray de pimenta para dispersar os manifestantes e algumas pessoas passaram mal. A Guarda Municipal do Recife também está no local. O LeiaJa.com entrou em contato com a Secretaria de Controle Urbano do Recife e aguarda retorno. 

Com a intenção de chamar a atenção do governo e da sociedade, ambulantes fecham a Avenida Agamenon Magalhães, no Centro do Recife, nesta terça-feira (6). O motivo alegado é que eles não estão conseguindo trabalhar nas estações de BRT, metrô e até nas vias de Recife e Camaragibe, na Região Metropolitana.

"Paulo Câmara mandou os policiais não permitirem que a gente trabalhasse. Tem relatos de trabalhador que apanhou e chegou até a levar tiros. O que a gente quer é trabalhar e eles não estão deixando", informou Edvaldo Gomes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Comércio Informal do Recife (Sintraci).

##RECOMENDA##

Os manifestantes informam que esse é só mais um de muitos protestos que vão acontecer depois do carnaval. "Até que tudo isso seja resolvido e os trabalhadores respeitados, vamos continuar nos manifestando", afirma Edvaldo.

Polícias militares e agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) estão no local tentando viabilizar o trânsito que se encontra caótico, num horário em que se registra grande fluxo de veículos nas vias do Recife. "Foi protocolado um documento pedindo uma conversa com a Grande Recife e nada foi respondido pela entidade", acusa Joselita Cavalcante, uma das organizadoras do protesto.

LeiaJá também

--> Sem diálogo, ambulantes do BRT prometem mais protestos

Manifestantes queimaram pneus e objetos e fecharam a Rua Imperial, próximo ao viaduto João Paulo II, no bairro de São José, no centro do Recife, no começo da noite desta sexta-feira (2).

O protesto é realizado por ambulantes que, de acordo com o Corpo de Bombeiros, reclamam que a Prefeitura do Recife cedeu o espaço que seria destinado a eles para que camarotes fossem montados para o Galo da Madrugada. Eles afirmam que, por isso, ficarão impedidos de trabalhar na via durante o bloco. 

##RECOMENDA##

Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, uma viatura da corporação foi enviada ao local e a Polícia Militar tenta negociar com os manifestantes. De acordo com a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife, o trânsito está complicado no local e os motoristas devem evitar a via. Ainda segundo a CTTU, agentes e orientadores de trânsito estão na região para orientar os motoristas. 

Ambulantes que trabalham no comércio informal na Avenida Agamenon Magalhães, área central do Recife, receberam kits com chapéu e camisa de proteção UV, contendo os nomes e número de seus respectivos cadastros, na manhã desta quarta-feira (31). A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, Prefeitura do Recife e Polícia Militar.

Segundo a PM, o intuito da ação é inibir que pessoas se passem por ambulantes para praticar crimes na região. Cerca de 200 ambulantes receberão o kit, que será entregue até o próximo domingo (4), na Praça do Derby.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

“Somamos esforços com a Prefeitura do Recife a fim de garantir o ordenamento dos vendedores informais naquela área. Essas informações vão nos ajudar a identificar quem realmente está trabalhando na Agamenon, de forma ordeira e disciplinada. Essas informações contidas nas camisas podem também ajudar o cidadão que for vítima de alguma ocorrência. Lembrando que essa ajuda só poderá ocorrer mediante a queixa prestada na Delegacia”, afirmou o gestor da Diretoria Metropolitana da SDS, o coronel Ricardo Barbosa.

O secretário-executivo de Defesa Social, Humberto Freire, acredita que o ordenamento dos comerciantes vai colaborar na redução dos números de crimes na área.

“Em 2017, comparando com o ano de 2016 conseguimentos reduzir em 57% o número de Crimes contra o Patrimônio - CVP praticados naquela área, através do trabalho das patrulhas a pé e motorizadas, e também do serviço da inteligência que à paisana, percorre a avenida detectando a presença de criminosos e acionando o pessoal fardado para o trabalho repressivo”, acrescentou.

LeiaJá também:

--> Pipoqueiros fazem protesto na Agamenon Magalhães 
--> Mais um falso pipoqueiro é detido na Agamenon Magalhães
--> Polícia reforça segurança na Agamenon e prende pipoqueiros 
--> Falso pipoqueiro é preso por assalto na Avenida Agamenon 

*Com informações da assessoria

 

Após tarde de protestos na Avenida Caxangá e no cruzamento do Derby com a Avenida Agamenon Magalhães, ambulantes que comercializam produtos no sistema de transporte Bus Rapid Transit (BRT) prometem realizar mais mobilizações ao longo dos próximos dias, caso não haja diálogo com o Grande Recife Consórcio de Transporte. Os comerciantes circulam no Corredor Leste/Oeste e alegam “roubo de mercadoria”, “violência gratuita” e “intimidação”, por parte de homens que dizem ser policiais civis.

O protesto teve início por volta de 12h desta quinta-feira (18) e interditou a faixa exclusiva do BRT, na altura do cruzamento com a avenida General San Martin, na Avenida Caxangá. Os ambulantes ficaram na região por três horas e decidiram seguir para a Praça do Derby, em busca de mais visibilidade. Cerca de 100 homens caminharam rumo à Agamenon Magalhães.

