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As Eleições 2022 devem contar com 1.271.381 eleitoras e eleitores que declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, dentro de um eleitorado total de mais de 156 milhões de pessoas. Essa parcela de votantes cresceu 35,27% em relação ao pleito de 2018, quando 939.915 afirmaram se encontrar em uma dessas situações. Para receber com mais segurança e comodidade esses cidadãos e cidadãs no momento do voto, este ano, a Justiça Eleitoral (JE) vai disponibilizar mais de 163 mil seções eleitorais com acessibilidade. 

Na divisão por gênero, são 642.441 mulheres e 628.827 homens eleitores com algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida e que disseram precisar de atendimento ou condições adaptadas para votar este ano, além de outras 113 pessoas que não informaram o gênero. O eleitorado com deficiência representa 0,81% do total apto a votar em 2 de outubro. 

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Eleitoras e eleitores nessa situação podem exercer o voto em seções adaptadas pela Justiça Eleitoral para suprir as respectivas necessidades. A cada eleição, a JE aumenta a acessibilidade dos locais de votação para propiciar a essa parcela do eleitorado maior facilidade e conforto. 

Maior acessibilidade 

Todas as urnas eletrônicas têm condições de atender pessoas com deficiência visual. Além do uso do sistema Braille e da identificação mais evidente da tecla “5” no teclado da urna, também serão disponibilizados fones de ouvido para que pessoas cegas ou com baixa visão recebam sinais sonoros com a indicação do número escolhido e o retorno do nome da candidata ou do candidato por meio do uso de voz sintetizada. 

Para promover a inclusão social e facilitar o voto de pessoas com deficiência auditiva, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprimorou também os softwares já existentes e instalou novos recursos de acessibilidade nas urnas eletrônicas que serão utilizadas nas Eleições 2022. Os equipamentos contarão este ano com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

  Além disso, um vídeo feito por uma intérprete de Libras será apresentado em todas as 577.125 urnas eletrônicas preparadas para o pleito, indicando, para a pessoa votante, qual cargo está em votação no momento, nesta sequência: deputado federal, deputado estadual ou distrital, senador, governador e presidente da República. 

Estado com mais eleitores com deficiência  Segundo o cadastro eleitoral, o Brasil tem 427.729 (30,47% do total deste eleitorado) votantes com deficiência de locomoção; 186.647 (13,3%) com deficiência visual; e 111.813 (7,97%) com deficiência auditiva. O estado de São Paulo é a unidade da Federação com maior número de eleitoras e eleitores com alguma deficiência: 456.846. 

Nos casos em que uma limitação física ou mental impeça a pessoa de votar ou torne extremamente onerosa essa atividade, ela mesma ou um familiar mais próximo pode requerer uma quitação eleitoral permanente ao cartório eleitoral, apresentando documentação que comprove a dificuldade, como laudos médicos. 

Com base no que for apresentado, o juiz analisará se a situação informada realmente impede a pessoa de votar ou dificulta o exercício do voto, podendo fornecer documento que a isentará da obrigação de maneira permanente. 

Prazo e comunicação 

No ano das eleições, as pessoas com deficiência devem informar à Justiça Eleitoral  situações que dificultem o exercício do voto, como as relacionadas com a locomoção e a visão. A medida é necessária a fim de que o local de votação possa ser adaptado para que possam exercer a cidadania por meio do voto. 

O prazo oficial para essa solicitação terminou em 4 de maio, com o fechamento do cadastro eleitoral para o pleito deste ano. Porém, pedidos de transferência de pessoas votantes com deficiência ou mobilidade reduzida para locais de votação que atendessem às suas necessidades específicas puderam ser feitos até 18 de agosto.

Apesar disso, se a pessoa com deficiência não tiver requerido no prazo oportuno a transferência, poderá comunicar suas limitações à mesária ou ao mesário, para que a Justiça Eleitoral possa tomar as soluções cabíveis no momento, garantindo que ela vote. 

Auxílio 

Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida têm preferência no momento do voto. Elas podem ser auxiliadas no instante de votar, caso o presidente da mesa receptora de votos ateste que essa ajuda é fundamental. Nesse caso, podem ser acompanhadas por alguém de sua confiança, inclusive na cabine de votação.  Além disso, poderá, no dia das eleições, preencher o Formulário de Identificação de Eleitor com Deficiência ou Mobilidade Reduzida para autorizar o juiz eleitoral a anotar a circunstância (deficiência) no cadastro eleitoral.

*Do TSE 

Eleitores portador de deficiência ou mobilidade reduzida terão a possibilidade de votar em seção com acessibilidade que atenda melhor às suas necessidades, como acesso à rampa ou elevador.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na hora da votação, mesmo que não tenha sido feito nenhum pedido com antecedência, o cidadão pode informar ao mesário sobre suas limitações, para que sejam providenciadas soluções adequadas. O eleitor com deficiência também pode contar com a ajuda de uma pessoa de sua confiança no acesso à seção.

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Uma resolução da Corte Eleitoral prevê apoio logístico para verificar as condições de acessibilidade, apoio que, informalmente, é conhecido como "coordenador de acessibilidade”. Cada Tribunal Regional Eleitoral tem autonomia para decidir como fará a sua logística.

Nas eleições deste ano, todas as urnas eletrônicas contarão com tradução na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Além disso, um vídeo feito por uma intérprete de Libras será apresentado em todas as 577.125 urnas eletrônicas preparadas para o pleito. Na filmagem, exibida na tela do aparelho, a tradutora indicará a eleitoras e eleitores qual cargo está em disputa na votação.

Para as pessoas com deficiência visual, além do sistema Braille e da identificação da tecla 5 nos teclados do aparelho, também são disponibilizados nas seções eleitorais fones de ouvido para que eleitores cegos ou com baixa visão recebam sinais sonoros com a indicação do número escolhido e o retorno do nome da candidata ou do candidato em voz sintetizada.

