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A SKY anunciou, nesta terça-feira (13), o lançamento do seu serviço de banda larga, que usa exclusivamente a tecnologia de conexão wireless 4G no padrão TD-LTE (Time Division Duplex Long Term Evolution). Essa é a primeira oferta de banda larga móvel de quarta geração no mercado brasileiro.

Apesar de ser um padrão para conexões móveis, a empresa deve oferecer apenas conexões fixas — através de modens/roteadores, não em aparelhos celulares —, por questões de licenciamento. Segundo Luiz Eduardo Baptista Rocha, CEO da SKY, a empresa não está “considerando fazer nenhuma oferta móvel no momento”. Contudo, a plataforma utilizada permite oferecer conexões móveis.

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Inicialmente, apenas o Distrito Federal terá cobertura, com pacotes de 2 Mbps e 4 Mbps, por R$ 79,90 e R$ 99,90 mensais, respectivamente — tanto para clientes do serviço de TV por assinatura quanto não-clientes. Em 2012, a empresa deve começar a atuar também em outros cidades ondem já está licenciada para operar na frequência de 2,5 Ghz, como Goiânia, Belo Horizonte, Vitória, Porto Velho e Uberaba.

Esta é a primeira vez que o padrão TD-LTE — baseado no desenvolvido pela Nokia Siemens Networks e promovido pela operadora China Mobile — é utilizado na América Latina. Segundo Eduardo Araújo, diretor da NSN para América Latina, “a empresa está comprometida com o ecossistema global LTE e com a adoção da tecnologia 4G globalmente”. “O Brasil é um dos nossos mercados prioritários”, completou.

*Com informações da Computerworld

A menos de três anos para a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, um grande jogo vem sendo disputado nos bastidores sobre a infraestrutura de telecomunicações necessária para a transmissão das competições. De um lado está a presidente Dilma Rousseff, que garante que o País terá 4G para suportar o grande volume de tráfego de dados durante o mundial de futebol e já definiu a data do leilão. Do outro, o time das teles, protestando contra as condições impostas para a construção das novas redes e pedindo adiamento da licitação. Elas querem mais tempo para avaliação dos padrões para entrar no campo do Long Term Evolution (LTE), tecnologia que é a evolução do 3G.

O leilão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para venda das licenças de 4G será no próximo ano. O edital estabelece que a faixa a ser adotada para o LTE no Brasil será a de 2,5 GHz e determina um prazo de 12 meses, a partir da assinatura dos contratos, para que o serviço entre em operação nas 12 cidades que irão sediar a Copa do Mundo. Como a previsão é que a licitação seja em abril de 2012, o serviço deverá estar disponível a partir de 2013.

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As teles reagiram contra o cronograma e sobre o uso da faixa destinada. Elas querem trocar a frequência de 2,5 GHz por 700 MHz, que atualmente é utilizada pelas empresas de radiodifusão, e poderá ser alocada para prestação de serviços de banda larga móvel, quando a TV analógica migrar para a tecnologia de alta definição. Esse espectro estará livre em 2016, gerando o chamado dividendo digital para as operadoras de telecomunicações.

Durante o Futurecom 2011, o presidente da TIM, Luca Luciani, argumentou que um dos motivos de a faixa de 700 MHz ser a mais adequada é porque o volume de investimentos é cinco vezes menor do que o necessário para projetos 2,5 GHz. Segundo ele, o valor cai por causa do número de antenas 4,5 vezes inferior.

Oi e Vivo também defendem a adoção da faixa de 700 MHz para 4G. Representantes das teles dizem que o certo seria o adiamento do leilão ou a sua realização sem vincular o uso da tecnologia, deixando que cada empresa decida que frequência adotar. Em alguns países, as redes de LTE estão sendo construídas com projetos híbridos. A AT&T, por exemplo, lançou serviços com espectro de 1,7 GHz e 700 MHz. A TIM, na Itália, fez um mix de 2,5 GHz e 700 MHz.

