Desemprego cresce e atinge 405 mil pessoas no Pará

Estado tem a maior taxa de trabalhadores informais do Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua)

sex, 27/11/2020 - 17:52
LeiaJáImagens Trabalho sem carteira assinada avança no Pará LeiaJáImagens

A taxa de desocupação no Pará chegou a 10,9% no terceiro trimestre do ano, uma alta de 1,8 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior (9,1%). O número de desempregados atingiu 405 mil, ou seja, mais 81 mil desempregados entraram na fila em busca de um trabalho no Estado.

O nível da ocupação (relação entre pessoas ocupadas e pessoas em idade de trabalhar) ficou em 48,9%, mostrando estabilidade na comparação com o trimestre anterior (48,1%), mas apresentando queda de 3,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado (52,5%). O número de ocupados foi 3,3 milhões, 155 mil pessoas a menos do que o registrado no mesmo trimestre de 2019. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e referem-se ao trimestre de julho, agosto e setembro de 2020.

Entre os Estados brasileiros, o Pará tem o segundo menor percentual de empregados do setor privado com carteira assinada (53,9%), perdendo apenas para o Maranhão (51,3%). A média brasileira é de 76,5% de empregados com carteira assinada, o que significa que no Pará a oferta por empregos formais é significativamente menor do a que se observa no resto do Brasil.

A taxa de informalidade reafirma a realidade do estado: enquanto no Brasil a média é de 38,4% da população ocupada nessa condição, no Pará o índice sobe para 60,9%. Esse resultado coloca o Pará na posição de estado com maior número de trabalhadores informais do Brasil, registrando cerca de dois milhões de pessoas nessa condição.

O percentual de trabalhadores por conta própria no Pará ficou 6 pontos percentuais acima da média brasileira, atingindo 32,4%.

Da assessoria do IBGE.

 

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