Juntas criticam ação contra ambulantes no Recife
O mandato coletivo Juntas (PSOL) saiu em defesa dos ambulantes que tiveram suas mercadorias apreendidas em uma ação no Terminal Integrado de Afogados
A representante do mandato coletivo Juntas (PSOL), Jô Cavalcanti, subiu à tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para criticar a ação realizada no Recife contra o comércio informal no Terminal Integrado de Afogados, na Zona Oeste do Recife.
De acordo com a parlamentar, a ação, que aconteceu nesta quarta-feira (14), apreendeu três caminhões com mercadorias que seriam vendidas por ambulantes nas plataformas de acesso ao metrô e aos ônibus.
“Mais de cem profissionais que exerciam atividades com o objetivo de levar o sustento para suas famílias foram perseguidos e tiveram produtos recolhidos. A justificativa era combater assaltos, homicídios e tráfico, mas ninguém foi preso. Não havia nenhuma prova”, argumentou Jô, que também já foi ambulante.
A codeputada também lembrou que o trabalho informal termina sendo uma das únicas saídas para o brasileiro em tempos de recessão econômica e desemprego atingindo 13 milhões de pessoas no país.
“Os trabalhadores vão para o comércio informal para não ir para a bandidagem”, continuou. Jô também acredita que a tentativa de criminalizar esse setor é histórica e não há políticas para legalização da categoria ou inclusão no mercado formal. “Repudio a atitude da Prefeitura do Recife e peço que o Estado garanta a regularização dos ambulantes”, concluiu.