No Recife, jornadas celebram a tradição do pastoril

Grupos participam de encontros, e diferentes bairros da cidade, celebrando e fortalecendo essa antiga tradição cultural

qui, 12/12/2019 - 13:52
Divulgação/Andrea Rego Barros/PCR As jornadas acontecem em diferentes bairros do Recife Divulgação/Andrea Rego Barros/PCR

Em honra e graça a uma das mais antigas tradições culturais do Nordeste, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, realiza, até o próximo dia 19 de dezembro, o Projeto Jornadas para Celebrar, que promoverá encontros entre pastoris de diversas regiões da cidade, para fortalecer a tradição em suas geografias nativas.

O objetivo das Jornadas, que integram o Ciclo Natalino do Recife, é promover a comunhão dos brincantes com suas próprias comunidades e também com outros grupos e outras localidades, para fortalecer a tradição em toda a cidade.

Amanhã (13), o Pastoril Giselly Andrade comandará a brincadeira, convidando os pastoris Lindas Ciganas, Vovó Alzira e Estrela do Mar para a jornada, que será realizada na Rua Dr. Pereira da Silva, na altura do número 87, em Água Fria, a partir das 18h30.

No dia 15, o Pastoril Sol Nascente receberá os brincantes do Estrela Brilhante, Viver a Vida e Jardim da Alegria, a partir das 18h, na Rua Pompeia, na altura do número 462, em Água Fria. O derradeiro encontro será no dia 19, em Santo Amaro, onde o Pastoril Tia Mariza receberá o Tia Nininha, o Tia Nininha 3ª idade e o Campinas Alegres, a partir das 19h.

As jornadas encerram um processo de renovação e valorização da tradição dos pastoris, que começou no último mês de outubro, com a realização do Seminário sobre o Pastoril Religioso, também promovido pela Secretaria de Cultura e pela Fundação de Cultura Cidade do Recife, na Casa do Carnaval, no Pátio de São Pedro.

Sobre o pastoril 

Tradição que todo ano ganha as ruas e os palcos da cidade na programação natalina montada pela Prefeitura do Recife, o pastoril tem origem no teatro semipopular ibérico, em uma combinação de danças, textos e canções, vinculados aos presépios diante dos quais eram encenados.

Nas primeiras duas décadas do século XIX, o pastoril se mantém pela iniciativa de leigos, mas sem perder sua ligação religiosa. A partir de então, espalha-se pelos bairros atraindo cada vez um maior público. “O pastoril é considerado como precursor do teatro popular e, segundo estudiosos, isso pode explicar a sua influência na vida social de Pernambuco e do Nordeste”, diz Carmem Lélis. Agora, a missão do poder público e das novas gerações de brincantes é fazer com que o pastoril se confirme tradição viva na cultura nordestina e recifense.

 *Via assessoria

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