Edilson critica Collins sobre Iemanjá: 'Pregação de ódio'

Deputado psolista pediu mais atenção da vereadora e da sociedade ao tratar de questões religiosas

por Giselly Santos | qua, 07/02/2018 - 11:59
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Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Edilson disse que houve exagero na postura da vereadora Edilson disse que houve exagero na postura da vereadora

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) criticou o fato de a vereadora do Recife, Michele Collins (PP), ter feito uma declaração “vilipendiando a figura do orixá Iemanjá” em publicação no Facebook. Ao divulgar na rede social um evento evangélico que acontecia na Orla de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, Collins escreveu que participava de oração “clamando e quebrando toda maldição de Iemanjá lançada contra nossa terra”. Em seguida, retratou-se por meio de nota.

“Este tipo de pregação é uma pregação de ódio. Uma pregação de intolerância descabida, para um país que acolhe todas as crenças, toda diversidade humana, e o universo da religiosidade sempre foi muito bem acolhida pelo povo brasileiro”, declarou Edilson.

O parlamentar ponderou a retratação de Michele, colocando-se como “muito feliz” diante do reconhecimento de que “houve um exagero”. “Mas é preciso que a gente preste muita atenção, porque vivemos em uma sociedade onde o ódio está estruturando muitas relações e é necessário que a gente, obviamente, sem perder as perspectivas da individualidade, da diversidade, é importante que a gente se atente para que haja um limite, e que a gente não ingresse em um ambiente de fundamentalismo que vai nos levar a guerra”, salientou, lembrando que felizmente o país não vive o que acontece em parte do Oriente Médio no quesito intolerância. 

“Felizmente, nós vivemos em um país onde essa realidade, para nós, é muito distante. Nós vivemos outras mazelas. As mazelas dos homicídios, dos assassinatos, da miséria, da desigualdade, mas, felizmente, nós não somos um país que tem grandes catástrofes naturais, e não tem essa chaga do fundamentalismo religioso que mata, maltrata e constrói uma cultura de intolerância”, disse. 

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