Entre os quatro grupos que operam telefonia móvel no Brasil, a Claro, do grupo mexicano América Móvil, é a única favorável à realização do leilão em abril de 2012. O presidente da companhia informou que a empresa tem 10 bilhões de reais para investir no País até o final do próximo ano e que uma eventual mudança das datas da licitação traria prejuízos ao País na realização dos megaeventos esportivos: Copa do Mundo e Olimpíadas.

“Estamos nos preparando para ter uma rede de acesso totalmente IP, com mais de 8,5 mil roteadores instalados, utilizando prioritariamente a fibra óptica como meio de transporte, totalizando mais de 89 mil quilômetros de fibra construídos. Isso possibilitará à Claro criar uma plataforma robusta para o lançamento da futura rede 4G”, afirma Márcio Nunes, diretor de Plataformas e Redes da Claro.

A Anatel não se posicionou sobre a reivindicação das teles. Mas durante o Futurecom, o conselheiro da agência, João Batista Rezende, disse que o Brasil tem de decidir antes sobre o uso da frequência 2,5 GHz, já que a de 700 MHz ficará ociosa só em 2016. Como o Brasil tem data para ter 4G por causa da Copa do Mundo, o mercado vive um impasse.

Para o diretor da 4G Americas para América Latina e Caribe, Erasmo Rojas, esse conflito é mais político. Ele analisa que as duas faixas podem ser usadas nos serviços 4G, como outros mercados estão fazendo. “A Anatel tem de descobrir já o que fazer com a faixa de 700 MHz. A maior preocupação é o problema de interferência com o sinal de TV, mas é importante saber onde elas estão disponíveis”, diz o executivo.  
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, garantiu que o leilão de 4G seguirá o cronograma, como está previsto no Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU 3). Segundo ele, quem não participar da disputa vai perder espaço no mercado porque haverá novos investidores interessados em entrar no Brasil. “Embora elas estejam queixosas e reclamonas, acho que as operadoras vão se preparar e entrar no leilão”, disse. Nessa briga, o governo anunciou que a rede da Telebras vai operar com 4G durante a Copa do Mundo para atender serviços públicos e também vender capacidade às teles.

Impacto nos investimentos

“Queremos que o Brasil tenha tecnologia móvel de ponta para trafegar dados com mais velocidade que as redes atuais, mas achamos prematuro pensar agora em 4G”, diz Mario Girasole, diretor de Assuntos Regulatórios da TIM. Ele avalia que a implementação de LTE nas condições que o governo está querendo pode não ser efetiva. Seu argumento é que a frequência de 2,5 GHz é boa para regiões urbanas, mas ineficiente para áreas mais distantes.
Girasole aponta que outro problema para a adoção de 4G no Brasil é carência de fibra óptica, com cobertura que não alcança nem 15% do País. “Vamos ter gargalo e problema na última milha. Tem de haver coerência entre capacidade eletrônica e antenas. Temos um grande desafio para ter LTE”, diz o diretor da TIM, que sugere que o leilão seja postergado. Ele observa ainda a falta de terminais para essa tecnologia não só no Brasil como no mundo. A solução que ele aponta para a Copa do Mundo são redes HSPA+, ou seja, 3,5G, combinadas com Wi-Fi controlada.
O governo federal promete resolver a falta de fibra óptica com a criação de um Regime Especial de Tributação com desoneração de IPI, PIS e Cofins para novos projetos de rede de banda larga no Brasil. Com a medida, haverá renúncia fiscal de 6 bilhões de reais. O ministro Paulo Bernardo espera que a proposta estimule as operadoras a adiantar 20 bilhões de reais dos cerca de 70 bilhões de reais que o setor estima investir em infraestrutura entre 2012 e 2016.

Especialistas concordam com essas diferenças, embora afirmem que a performance e a velocidade dos dados independem do uso dessas duas faixas. Segundo o diretor de Marketing e Soluções da Huawei do Brasil, Marcelo Motta, a frequência de 2,5 GHz é alta e o seu raio de cobertura é menor. Já a de 700 MHz é um espectro baixo com área de cobertura cinco vezes maior. “Do ponto de vista econômico, faz mais sentido ter LTE em 700 MHz”, opina Motta.

