Recifenses não admiram nenhum partido

71,9% responderam que não admiram nenhuma legenda e o PT tem 17,8% da admiração do povo

por Taciana Carvalho qui, 12/10/2017 - 00:00
Valter Campanato/ Agência Brasil Valter Campanato/ Agência Brasil

Os recifenses estão cada vez mais desacreditados nos partidos brasileiros. O levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, mostra mais um dado de descrença: 71,9% dos moradores da capital pernambucana afirmaram que não admiram nenhum partido. 

O balanço realizado também destaca que, apesar de um percentual baixo, o Partido dos Trabalhadores (PT) continua sendo o mais admirado e está bem à frente de outras legendas: o PT soma 17,8% e, em sequência, o PSDB (1,9%), PMDB (1,3%), PV (1,1%) e o PSB (1,1%). Os que optaram por outros foram 2,9% e 1,9% não souberam ou não quiseram responder. 

De acordo com o cientista político e coordenador do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, Adriano Oliveira, embora seja um percentual baixo, é possível ver na nova pesquisa uma recuperação do PT. “Se observa uma recuperação do PT, que saiu de 12% para 17% de admiração. Isso mostra que o PT é um ator relevante das eleições presidenciais vindouras. Não podemos descartar o PT e nem de modo algum o lulismo”, expôs. 

A pesquisa também evidencia que não adianta os partidos políticos trocarem de nome já que 73% alertaram que não confiam em partidos que trocam de nome. Apenas 11% falaram que confiam e 15% não souberam ou não quiseram responder. 

Na mesma linha de raciocínio, a maioria (53%) discordam da seguinte frase “Quando um partido político troca de nome, um novo partido surge e novas práticas também”. Os que concordam foram 20% e 14% concordam parcialmente. 

Adriano ressalta que a conclusão é que a de que a estratégia de trocar nome não é eficiente. “Em virtude de que os eleitores afirmaram que mesmo que o partido venha a mudar de nome, isso não significa que ele será um novo partido, que terá novos modos operantes, que ele terá novos costumes. A população não acredita que a mera mudança de nome trará um novo partido com novas mudanças e com novos costumes”, declarou.

 

 

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