A sintetização de voz, recurso voltado para eleitores com deficiência visual, foi aprimorada para as eleições deste ano. Além de melhorias na qualidade geral do áudio, agora serão falados os nomes de suplentes e vices. E, para maior fidelidade na fala dos nomes dos concorrentes, agora também será possível cadastrar um nome fonético.

Diversidade

Os povos indígenas também têm assegurado, pela Constituição Federal, a participação no processo eleitoral. Para garantir esse direito, o TSE criou a Comissão de Promoção da Participação Indígena no Processo Eleitoral.

Segundo o TSE, “é direito fundamental da pessoa indígena ter considerados, na prestação de serviços eleitorais, sua organização social, seus costumes e suas línguas, crenças e tradições”.

Em fevereiro, o tribunal criou o Núcleo de Inclusão e Diversidade do Tribunal. A função do grupo é fortalecer a atuação da Corte em temas relacionados ao aumento da participação política de públicos variados, com foco nas mulheres, nos negros, na população LGBTQIA+ e nos povos originários.

Mulheres na política

A participação das mulheres na política é outra frente de trabalho do TSE. Após iniciativa da Corte, o Congresso Nacional estabeleceu uma cota mínima de 30% das candidaturas destinadas para mulheres no Fundo Eleitoral. O mesmo percentual deve ser considerado em relação ao tempo destinado à propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV.

Com o objetivo de estabelecer uma disputa mais equilibrada nas eleições, o tribunal realiza periodicamente campanhas em redes sociais e nas emissoras de rádio e TV de todo o Brasil para tratar do tema. Em julho, foi lançada a campanha nacional Mais Mulheres na Política 2022, composta por vídeo, spot e cards veiculados em emissoras de televisão e rádio e nas redes sociais.

Após decisão da Corte, recursos destinados aos programas de promoção da participação das mulheres na política, não utilizados no pleito, deverão ser usados da mesma forma nas eleições subsequentes.

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Aretha Souza Fernandes atua há 20 anos no mercado de comunicação. A jornalista é focada em comunicação acessível e na área da saúde. Em Belém, foi repórter do Jornal Amazônia e editora do Diário do Pará, além de ter atuado em agências e assessorias de imprensa do Governo do Estado. Em Marabá, onde mora atualmente, Aretha trabalhou na comunicação do Hospital Regional do Sudeste do Pará e, hoje, é analista de comunicação da agência Planet, onde atende projetos culturais.

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O interesse de Aretha pela comunicação acessível nasceu do contato com a comunidade surda da sua igreja. Ela começou a pesquisar sobre o assunto, aprendeu Libras e levou essa expertise para a comunicação. Segundo pesquisa divulgada pela Agência Brasil, apenas 1% dos sites brasileiros cumpre todos os requisitos de acessibilidade. Nesta entrevista, a jornalista detalha os aspectos positivos do uso desse tipo de comunicação.

 O que é comunicação acessível?

 Comunicação acessível é tornar a informação livre de barreiras, para que qualquer pessoa possa entendê-la. Por exemplo, quando uso legenda em vídeos, a comunicação se torna acessível para surdos oralizados ou pessoas que estejam em um local com ruídos. Se garanto um intérprete de Libras - Língua Brasileira de Sinais, torno acessível para o surdo. Se disponibilizo o recurso de áudio para leitura de textos em veículos digitais, possibilito que analfabetos funcionais acessem a notícia. E assim por diante. A comunicação acessível é um direito de todos e fundamental para o exercício da cidadania.

O assunto parece novo, porém é a base da comunicação, do jornalismo, da publicidade. Em 1948, a Declaração dos Direitos Humanos reconheceu a informação como um direito humano. Infelizmente, a maioria dos profissionais da área não discute o assunto e desconhece os recursos de acessibilidade já existentes.

Segundo dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, são pelo menos 45 milhões de brasileiros que contam com algum tipo de deficiência. Qual a importância da comunicação acessível para essas pessoas?

 Pessoas com deficiência têm necessidades como as de pessoas sem deficiência. Elas se alimentam, vestem roupas, sonham... isso significa que elas também consomem. A diferença é que existe uma grande barreira comunicacional no mercado. Somente 1% dos sites brasileiros cumpre todos os requisitos de acessibilidade. Com isso, coisas simples para a maioria das pessoas, como comprar uma passagem de viagem pela internet ou pedir uma pizza por um aplicativo, podem ser bem complexas. Essas barreiras excluem, além das mais de 45 milhões de pessoas com deficiência, outros 11 milhões de analfabetos funcionais e 2 milhões de autistas, dentre muitos outros segmentos. Falamos até aqui em relação à esfera privada, ao mercado de consumo. Mas e nos órgãos públicos? Sim, também precisamos avançar nesse aspecto. Estamos evoluindo, é verdade, mas há um caminho longo pela frente.

Como fazer comunicação acessível?

 Há muitas maneiras de começar a fazer comunicação acessível. Uma delas é colocar a acessibilidade como regra em qualquer processo da comunicação. Por exemplo, meu cliente se comunica pelo Instagram, Facebook ou outra rede social? Eu preciso conhecer os recursos de acessibilidade, passar a fazer descrição de imagem para facilitar a compreensão por pessoas com deficiência visual, usar cores com bom contraste para leitura, escrever com linguagem simples e clara. Enfim, preciso pensar a comunicação sob a perspectiva de quem tem dificuldade para enxergar ou ouvir, tem baixa escolaridade, déficit de atenção.

No passado, as pessoas com deficiência faziam parte de um grupo "esquecido", mas a partir da lei de cota em 1991, eles começaram a ganhar novas oportunidades de se desenvolver profissionalmente e intelectualmente, tornando-se pessoas produtivas, empreendedores e até mesmo potenciais consumidores.

Vale a pena empresas ou instituições investirem nesse tipo de comunicação?

