Mãe recupera guarda da filha iniciada no Candomblé
A criança foi tirada de casa após denúncias de maus-tratos, mas exames não apontaram evidências
Na última sexta-feira (14), a Justiça de São Paulo devolveu à manicure Kate Ana Belintani a guarda de sua filha, retirada após uma denúncia ter sido feita pela iniciação da adolescente ao Candomblé, sob alegação de maus-tratos. O caso aconteceu na cidade de Araçatuba, interior do estado.
A menina de 12 anos ficou com sua avó materna depois da denúncia anônima levar à perda da guarda. A avó, que é evangélica, também teria feito uma denúncia alegando que a menina era maltratada e sofria abusos sexuais.
As denúncias levaram conselheiros tutelares e policiais militares ao terreiro Ilê Axé Egbá Araketu Odê Igbô, onde mãe e filha estavam e tentaram explicar que não podiam deixar o local durante a realização do ritual. Mesmo assim elas foram levadas ao Instituto Médico Legal (IML), onde os exames não identificaram hematomas ou lesões.
Decisão judicial
Em seu depoimento, a adolescente afirmou que participava do ritual por vontade própria, fato que foi levado em consideração pelo juiz junto ao exame de corpo de delito e a uma manifestação do Ministério Público contra a retirada da guarda. Assim, o parecer determinou que a garota poderia voltar para casa.
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