Operação no Jacarezinho está sendo chamada de 'chacina'
O advogado Joel Luiz Costa afirmou que entrou em algumas casas do local, e em todas a polícia usou a mesma dinâmica: "Casas arrombadas, tiros e execução
Após uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro deixar ao menos 25 pessoas mortas na comunidade do Jacarezinho, vários políticos e pessoas famosas se posicionaram na rede social contra essa operação, considerada a mais letal da história do Rio.
O advogado Joel Luiz Costa, morador da comunidade do Jacarezinho, afirmou que entrou em algumas casas do local, e em todas a polícia usou a mesma dinâmica: "Casas arrombadas, tiros e execução. Não teve tiro de troca, parece execução - um menino morreu sentado na cadeira e ninguém troca tiro sentado numa cadeira", disse.
A Anistia Internacional do Brasil afirmou que "a população negra e moradora de favelas e periferias tem seus direitos humanos violados sistematicamente. Direito à saúde, à educação, à vida. O que está acontecendo no Jacarezinho é uma chacina", compartilhou.
O deputado Marcelo Freixo (PSOL) afirmou que a política de segurança pública é uma insanidade que precisa ser parada. "Quem ganha com essa guerra? O que essa lógica de confrontos permanentes nas favelas trouxe de positivo para o Rio de Janeiro? A violência só cresce e o crime organizado segue fortalecido, com seus braços econômicos e políticos operando a todo vapor", escreveu.
O deputado federal Alessandro Molon (PSB) também se manifestou por meio de suas redes sociais e apontou que o Estado "falha em planejar ações, desrespeitando a decisão do STF que obriga a fazer operações com base em inteligência para, assim, garantir que vidas de civis agentes de segurança sejam preservadas", pontua.