 Sim, vale muito a pena. Vivemos em sociedade e precisamos ter empatia pelo outro. Comunicação acessível é um investimento. Jamais deve ser considerado um gasto. É responsabilidade social, engajamento, postura humanizada e respeito à diversidade. É inegável que hoje em dia o consumidor está de olho no posicionamento das marcas em relação a assuntos como esse. Portanto, vale muito a pena.

Na sua avaliação, o que já tem sido feito no Brasil e o que ainda pode ser feito em relação à comunicação acessível?

Avançamos em alguns aspectos, mas ainda estamos longe do ideal. O eixo Sul-Sudeste está na frente, claro. Grandes empresas e instituições como bancos e varejistas já criaram áreas de diversidade para tratar o assunto. Isso é um avanço. Porém, nossas TVs ainda não disponibilizam o recurso de Closet Caption em toda a sua programação, como previsto em lei, as faculdades de Comunicação pouco discutem o tema e a maioria dos veículos de comunicação continua tratando a deficiência de maneira capacitiva (preconceituosa). Se conhecermos os recursos tecnológicos já disponíveis no mercado e cumprirmos as leis já sancionadas a favor dessas minorias, o cenário pode ser outro. Isso é respeitar a diferença. E respeito muda tudo.

Por Suellen Santos (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Na tarde desta terça-feira (9), um grupo de cadeirantes realizou um protesto no centro do Recife pedindo que o Governo de Pernambuco repasse verba para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), o que possibilitaria o acesso às cadeiras de rodas. Além disso, a mobilização pediu melhorias na acessibilidade dos transportes públicos do Grande Recife. Durante o ato, a Avenida Guararapes, no bairro de Santo Antônio, foi interditada.

Segundo Messias Manoel Antônio da Silva, 28 anos, representante do grupo Direito dos Cadeirantes, pessoas aguardam há mais de dois anos por uma cadeira de rodas no Estado. “A minha cadeira de rodas está quebrada e para chegar aqui [no protesto] foi difícil. Sem o dinheiro não tem cadeira de rodas, muleta, nada. A gente está aqui porque a gente precisa”, diz.

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Esta é a terceira vez que o grupo se mobiliza pedindo que o governo estadual realize os repasses necessários. “No primeiro protesto, o governador mandou o assessor dele assinar [a carta de reivindicação] porque ele não veio atender a gente. Eu gostaria muito de ir ao Palácio do Campo das Princesas e o governador atendesse a gente, mas ele não faz isso”, critica.

Outro manifestante, Luciano Brayner, diz estar na fila por uma cadeira de rodas há dois anos e conta no momento com uma emprestada. “Eu estou lutando pelo meu direito, que é garantido por lei, mas na prática não funciona. Nós estamos lutando pelo direito de ir e vir, mas infelizmente a sociedade nos discrimina. Nós não somos vândalos, somos trabalhadores, estudantes, pais de família e queremos mostrar para a sociedade que nós existimos, temos força e vamos lutar pelos nossos direitos”, comenta Brayner.

Orlando reclama da falta de acessibilidade nos transportes públicos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

O manifestante Orlando Soares, 45 anos, assevera que o Estado está negligenciando as necessidades básicas dos deficientes. “É para a nossa locomoção. Se ele [o governo] não faz o papel dele para aqueles que mais precisam, eles vão prover mais para quem dessa sociedade? Nós estamos debaixo do sol quente protestando porque precisamos, mas o governo está segurando um repasse que já foi feito pelo governo federal”, diz. 

A luta se estende à melhoria da acessibilidade nos transportes públicos da Região Metropolitana do Recife. Segundo Soares, o Grande Recife Consórcio de Transportes está permitindo a circulação de ônibus com elevadores quebrados. “Você junta isso à carga do motorista que não tem mais cobrador para ajudá-lo. O motorista que tem que pegar um ônibus velho, quebrado, sucateado. Quem paga o preço no final das contas somos nós, sendo xingados e deixados no meio da rua”, pontua Orlando.

O LeiaJá pediu um posicionamento do Governo de Pernambuco sobre os repasses e do Grande Recife sobre as denúncias da falta de acessibilidade, mas até a publicação desta reportagem as assessorias não haviam retornado às demandas.

O Náutico anunciou uma parceria com uma construtora para a reforma dos banheiros da sede, promessa de campanha do presidente Diógenes Braga. O clube publicou o acordo nesta terça-feira (12) e já mostrou vídeos do início das obras. 

Os banheiros serão mudados completamente. Revestimento, assentos, mictórios, entre outras coisas, serão trocados e até climatização será feita nos ambientes. Também existe a promessa de acessibilidade.

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“Era uma das coisas que a gente falava muito, desde o início, em buscar uma forma de dar uma melhor conforto ao associado. Essa parceria viabilizou isso. A gente vai conseguir oferecer um banheiro com acessibilidade, com conforto. Essa reforma não traz apenas benefício imediato, é um benefício que vai ficar”, disse Diógenes Braga.

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A Fundação Nacional de Artes (Funarte) promove nesta quinta-feira (10) o relançamento gratuito, e com recursos de acessibilidade, de documentários do Projeto Pixinguinha, em seu canal no YouTube. O produtor e diretor artístico da Funarte, Paulo César Soares, disse que um dos papéis mais importantes para quem trabalha na área de artes é permitir o acesso às coisas.

"Agora, em que tudo precisa estar viável pela internet com um clique, nesse caso adaptado às pessoas que não tinham acesso, a iniciativa é motivo de alegria. Estamos falando de inclusão e incluir é criar condições para que pessoas com algum tipo de deficiência possam ter acesso ao campo da arte. Acho que isso é uma vitória”. O diretor admitiu que a questão da acessibilidade não é nova, mas que quando se coloca adaptada a um acervo, vira nova. 