##RECOMENDA##

"Estão tomando nossa mercadoria, batendo em nosso rosto e dizendo que somos vagabundos. Estou desempregado há cinco anos. A gente não rouba, nem mexe com ninguém. Um monte de companheiros meus são roubados por esses homens que levam nosso pão de cada dia. Ficam nos intimidando e, se nos defendemos, eles nos humilham e dizem que preferem a gente roubando", disse Ednaldo Nascimento, ambulante que participou do protesto.

[@#video#@]

Agentes da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) e policiais militares acompanharam todo o protesto, que foi pacífico. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Comércio Informal do Recife (Sintraci) também compareceram ao ato e dialogaram em uma assembleia improvisada para organizar próximas mobilizações. O Grande Recife, órgão mais esperado, não esteve lá.

Um dos organizadores do protesto, Alexandre Félix, que trabalha no BRT há quatro anos, se mostrou indignado porque no dia anterior, na terça (17), perdeu todo material de trabalho: salgadinhos, pipocas e água mineral. O ambulante afirma trabalhar honestamente e questiona o direito de comercializar em coletivos.

“A gente tem que trabalhar, que ordem é essa pra gente ser expulso dos ônibus? Esses homens não se identificam, puxam arma e colocam na nossa cara e tentam nos algemar. Perdi todos os meus produtos e a minha caixa térmica.  Eles mandam a gente buscar a mercadoria na Dircon e quando a gente chega lá, não encontramos”, lamentou Alexandre. O protesto teve fim por volta das 17h45 e o trânsito foi liberado no Derby.

O LeiaJá.com procurou a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) e o órgão informou que não há nenhuma operação para retirar ambulantes do BRT. A reportagem também procurou o Grande Recife para esclarecer se há trabalhadores recolhendo esses materiais e para onde estão sendo encaminhadas as mercadorias. Até a publicação desta matéria, não obtivemos retorno.

[@#galeria#@]

"Todo dia a gente apanha na cara, apontam revólver dizendo que vão atirar na gente. Dizem eles que são policiais civis, mas não se identificam. Tomam nossas mercadorias dentro das estações". O relato é de Fernando Ferreira da Silva, ambulante que vende seus produtos nos ônibus BRT da Região Metropolitana do Recife. Nesta quinta (18), dezenas desses profissionais informais se reuniram na avenida Caxangá, na Zona Oeste, para cobrar explicações do Poder Público. 

[@#galeria#@]

##RECOMENDA##

O protesto interditou a faixa exclusiva dos BRT, na altura do cruzamento com a avenida General San Martin. Assim como Fernando, Alexandre Félix também narra episódios de truculência policial contra si e demais ambulantes. "Em maio vai fazer quatro anos que trabalho no BRT e todo santo dia é essa dificuldade. Falam que é policial civil, puxam arma e não mostram nada (de identificação). Ontem quase fui algemado. Perdi minha caixa térmica, que vale R$ 100, além das mercadorias que estavam dentro (no valor de R$ 250)". 

Indignados com a violência, os comerciantes saíram em passeata até a Praça do Derby e dizem que esperam uma solução do Grande Recife Consórcio de Transporte. Desde a implantação do sistema de transporte Bus Rapid Transit (BRT), o consórcia afirmava que impediria a venda informal de qualquer produto nos veículos e plataformas de embarque e desembarque. O que se vê são intervenções esporádicas - e falhas - na tentativa de evitar a presença dos ambulantes.

[@#galeria#@]

Colocar o pão na mesa da família é uma tarefa que muita gente tenta cumprir. Em uma das vias mais famosas do Recife, o vendedor ambulante Edvaldo Gomes disputa um pequeno espaço da calçada da Avenida Conde da Boa Vista, no Centro da capital pernambucana, com os pedestres e outros ambulantes para conseguir levar dinheiro em prol do sustento dos cinco filhos e da esposa. Pela necessidade, alguns comerciantes trabalham até sem a autorização dos órgãos públicos.

##RECOMENDA##

No ramo há mais de 38 anos e desde 2002 na Conde da Boa Vista, Edvaldo, hoje com 46 anos, aprendeu cedo a tirar seu sustento das ruas. Criado dentro de uma feira, ele conta que já passou por muita coisa ao longo desses anos na profissão. "Comecei bem pequeno, aos sete anos. Já vendi de tudo um pouco, desde frutas, água, picolé e pipoca, a produtos mais pessoais como massageadores e óculos, mas também já perdi muitas mercadorias", relembra. 

Também presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Comercio Informal do Recife (Sintraci), o ambulante conseguiu criar todos os cinco filhos e ainda hoje paga a faculdade da filha mais nova com o dinheiro das vendas. Para ele, ser vendedor ambulante é um dom. "Não é para qualquer um ficar aqui não, você tem que saber vender e ter aquele jeitinho para conquistar os clientes. Além disso, é uma tarefa difícil, a gente mal senta, só tem tempo para comer, ir no banheiro e voltar. Passo o dia todo em pé, e quando chove, mesmo com o guarda sol, é uma luta. Já perdi muitos produtos por causa da chuva também", desabafa Edvaldo, que ainda não possue liberação da Prefeitura do Recife para trabalhar no local. 