Para o presidente da Alcatel Lucent, Jônio Foigel, a frequência de 2,5 GHz é muito boa para levar serviços 4G para cidades, mas para grandes coberturas o mais indicado é 700 MHz, que é o caso do Brasil, um país continental. O diretor de tecnologia para a América Latina da Nokia Siemens Networks, Wilson Cardoso, acha que para os estádios onde serão disputados os jogos da Copa, o ideal seria a faixa mais alta de 2,5 GHz.
Cardoso diz que o leilão precisa ser favorável com preços que não atrapalhem os planos de investimentos das teles, que ainda estão envolvidas com as obrigações de 3G. Porém, ele acha que com a expansão rápida por dados, de crescimento médio de 6o% ao ano, vai esgotar a capacidade das redes atuais em 2012.

“A Copa de 2014 precisa de 4G ao menos nas 12 cidades que sediarão os jogos. Teremos muita gente de fora e as redes 3G ficarão esgotadas”, reforça o executivo da Nokia Siemens.

A gerente de soluções para desenvolvimento de mercado da Ericsson Brasil, Amanda Lopes, que estudou a transmissão de dados da Copa do Mundo de 2010, disputada na África do Sul, lembra que as conexões pelos celulares geraram grande impacto na rede. Segundo ela, as conexões pelos smartphones aumentaram dez vezes, comparadas às registradas no mundial de futebol da China em 2006.

“Na Copa do Brasil, todos vão querer baixar vídeo”, diz Amanda, que acredita que no País o tráfego também registrará crescimento de dez vezes e que as redes precisam estar dimensionadas.

Para Rojas, o melhor caminho que o Brasil deverá seguir para atender ao compromisso de transmitir bem a Copa do Mundo é se preparar para o leilão de LTE para suprir as grandes cidades com 2,5 GHz e chegar a um entendimento sobre a faixa de 700 MHz para as outras regiões. Em paralelo, ele recomenda investimentos agressivos nas redes HSPA+.

Na avaliação de Motta, o Brasil vai abraçar rapidamente o HSPA+ para aumentar a capacidade das redes de dados. Ele aponta pesquisas que mostram que a cobertura de 3G hoje no País é 75% nas grandes cidades, mas com presença de apenas 25% em 4,1 mil municípios brasileiros, o que demonstra que ainda há muito espaço para expansão dos serviços de 3,5G. Nesse caso, os gastos com atualização são em cima da infraestrutura existente e para ampliação do backbone.

Até abril do ano que vem, o Brasil terá de encontrar soluções para todas essas questões. Diferentemente de 3G, dessa vez o País deverá entrar na nova tecnologia juntamente com os demais mercados. As primeiras redes 4G começaram a ser implementadas em 2009 e hoje existem apenas 27 em operação, distribuídas por 19 países. Os serviços de LTE ainda estão em teste na América Latina, com pilotos inclusive no Brasil.

O secretário de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, informou em audiência pública na Câmara dos Deputados que o governo só vai tomar uma decisão sobre o uso da faixa de 700 Megahertz após o desligamento do sinal analógico de TV, previsto para 2016. Essa faixa é usada hoje para as transmissões simultâneas com o sinal digital e ficará liberada após a transição completa para a nova tecnologia.

As teles estão pressionando o governo federal para que troque o uso da faixa de 2,5 GHz pela de 700 MHz para construção das redes 4G, cujo leilão do espectro está previsto para abril do próximo ano. Segundo a presidente Dilma Rousseff, a Copa do Mundo de 2014 será transmitida por banda larga de móvel de alta velocidade.

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A audiência promovida ontem (26/10) pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara tratou da utilização das faixas de freqüência de 450 MHz e 700 MHz e reuniu representantes dos radiodifusores, empresas de telefonia, sociedade civil e do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital.

O governo defende o diálogo com radiodifusores e empresas de telecomunicações - que reivindicam o uso da faixa de 700 MHz para serviços de banda larga - mas avalia que uma decisão agora seria apressada. O secretário Genildo Lins explicou que a demanda do ministério atualmente é de oito mil novos pedidos de outorga, entre geradoras comerciais, educativas e retransmissoras, o que deve gerar novas outorgas e ocupação do espectro.