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Publicados com recursos de acessibilidade - Libras, closed caption (legenda oculta) e audiodescrição -, os vídeos documentam a trajetória do programa que celebrou a memória do músico Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha, e que circulou pelo Brasil em diferentes fases, de 1977 a 2017.

O relançamento ocorre no mês em que se completam 49 anos da morte de Pixinguinha, aos 75 anos de idade, no dia 17 de fevereiro de 1973. O músico faria 125 anos em 4 de maio deste ano. No conjunto de vídeos que será lançado, o público poderá conferir também, gratuitamente, filme em comemoração aos 120 anos do compositor, divulgado em 2017, com depoimentos dos letristas Hermínio Bello de Carvalho e Paulo César Pinheiro, do fotógrafo Walter Firmo e do arranjador Paulo Aragão, informou a Funarte.

Vitrine da música

Para Paulo César Soares, o Projeto Pixinguinha continua sendo uma vitrine da música brasileira. “O projeto mostrou o que a música brasileira produzia de norte a sul, de leste a oeste”. Ele destacou que os talentos existem em todo o país mas, às vezes, não têm oportunidade de se mostrar. “E o Projeto Pixinguinha dá essa oportunidade”.

Segundo o diretor, a Funarte estuda a possibilidade de dar seguimento ao projeto, com shows artísticos a preços populares, bem dirigidos e bem roteirizados, com duração de uma hora e quinze minutos, contemplando os formatos presencial e online. A intenção é que seja feito o mais breve possível, embora sejam necessários recursos para transformar o projeto em realidade. 

A publicação dos vídeos do Projeto Pixinguinha é uma das ações da Funarte de divulgação do material que compõe o Brasil Memória das Artes (BMA) no Youtube. O projeto de digitalização do acervo para acesso virtual começou no início dos anos 2000, com itens variados da coleção da Funarte, como fotografias, arquivos sonoros, textos e documentos, que fazem parte da memória das artes cênicas, das artes plásticas e da música brasileira. Paulo César Soares destacou a importância do Projeto Pixinguinha pela “robustez de gêneros musicais e de músicos participantes”.

Projeto 

Em 1977, o produtor, animador cultural, poeta e pesquisador musical Hermínio Bello de Carvalho idealizou o Projeto Pixinguinha. A iniciativa, da Funarte, tornou-se importante capítulo da trajetória da música popular brasileira. O projeto previa a circulação de intérpretes, músicos e toda a equipe técnica pelo país. A ação funcionou regularmente de 1977 a 1989 e teve dois períodos de suspensão, de 1990 a 1992 e de 1997 a 2002.

A retomada ocorreu entre 2004 e 2007, com as duas últimas versões em 2009 e em 2017. Cantores e compositores famosos passaram pelo projeto, entre eles Cartola, Alceu Valença, Ademilde Fonseca, Edu Lobo, Clementina de Jesus e João Bosco.

Um dos vídeos disponibilizados agora no YouTube com recursos de acessibilidade é a primeira audição do Projeto Pixinguinha, na qual gravações raras de 1977 funcionam como ponto de partida para uma conversa entre especialistas. O vídeo Projeto Pixinguinha: segunda parte da audição comentada mostra, também com a participação de especialistas, as atuações de Jards Macalé, Carmem Costa, Lúcio Alves e Cartola.

De acordo com dados fornecidos pela Funarte, outros vídeos abordam as origens e bases do projeto, com participação da cantora Dóris Monteiro e do dramaturgo João das Neve. Também documentam a retomada do programa, de 2004 a 2007, incluindo material do DVD lançado sobre a temporada de 2005, com documentário e clipes musicais.

Pixinguinha

Até 2016, o dia 23 de abril era considerado a data de aniversário de Pixinguinha. Graças a pesquisa do músico Alexandre Dias no cartório onde o artista foi registrado, verificou-se que a data correta do nascimento é 4 de maio de 1897. O compositor, maestro, arranjador e instrumentista nasceu no Rio de Janeiro e cresceu na região central da capital fluminense, com os pais e 13 irmãos.

Formou o conjunto Oito Batutas, em 1919, com o irmão China e os músicos Donga, Nelson Alves, Jacob Palmieri e José Alves de Lima. No mesmo ano, o grupo passou por São Paulo e Minas Gerais, patrocinado por Arnaldo Guinle. Em 1921, excursionou pela Bahia e Pernambuco, para fazer shows e pesquisar gêneros musicais brasileiros. Pixinguinha é considerado o pai do choro, gênero musical baseado na formação flauta, violão e cavaquinho.

 

Novembro já começou com diversos lançamentos e novidades sobre a quinta geração da tecnologia móvel, já que o Governo Federal realizou na última semana o primeiro leilão 5G, evento promovido pelo Ministério das Comunicações e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ao todo, o leilão rendeu cerca de R$ 46 bilhões, e assim, diversas operadoras e empresas levaram consigo lotes de frequência. A nova tecnologia vai passar a ser ofertada no mercado brasileiro a partir de julho do próximo ano. Mas afinal, o que é o 5G, e quais as maiores novidades em relação a sua tecnologia?

De acordo com Flávia Cruz, coordenadora da divisão técnica, telecomunicações e conectividade do Instituto de Engenharia de São Paulo, a tecnologia que envolve o 5G vai trazer para os usuários maior velocidade de resposta no aspecto da comunicação móvel. “Ou seja, ficará bem mais rápido fazer downloads de filmes e vídeos, a baixa latência [tempo de espera para um dispositivo responder ao comando] permitirá o uso remoto de tecnologias, além da comunicação máquina-a-máquina, base da automação e aplicação do IoT [Tecnologia das Coisas] e das Cidades Inteligentes”, explica.

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Vale lembrar que a quinta geração de internet móvel não vem apenas para ser uma nova tendência entre os consumidores, já que do ponto de vista do mercado de trabalho ainda podem surgir novas ofertas e demandas. Segundo Flávia, é possível que haja uma descentralização cada vez maior quando se trata da força de trabalho, visto que muitas aplicações, ainda que sejam críticas, poderão ser executadas de maneira remota.

