Ação no Utinga, em Belém, orienta sobre o câncer de mama

Médicos e profissionais de saúde levam informações a mulheres para ajudar na prevenção da doença que atinge 66 mil brasileiras por ano

sab, 29/10/2022 - 07:49
Fernando Sette/TV UNAMA Parque do Utinga, em Belém, recebe profissionais de saúde para ação preventiva contra o câncer de mama Fernando Sette/TV UNAMA

O câncer de mama é uma doença que atinge mais de 66 mil brasileiras por ano, mas que pode ser prevenida com boa informação. É com o objetivo de informar e conscientizar mulheres que médicos e profissionais de saúde realizam uma ação de educação e saúde neste sábado (29), no Parque Ambiental do Utinga, em Belém, de 8 horas ao meio-dia. A iniciativa é do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

O local já é um ponto de referência para os paraenses que têm um estilo de vida mais saudável, com a prática regular de atividades físicas. Principalmente aos finais de semana, as pessoas aproveitam o contato com a natureza para cuidar da saúde.

A ação vai destacar, de forma lúdica e divertida, as principais medidas de prevenção contra o câncer de mama. De 9h e 10h haverá aulas de FitDance (comandadas por um professor especialista na modalidade), com a participação das Branquelas paraenses (personagens inspiradas no filme com o mesmo nome), que prometem deixar a atividade física mais divertida e lembrar que a prática de exercícios, a alimentação saudável e a redução no consumo de bebidas alcoólicas são medidas capazes de diminuir em 28% o risco de ter a doença.

Haverá uma tenda onde vão ocorrer diversas atividades:

·         Conversas com médicas e exibição de 5 pequenos vídeos (30” cada vídeo - acessados via QR code) com as mais importantes orientações de especialistas sobre prevenção do câncer de mama.

·         Plataforma para gravação de vídeos 360º (diversão que faz sucesso, atualmente, em diversos tipos de evento).

·         Revitalização facial.

·         Distribuição de lanche, água e picolé.

·         Sorteio de brindes.

·         Sorteio do Combo da Prevenção (consulta com especialista + exame de mamografia) entre mulheres que não têm plano de saúde.

O principal público alvo a ser atingido (participar das aulas de FitDance, ver os vídeos, conversar com as médicas, participar de toda a programação) é formado por mulheres de 40 anos ou mais, pois, de acordo com a recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia, toda mulher nessa faixa etária tem que fazer a mamografia, anualmente, e se consultar com um médico especialista. Esse é o protocolo de rastreamento mais importante: mamografia e consulta anuais. É esse rastreamento, ou seja, essa procura sem sintomas, que assegura o diagnóstico precoce, que significa chances de cura de até 95%.

 Haverá também um apresentador, que vai convidar as mulheres que estão chegando no Parque para nossa programação e um DJ, que vai manter o ambiente animado. 

Diagnóstico tardio

A falta de rastreamento eficaz do câncer de mama tem consequências. Os Estados com piores indicadores são o Acre, com 56% de diagnósticos tardios, seguido pelo Pará e Ceará, ambos com 55% de diagnósticos tardios. “Ou seja, mais da metade das mulheres nesses estados só descobriram o câncer de mama em estágios avançados, que requerem tratamentos mais difíceis e chances de cura reduzidas”, lamenta o mastologista Fábio Botelho, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

As dificuldades são grandes também para o início do tratamento. Em 2021, 52% das pacientes diagnosticadas começaram a fazer o tratamento contra o câncer de mama já em estágios avançados da doença. No Pará, esse percentual chegou a 65,32% - o 3º mais alto entre os Etados brasileiros.

Levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) aponta que, em todos os países onde foi introduzido o rastreamento mamográfico populacional com cobertura de 70% da população, a queda na mortalidade por câncer de mama foi de aproximadamente de 35%, em um período de 30 anos - entre 1987 e 2017. “É uma queda muito acentuada da mortalidade por câncer de mama, de um terço. São muitas vidas que poderiam ser salvas apenas com a realização de um exame”, lamenta o mastologista Fábio Botelho.

Da assessoria do CTO.

 

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