“Qualquer decisão só pode ser tomada em 2016, quando conseguirmos suprir boa parte da demanda reprimida no ministério e, aí sim, podermos calcular quanto de espectro eventualmente sobrará”, afirmou. Genildo também ressaltou que não há um consenso mundial sobre o uso da faixa de 700 MHz.

A faixa de 450 MHz já tem seu uso definido pelo governo. A licitação dessa parte do espectro será destinada ao atendimento das áreas rurais com serviços de voz e internet. Conforme determinação do decreto que renovou o Plano Geral de Metas de Universalização, a Anatel deve promover a licitação até abril do ano que vem.

*Com informações da Agência MiniCom

 

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados vai solicitar esclarecimentos ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, sobre os resultados dos testes realizados pela da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) com WiMax. Trata-se de da tecnologia passa acesso banda larga 4G feito pelas radiofrequências nas subfaixas de 3,4 GHz 3,6 GHz.

De acordo com o deputado Sandro Alex (PPS-PR), que propôs a pesquisa, as antenas parabólicas espalhadas pelo país utilizam a frequência de 3,5 GHz, que corresponde à faixa adjacente utilizada pelo serviço de telecomunicações WiMax.

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Alex afirma que os usuários poderão sofrer sérios problemas de interferência nas suas transmissões através das parabólicas. Assim, a preocupação é que efetivamente as transmissões do WiMax interfiram também nas 22 milhões de parabólicas domésticas existentes no País.

O ministro terá de enviar à comissão uma cópia completa dos relatórios contendo os resultados dos testes já realizados. Sandro Alex também pediu esclarecimentos sobre os testes utilizando a potência de 2W e 30W.

Paulo Bernardo terá 30 dias para responder à consulta. Caso não responda dentro do prazo, o ministro poderá responder por crime de responsabilidade.

Uma polêmica se estabeleceu colocando supostamente em conflito as bandas de 2,5 GHz e 700 MHz para 4G no Brasil. Dizem que algumas operadoras não desejariam a banda de 2,5 GHz porque gostariam de antecipar o leilão de 700 MHz. Este artigo tentará esclarecer por que esta é uma polêmica desnecessária. O que deveria estar na base deste debate é, ao contrário, como prover uma implantação de 4G atendendo ambos aos requisitos de cobertura e capacidade. Como se sabe, a banda de 2,5 GHz é uma banda de capacidade enquanto a de 700 MHz é de cobertura.

A introdução de novas tecnologias de telecomunicações móveis é sempre feita, idealmente, combinando bandas baixas (de cobertura, abaixo de 1 GHz) com altas (de capacidade, acima de 1 GHz). Deste modo, a nova tecnologia pode rapidamente ganhar cobertura ampla ao mesmo tempo em que as operadoras dispõem de uma banda com capacidade para enfrentar áreas de pico de tráfego e alta demanda. Esta combinação ideal entre bandas baixas e altas, porém, depende dos ativos de espectro que cada operadora possui, variando muito portanto.

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A quarta geração de telefonia celular (4G) está começando no mundo com uma banda baixa (o dividendo digital, também conhecido como 700 MHz) e uma alta (2,5 GHz). É uma combinação perfeita.

No Brasil, a presidente Dilma Rousseff fixou, por decreto, que até o final de abril teremos leilão de 2,5 GHz. Então, começaremos a implantação de 4G, por aqui, pela banda alta, de capacidade. Isto se encaixa bem no objetivo central do Governo de prover serviços de 4G na Copa do Mundo de 2014 e nas Olímpiadas de 2016. Serão 12 cidades cujas áreas centrais de transporte, turísticas e esportivas poderão ser cobertas com 2,5 GHz, prevendo um período de grande utilização durante estes eventos esportivos, mas deixando um legado importante para esas populações urbanas.
Outro aspecto importante do 2,5 GHz propiciar as mais largas bandas de espectro no mercado, com três faixas pareadas de 2 X 20 MHz a serem leiloadas. Esta será a única oportunidade em muitos anos para uma operadora adquirir esta quantidade de espectro contínuo. Isto é importante porque a performance do 4G é maximizada a partir de 2 X 20 MHz.