A especialista completa dizendo que diante desse cenário envolvendo tecnologia móvel, grandes computadores e notebooks ainda vão continuar sendo usados, mas entre os jovens, estes serão itens cada vez menos utilizados. “Embora os smartphones possam ter potência de processamento e internet tão bons quanto, falta ainda a memória no celular, neste ponto, a computação em nuvem será impulsionadora do uso cada vez menor de aparelhos exclusivamente dedicados à computação”, projeta.

Acessibilidade

De acordo com dados da Anatel, mesmo com a tecnologia do 4G em voga, mais de 33 milhões de brasileiros ainda utilizam a geração anterior, o 3G. Por conta disso, há a discussão sobre o quanto os novos recursos tecnológicos são democráticos, e se eles podem abranger parte da população que ainda não possui ferramentas para utilizá-los. Para a especialista em tecnologia, a democratização dos recursos já está sendo feita, principalmente pelas empresas que adquiriram lotes que têm como requisito o fornecimento da tecnologia 4G em localidades que ainda estão com o 3G.

Assim, é importante desmistificar que a nova geração não vai ser a responsável por tornar as outras tecnologias mais escassas, mas sim o desenvolvimento de aplicações suportadas por tais tecnologias. “Com o tempo, os desenvolvedores deixarão de atualizar os aplicativos, e eles não serão mais suportados. Os celulares que funcionam com tecnologias anteriores continuarão funcionando na rede 5G, apenas não aproveitam dos benefícios do baixo tempo de resposta por conta da configuração de antenas e processar”, esclarece.

 

A Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos (DIPEBs), por meio da Secretaria de Modalidades Especiais (Semesp) do Ministério da Educação (MEC), lançou proposta, de forma preliminar, de Currículo para o Ensino de Português Escrito como Segunda Língua para Estudantes Surdos. O material traz um referencial curricular para alunos surdos, matriculados na educação bilíngue de surdos, na educação básica e no ensino superior.

“Na Educação Básica são contempladas as etapas de Educação Infantil, para os estudantes surdos, a partir de 0 ano, com a fase de creche e pré-escola; O Ensino Fundamental, dividido em duas fases, sendo a primeira a que equivale aos anos iniciais e, a segunda, que equivale aos anos finais; e Ensino Médio. Para o Ensino Superior a ideia é que se fale em cursos, em vez de etapas”, informa o MEC.

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Sistematizado e elaborado por pesquisadores experientes no ensino de português como Segunda Língua para Surdos, o material conta com seis cadernos: “O primeiro, o Caderno Introdutório, apresenta a concepção teórico-metodológica da proposta, bem como os referenciais básicos e complementares que guiaram a elaboração da proposta curricular. O Caderno I apresenta a proposta curricular para alunos de 1 ano e 7 meses a 5 anos, enquanto o Caderno II apresenta a proposta para alunos do 2º ao 5º ano e do primeiro segmento do EJA (Educação de Jovens e Adultos)”, aponta o MEC.

“O Caderno III apresenta a proposta para alunos dos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano e do segundo segmento do EJA. O Caderno IV apresenta a proposta para alunos do ensino médio e do terceiro segmento do EJA. Já o Caderno V, último da proposta curricular, foi formulado para estudantes surdos do ensino superior”, completa a instituição.

O Senado aprovou medida provisória que adia por dois anos o prazo para que as salas de cinema façam adaptações necessárias à acessibilidade de pessoas com deficiência visual e auditiva, em razão da pandemia da Covid-19. O texto foi aprovado da forma como o governo enviou a proposta e segue agora para promulgação.

Nem a relatora da Câmara, deputada Greyce Elias (Avante-MG), nem a do senado, Soraya Thronicke (PSL-MS), fizeram mudanças no texto editado pelo governo.

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A exigência faz parte do Estatuto da Pessoa com Deficiência e deveria ter entrado em vigor no ano passado, mas, por meio de MP, foi adiada pelo governo para 1º de janeiro deste ano. O texto aprovado altera novamente a data, desta vez para 1º de janeiro de 2023.

"A pandemia de Covid-19 abalou fortemente diversos setores da economia, sendo que a indústria cultural foi uma das que mais sofreu. Salas de cinema, teatros e museus viram-se esvaziados, sem perspectiva para a retomada dos níveis de assistência anteriores a março de 2020", disse Thronicke.

Foi divulgado, pelo Inep, o resultado definitivo dos pedidos referentes ao atendimento especializado e tratamento pelo nome social no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2020. As decisões estão disponíveis na Página do Participante.

Os atendimentos especiais oferecidos pelo Inep são voltados para pessoas com baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, déficit de atenção, autismo e/ou discalculia. Ainda contam com atendimento especial gestantes, lactantes, idosos, estudantes em classe hospitalar e/ou pessoas com outra condição específica. A autarquia também oferece a opção de tratamento pelo nome social para quem se identifica e quer ser reconhecido socialmente em consonância com sua identidade de gênero (participante travesti ou transexual).

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Pedidos aprovados - Aos participantes que solicitaram atendimento para cegueira, surdocegueira, baixa visão, visão monocular e/ou outra condição específica, e foram aprovados pelo Inep, são permitidos utilizar material próprio, como máquina de escrever em braile, lâmina overlay, reglete, punção, sorobã ou cubaritmo, caneta de ponta grossa, tiposcópio, assinador, óculos especiais, lupa, telelupa, luminária, tábuas de apoio, multiplano, plano inclinado e/ou ser acompanhado por cão-guia.

Participantes do exame também têm a possibilidade de contar com auxílio de prova em braile, tradutor-intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), provas com letra ampliada e super ampliada, guia-intérprete, auxílio para leitura, auxílio para transcrição, leitura labial, tempo adicional, além de sala de fácil acesso e/ou mobiliário acessível. Os inscritos que solicitaram atendimento para deficiência auditiva, surdez ou surdocegueira também puderam indicar o uso de aparelho auditivo ou implante coclear, no momento da inscrição.

