481 anos do Recife: você é um recifense ‘à vera’?

Ser recifense não se trata simplesmente de ter nascido na capital pernambucana. Confira se você é um verdadeiro filho da terra nesta brincadeira de aniversário

por Paula Brasileiro seg, 12/03/2018 - 07:30
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens Recife completa 481 anos nesta segunda (12) Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Recife é uma cidade de contrastes, que sabe bem o que é viver as maravilhas e dissabores de uma grande metrópole que é. Seus moradores costumam ter relação intensa com a Manguetown, que nesta segunda (12) completa 481 anos. Você tem certeza que é um recifense de verdade? Confira esta lista e, como dizem os recifenses, ‘se garanta’.

Diz que é do Recife, mas...

… não acredita que o Shopping Recife é o maior da América Latina, que a Caxangá é a maior avenida em linha reta do Brasil e que o mar é uma união dos rios Beberibe e Capibaribe.

Sim. O Recifense que se preza concorda que sua cidade tem as maiores construções, melhores lugares, mais bonitos e mais divertidos, também. Afinal de contas, a megalomania recifense é fator indispensável para ser um verdadeiro local.

… nunca foi assistir a um filme no Cinema São Luiz.

Talvez a mais tradicional sala de cinema da cidade, o São Luiz tem história e o recifense raiz tem suas memórias naquele lugar. Embora ultimamente esteja um pouco difícil frequentar o cinema, sempre fechado por problemas técnicos, o São Luiz nunca perde seu charme e, para melhorar, tem ingressos mais acessíveis do que as salas de projeção dos shoppings.



… nunca desviou do florista do Recife Antigo.

“Rosa é amizade, vermelha é amor”. O verdadeiro recifense com certeza já fugiu do vendedor de flores artificiais mais famosos do Recife Antigo. Porém, não com facilidade, pois, com seu bordão inconfundível, o vendedor é insistente e tenta de tudo para garantir uma venda. Reza a lenda que até Fátima Bernardes já teve que driblar a figura.

… nunca passeou na Feirinha do Bom Jesus.

Tradicional passeio de domingo, no precinho que todo recifense gosta, ‘de grátis’. A Feirinha do Bom Jesus oferece todo tipo de artesanato e é uma ótima distração para quem está sem programa no fim de semana. Os turistas costumam adorar também.

… nunca brincou no Galo da Madrugada.

Gostando ou não de Carnaval, o verdadeiro recifense tem que ter pelo menos uma passagem pelo maior bloco de Carnaval do mundo, nem que seja para reclamar do calor e da multidão.



… não fica bravo quando dizem que recifense fala ‘Récife’.

É motivo de discórdia, sem dúvida, quando alguém de fora afirma que o recifense chama sua cidade de ‘Récife’, com o ‘e’ aberto. O verdadeiro recifense vai jurar ser engano do forasteiro e garantir que, por essas bandas, ninguém fala desse jeito.

… nunca ficou de bobeira com os amigos no Marco Zero.

Boa localização, muito espaço e nada de pagar entrada. O Marco Zero é perfeito para aqueles momentos em que não há o que fazer mas, ainda assim, o recifense quer dar uma saidinha de casa. Dá pra andar de patins, skate, namorar, bater um papo com os amigos, ou o que mais vier a calhar no momento.

… nunca se atrasou por causa do trânsito da Agamenon Magalhães, da Rosa e Silva ou Rui Barbosa.

Todo recifense sabe bem quão caótico o trânsito na cidade pode ser. E aquele recifense raiz certamente já perdeu compromissos ou chegou gravemente atrasado por causa dos engarrafamentos nas maiores de suas avenidas.

… nunca cantou ‘Voltei, Recife’ depois de uma temporada fora da cidade.

Não importa se a viagem durou dois dias ou dois meses, ao retornar, o bom recifense vai dizer que ‘foi a saudade que me trouxe pelo braço’, como nos versos da canção imortalizada na voz de Alceu Valença.

… diz que vai pro ‘centro’ e não para a ‘cidade’.

No Recife, ir até o centro é, na verdade, ir para a ‘cidade’. O recifense que se preza sabe muito bem disso e nunca dá o recado enganado.



… nunca pegou um Bacurau no Cais de Santa Rita.

Nem todas as cidades brasileiras têm ônibus circulando por toda madrugada. O Recife não só tem esse serviço como ele tem um nome próprio, Bacurau. O ponto de partida de todos é o emblemático Cais de Santa Rita, no centro da cidade, que congrega de trabalhadores da noite a pessoas que estão saindo das baladas.

… não tem uma relação bipolar com a cidade.

O recifense verdadeiro não consegue decidir se ama ou odeia a sua cidade. Em um dia, ele pode dizer que mora no melhor lugar do mundo, o mais bonito e que tem as pessoas mais legais. No dia seguinte, certamente estará dizendo que a cidade é um caos, o tempo é doido - no meio do dia mais quente do ano cai uma chuva intensa sem aviso nenhum -, e que as pessoas são muito mal educadas. Uma relação sempre muito intensa.  



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