Quanto ao 700 MHz, estamos constrangidos pelo plano de migração da TV analógica para a digital, cuja finalização está prevista somente para 2016. Isto dá uma margem de conforto para o Governo postergar esta discussão. No entanto, seria importante iniciarmos esse processo de debate mais cedo, dada a fundamental importância que o espectro de 700 MHz tem para a evolução da banda larga, notadamente no que concerne a cobertura de áreas de mais baixa densidade demográfica.

Declarações recentes de representantes de operadoras sobre a preferência pela banda de 700 MHz são totalmente naturais, uma vez que só essa faixa permitirá uma ampla cobertura 4G, por ser de cobertura ampla. Contudo, minha leitura é que, no fundo, o que as operadoras querem dizer é que não fará sentido estabelecer metas agressivas de cobertura nos planos de outorga do 2,5 GHz, pois isto só será viável no espectro de 700 MHz. Não faz sentido que o Governo e a ANATEL, queiram atingir com 2,5 GHz objetivos que só o 700 MHz pode entregar. Neste sentido, exigências rigorosas de cobertura não devem ser colocadas sobre a banda de 2,5 GHz, sob o risco de colocar em risco o próprio sucesso do leilão.

O 4G em 2,5 GHz começará cobrindo as principais áreas relacionadas aos jogos das cidades da Copa. Progredirá em hot spots, em harmonia com o 3G, para aumentar a capacidade e a velocidade.
A decisão de fazer o leilão de 2,5 GHz até 30 de abril de 2012 já está tomada. O que todos devemos trabalhar, e torcer, é para que este leilão tenha grande sucesso. E, para tanto, é importante reconhecer o que esta banda pode ou não pode fazer. E a sua execução tornará evidente que precisaremos antecipar a migração para a TV Digital e o leilão de 700 MHz — porque o Brasil tem pressa de expandir a banda larga. E não será possível cobrir um país continente com 4G sem 700 MHz. Forçar a barra de cobertura em 2,5 GHz seria contraprodutivo.

O número de assinantes globais das tecnologias sem fio chegou a 5,7 bilhões, no segundo trimestre de 2011. Entre os quais, 5,1 bilhões são de tecnologias derivadas do padrão GSM, o que corresponde a 89% da base do total, de acordo com balanço divulgado pela associação 4G Americas. Os usuários das redes de 4G, baseadas nos padrões Long Term Evolution (LTE) e WiMax — este segundo, o menos popular —, ainda são menos de 0,5%, ou 2 milhões.

Para 2016, a Associação 4G Americas estima que a base de assinantes dos serviços 3GPP alcançará 7,5 bilhões de assinantes, incluindo 661 milhões de usuários de LTE.

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“A infraestrutura da tecnologia sem fio é o caminho para o futuro. Atualmente, há mais conexões ao redor do mundo utilizando dispositivos móveis sem fio para necessidades como entretenimento, voz e internet do que linhas de telefonia fixa, PCs, TVs ou qualquer outro tipo de dispositivo eletrônico”, afirma Chris Pearson, presidente da 4G Americas.

O edital do leilão da faixa de frequência de 2,5 gigahertz, que poderá ser usado para a telefonia celular de 4G, vai estabelecer um prazo de 12 meses a partir da assinatura do contrato para que o serviço comece a ser oferecido nas cidades que serão sedes da Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Como a previsão é de que o leilão seja realizado até abril do ano que vem, o serviço deve estar disponível a partir de 2013, segundo previsão do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

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Ele garantiu que, mesmo com o protesto de algumas empresas de telefonia, que pedem que o leilão seja realizado mais tarde, a licitação deve ocorrer até 30/04 de 2012, como está previsto no Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU 3, em PDF). Para o ministro, quem não participar da disputa, vai perder espaço no mercado.

“Acho que as empresas, embora estejam queixosas e reclamonas, vão se preparar e vão entrar. Agora, vamos colocar um espectro que vai servir para um serviço que é mais avançado do que tem hoje e acho que quem não entrar vai perder espaço de mercado”, disse, em entrevista à Agência Brasil.

Outro projeto do governo para 2014 é o lançamento de um satélite geoestacionário brasileiro, que deverá atender tanto às demandas da área de telecomunicações quanto às da Defesa.  A intenção é que o primeiro satélite tenha um percentual de produção nacional e os próximos sejam produzidos totalmente no Brasil.

