Mulher que se passava por médica é presa no Recife

Em 2019, a mulher ficou conhecida pelo “Golpe do Abadá”, em que aplicava golpes em compras de ingressos de vários eventos

ter, 07/03/2023 - 15:39
Divulgação/Polícia Civil Delegados Beatriz Fakih e Mário Melo, responsáveis pela investigação Divulgação/Polícia Civil

A Delegacia de Água Fria, no Recife, realizou a prisão de uma jovem de 24 anos por execício indevido da medicina e estelionato. Em 2019, a mulher ficou conhecida pelo “Golpe do Abadá”, em que aplicava golpes em compras de ingressos de vários eventos, além disso, vinha se passando por médica pediatra e ginecologista, realizando atendimentos em clínicas populares dos bairros de Beberibe, Arruda, Água Fria e Prazeres.

A mulher foi identificada como Clara Silva, e as investigações apontam que o uso indevido da medicina estava sendo realizando pela jovem também em outros estados. Clara se passou por médica na UTI Neonatal em um hospital do município de Parintins, no estado do Amazonas.

“A gente não conseguiu identificar como ela teve acesso a esse documento, mas o uso se dava porque partes do nome da médica verdadeira eram iguais ao nome da falsa médica”, explicou o delegado à frente do caso, Mário Melo. “Por sinal, esse CRM [documento do Conselho Regional de Medicina] estava suspenso. A médica verdadeira foi fazer residência na Paraíba e suspendeu”, completou.

A jovem não tem formação científica, porém chegava a fazer atendimento ginecológico invasivo e cobrava por procedimentos cirúrgicos. “Nós fomos procurados por uma vítima em outubro do ano passado na delegacia de Água Fria. Uma senhora disse que havia sido vítima de um crime de estelionato. Ela fez um contrato de um atendimento ginecológico em uma clínica popular no bairro de Beberibe e essa falsa médica disse que essa mulher precisava de um procedimento cirúrgico, e como ela trabalhava no hospital em Paulista, fechou os honorários. A vítima realizou o pagamento, ficou acertada a data e no dia ela percebeu que tinha caído em um golpe”, pontuou o delegado responsável pelo caso, Mário Melo.

Clara foi levada para Colônia Penal Feminina e o cumprimento do mandado de prisão já foi comunicado ao juízo competente. As investigações continuarão com o objetivo de recolher outras informações.

Por Guilherme Gusmão.

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