Festival Chocolat Amazônia 2022 tem sua 7ª edição em Belém

Evento no Hangar Centro de Convenções de Feiras da Amazônia reúne produtores do Brasil e do exterior

sab, 24/09/2022 - 17:56

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Começou na última quinta-feira (22), em Belém, a 7ª edição do festival Chocolat Amazônia 2022. O evento, que vai até domingo (25), no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, tem por objetivo fortalecer a produção de cacau e chocolate, visando também potencializar o turismo e o agronegócio. Paralelamente, ocorre a exposição Flor Pará. A entreda é um quilo de alimento não perecível.

Durante os quatro dias, visitantes poderão acompanhar todo o trabalho que compreende a fabricação de cacau pelas mãos de mais de 500 produtores presentes. Além disso, haverá oficinas florais para donas de casas e para crianças que desejam aprender a fazer chocolate. O Chocolat Amazônia, que nasceu em Ilhéus, na Bahia, já teve edições em São Paulo, no Espírito Santo e no Pará.

No ramo da cacauicultura, o Pará desponta como maior produtor do país, segundo o Instituti Brasileiro de Gegografia e Estatística (IBGE). O dado revela potencial para o agronegócio local e para mais postos de trabalho no segmento.

A coordenadora do festival, Dulcimar Silva, celebra o protagonismo paraense com o cacau. “Qualquer região não pode plantar cacau porque existe uma condição técnica para que ele seja desenvolvido”, destaca. “O que a gente procura é tecnicamente orientar a produção próximo ao mercado consumidor, por exemplo em estradas, para ter comercialização dentro da cidade.”

O futuro reserva um crescimento acentuado para a criação de chocolate por meio do cacau, acredita Dulcimar. “Nós começamos com um número pequeno de produtores e hoje lideramos uma caravana de 580 produtores e 160 estandes já aqui dentro da feira fazendo a comercialização.”

Alcance internacional

Dentro do festival, ocorre exposição do The Chocolat Story, museu que nasceu na cidade de Porto, em Portugal, com a missão de resgatar história do chocolate. Pedro Araújo, idealizor do projeto, trouxe a Vinte Vinte, marca que funciona dentro do museu com o sabor mais trabalhado do cacau.

“Temos como missão contar a história do chocolate começando literalmente do início, que é o próprio cacau. Queremos explicar pras pessoas todas as fases, desde a pré-história às tablas de chocolates dos dias de hoje”, explica. “Nosso trabalho é criar receitas e produtos tendo por base o cacau em diversos países do mundo, que vão de encontro à expectativa dos clientes mas tendo como premissa a qualidade.”

Nascida dentro do museu, a Vinte Vinte funciona como marca fabricante de chocolate, segundo Pedro. “Nosso chocolate é feito a partir da amêndoa do cacau. Fazemos procura e identificação dessas amêndoas, depois temos um processo de desenvolvimento por meio de software criado para este fim”, diz. “Depois, temos a prova sensorial, a etapa-chave de todo o nosso trabalho, porque é nessa prova que o cacau vai nos dizer se o chocolate vai ser bom ou não.”

Marcos Aben-Athar ficou impressionado com a variedade nos estandes de chocolate. O médico esteve a passeio no Hangar e atribuiu o chocolate à arte. “Sempre que eu visito uma feira de chocolates eu acho muito bom. O aprendizado maior é que o chocolate, além de um doce, virou uma obra de arte”, conta. “O cacau que a gente tem na Amazônia pode atrair gente do mundo todo para o turismo. Esse incentivo é muito importante.”

Por Sergio Manoel e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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