Parque Asa Branca, em Exu, perde ‘orelhão’ ponto turístico

Telefone público que era coberto com uma réplica do chapéu de Luiz Gonzaga foi retirado do local nesta quarta (6)

por Paula Brasileiro qua, 06/11/2019 - 14:30
Cortesia/Junior Parente O telefone público estava instalado no parque desde 1989 e funcionava como atração turística Cortesia/Junior Parente

A cidade de Exu, no sertão de Pernambuco, amanheceu com um ‘pedaço’ a menos nesta quarta (6). O telefone público, instalado no Parque Asa Branca, que era decorado com uma réplica do chapéu de Luiz Gonzaga - considerado o mais ilustres dos exuenses - funcionava como ponto turístico do município e, sendo assim, sua retirada causou grande lástima e preocupação aos moradores. 

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o presidente da ONG Parque Asa Branca, Junior Parente, falou que foi surpreendido com a ação da empresa de telefonia Oi, responsável pelo serviço na localidade. Segundo ele, funcionários chegaram no parque para a retirada do telefone público alegando que a cidade precisaria apenas de dois daquele tipo, um em frente à delegacia e outro no hospital. A réplica do chapéu de Gonzaga foi levada junto e, de acordo com os trabalhadores, será deixada em um depósito. 

A escultura que adornava o ‘orelhão’, como são comumente chamado esses aparelhos públicos de telefone, foi instalada na cidade no ano de 1989 e atraia os turistas que passavam pelo local. “As pessoas gostam demais de bater foto lá. Eu liguei para a minha mãe, na hora, e pedi que ela falasse com os funcionários pedindo para deixar a cobertura lá porque ela tem muita importância pro Parque Asa Branca, mas eles disseram que tinham recebido ordem de deixar só dois orelhões na cidade”, disse o presidente da ONG. 

Procurada pelo LeiaJá, a Oi não se pronunciou acerca do ocorrido até o fechamento desta matéria. De acordo com Junior Parente, a ONG Parque Asa Branca vai procurar as medidas cabíveis para que o prejuízo no local possa ser contornado. “A gente vai fazer alguns movimentos nas redes sociais e imprensa e vou tentar ver se cabe algum tipo de ação judicial”. 

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