Ainda na Boa Vista, próximo a um centro de compras, Ivaí Antônio, aos 50 anos de idade, também revela trechos da sua história. "Aqui todo dia é uma luta, faça chuva ou sol eu tenho que trabalhar. Vendo acessórios para celular, vendo sobrinha, o que tiver eu vendo. Mas é mais fácil trabalhar com isso do que com o emprego que tinha antes", comenta o ex-cobrador de ônibus que está desde 2004 no local e possue liberação da Prefeitura para comercializar seus produtos.

Assim como Edvaldo, seu Ivaí também começou cedo. Ele conta que aos sete anos de idade já vendia picolé e jornal para ajudar os pais em casa. Por conta do trabalho, o ambulante não conseguiu concluir o ensino médio e apesar de já ter trabalhado com carteira assinada achou melhor voltar para o mercado informal. "Aqui eu chego a tirar em média R$ 1,5 mil por mês. Não tem estresse. Chego na hora que quiser e se o dia for bom, eu fecho cedo e vou para casa. Sou feliz com isso porque não tenho aperreio, muito menos preciso viver dependendo de empresa", diz. 

Apesar de também não possuir nenhum vínculo empregatício com empresas ou ter a carteira assinada, o prazer e a satisfação em ter o próprio negócio fazem com que Edvaldo tenha orgulho do seu trabalho. "Me sinto feliz. Faço aquilo que gosto, sou o meu próprio patrão e empregado e não tenho ninguém mandando em mim. Quando é trabalho, tudo é digno". 

Uma certeza entre ambos é de que por falta de opções e com o desemprego em alta, não dá para ficar esperando cair comida do céu. "Como eu vou alimentar minha família sem trabalhar?", questiona Edvaldo. "Essa foi a forma que a gente encontrou de sustentar a nossa casa. Não tem emprego para todo mundo, o jeito é trabalhar por conta própria", complementa. 

Os calos de uma vida de trabalho  

Ainda no Centro do Recife, especificamente na Avenida Dantas Barreto, o vendedor ambulante Marco Aurélio, 48 anos, não teve uma vida nada diferente de Edvaldo e Ivair. Aos oito anos de idade foi vender pipoca e água na rua para realizar um desejo pessoal de colocar tranças no cabelo. Foi daí, que Cigarra, apelido dado pelos amigos a Marco, começou a trabalhar como ambulante. Estudou, completou o ensino médio e aos 19 anos começou a vender laranjas em um pedaço de madeira, que naquela época era sustentada com os braços para chegar ao alcance de quem estivesse passando nos ônibus.  

As marcas nas mãos do vendedor ambulante mostram os calos criados ao longo da vida pelo trabalho duro nas feiras e com as vendas das laranjas no Centro do Recife. Calos esses que contam a história difícil de quem achou na rua um sustento.  

"Não é nada fácil estar aqui. É um trabalho duro, que exige força e coragem. A gente passa por muita vergonha, você precisa se humilhar e reconhecer que precisa desse trabalho, não só por necessidade, mas por obrigação de ter algo digno para ensinar aos filhos", relata Cigarra. 

Ao longo desses 40 anos, ele retrata como conseguiu se manter no mercado formal e como lida hoje com sua rotina pelas ruas da cidade. Confira a entrevista exclusiva: 

[@#video#@]

Marco ainda conta para a nossa equipe que foi do trabalho como ambulante que aprendeu a ser honesto. "Daqui eu tiro só coisas boas e o meu sustento. Foi aqui que aprendi a ser honesto, digno de mim mesmo. Foi com o dinheiro daqui que comprei minha casa própria e ainda um sítio. Eu tenho estudo, tenho capacidade de conseguir um emprego formal, mas não troco nada do que faço ou tenho por uma carteira assinada".  

Segundo ele, sua alegria está no trabalho. "Quando eu estou aqui, eu me transformo. Eu sou o rei. Tenho contato com todo mundo, eu tenho prazer em conversar com as pessoas e se eu ganhar R$ 10 no dia, eu estou alegre.  

Mercado informal 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em agosto comprovam que há crescimento do mercado informal. O desemprego tem levado a população a buscar outras alternativas de trabalho, mesmo não tendo carteira assinada ou vínculo empregatício com empresas.  

Segundo o IBGE, no contexto da crise econômica e da consequente falta de oferta de empregos formais, a maioria dos 721 mil brasileiros que deixaram a fila do desemprego no trimestre encerrado em julho trabalhou informalidade. Atualmente, o Brasil possui 10,7 milhões de trabalhadores sem carteira assinada contra 33,3 milhões com o vínculo empregatício.  

