Ramagem é investigado por espionar autoridades e ministros

A Polícia Federal investiga o uso criminoso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sob o governo Bolsonaro

qui, 25/01/2024 - 10:35
Valter Campanato/Agência Brasil O ex-diretor da Abin e deputado federal, Alexandre Ramagem Valter Campanato/Agência Brasil

Deflagrada nesta quinta-feira (25), a operação Vigilância Aproximada, da Polícia Federal (PF), investiga o uso criminoso de ferramentas de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades. O principal alvo é o ex-diretor da Abin e amigo pessoal da família Bolsonaro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL).

Buscas foram realizadas no gabinete do parlamentar e em seu apartamento funcional. Sob comando de Ramagem, a Abin teria monitorado - sem autorização judicial - os ministros do STF, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ex-governador do Ceará, Camilo Santana, atual ministro da Educação.

A operação é um desdobramento da operação Primeira Milha, de outubro do ano passado, que apurava se as autoridades foram espionadas através da ferramenta de geolocalização FirstMile, que monitora celulares e outros dispositivos móveis.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, apontou que a operação se trata de perseguição política contra a oposição.

 

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