Idosa austríaca teria produzido 22 mutações da Covid-19

Cientistas analisaram 24 amostras da paciente, que apresentou sintomas leves, mas testou positivo por mais de sete meses

sex, 17/06/2022 - 09:47
Pixabay Máscara de proteção apoiada em andador usado por idosos Pixabay

Uma idosa teria produzido 22 mutações da Covid-19 durante mais de sete meses em que testou positivo para o vírus. Pesquisadores austríacos em Ausservillgraten acompanharam o caso e analisaram 24 amostras da paciente.

A mulher, na faixa dos 60 anos, já tomava remédios imunossupressores para tratar uma recaída de linfoma antes de contrair a infecção, no fim de 2020. Ela apresentava sintomas leves, como tosse e cansaço, mas já hospedava as variantes. Ainda assim, a idosa não chegou a transmiti-las, apontou a Sissy Therese Sonnleitner à revista Nature.

“Quando a Ômicron foi encontrada, tivemos um grande momento de surpresa [...] já tínhamos essas mutações em nossa variante”, apontou.

Para os cientistas, a infecção crônica da paciente pode ter estimulado a produção de cepas da Covid-19 em todo o mundo. “Acho que não pode haver dúvida na mente de ninguém de que essas [infecções longas] são uma fonte de novas variantes”, acrescentou Ravindra Gupta, virologista da Universidade de Cambridge.

COMENTÁRIOS dos leitores