“O aumento aconteceu, principalmente, entre os empregados sem carteira assinada, contingente que respondeu por mais 468 mil novos empregos, e entre os trabalhadores por conta própria, que respondeu pelo ingresso de mais 351 mil pessoas no mercado”, aponta o estudo do IBGE. Já a população com carteira assinada manteve-se estável em 33,3 milhões”, diz a nota do IBGE. 

De acordo com o presidente do Sintraci, hoje existem mais de 5 mil trabalhadores informais no Recife. Mas nem todos os ambulantes que trabalham na Conde da Boa Vista possuem cadastro junto a Prefeitura do Recife para comercializar suas mercadorias. Ainda segundo o sindicato, mesmo não possuindo carteira assinada, a maioria desses vendedores paga o Simples Nacional, tributos Federais, Estaduais e Municipais, para ter direito a aposentadoria.


Uma nova manifestação foi realizada no início da tarde desta quarta-feira (26) pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Comércio Informal (Sintraci). O protesto ocorreu próximo ao Shopping Tacaruna, na Avenida Cruz Cabugá. Segundo Edvaldo Gomes, presidente do Sindicato, a movimentação dos comerciantes informais deve continuar acontecendo no mesmo local até que seja apresentada uma solução.

A Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, responsável pelas obras da Praça General Carlos Pinto, informou que serão construídos boxes para os comerciantes trabalharem após a conclusão da reforma, que promete melhorar o acesso. As obras foram iniciadas ainda em julho deste ano, contudo não há previsão de término.

##RECOMENDA##

A prefeitura afirmou, em nota, que os comerciantes cadastrados não estão impedidos de trabalhar, uma vez que possuem autorização para exercer o comércio em outra rua da mesma região.

LeiaJá também

--> Comerciantes fazem novo protesto em frente ao Tacaruna

--> Ambulantes protestam e bloqueiam trânsito na Cruz Cabugá

[@#galeria#@]

Na manhã desta terça-feira (25), o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Comércio Informal (Sintraci) mobilizou a classe para protestar em frente ao Shopping Tacaruna, na Avenida Cruz Cabugá. Uma das vias está bloqueada pela manifestação, que deve ocorrer até às 10h.

##RECOMENDA##

O presidente do sindicato, Edvaldo Gomes, afirma que a praça do Tacaruna onde os ambulantes trabalhavam foi fechada e até agora a Prefeitura do Recife não apresentou uma solução para os trabalhadores que estão impossibilitados de exercer o comércio. A classe exige uma solução da gestão municipal e um posicionamento do prefeito Geraldo Júlio. "A prefeitura não recebe o sindicato, não quer dialogar", explica o presidente do sindicato, afirmando que a classe está sendo prejudicada. 

"Se não acontecer negociação, o mesmo ato vai acontecer amanhã, e depois de amanhã, até que nos seja dada uma alternativa", afirma Edvaldo. A via foi bloqueada com pneus queimados e entulhos. Os ambulantes participam com cartazes de "Queremos trabalhar e Geraldo não deixa" e "Negocia, Geraldo, só queremos trabalhar". 

Uma manifestação semelhante ocorreu na sexta-feira (21), quando o Sintraci exigiu as mesmas negociações com a prefeitura da cidade.

[@#video#@]

Um grupo com cerca de vinte ambulantes bloqueia o trânsito na Avenida Cruz Cabugá, em frente ao Shopping Tacaruna, na manhã desta sexta-feira (21). De acordo com Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Comércio Informal do Recife (Sintraci), o protesto pede mais negociação da Prefeitura do Recife com os trabalhadores informais.

O grupo ateou foto em pneus, entulhos e segue bloqueando a via há pelo menos duas horas. Com faixas e cartazes, eles disseminam a mensagem de que "ambulante não é ladrão". Por meio de nota, o Sintraci informou que se a situação atual não for negociada, "o Recife vai parar". 

##RECOMENDA##

"Entramos no ano de 2017 e o prefeito ainda não entendeu que estamos vivendo um ano de crise que só piora", diz um trecho da nota. A categoria lamenta a atitude da gestão municipal de tirar "o pão de cada dia dos ambulantes". 

Na tarde desta sexta-feira, 30, o manifestante mais contrariado de toda a Esplanada dos Ministérios era Reginaldo Souza. Nascido no Distrito Federal e ambulante há 12 anos em Brasília, Souza estava aflito com o silêncio que tomava conta da principal avenida da capital federal.

Souza está entre os ambulantes que madrugaram para vender água, refrigerante, salgadinhos e churrasco durante as manifestações previstas para esta sexta. Mas não vendeu quase nada. "Cadê as pessoas? O povo não está indignado? Nas manifestações de abril, fiz mais de R$ 2 mil num só dia. Hoje só consegui vender R$ 150 de água", disse Souza.

##RECOMENDA##

Coube ao contingente de cerca de 3 mil homens da polícia minimizar os prejuízos dos ambulantes. "Se não fossem os policiais, hoje a gente estava perdido", comentou Souza. "São os únicos que estão aqui hoje, comprando alguma coisa."

Para tentar vender o que tinha trazido para a Esplanada, o ambulante João Paulo reduziu o preço da garrafinha de água. Em vez de R$ 3 a unidade, passou a vender três garrafas por R$ 5. "Sai gritando o preço perto do cordão de isolamento. Os policiais compraram tudo", disse João Paulo.