As mães em período de amamentação que tiveram o pedido de atendimento aprovado deverão levar, no dia do exame, um acompanhante adulto para ficar, em sala reservada, como responsável pela guarda da criança.

O exame é feito e organizado pelo Inep, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de Educação. Para ver a lista dos aprovados nas solicitações, os participantes devem acessar o site do processo seletivo.

As solicitações foram divulgadas em 1º de fevereiro, no sistema do exame. Iniciou-se, então, o período para os interessados entrarem com recurso, que foi até o último dia 5. As provas do Encceja 2020 serão aplicadas no dia 25 de abril, em todos os estados e no Distrito Federal.

O Facebook completou 16 anos de existência na última quinta-feira (4) e, para celebrar o debute, separamos alguns recursos, introduzidos recentemente, feitos para deixar sua navegação na plataforma ainda mais dinâmica. A rede social de Mark Zuckerberg implementou no último mês ferramentas para tentar deixar mais claro quais informações do usuário são compartilhadas, além de melhorar a acessibilidade na navegação feita por deficientes visuais. 

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Ferramenta 'Acessar suas informações'

No finalzinho de janeiro, a empresa mudou a cara do “Acessar Suas Informações”, recurso que está presente na rede social desde 2018. Agora, ao invés de duas categorias amplas de dados, divididas entre “suas informações” e “informações sobre você”, há oito categorias separadas. São elas:

Sua atividade no Facebook;

Amigos e seguidores;

Preferências;

Informações pessoais;

Informações registradas;

Informações de anúncios;

Aplicativos e sites fora do Facebook;

 Informações sobre login e segurança. 

Texto Alternativo Automático (ATT)

Pessoas com deficiência visual poderão receber mais informações quando se depararem com imagens na plataforma. Quem utiliza leitores de tela, tecnologia assistente que converte texto e outros elementos na tela em fala, terá acesso a mais elementos da imagem. O ATT fornece informações detalhadas principalmente sobre fotos, incluindo a posição de objetos em uma foto (superior, meio, inferior, esquerda, centro, direita) e sua posição relativa (primária, secundária).

Além disso, passa a ter a capacidade de reconhecer atividades, pontos de referência e tipos de animais, permitindo descrições mais completas. Essa descrição pode ser feita tanto pela rede social Facebook quanto pelo Instagram. No Facebook ela é feita em imagens postadas no Feed de Notícias, em perfis e grupos. Já no Instagram está presente em fotos compartilhadas no Feed, imagens que aparecem na aba Explorar e no perfil do usuário. O recurso funciona para Android e iOS. 

Novo visual em Páginas

Quem tem uma página, ou seja, um perfil comercial ou de pessoa pública, no Facebook, deve ter visto que o layout de acesso mudou logo no começo de janeiro. A plataforma trouxe o Feed de Notícias, para tentar aumentar engajamentos no formato e atualizou os controles de administradores baseados em tarefas, com ​​controle total ou acesso parcial.

Isso significa que pessoas diferentes passaram a poder gerenciar ferramentas como insights, anúncios, conteúdo, mensagens e atividades da comunidade. Além disso, comentários feitos em postagens por pessoas públicas, ganharam um destaque ainda maior. Sem a necessidade de fixá-los, eles aparecem no topo das publicações, com intenção de aumentar o engajamento de fãs. 

Pessoas portadoras de deficiências motoras ou visuais poderão registrar Boletins de Ocorrência Online de forma mais fácil. O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) anunciou, na última quarta-feira (23), que o sistema Delegacia Virtual agora possui ferramentas que oferecem uma maior acessibilidade. 

Por enquanto, a funcionalidade está disponível apenas para os estados do Acre, Alagoas e Rio Grande do Norte, mas, em breve, deverá ser estendida para outros locais. No site, podem ser registrados extravio, furto e crimes considerados de menor potencial, como ameaça, calúnia, injúria, difamação e estelionato. Ao todo, os cidadãos podem registrar 19 tipos de ocorrência.

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Os registros que são recebidos na Delegacia Virtual vão para análise da Polícia Civil do estado, que fica responsável por aprovar ou recusar a comunicação. Caso seja aprovado, a vítima recebe uma cópia do BO por e-mail, podendo também recuperá-lo e acompanhá-lo pelo sistema.

Por meio da Pró-Reitoria de Gestão Estudantil e Inclusão (Progesti), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) começa a adesão ao Projeto Alunos Conectados, do Ministério da Educação e da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (MEC/RNP). A ação vai disponibilizar chips de acesso a internet a discentes em auxílio às atividades remotas durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Poderão receber o chip, inicialmente, os alunos da instituição que se candidataram para o Auxílio Emergencial Digital, priorizando os que possuem renda mensal de até 1,5 salário mínimo.

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Também receberão, na próxima fase, se atenderem aos requisitos, aqueles que ficaram na lista de espera do auxílio. Os estudantes devem informar um endereço válido para receber o chip de dados por meio do preenchimento do formulário.

Os chips, que terão 20 GB de dados mensais, serão enviados por meio do Sedex para os estudantes. Confira, abaixo, as listas dos alunos que podem receber o chip de dados do programa:

Campus Sede

Campus UABJ

Campus UACSA

Campus UAST

O Instituto Nacional de Educação e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta quarta-feira (2), que o participante do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que solicitou atendimento especializado para cegueira, surdocegueira, baixa visão ou visão monocular e teve sua solicitação aprovada poderá utilizar uma série de recursos de acessibilidade durante a aplicação das provas.