Na última sexta-feira (16), Bernardo se reuniu com os ministros da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e da Defesa, Celso Amorim, para tratar do assunto. A proposta do satélite geoestacionário brasileiro deve ser levada à presidenta Dilma Rousseff na próxima semana.

*Com informações da Agência Brasil

 

O tráfego da banda larga móvel em todo o mundo chegará a 127 exabyte (EB) até 2020, com crescimento de 33 vezes em comparação com o volume registrado em 2010, abaixo de 5 EB. Com esse forte crescimento, as teles precisam acelerar os projetos de 4G, recomenta o presidente mundial do UMTS (Universal Mobile Telecomunications System) Forum, Jean-Pierre Bienaim, que participou da Futurecom 2011.

“O LTE (Long Term Evolution) é visto como a única solução para evitar o congestionamento das redes móveis nas áreas mais densas”, disse Bienaim ao apresentar no Brasil resultados do estudo “Mobile Broadband & LTE Market – Gobal Forecasts 2020 nd Perspectives for Brazil”.

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O relatório revela que em 2015 o consumo diário dos usuários da banda larga móvel chegará a 155 MB pelas conexões por celular e 256 MB via modem. Em 2020, esses índices subirão para 294 MB pelo celular e 503 via modem. Para se ter uma ideia, em 2010, o consumo de dados pelos terminais móveis estava em 10 MB e 26,7 MB via modem.

A banda larga móvel encerrou 2010 com 1,2 bilhão de assinantes ao redor do mundo, somando usuários de todas as tecnologias, sendo a maioria de 3G. Atualmente, existem em operação comercial no mundo aproximadamente 30 redes 4G baseadas em LTE e o número de clientes até agosto de 2011 estava em 1,5 milhão. As projeções do UMTS Fórum são de que essa base aumentará para 6 milhões até dezembro.

Recomendações

O presidente do UMTS Forum afirma que a web móvel está crescendo rapidamente em todas as regiões e diz que esse crescimento será forte também no Brasil, obrigando o País a adotar medidas urgentes para atender à expansão dos serviços de banda larga. Ele observa que a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, que serão sediados no País, vão gerar grande consumo de dados móveis.

Entre essas medidas, Bienaim aponta a liberação de novas faixas de frequências, como o espectro em 2.5 GHz para redes 4G, cujo leilão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está previsto para o próximo ano. Ele destaca ainda a necessidade de as operadoras buscarem um equilíbrio para uso da faixa de 700 MHz, o espectro de “dividendo digital”, que será liberado com o desligamento da TV analógica.

“É muito importante que o Brasil tenha um plano de banda larga para 700 MHz para promover a harmonização entre terminais e equipamentos", diz o executivo mencionando que a Ásia já está percorrendo esse caminho para entregar conexões de 1Gbps para usuários da web móvel.

Carlos Zenteno, presidente da Claro, disse nesta segunda-feira (12), durante a Futurecom, feira de Telecom e TI, que a companhia pode disponibilizar ainda neste ano acesso à rede 4G para seus clientes. A operadora de telefonia, que foi a pioneira na comercialização do 3G em solo nacional, está em fase de testes da rede nos laboratórios da empresa desde 2010, afirma.

A Claro está ainda com uma RFP (convite enviado a um grupo de fornecedores para que apresentem propostas de venda de produtos ou serviços) em andamento.

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A viabilização da rede, no entanto, depende ainda de alguns desenvolvimentos dos fornecedores da operadora e ainda da definição das faixas de frequências que poderão ser exploradas, atividade conduzida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “Estamos trabalhando com duas possibilidades: 2,5GHz e 1,8GHz”, afirma o presidente.

De acordo com ele, levando-se em conta a movimentação do mercado internacional, é provável que no Brasil a melhor faixa de frequência seja a de 1,8GHz.

Ele lembra que mesmo sem uma data definida para a disponibilização da rede, que é considerada uma evolução natural da 3G, a Claro está avançada nas ações de implementação. “Temos um time dedicado para tratar o assunto”, garante.

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