Na esperança de que manifestantes dessem as caras na Esplanada, alguns ambulantes diziam que um grupo grande de pessoas estava aglomerado no entorno no estádio Mané Garrincha e que logo desceriam até a frente do Congresso. A reportagem seguiu até o estádio para checar a informação. O que havia no local era um grupo de pessoas que estava pegando ônibus com destino a Goiânia, localizada a 208 quilômetros de Brasília.

Durante todo o dia, o fechamento da Esplanada à espera dos manifestantes serviu apenas para complicar o trânsito na região central da cidade. Nas proximidades da Biblioteca Nacional, tradicional ponto de encontro nos protestos no início da Esplanada, um grande pato amarelo inflável permanecia isolado, com seis pessoas que se refugiavam na sombra, por conta do sol quente.

As coisas também não estavam fáceis para Wenilson Barbosa, que trouxe seu "carrinho de pastel B&G" para tentar fazer algum dinheiro. "Trouxe 120 pasteis para testar a manifestação, mas só vendi uns 50, e mesmo assim só para a polícia", disse.

Muitos reclamaram da "falta de organização" da manifestação, que acaba se confundindo com a greve. "Se não tem ônibus e nem metrô, como é que as pessoas vão se manifestar? Fica difícil", comentou Barbosa.

Nem mesmo a lotérica "A Esplanada", localizada entre os ministérios, conseguiu atrair algum cliente disposto em fazer uma "fezinha".

Pela manhã, a Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal chegou a estimar que cerca de 5 mil manifestantes deveriam comparecer à Esplanada para os atos de greve. "A verdade é que não veio ninguém", disse um policial militar. "Parece até que a manifestação é da polícia."

Vendedores ambulantes que pretendem trabalhar aos domingos, durante as prévias de Carnaval, no Sítio Histórico de Olinda, devem ficar atentos para o período de cadastramento que tem início nesta segunda-feira (17). O cadastramento deverá ser realizado na sede da Secretaria da Fazenda e da Administração, na Avenida Santos Dumont, 177, Varadouro, das 8h às 13h. E para se registrar é preciso apresentar RG, CPF, comprovante de residência e uma foto 3x4.

Assim como acontece para os dias de Carnaval, será cobrada uma taxa referente à ocupação do solo. Os valores variam de R$ 66,89 a R$ 334,45, a depender do espaço ocupado e do serviço prestado por cada ambulante. Os moradores que usam as portas e janelas de suas casas como ponto de venda também devem se cadastrar. Não será permitida a presença de vendedores sem cadastro, assim como também não vai ser admitido que os ambulantes cadastrados deixem seus pontos de venda e circulem entre os foliões.

##RECOMENDA##

Os ambulantes registrados junto à Prefeitura de Olinda serão acomodados em locais específicos do Sítio Histórico e a gestão municipal montará bloqueios, com restrição de acesso apenas para os vendedores cadastrados. A partir do dia 22 de janeiro, serão realizadas ações de fiscalizações nos pontos de folia na cidade. Ao todo, serão cinco equipes de patrulha multidisciplinar envolvendo agentes de trânsito, Controle Urbano, Guarda Municipal e Polícia Militar. O trabalho será concentrado em cinco pontos considerados de maior circulação durante o período das prévias carnavalescas, entre elas estão:

*da Rua 27 de janeiro aos Quatro Cantos;

*da Praça de São Pedro aos Quatro Cantos;

*dos Quatro Cantos à Rua 13 de Maio;

*da Rua 13 de Maio à Praça Monsenhor Fabrício (em frente à sede da prefeitura);

*da Rua 13 de Maio à Rua do Amparo.

Ao caminhar nas calçadas do centro do Recife, o pedestre pode esbarrar no amontoado de bancas com capas de celulares, bolsas, óculos e comidas. Problema histórico de ordenamento urbano na capital, o comércio informal na cidade segue sem controle, apesar do projeto da prefeitura para implantar as chamadas Feiras Novas ou shoppings populares.

Tais espaços são terrenos cobertos, com boxes padronizados, cujo objetivo é abrigar centenas de ambulantes que ocupam as vias do centro e melhorar a mobilidade das pessoas. Para os profissionais da área, a promessa do poder público tem aspecto de utopia.  

##RECOMENDA##

 “A espera já dura uns quatro anos e, todas as vezes, o prazo de entrega é para dezembro. Esse ano não tem como eles entregarem algo pra gente, porque não tem nada pronto”, explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Informal do Recife (Sintraci), Edvaldo Gomes. De acordo com a entidade, o cadastro dos ambulantes já foi realizado, mas a prefeitura não dialoga nem fornece parecer sobre o andamento das obras. 

[@#galeria#@]

Ao Portal LeiaJá, o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, explicou que foram adquiridos três terrenos para a construção dos shoppigns. Um desses espaços - na esquina da Rua do Riachuelo com a Rua da Saudade - está com as obras paralisadas por falta de verba e não há prazo de entrega. Nos outros dois terrenos (que serão conjugados), entre a Rua Sete de Setembro e Rua da Saudade, os trabalhos ainda não foram iniciados. Braga informa que esses trabalhadores terão que esperar, afinal não há como prever entrega se não existe recurso para concluir ou iniciar as obras.