De acordo com o edital do Enem, quem se enquadrar nessas condições poderá ser acompanhado por cão-guia e utilizar material próprio: máquina de escrever em braile, lâmina overlay, reglete, punção, sorobã ou cubaritmo, caneta de ponta grossa, tiposcópio, assinador, óculos especiais, lupa, telelupa, luminária, tábuas de apoio, multiplano e plano inclinado. Os recursos serão vistoriados pelo aplicador, exceto o cão-guia.

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Confira outros recursos e auxílios compatíveis:

- Baixa visão: tempo adicional, auxílio para leitura ou leitor de tela ou prova ampliada ou superampliada, auxílio para transcrição e sala de fácil acesso. 

- Cegueira: tempo adicional, prova em braile, auxílio para leitura ou leitor de tela e sala de fácil acesso.

 - Surdocegueira: tempo adicional, guia-intérprete, auxílio para transcrição, sala de fácil acesso, prova em braile ou prova ampliada ou superampliada ou leitor de tela.

- Visão monocular: tempo adicional, auxílio para leitura ou leitor de tela ou prova ampliada ou superampliada, auxílio para transcrição e sala de fácil acesso.

"Uma novidade é que o participante que solicitou atendimento para essas condições, na inscrição, poderá contar com um programa que possibilita a leitura de textos na tela do computador durante a prova, além de indicar o uso do implante coclear, no caso de surdocegueira. Haverá três guias-intérpretes para atendimento ao participante surdocego e uma banca especial para correção de suas provas”, publicou Inep.

O Instituto também reforçou que quem necessitar de atendimento devido a acidentes ou imprevistos, após o período de inscrição, deverá solicitá-lo via Central de Atendimento, por meio do 0800 616161, em até dez dias antes da aplicação do exame.

Além disso, para o Enem 2020, o Inep recebeu quase 55 mil solicitações de atendimento especializado para as provas impressas. Desse total, 47.847 participantes tiveram o pedido aprovado. Os atendimentos especializados são garantidos pela Política de Acessibilidade e Inclusão do instituto. A cada ano, o Inep implanta melhorias de acessibilidade e inclusão em seus exames e avaliações.

 O Enem será realizado nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa) e nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021 (versão digital). Não há atendimento especializado na aplicação do Enem Digital. Mais informações sobre o Exame podem ser obtidas através do edital.

O Cinema da Fundação promove, nesta quinta (18) e sexta (19),  o Curta Alumiar - I Mostra de Curtas Pernambucanos Acessíveis On-line da Fundaj, para pessoas com deficiências visuais e auditivas. A mostra lança oito curtas acessíveis de diferentes gêneros e formatos, disponíveis para serem assistidos no portal da Cinemateca Pernambucana.

A cada dia  quatro curtas entrarão no link Acessibilidade e ficarão permanentemente no portal. A mostra tem o objetivo de oferecer à pessoas cegas, com baixa visão, surdas ou ensurdecidas uma opção de acesso  à  produções culturais  durante este período de isolamento social, sem precisarem sair de casa.

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O Alumiar destina-se, também, a estudantes, profissionais e pesquisadores da área da acessibilidade, produtores de audiovisual, estudantes de artes visuais e o público em geral. A ideia é colaborar para a formação de um novo público a partir da inserção de pessoas com deficiências sensoriais no universo do cinema criando um canal de diálogo com profissionais da acessibilidade e  promovendo debates e encontros sobre acessibilidade nas salas de cinema.

 

PROGRAMAÇÃO - MOSTRA CURTA ALUMIAR

18 de junho (quinta), a partir das 14h:

A Árvore do Dinheiro de Marcos Buccini e Diego Credidio

A Onda Traz, O Vento Leva de Gabriel Mascaro

Ave Maria ou Mãe dos Sertanejos de Camilo Cavalcante

Cinema Glória de Fernando Spencer e Felix Filho

 

19 de junho (sexta), a partir das 14h:

Clandestina Felicidade de Beto Normal e Marcelo Gomes

Nº 27 de Marcelo Lordello

Recife de Dentro pra Fora de Kátia Mesel

Salu e o Cavalo Marinho de Cecília da Fonte Alves

 

A pandemia de coronavírus (Covid-19) trouxe à tona a falta de acessibilidade e a necessária atenção a diferentes grupos que compõem a sociedade. Sendo este um momento de maior atenção, onde a criatividade é útil, a comunicação entre pessoas surdas e não surdas não pode ser comprometida pelo uso de máscaras. "Estamos vivendo uma época onde todos nós precisamos exercitar a empatia, e colocá-la em prática, principalmente, quando nos deparamos com uma pessoa surda", explica a fonoaudióloga e intérprete de Libras Cristiane Calciolari.

A comunicação entre pessoas surdas e não surdas através da Língua Brasileira de Sinais (Libras) depende, prioritariamente, das expressões faciais. O uso obrigatório de máscaras pode dificultar grande parte do entendimento e compreensão em um diálogo. Máscaras que contenham um material transparente na região da boca se mostraram eficazes contra essa barreira que foi criada.

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A fonoaudióloga Cristiane Calciolari usa máscara com transparência na região da boca | Foto: Arquivo Pessoal

 

"Com a boca coberta, não entendo nada. Melhora se tiver o visor de plástico transparente, porque aí é possível a comunicação e a socialização e eu consigo me comunicar. Me sinto em paz e independente", diz Bruno Ramos, surdo e pedagogo instrutor de Libras. "Com a máscara comum, se a pessoa abaixar o acessório para falar tem o perigo de contaminação. É muito melhor com o plástico transparente, onde a pessoa quando fala eu consigo ver. A comunicação acontece de forma efetiva e a acessibilidade acontece", complementa.

A fonoaudióloga Cristiane explica que fazer com que os surdos se sintam seguros e independentes para traçar uma comunicação direta e ativa é o principal ponto de partida na comunicação com não surdos. "Ter paciência em tentar estabelecer uma comunicação, seja através de gestos ou mesmo pela escrita, é muito importante para eles, para se sentirem compreendidos e, acima de tudo, pertencentes a sociedade", finaliza.

