Polícia divulga retrato falado de 2º suspeito de agulhadas

Homem teria furado as vítimas por volta das 13h do domingo (3) no Alto da Sé, em Olinda

seg, 11/03/2019 - 12:59
Divulgação/Polícia Civil Suspeito estava fantasiado de anjo Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil divulgou, nesta segunda-feira (11), o retrato falado de um segundo suspeito de ter furado pessoas com seringa durante este Carnaval. A vítima contou ter sido furada por ele por volta das 13h do domingo (3) no Alto da Sé, em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR).

Segundo o relato, o folião estava acompanhado de uma amiga. No momento em que sentiu a furada no braço, ele notou a presença de um homem fantasiado de anjo. Mais para frente, a amiga também sentiu a agulhada e o mesmo homem fantasiado estava próximo. “É um indício de que ele possa ser o autor”, resume o chefe da Diretoria Integrada Metropolitana (DIM), Ivaldo Pereira.

Anteriormente, a polícia já havia divulgado o retrato falado do primeiro suspeito. Segundo a corporação, o primeiro retrato divulgado é de um homem que teria agredido a vítima na terça-feira (5), por volta das 18h30, no Bonfim, também em Olinda.

Era aguardada para esta segunda-feira a divulgação de um terceiro retrato falado, desta vez de uma mulher. A divulgação foi cancelada, entretanto, porque eram necessários maiores detalhes e informações, segundo Pereira. “A investigação prossegue para descobrir se essas pessoas dos retratos estão envolvidas e se mais pessoas também estão envolvidas”, diz o delegado.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), 108 pessoas procuraram o Hospital Correia Picanço, na Zona Oeste do Recife, por terem sido picadas por agulhas durante os festejos em Recife e Olinda. Todos os pacientes foram admitidos no Hospital Correia Picanço, na Zona Norte do Recife, que é referência estadual em doenças infecto-contagiosas.

Após triagem, 75 dos 108 pacientes tiveram indicação para fazer o tratamento padrão utilizado nos casos de acidentes com materiais biológicos, a profilaxia pós-exposição (PeP), que é usada na prevenção da infecção pelo HIV. Os demais ou se recusaram a fazer o teste rápido, que é pré-requisito para o uso da medicação, ou já tinham passado da janela de 72 horas preconizadas para início do tratamento. Com isso, serão acompanhados, de forma rotineira no Hospital Correia Picanço, para monitorar possíveis infecções.

Os pacientes medicados foram liberados com orientação de retorno após 30 dias para conclusão do tratamento. A Secretaria Estadual de Saúde destaca que os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são considerados baixos, em média 0,3%.

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