Sem as intervenções da prefeitura, alguns dos terrenos têm sido ocupados de forma irregular. “Aí dentro é ponto de prostituição, de droga, o povo toma banho, faz tudo que não presta. É um fedor muito grande”, contou uma comerciante que não quis se identificar. Outros ambulantes também ressaltam o abandono. “Estou aqui há 31 anos, no mesmo ponto. Já fui cadastrado e recadastrado umas três vezes, mas há uns cinco meses pararam os trabalhos. Depois disso, tudo que você imaginar acontece aí dentro”, explicou Antônio Manoel. 

Obras no Cais de Santa Rita serão entregues em janeiro

A Secretaria informou que o Anexo do Mercado de São José está em fase de conclusão e deve abrigar cerca de 100 ambulantes. No Cais de Santa Rita, 500 ambulantes vão ser realocados para o shopping popular que está sendo construído no local. João Braga informa que a primeira etapa da obra no Cais - quiosques de alimentação - tem prazo de entrega para janeiro de 2017. As demais fases ainda seguem sem previsão. 

[@#video#@]

Braga fez questão de recordar que duas Feiras Novas já foram entregues este ano, contemplando 300 ambulantes: a de Água Fria, localizada na Avenida Beberibe, com 179 espaços para os comerciantes, e a de Nova Descoberta, situada ao lado do mercado público do bairro. Mais uma está em fase de conclusão, segundo a secretaria: a Feira Nova de Afogados, com capacidade para mais de 500 boxes. 

"Arrumações provisórias"

Diante da falta de recurso para seguir com o planejamento inicial, o secretário João Braga mencionou medidas a serem tomadas até janeiro. “Vamos fazer uma arrumação provisória na cidade, na Avenida Conde Boa Vista, Rua Sete de Setembro, Rua do Riachuelo, Rua da Saudade. Será uma arrumação para janeiro”. Até lá, a prefeitura garante a continuação do processo de cadastramento dos comerciantes ainda em situação irregular.  

Vendedores ambulantes do Recife protestam em frente à Estação de metrô do Recife, na manhã desta terça-feira (12) e deixa o trânsito lento na Rua Floriano Peixoto, área central da capital pernambucana. De acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), orientadores já estavam no local para organizar o trânsito.

Com cartazes e faixas com os dizeres: "Não somos ladrões, queremos trabalhar", os ambulantes protestam contra a retirada da categoria dos comerciantes informais da Estação do metrô. A assessoria de comunicação da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) confirmou a manifestação e informou que os ambulantes estão proibidos por Lei de praticar o comércio dentro do metrô.

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com a CBTU, os ambulantes têm causado muitas confusões e discórdias. "Eles causam uma série de transtornos, brigas e os passageiros ficam reclamando", informou Salvino Gomes, assessor de comunicação do órgão. Ele ainda relembrou o caso em que uma mulher foi baleada por uma confusão que teve início com uma provocação de um ambulante.

No último dia 5 de julho,  enquanto uma mulher transitava pela rampa principal da estação, ela acabou sendo atingida por uma bala perdida. O disparo foi dado após um homem, que estava acompanhado de uma mulher, ter se desentendido com ambulantes por ciúmes, sacando a arma e disparando em direção de um dos comerciantes. 

Fiscalização - A ação de ambulantes dentro da estação é proibida pelo Decreto Federal nº 1.832, de 4 de março de 1996, e pelo Regulamento do Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP), através do Decreto nº 14.845, de 28 fevereiro de 1991. 

Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), ações semanais em parceria com a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife têm se intensificado para a saída dos comerciantes informais da Estação do metrô.

No domingo (1º), um grupo de ambulantes do Mercado de São José, localizado na área central do Recife, se reuniu e foi até o Estádio Amigão, na Paraíba, apoiar o Santa Cruz no título da Copa do Nordeste, conquistado diante do Campinense. Nesta segunda-feira (2), todos já estavam de volta ao ‘batente’ e, provavelmente, a semana de trabalho nunca havia começado com tanta animação no local. Um dos líderes da ‘patota’, Davi Azevedo, de 32 anos, contou ao Portal LeiaJá como foi a viagem e a sensação de fazer valer a alcunha de “Terror do Nordeste”.

[@#galeria#@]

##RECOMENDA##

Davi e os demais ambulantes tricolores foram de kombi para o reduto do Campinense. Chegaram cedo no local do jogo e, depois, com o título garantido, saíram parando pelos bares e postos da cidade, sempre vibrando com os demais torcedores corais presentes e brindando à inédita conquista. “O gol sofrido assustou, mas, no final, choramos de alegria. Paramos em vários pontos da cidade e fizemos a nossa festa com essa massa coral, a mais apaixonada do Brasil”, declarou.

