Polícia Federal dá dicas para não cair em golpes virtuais

Os crimes financeiros na internet registraram a disparada de 340% entre janeiro de 2020 e fevereiro deste ano

por Victor Gouveia qua, 07/07/2021 - 11:39

As autoridades estão atentas a disparada de vítimas de golpes virtuais desde o início da pandemia e alertam para a prevenção contra os estelionatários da internet. Diariamente, mais de 17 mil golpes financeiros são aplicados no Brasil, ressalta o grupo Ação Social que integra a Polícia Federal (PF).

Ainda de acordo com a organização, no ano passado houve o aumento de 400% de crimes dessa natureza em comparação a 2019. Só entre janeiro de 2020 e fevereiro deste ano, foi registrado o acréscimo de 340% nas queixas de golpes virtuais.

O principal método para fazer novas vítimas é por meio do envio de mensagens falsas pelo WhatsApp, SMS ou outras plataformas de troca de mensagens, com intuito acessar informações pessoais e bancárias.

Caso tenha caído em golpes virtuais, a orientação é prestar um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil mais próxima ou um boletim virtual no site da Secretaria de Defesa Social.

O grupo Ação Social, ligado à PF, comentou sobre os três golpes mais recorrentes e deu dicas para evitar cair na ação de criminosos.

Falsa central telefônica - Nesse caso, o golpista finge ser funcionário de um banco ou empresa e entra em contato com o alvo para informar sobre irregularidades na conta. Ele reforça que os dados cadastrais estão incorretos e solicita informações pessoais e financeiras da vítima. Em posse das informações, o criminoso pode abrir contas correntes, ter acesso a cartões de crédito e realizar empréstimos em nome de terceiros.

Para não cair nessa prática é importante lembrar que nenhum dado pessoal ou financeiro deve ser repassado por ligação. O adequado é fazer contato direto com o banco ou empresa pelo telefone oficial do serviço de assistência ao cliente.

Falso motoboy - O golpista se passa por funcionário do banco, liga para o cliente e avisa que seu cartão foi clonado. Ele orienta que o cartão seja cortado no meio e pede que a senha seja digitada. Depois, o falso motoboy é enviado para recolher o cartão, com a desculpa de que vai ser periciado. Na verdade, mesmo com o cartão cortado ao meio, o chip permanece intacto e habilitado para realizar transações.

A dica é nunca entregar seu cartão a quem quer que seja, nem repassar a senha e numerações por telefone. Nenhum banco pede senha ou manda motoboy buscar o cartão na casa do cliente.

Clonagem do WhatsApp - Os usuários do aplicativo recebem mensagens com promessas de prêmio com links maliciosos que levam a sites falsos com intuito de roubar informações da vítima.

Nesse caso, jamais passe seu código de ativação do WhatsApp para ninguém, pois trata-se de um recurso que serve para confirmar a instalação do App e evitar acessar links enviados por contatos desconhecidos.

Caso a mensagem seja enviada por um parente ou alguém próximo, o recomendado é fazer uma chamada de vídeo ou ligar para a pessoa para se certificar que o pedido foi realmente feito por ela.

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