Após críticas à reforma, Raquel sobe o tom com opositores

Nas suas redes sociais, a nova governadora disse que "mudança incomoda"

qua, 11/01/2023 - 16:20
Janaína Pepeu A governadora Raquel Lyra Janaína Pepeu

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) subiu o tom, nesta quarta-feira (11), ao responder às críticas que sua gestão vem recebendo desde os primeiros dias que tomou posse. A reforma administrativa proposta por ela, através da PL 3841, vem sendo ataca por parlamentares pernambucanos. Nas suas redes sociais, a nova governadora disse que "mudança incomoda". 

Na semana passada, a demissão em massa de cargos comissionados gerou muitos ataques à tucana e a crítica neste momento envolve a proposta de reforma administrativa que a gestora apresentou à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O texto prevê um aumento de cargos comissionadosNa gestão do ex-governador Paulo Câmara o número de comissionados era de 2.612 e Raquel quer ampliar para 2.780.

Raquel afirmou, sem citar nomes, ser "mais confortável ficar como está". Dando sinais de que não voltará atrás em sua decisão de ampliar o número de cargos comissionados no seu governo, ela mandou um recado aos opositores: "A mudança incomoda. É mais confortável para alguns que tudo fique como está. Mas pra maioria das pessoas, não dá mais pra Pernambuco seguir do mesmo jeito. É por isso que vamos seguir em frente, fazendo as reformas e os ajustes necessários para que o Governo chegue na vida das pernambucanas e dos pernambucanos que mais precisam".

A mensagem ocorre após o deputado estadual pelo PT, João Paulo comentar que a reforma proposta pela governadora não apresenta "indício de melhoria nas condições de trabalho"“Ao mesmo tempo que aumenta os cargos comissionados e as gratificações, não olha para o conjunto dos servidores. Nenhum indício de melhoria nas condições de trabalho, concurso público ou do piso da enfermagem”, escreveu o petista. 

O acréscimo do número de comissionados também gera mais gastos para o Executivo. O valor total por ano passará a ser de 160 milhões. Para o seu secretariado composto por 27 pessoas, ela sugeriu que o novo valor da remuneração seja fixada em 18 mil.

A tucana já havia se reunido com os deputados estaduais na última sexta-feira (6) para tratar sobre o mandato e falar sobre a reforma, mas agora terá que lidar com as repercussões da matéria até que seja votada. 

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