O grupo ainda teve seu veículo roubado, mas nem isso tirou o brilho da comemoração deles. “Levaram a bandeira do Santa Cruz que enfeitava a kombi e roubaram nossas comidas e bebidas. Mas não tem problema! Deixa de presente para eles. Eu sou o campeão”, vibrou. Em seguida, finalizou, cutucando os rivais do Sport, já de olho na final do Campeonato Pernambucano. “Eu acho bom a torcida do Leão comer muita macaxeira para aguentar a lapada! Somos o Terror do Nordeste!”, provocou, fazendo alusão ao produto que vende nas redondezas do Mercado de São José.

Confira a farra de Davi e seus companheiros no vídeo abaixo, com imagens e edição da repórter fotográfica Líbia Florentino:

[@#video#@]

LeiaJá também

--> Confira a vibração dos tricolores, os campeões do Nordeste

--> Craque Rivaldo comemora título do Santa Cruz

--> Torcida do Santa começa a comemorar na piscina do Arruda

--> 'Rei Arthur' dá título inédito ao Santa Cruz

--> Torcida do Santa invade a Paraíba para ganhar o Nordestão

--> Massa coral pega a estrada em busca do título para o Santa

Na tarde desta terça-feira (19), uma ambulante foi atingida por um trem na Estação de Joana Bezerra, área central do Recife. A vítima estava atravessando a linha férrea e quando subia a escadaria que dá acesso à plataforma, sofreu a colisão na perna e nas costas. 

De acordo com a CBTU/Metrorec, a ambulante estava em um local restrito aos funcionários de segurança e manutenção do metrô, que só têm acesso à área com a autorização do controle, visto que há risco de acidentes elétricos e por colisão do trem. A vítima caiu na área da plataforma e foi atendida no local pelo SAMU e, em seguida, encaminhada ao hospital. 

##RECOMENDA##

 

É quando as luzes vermelhas dos semáforos acendem que eles voltam ao intenso trabalho. Os ambulantes correm entre os carros - seja sob o sol escaldante ou a chuva inóspita - e oferecem o que têm. Morango, manga, caju... Pipoca salgada ou doce, água e confeito... Capa para tablet, celular, pau de selfie... Outros se apresentam com piruetas e malabares: arte em troca de troco. É o ofício que normalmente lhes resta para desempenhar e garantir o dinheiro do sustento.

O trabalho dos ambulantes, por ser informal, não requer experiência ou nível técnico. Mas, por outro lado, os obriga a ter traquejo com o comércio, muita disposição e coragem. Paulo Alex Silva conta que já sofreu tentativas de assalto enquanto terminava o expediente, por volta das 17h, na área central recifense. "Chegaram dois maloqueiros armados pedindo meu dinheiro, mas, por sorte, estava passando um carro da polícia na hora. Eu corri para perto da viatura e eles fugiram para longe, não sei nem se foram detidos", relembrou.

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

A rua é para todos e a idade entre os ambulantes varia de crianças - em trabalho infantil e, consequentemente, ilegal - a idosos, como o caso de seu Mário José Braz, de 67 anos. A cor de pele branca há muito tempo deu vez a um intenso vermelho-queimado-de-sol. "Eu estava com medo de ter câncer, porque meu nariz parou de despelar e ardia muito, mesmo passando protetor solar e usando chapéu. Fiz uns exames e graças a Deus não deu nada", conta. 

Mário José Braz (personagem do vídeo abaixo) vende vários tipos de acessórios: de capa de celular e carregador a protetor de carro. "O que me pedem, eu passo no dia seguinte no mercado e já trago", garante. O ambulante trabalha no Centro do Recife, mas mora na cidade vizinha, Jaboatão dos Guararapes. Sustenta a mulher e um dos dez filhos, a Yasmin, de 7 anos, que tem deficiência mental. "Minha vida é minha menina. Queria muito um descanso, mas não posso parar não, sabe?".

[@#video#@]

Recife foi apontada como a cidade de maior congestionamento do Brasil. E uma das avenidas mais conhecida pelos engarrafamentos - e que corta a área central da cidade - é a Governador Agamenon Magalhães. Os ambulantes do local revelam que o lento trânsito só atrapalha nas vendas. "Não adianta tentar vender quando o cara está atrasado, emburrado. Ele nem olha para o produto. Pode até estar com sede ou fome, mas não quer nem saber", conta Jurandir Barbosa de Araújo.

Lamento comum entre os ambulantes é a informalidade do trabalho. Tanto pelos direitos trabalhistas, como por problemas na falta de regulamentação entre os comerciantes. "Pedimos várias vezes para a Prefeitura fazer um cadastro aqui, facilitaria para todos nós. Porque ficamos preocupados aqui se os fiscais vão chegar e apreender nossas mercadorias", diz Paulo Alex. E complementa: "Quando a gente perde o que trouxe é um investimento desperdiçado. A gente não só volta para casa sem vender, mas também no negativo".

