Justiça nega reabertura do comércio em Campina Grande

Na última segunda-feira (27), empresários e seus funcionários foram às ruas para protestar em frente às lojas fechadas, exigindo a flexibilização da quarentena

por Katarina Bandeira ter, 28/04/2020 - 15:20
Lenilson Guedes/Gecom-TJPB Mesmo com apelo de lojistas desembargador optou por seguir com o isolamento social Lenilson Guedes/Gecom-TJPB

O Tribunal de Justiça da Paraíba negou, nesta terça-feira (28), pedido da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande que buscava a reabertura do comércio local. Na última segunda-feira (27), empresários e seus funcionários foram às ruas para protestar em frente às lojas fechadas, exigindo a flexibilização da quarentena. 

Representando os comerciantes, a entidade alegou que a suspensão das atividades comerciais, necessária ao combate do novo coronavírus, acarretaria a falência de diversos lojistas de Campina Grande, provocando desemprego e reduzindo parte da população à condição de miséria. No texto, era solicitado o pleno funcionamento das atividades comerciais “essenciais ou não essenciais”, mediante a aplicação das medidas de higiene mais rígidas e determinando que a cidade paraibana não pudesse mais sofrer nenhuma medida constritiva ou restritiva de direitos aos lojistas, sob pena de multa.

Mesmo com o apelo o desembargador Oswaldo Trigueiro do Valle Filho decidiu manter o isolamento, que está marcado para continuar até o dia 3 de maio, podendo ser estendido por mais tempo. O magistrado pontuou que "o objetivo maior da Nação no presente momento é zelar pela vida, pela saúde e pelo combate à pandemia do Coronavírus, sendo essencial que todos os entes da Federação trabalhem nesse sentido" e refletiu sobre o aumento dos casos de Covid-19, no Estado. 

"foi noticiado que ocupação de leitos de UTI subiu de 17% para 32% em um único dia no Estado da Paraíba, anunciando que a curva da doença encontra-se crescente em nosso Estado. Assim, não pode o Município de Campina Grande levar em consideração a sua realidade de forma isolada e dissociada do Estado como um todo, principalmente por estarmos diante da segunda cidade mais populosa da Paraíba", ressaltou. Apesar do veto, os lojistas ainda podem recorrer da decisão. 

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