 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou, em seu canal do Youtube, o edital do da prova impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, traduzido para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Durante a inscrição do Enem, o candidato com deficiência auditiva, surdez ou surdocegueira deve indicar se utiliza aparelho auditivo ou implante coclear, o que dispensa a vistoria no dia da prova, por parte do aplicador. A medida foi adotada em 2019 e segue mantida para este ano. Além disso, também é preciso que os participantes solicitem, durante o ato da inscrição, atendimento especializado e sinalizem os recursos de acessibilidade necessários para realização do exame, caso seja necessário.  

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Os recursos de acessibilidade oferecidos pelo Inep para os participantes da comunidade surda e com deficiência auditiva são videoprova em Libras, tradutor-intérprete de Libras, leitura labial e tempo adicional. Caso o estudante não tenha realizado o exame nos anos anteriores com um desses recursos, será preciso apresentar laudos médicos que comprovem a necessidade para utilização. 

O Inep informou que nesta edição os participantes encontrarão todos os tipos de atendimento sob a denominação “especializado”, inclusive para gestantes, lactantes, idosos e estudantes em classe hospitalar. É importante lembrar que a solicitação de recursos acessíveis para realizar as provas deve ser feita durante a inscrição, no período de 11 a 22 de maio, na Página do Participante. Os resultados serão divulgados em 29 de maio. Caso o pedido seja indeferido, haverá um período para interposição de recursos e apresentação de novos documentos.

Em 2020, as provas do Enem tradicional serão nos dias 1º e 8 de novembro, enquanto o Enem Digital será realizado nos dias 22 e 29 do mesmo mês. Confira, abaixo, o edital em Libras da prova impressa do Enem 2020:

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Pelo quinto ano consecutivo, o Carnaval de São Paulo garante acessibilidade durante os desfiles das escolas de samba. Aos deficientes auditivos, o programa "Samba com as Mãos" disponibiliza vídeos que traduzem, em Língua Brasileira de Sinais (Libras), os 14 sambas-enredos das agremiações do Grupo Especial. Já os deficientes visuais acompanharam a folia por meio da audiodescrição transmitida direto do Sambódromo do Anhembi, pelas redes sociais da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED).

Para detalhar todas as palavras dos sambas-enredo aos deficientes auditivos, um grupo de especialistas em Libras acompanhado por alguns surdos está trabalhando desde janeiro. Como as canções das escolas de samba são repletas de palavras de origem africana ou ditos populares, é necessário um empenho conjunto para total absorção da letra do samba pelos emissores e pela plateia. Na sequência, as traduções foram gravadas em estúdio. A próxima etapa é a apresentação dos vídeos nas quadras das 14 agremiações que desfilarão no Anhembi nos dias 21 e 22 de fevereiro. Durante os desfiles, as imagens estarão disponíveis em telões no Sambódromo.

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Já entre as pessoas com deficiência visual, o Carnaval de São Paulo fez sucesso nos últimos anos. A repercussão foi grande por meio de comentários nas redes sociais pois, com o recurso da autodescrição, cegos do Brasil e de outros países conseguiram acompanhar e interagir com outros participantes da maior festa cultural do país.

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (31), último dia de 2019, uma Medida Provisória (MP) para estender por mais um ano o prazo para que as salas de cinema passem a oferecer recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual e auditiva. O prazo para que 100% das salas se adequassem à regra venceria no dia 1º de janeiro de 2020. A MP foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) e altera o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), também conhecida como Lei Brasileira da Inclusão, que prevê a obrigação.

Em nota, o Palácio do Planalto justificou que a prorrogação é "imprescindível" porque os recursos necessários para financiar as obras de adaptação das salas de cinema, pelo setor audiovisual, só foram liberados no último dia 17 de dezembro.

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"Portanto, considerando que não houve tempo hábil para possibilitar o desenvolvimento de linhas de crédito e, consequentemente, para que o mercado se organize, por meio de seus arranjos e planejamento de negócios, se faz necessário a prorrogação do prazo. Ressalte-se que esses recursos poderão ser utilizados para para atualizar tecnologicamente e expandir o parque exibidor brasileiro, com o objetivo de ampliar e democratizar o acesso ao cinema no Brasil, incluindo a garantia de acessibilidade na salas de cinema", informou.

As normas gerais e critérios básicos para garantia da acessbilidade no cinemas estão definidos, em detalhe, em instruções normativas publicadas pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). 

A Prefeitura do Recife (PCR) entregou nesta sexta-feira (13), Dia Nacional dos Cegos, 27 unidades do Orcam My Eye 2.0, um dispositivo assistivo para estudantes e professores que possuem alguma deficiência visual. A entrega simbólica dos aparelhos na rede de ensino da capital pernambucana aconteceu o Instituto dos Cegos Antonio Pessôa de Queiroz (IAPQ), nas Graças.

Ao todo, a rede possui 13 alunos cegos, 124 com baixa visão, oito professores cegos ou com baixa visão, além de dez servidores com o mesmo laudo. Deste total, dois professores atendem no IAPQ e serão beneficiados com a entrega, além dos alunos do Instituto que fazem parte do programa de Educação Especial da PCR.

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Como funciona 

O aparelho consegue detectar textos em português, inglês e espanhol, com possibilidade de escolher entre voz masculina e feminina, além de ter comandos para pausar, adiantar ou retroceder a leitura. Outro recurso é que o dispositivo consegue ainda identificar cores e tonalidades, reconhecer pessoas e gêneros, rostos, informar a data e hora com um simples gesto de girar o pulso, cédulas de dinheiro (reais e dólares) e identificar produtos pelo código de barras.

Após o reconhecimento, ele retransmite a informação discretamente no ouvido do usuário, oferecendo uma maior independência às pessoas cegas e com baixa visão.

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