Um ambulante que preferiu não se indentificar conta que a falta de cadastro acarreta até numa carência de segurança para vendedores e clientes e atrapalha o trabalho dos autônomos."Aqui todo mundo se conhece, porque trabalha no mesmo ponto há muito tempo, mas não vamos e nem podemos impedir quem chega", fala. E diz: "Já vi alguns que vieram para vender, mas acabaram assaltando motoristas. A gente tenta evitar que eles venham, já até chamaram polícia. Mas é inseguro até para a gente mesmo".

Debaixo de sol ou chuva, percorrendo contra todas as dificuldades, está José Antônio da Silva, de 40 anos, que perdeu o movimento das pernas com um ano de idade por consequência de paralisia infantil. "Já vim muita gente reclamando da vida, pedindo. Eu mesmo não gosto de pedir. Vendo meus confeitos, minha pipoca e acabo ganhando até bastante gorjeta também. Mas não saio de caso com esse intuito", afirma.

Casado, pai de duas meninas, José Antônio da Silva sustenta a própria casa com o trabalho da rua. O sorriso que carrega, municiado pela simpatia infalível, é a principal arma do ambulante. "Rapaz, o cara tem que ser bem humorado, de bem com a vida para trabalhar vendendo na rua. Às vezes o cliente está estressado e fala umas besteiras, eu devolvo palavras bonitas e agradeço a paciência dispensada. Porque, assim... Eles passam aqui todos os dias e encontram a gente no meio do caos do engarrafamento, então é normal também", explica.

Apesar de se queixar do sol quente e do engarrafamento da capital pernambucana, José Antônio releva saídas para trafegar entre os carros e trabalhar. O bom humor do vendedor chega a ser contagiante: "Minha vida é assim mesmo, eu não troco pela de ninguém, não. Tenho toda a saúde que preciso para batalhar e o carinho que quero dentro de casa. Olhe, se melhorar estraga". E brinca: "A menos que eu ganhe na Mega Sena, aí não estraga, não", completa rindo.

[@#galeria#@]

Clima tenso na tarde desta sexta-feira (4), no centro do Recife. Viaturas policiais foram encaminhadas à Avenida Conde da Boa Vista e ruas adjacentes para a retirada de comerciantes informais das calçadas destes locais. A ação faz parte do calendário da prefeitura para reorganização dos passeios públicos do bairro. 

##RECOMENDA##

Revoltados, os ambulantes chegaram a fechar a Conde da Boa Vista e jogaram lixo no meio da via para impedir a passagem de carros. Cerca de dez viaturas da Polícia chegaram ao local para afastar os manifestantes. Diretor do Sindicato dos Trabalhadores Ambulantes do Comércio Informal, Edvaldo Gomes disse que a prefeitura se utiliza de ditadura contra os profissionais. 

[@#video#@]

“Mais uma vez, a prefeitura botando Polícia Civil e Polícia Militar, um batalhão todinho, para perseguir pais de família. A prefeitura continua usando de má fé, prendendo a mercadoria e devolvendo só com o pagamento de uma taxa de R$ 400, um absurdo”, explicou Edvaldo, muito exaltado, durante a intervenção policial. Comerciantes angolanos também tiveram problemas com os policiais e tiveram as mercadorias apreendidas.

Há menos de um mês, os ambulantes fecharam a própria Avenida Conde da Boa Vista, travando os dois sentidos da via. A reivindicação era a mesma: pediam o direito de trabalhar, negado pela prefeitura, segundo os participantes. 

Com informações de Camilla Assis

Com informações de Camilla de Assis

Os ambulantes estão fechando a Avenida Caxangá, em frente ao Hospital Barão de Lucena, na zona oeste do Recife, na manhã desta sexta-feira (13). A manifestação faz parte da Jornada de Luta do Comércio Informal.

##RECOMENDA##

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Informal (Sintraci), o mote deste ato é um projeto da Prefeitura do Recife que previa a construção de praças de alimentação para comerciantes informais nos hospitais Oswaldo Cruz, Agamenon Magalhães e Barão de Lucena. ”Queremos que a prefeitura cumpra o que prometeu”, reivindicou o presidente do Sintraci Severino Souto. 

Na última segunda-feira (9), os ambulantes fecharam a Avenida Conde da Boa Vista, no centro da capital. Na ocasião, os manifestantes reclamavam das apreensões feitas pela Prefeitura das mercadorias e equipamentos dos comerciantes.

[@#galeria#@]

Ambulantes fecharam a Avenida Conde da Boa Vista, no cruzamento com a Rua Soledade, no centro do Recife, na manhã desta segunda-feira (9). Os manifestantes atearam fogo nos dois sentidos da via, deixando o trânsito travado no local.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Informal (Sintraci) Severino Souto, o ato faz parte da Jornada de Lutas do Comércio Informal. Protestos estão previstos para acontecer durante toda a semana em diferentes pontos da cidade. “Estamos reivindicando o direito de trabalhar. A prefeitura está apreendendo carrocinhas e mercadorias dos trabalhadores”, acusa Severino.

##RECOMENDA##

As vias, que estavam bloqueadas desde as 10h55, foram liberadas por volta das 11h45. Os manifestantes encerram o ato por volta das 12h, em frente ao shopping Boa Vista.  

[@#galeria#@]

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando